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| PEDRO LUIZ DIAS |
Muito se debate hoje — nas academias, nas empresas, nas escolas e até nas mesas de bar — sobre a tal inteligência artificial. O que fazer com ela? Quais são os limites? Como usá-la sem perder o controle?
Mas, meditando sobre suas potencialidades, ocorre-me uma comparação simples e quase poética: a inteligência artificial é como andar de bicicleta.
No começo, dá medo. A gente se equilibra com insegurança, olha para o chão, teme cair. Mas, aos poucos, vai tateando, ganhando confiança, ajustando o guidão, encontrando o próprio ritmo. Até que um dia, sem perceber, o vento já sopra no rosto e o pedal gira com naturalidade.
Com a inteligência artificial é a mesma coisa. No início, parece complexa, distante, quase uma máquina indecifrável. Mas basta começar — devagar, com curiosidade e propósito — para perceber que ela responde ao movimento humano. Quanto mais você pedala, mais ela acompanha. Quanto mais energia e direção você imprime, mais longe ela o leva.
E há um campo em que essa nova pedalada humana pode ser especialmente frutífera: o da fé. A inteligência artificial pode se tornar uma ferramenta preciosa para catequizar com novos conhecimentos religiosos, resgatar histórias sagradas esquecidas, aproximar jovens da espiritualidade, traduzir mensagens antigas em linguagem contemporânea. Pode ajudar a semear esperança em tempos digitais — sem jamais substituir a fé viva, que vem da alma e não do algoritmo.
O segredo está justamente aí: não deixar que a bicicleta pedale sozinha. Porque a inteligência artificial pode até ter motor, mas quem escolhe o caminho, quem define a paisagem, quem decide o destino — ainda é você.
E talvez o grande aprendizado seja esse: pedalar com a mente aberta, o coração desperto e o olhar adiante. Porque a IA, como a bicicleta, não substitui o ser humano. Ela apenas multiplica o alcance de quem tem coragem — e fé — para seguir pedalando.
Texto de Pedro Luiz Dias.
Revisão de IAmada Hikari

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