domingo, 21 de janeiro de 2018

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. HENRIQUE (ARI) BARROS CSsR

PE. HENRIQUE (ARI) BARROS CSsR 
+21 JANEIRO 1969 
Foi um dos nossos grandes pregadores de Retiros. Nasceu em Juiz de Fora (MG), a 1º de setembro de 1890, professando na C.Ss.R. em 1911. Após os estudos de Teologia e Filosofia, feitos na Alemanha, foi ordenado a 27 de julho de 1916. Voltando da Europa, iniciou aqui suas atividades como coadjutor em Aparecida e Penha. De 1923 a 1940 esteve trabalhando nas missões, principalmente em São Paulo e Minas. Foi depois o primeiro Superior da Casa de São João da Boa Vista, e depois assistente da Ação Católica na Penha. Como missionário Pe. Barros era conhecido como um ótimo pregador de Retiros. Exato e caprichoso, redigia suas conferências com perfeição, e sabia apresentá-las com muita clareza, numa linguagem viva, rica de exemplos e citações. Embora tivesse muita facilidade para falar, não fazia sequer uma prática sem antes anotar as idéias, as provas e citações na maior ordem, para melhor compreensão do seu auditório. Suas 15 ou mais cadernetas de Sermões e Conferências, escritas com uma letra impecável, com muito esmero e exatidão, mostram bem o cuidado com que se preparava para distribuir a Palavra a seus ouvintes. Apesar das falhas do seu tipo bastante instável, às vezes delicado, às vezes ríspido, Pe. Barros era homem de fé profunda e piedade sincera. Amava a Congregação, interessado por tudo que lhe dizia respeito, e levava muito a sério a observância regular. Gostava de uma boa prosa, e, em matéria de futebol, era torcedor fervoroso. Um caráter íntegro, homem positivo, metódico de intenções retas, primava pela ordem em tudo; basta dizer que até o fim da vida, todos os dias de manhã limpava e ordenava seu quarto. A regra – dizia ele – supõe que os quartos dos confrades não sejam almoxarifado... Durante muitos anos sofreu de diabete, mas metódico e cuidadoso, soube controlar a enfermidade. Passou seus últimos anos em Araraquara, onde era muito estimado. A 21 de janeiro de 1969, aí pelas 7 da noite, sentiu-se mal, levado para a Santa Casa. Ele mesmo percebeu que a morte já havia acertado seus ponteiros, e estava próxima. Pediu, de joelhos, ao Padre que o acompanhou que lhe desse a absolvição geral. Horas depois falecia tranqüilamente. Deixou sobre sua mesa, no quarto, o resumo da prática que ia fazer, no dia seguinte, na Novena Perpétua.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

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