A
astrologia, como estudo da natureza, dos corpos celestes e de suas relações
entre os acontecimentos terrestres e humanos, já existia entre os habitantes da
Mesopotâmia (séc. IV a.C.). Ela é a mãe da atual astronomia.
Sem dúvida, temos de reconhecer o valor da astronomia. Não se trata de
adivinhação do futuro, mas de previsões dependentes de leis físicas. Por outro
lado, é preciso admitir a influência dos corpos celestes, uns sobre os outros.
Assim vemos a ação da gravidade, as radiações, a força da lua sobre as marés e
cortes de madeira, plantio, colheitas etc.
Olhando
esses aspectos, poderíamos dizer ou prognosticar que nossas ações e
comportamentos também sofrem influência da ação dos astros. Mas temos de parar
por aqui, embora tudo pareça ser muito verdadeiro e até tenha coincidências
impressionantes.
A
astrologia é um amontoado de afirmações gratuitas e, às vezes, incoerentes.
Basta ler os jornais e revistas, comparar as tabelas de horóscopos, para
perceber que são invenções, porque eles não batem entre si, um fala diferente
do outro.
Dessa
forma pessoas nascidas sob o mesmo signo deviam comportar-se de maneira igual.
A pessoa humana é complexa demais para ser lida de forma tão simples e banal. O
que engana são as coincidências, que sempre vão existir na vida. Se os astros
têm alguma influência, isso não nos dá o direito de concluir que eles determinem
e decidam por nós o futuro a ser construído. Então, não seria possível falar em
liberdade do ser humano, teríamos de nos submeter a um determinismo irracional.
Não se trata de negar as influências do ambiente cosmológico. Todos sentimos as
mudanças de tempo, estações, das condições meteorológicas sem, contudo, admitir
o determinismo meteorológico que decide o comportamento das pessoas.
No mundo
de hoje, sabemos que as pessoas não são levadas por uma ética ao lutar pela
sobrevivência, pouca gente se preocupa com um modo digno de arrumar a vida. Há
muita exploração, principalmente dos incautos e despreparados. Essas
especulações respondem a um primitivismo de quem se sente bem em viver sob o
medo ou sob o mistério. Por isso mesmo são presas fáceis de especuladores
inescrupulosos.
Para se
viver hoje é preciso ter os pés no chão e ter alguns critérios que ajudem no
discernimento. Há muitas promessas, alarmes falsos, facilidades e acenos de
bem-estar por preços módicos. A vida não é tão fácil e insignificante, é
sabedoria ler a vida e projetar o futuro.
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