PE. ANTÔNIO (DE LISBOA) FISCHHABER CSsR
+17 de NOVEMBRO 1937
Ao falecer em 1937, Pe. Antônio era o Padre mais velho da Vice- Província, chamado carinhosamente de “Vovô” pelos confrades. É que, além disso ele fora sempre um grande coração, cheio de bondade para com todos. Nascido a 7 de fevereiro de 1868, não pôde, quando menino, ingressar na vida religiosa como era seu desejo, pois, ficando órfão de pai, teve de trabalhar como serralheiro, ao lado de um seu padrinho. Somente aos 19 anos conseguiu um lugar no Juvenato da C.Ss.R. graças à caridade de um Padre seu amigo. Apesar da idade, ele se deu muito bem no meio dos colegas ainda crianças; todos o estimavam por seu tipo alegre e até bonachão. Professou a 18 de setembro de 1892, passando logo aos estudos superiores. Não foi nenhum prodígio em Filosofia ou Dogma; com muita aplicação, porém conseguiu sempre boas notas em Moral e Pastoral. Antes de terminar os estudos veio para o Brasil, e aqui continuou estudando, para ser ordenado a 29 de fevereiro de 1896, na antiga catedral de São Paulo. Seus primeiros anos de apostolado ele os passou em Goiás, como Vigário de Campininhas, atendendo a outras paróquias: Pouso Alto, Morrinhos, Caldas Novas, Palmeiras, entre outras, foram também seu campo de trabalho durante quase oito anos. Em 1904 foi transferido para Aparecida, onde foi Vigário de 1910 a 1913. Aí fundou a Pia União das Filhas de Maria, deu grande impulso à vida religiosa do Santuário, e foi incansável no confessionário, atendendo paroquianos e romeiros. Ótimo desenhista, conhecedor de estética, foi um hábil arquiteto que prestou grandes serviços à Vice-Província e a paróquias vizinhas. São trabalhos seus a igreja de São Benedito em Aparecida, as igrejas do Potim e Roseira (Nova e Velha) a Vila Vicentina e o antigo Asilo dos Velhos em Aparecida. Gostava de fiscalizar pessoalmente suas obras e tornou-se muito querido dos pedreiros e empregados que o tinham como um grande amigo e benfeitor. Já pelo ano de 1915 Pe. Antônio começou a ficar preso em casa, devido a uma inflamação nos pés, que depois lhe atacou também as pernas. Era com muito sacrifício que saia para fiscalizar suas obras; e ainda se arrastava todos os dias até a igreja, para passar horas no confessionário. Durante quase vinte anos ele viveu assim, dando a todos um impressionante exemplo de conformidade e de zelo. Seus males foram se agravando, até que, a 14 de novembro, não resistiu mais: teve de ficar de cama, para aguardar a morte que o levou logo, no dia 17, à uma hora da madrugada.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR
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