Pe. Flávio Cavalca de Castro,
redentorista
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Se não tomamos cuidado, as cinzas da Quaresma trazem-nos um quê de tristeza e seriedade ao rosto. Como se significassem o fim da alegria, e a condenação de nossos pequenos consolos. Cinza é o que sobra das ilusões desmascaradas, é a poeira estéril dos desvios enganadores. Em cinza terminam as coisas que não valem a pena, que não trazem vida. Cinza é o que nos sobra nas mãos, se não vivemos a Vida. Quaresma não é renúncia a qualquer valor, mas é descoberta dos valores que valem e duram quando tudo se faz cinza. Não precisamos colar ao rosto um ar solene e austero. Basta que levemos a sério a vida, e a vivamos na contínua busca da mais vida e do mais amor, à luz da Páscoa.
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