PE. HENRIQUE (ARI) BARROS CSsR
+21 JANEIRO 1969
Foi um dos nossos grandes pregadores
de Retiros. Nasceu em Juiz de
Fora (MG), a 1º de setembro de 1890,
professando na C.Ss.R. em 1911. Após
os estudos de Teologia e Filosofia, feitos
na Alemanha, foi ordenado a 27 de
julho de 1916. Voltando da Europa,
iniciou aqui suas atividades como coadjutor
em Aparecida e Penha. De
1923 a 1940 esteve trabalhando nas
missões, principalmente em São Paulo
e Minas. Foi depois o primeiro Superior
da Casa de São João da Boa Vista, e
depois assistente da Ação Católica na Penha.
Como missionário Pe. Barros era conhecido como um ótimo
pregador de Retiros. Exato e caprichoso, redigia suas conferências
com perfeição, e sabia apresentá-las com muita clareza,
numa linguagem viva, rica de exemplos e citações. Embora tivesse
muita facilidade para falar, não fazia sequer uma prática
sem antes anotar as idéias, as provas e citações na maior ordem,
para melhor compreensão do seu auditório.
Suas 15 ou mais cadernetas de Sermões e Conferências, escritas
com uma letra impecável, com muito esmero e exatidão,
mostram bem o cuidado com que se preparava para distribuir a
Palavra a seus ouvintes.
Apesar das falhas do seu tipo bastante instável, às vezes delicado,
às vezes ríspido, Pe. Barros era homem de fé profunda e
piedade sincera. Amava a Congregação, interessado por tudo
que lhe dizia respeito, e levava muito a sério a observância regular. Gostava de uma boa prosa, e, em matéria de futebol, era
torcedor fervoroso. Um caráter íntegro, homem positivo, metódico
de intenções retas, primava pela ordem em tudo; basta dizer
que até o fim da vida, todos os dias de manhã limpava e ordenava
seu quarto. A regra – dizia ele – supõe que os quartos dos
confrades não sejam almoxarifado...
Durante muitos anos sofreu de diabete, mas metódico e cuidadoso,
soube controlar a enfermidade. Passou seus últimos anos
em Araraquara, onde era muito estimado. A 21 de janeiro de
1969, aí pelas 7 da noite, sentiu-se mal, levado para a Santa Casa.
Ele mesmo percebeu que a morte já havia acertado seus
ponteiros, e estava próxima. Pediu, de joelhos, ao Padre que o
acompanhou que lhe desse a absolvição geral. Horas depois falecia
tranqüilamente. Deixou sobre sua mesa, no quarto, o resumo
da prática que ia fazer, no dia seguinte, na Novena Perpétua.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade -
Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In
memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta
CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro
CSsR
Nenhum comentário:
Postar um comentário