terça-feira, 17 de junho de 2025

Leão XIV e a Távola Por Pedro Luiz Dias

O papado do jovem Papa — jovem sim, aos 69 anos de vida e recém-eleito para uma das mais exigentes missões da humanidade — ainda vive seus primeiros dias. 
Ele mesmo, com bom humor e humildade, pediu paciência aos fiéis: está “aprendendo o novo ofício”. 
É apenas o início, mas que início promissor! 
Um horizonte se abre, carregando a esperança de novidade, sem abandonar o compromisso com a tradição e a continuidade de seu antecessor. 
O Espírito Santo, mais uma vez, surpreendeu. 
Buscou nas terras do chamado Novo Mundo o novo Vigário de Cristo. 
Leão XIV nasceu na América do Norte, mas se naturalizou latino-americano — mais precisamente, peruano. Sim, peruano. 
Das terras altas, das montanhas que guardam mistérios milenares e, segundo contam as lendas locais, até segredos de visitantes extraterrestres. 
Mistérios da criação que nem a fé, nem a ciência, conseguiram ainda decifrar por completo. 
Ao escolher o nome Leão XIV, o novo Papa quis fazer um resgate simbólico. 
Um nome que remete à coragem, à força e aos tempos medievais, quando a Igreja estruturava comunidades, espiritualidade e cultura com uma clareza que o mundo de hoje volta a buscar. 
E não é por acaso. 
O renascimento de ordens religiosas com espiritualidade medieval, hábitos simples, foco na evangelização e na presença missionária tem crescido no mundo inteiro — sinal dos tempos e, quem sabe, sinal do Céu. 
O Papa das Américas — escolhido nas montanhas do Peru para servir ao mundo — é homem de comunicação, de diálogo, de ação. 
Logo estará na estrada, em seus périplos pela aldeia global, como já previa Marshall McLuhan, aquele visionário canadense que primeiro chamou o planeta de aldeia global.
O mundo observa. 
A Igreja se reinventa. 
E a Távola de Leão XIV começa a ser montada.
PEDRO LUIZ DIAS

Nenhum comentário:

Postar um comentário