sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

DUMAS, COROINHA E SEMINARISTA REDENTORISTA

Em 03 de dezembro de 1945, mudamo-nos para a Rua da Estação, dia de meu aniversário, completava oito anos, minha mãe fez um doce de abóbora. No início de 1946, matriculei-me no segundo ano do Grupo Escolar Chagas Pereira, minha professora, Maria Figueiredo, Dona Quitó. Mamãe, Dona Mariquinha, inscreveu-me para participar do corpo de coroinhas da basílica, comecei a decorar o latim "Introibo ad altarem Dei" - "Ad Deum qui laetificat juventudem meam", era difícil, mas decorei todo o latinório das missas antigas, vinculado que era à religião católica, obedeci os ditames de meu credo. Nos limites de minha comunidade residencial, situavam-se o seminário redentorista, Colegião, Asilo e Santa Casa de Misericórdia, estes dirigidos pelas irmãs da Imaculada Conceição, de Santa Maria Paulinia. Passei a ajudar missa, além da basílica, também nas capelas dirigidas pelas irmãzinhas. Estas eram responsáveis pelos pajens de Nossa Senhora, confeccionavam suas vestes, fui incluído entre seus selecionados membros. Havia , igualmente, o catecismo, ministrado aos domingos, fui incluído obrigatoriamente nesse segmento. Distribuíam-se cartões de méritos, contando pontos aos mais assíduos e comportados. Fui beneficiado pelas irmãs, era coroinha daquelas entidades, minhas irmãs cantavam no coro das missas e rezas ali acontecidas, colecionei pontos e cheguei em primeiro lugar num sorteio de prêmios promovido no Cine Aparecida. Ali presente no dia aprazado, fui chamado para escolher minha prenda, havia uma boneca belíssima de alto valor, minha mãe aconselhou-me a escolhê-la para repassar a minha irmã Margarida, de 5 anos. Subi ao palco, olhei a boneca, era linda. Ao seu lado, visualizei uma lanterna de caçador, coisa rara na época, talvez de valor cinco vezes menor que a boneca, não tive dúvidas, escolhi a lanterna. Até hoje, sinto remorso e devo uma boneca à Margarida, que ficou privada, na época, daquele mimo que tanto prazer lhe proporcionaria.
Adilson Jose Cunha A Rua da Estação é atual Santo Afonso onde há uma inglesa ou é aquela que passa de frente a estação ?Adilson Jose Cunha 
A Rua da Estação, popularmente conhecida por essa denominação, é oficialmente Rua Dr Licurgo dos Santos, sai da estação ferroviária e termina frente aos portões do Colegião. Alexandre Dumas 
Quando cheguei no SRSA em 1971, o meu curso estudava latim clássico e eu, inciava na primeira declinação. Um bicho papão. Sempre quis seguir o eclesiástico. Se tivesse manifestado essa intenção aos padres em 1962 quando pregaram missão na minha terra, talvez tivesse ido para as Pedrinhas. Eram eles: Noé Sotilo, Gonçalves, Teixeira, Américo Stringhini, e outros.Adilson Jose Cunha
Bom dia Alexandre Dumas. Quero autógrafo no seu livro de memórias. Parabéns. Dumas e Ierardi se puderem apareçam nas Pedrinhas hoje, amanhã ou depois. Vocês serão sempre bem vindos, São pessoas especiais. Grande abraço. NÉLSON FELIX VIANNA
Meu bom amigo e colega, capitão Nélson, muito agradeço pela consideração que me tem há mais de 50 anos...Por questão de foro íntimo, não participo dos encontros da UNESER que respeito e vejo muita importância nesse congraçamento que acontece ao menos duas vezes no ano. Em meu nome peço-lhe a gentileza de transmitir a todos o meu dedicado, efusivo e honesto abraço de amigo e colega! Ierárdi
Meu bom amigo Coronel Vianna, cito a patente para corrigir o "capitão" do Ierardi, também muito agradeço pela consideração, conheci-o como capitão no vigésimo terceiro quando o coronel Menezes, meu irmão, era o comandante, posteriormente, em seu sepultamento, quando você era o coronel comandante, determinou uma guarda e prestou-lhe as últimas homenagens com um belíssimo discurso e toque de "Silêncio". Quanto à ida à Pedrinha, farei o possível para comparecer à missa de domingo, já fiz isso outras vezes. Adoro a Uneser e trabalharei com todas as forças para trazer de volta o Dr. Ierardi, um ex-seminarista rebelde que insiste em invocar foro íntimo para não comparecer e participar de nossos encontros. Alexandre Dumas
Meu amigo Dumas, em primeiro lugar agradeço pela correção quando rebaixei inadvertidamente nosso amigo e colega Coronel Nélson para capitão....A patente é uma das preciosidades da nossa vida que deve ser conservada e demonstrada em vista da difícil luta para sua conquista. Quanto aos encontros da UNESER, sou frustrado pelo constrangimento. Entretanto conservo o reconhecimento e respeito pelo evento tão importante aos antigos seminaristas redentoristas. Encerro com uma afirmação muito clara...não digo nunca....pode ser...um dia!!! Um grande abraço a você, ao Coronel e, por favor, transmita a todos os colegas meu voto de excelente encontro!!!! Ierárdi
Boas memórias. Eh nessas idas e vindas como coroinha que a vocação surgia. Acho que nossas vidas tiveram inícios semelhantes. Abner
Caro Abner, quando no seminário, lembro-me que durante a celebração da missa, ficávamos de olho no andar de cima onde havia 12 altares. Quando aparecia um de nossos sacerdotes orientadores, corríamos para ajudar à missa que, naquele época, não tinha esse "negócio" de CONCELEBRANTE!!!! Às vezes sobravam coroinhas!!!!! Ierárdi

Nenhum comentário:

Postar um comentário