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PEDRO LUIZ DIAS |
Momentos de intimidade com a Bíblia católica, especialmente o Novo Testamento, moldaram minha fé e meu pensamento.
Mais tarde, na faculdade, o caminho se ampliou: estudei também o Talmud e o Alcorão.
Em todas essas oportunidades de leitura e reflexão, as Palavras - que são o reflexo do Criador nas suas criaturas - sempre se mantiveram como uma constante, iluminando a busca por sentido, justiça e compaixão.
Nos últimos tempos, entretanto, algo me inquieta.
Em transmissões e reportagens, vejo clérigos usando vestes tradicionais palestinas, erguendo a voz em defesa dos palestinos que sofrem.
Gesto nobre e necessário.
Mas me pergunto: por que não percebo o mesmo vigor, a mesma visibilidade, quando se trata dos reféns que seguem privados de liberdade, submetidos a sofrimentos e, segundo relatos, torturas indescritíveis?
A reflexão que fica não é confortável:
-Qual sofrimento é maior?
O de um povo que sofre coletivamente, há décadas, ou o de indivíduos que, neste exato momento, vivem cada segundo na dor e no medo?
E, mais ainda:
-Será que a compaixão verdadeira precisa escolher um lado?-Pedro Luiz Dias
Com relação ao assunto, como católico/cristão, inicio com um pensamento, não me lembro o autor:
"NA IGREJA CATÓLICA AQUI NINGUÉM ENCONTRARÁ PRAZER!
Diariamente publico a vida dos Santos e Beatos, e a maior parte foi de mártires!
Assisti há alguns dias o filme "O SILÊNCIO-2016":"No século XVII, dois padres jesuítas vindos de Portugal viajam até ao Japão, sob ordens da Igreja, na esperança de encontrarem o seu mentor, que alegadamente renegou a fé cristã. Os dois jovens religiosos testemunharam a perseguição aos cristãos."
É "pesado"!
Então, concluo assim que não há resposta viável para a questão do seu tema!
Como cristãos, temos de "FAZER SEMPRE O BEM, SEM OLHAR A QUEM!"
...E NÃO ESPERAR NADA EM TROCA POR AQUI!
No meu tempo de SRSA, a doutrina espírita era amaldiçoada, esconjurada, entretanto hoje percebo pelos pensamentos de seus mentores que a CARIDADE é o único caminho!
Um abraço, meu caro!
Antônio Ierárdi
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