Meus tempos de seminário, passeio aos Campos, à frente, eu à direita e João Resende (padre) à esquerda - atrás, Biazoto à direita e Guido Arantes (ex-deputado federal) à esquerda .A.Dumas
Dumas, gostei da foto. Rostos familiares ao nosso tempo. João Geiger
Vou arriscar uma informação : Quando o Colegião foi ocupado pelas tropas da revolução de 1932, por ali passaram centenas de soldados e havia um depósito de fardas , bonés e faixas para proteger as pernas, ao término da revolução, tudo isso foi deixado e usado ao longo do tempo. Quando entrei no seminário em 1949, recebi um boné e duas faixas para usar quando fôssemos para a Pedrinha ou em outras excursões na periferia de Aparecida. Vejam bem que todos nós da foto temos os bonés iguais e tenho quase certeza que são do acervo da revolução paulista. Alexandre Dumas Pasin de Menezes
Nós usávamos umas mochilas tipo exército para nossos passeios aos Campos e falavam que foi herança dos revolucionários de 32, então isso é que você informa é verdadeiro. Abner Ferraz de Campos
É verdade, Abner, as mochilas também foram herança da revolução. Contam que eles deixaram também umas duas toneladas de carne seca que foi servida ao longo de meses. Quando a totalidade dos seminaristas começou a passar mal com ânsias de vômito e diarreia profunda, os padres se deram conta que a carne já estava em decomposição e a jogaram aos porcos.Alexandre Dumas Pasin de Menezes
Quando lá cheguei, já não havia mais essa carne, rsrsrs Abner Ferraz de Campos
Aproveitando o ensejo de toda essa história da revolução de 1932 e da carne seca, vamos contar a história do diretor de então, o padre Agostinho, alemão de nome complicado, que adotou esse codinome, pessoa dócil e querida dos seminaristas da época. Estavam no seminário da Pedrinha na época de julho, curtindo tudo aquilo que nós mais gostávamos, passeios, escaladas, aventuras e carne seca no almoço. Eis que, no meio desse entrevero, chega uma ordem para que o padre Agostinho se dirigisse a São Paulo para assumir novas funções na província. Zeloso, ele aprontou as malas, arriou o cavalo e programou sua volta a Aparecida. Todos seminaristas se propuseram a acompanhá-lo em um trecho da caminhada, seguiram seu cavalo pelo morro da Carmelita, desceram e chegaram à fazenda do Dr. Benedito Meireles. Lá, diante de um ribeirão, estacionaram e o padre Agostinho dirigiu palavras emocionantes de despedida. Os seminaristas retribuíram com o " Salve Regina". Padre Agostinho, bom que era, chorou. Os seminaristas, comovidos, voltaram, e, depois disso, aquele ribeirão passou a se denominar "RIBEIRÃO DAS LÁGRIMAS" .Alexandre Dumas Pasin de Menezes
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| PE. AGOSTINHO JORGE POLSTER +25 DE FEVEREIRO DE 1958 |
Entrei no seminário de Congonhas em 1950, e lá também usávamos esses casquetes. Na minha terra era comum, até mesmo os jogadores de futebol os usavam. Parabéns por relembrar histórias que fizeram histórias.Benedito Franco
Obrigado por suas palavras, nós curtimos nosso tempo, isso nunca vai morrer em nós, reviveremos nossas histórias, curtiremos tudo que vivenciamos, alguma coisa nos leva voltar sempre ao passado, é uma marca que nunca nos deixará. Pelo bem ou pelo mal, uma vez redentoristas, sempre redentoristas.Alexandre Dumas Pasin de Menezes
Acho que já lhe enviei minhas histórias e vivências no Juvenato. Se não, posso enviá-las. Benedito Franco
Se não lhe for incômodo, gostaria de tê-las todas.Alexandre Dumas Pasin de Menezes
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