PE. ANTÔNIO PINTO DE ANDRADE CSsR
+5 de MARÇO 1968
Um grande confrade, não só pela
sua gordura, mas principalmente pela
sua imensa candura. Grande, generoso
e compreensivo, seu coração estava
em todo seu modo de falar e de agir.
Filho de fazendeiros, Pe. Andrade
nasceu em Patrocínio Paulista, a 4 de
dezembro de 1894. Recebendo o hábito
C.Ss.R. professou em 1916, e foi
fazer seus estudos de Filosofia e Teologia
na Alemanha. Em 1922 ordenouse,
e logo voltou para o Brasil.
Missionário durante mais de 20
anos, pregou em inúmeras cidades de São Paulo, Minas, Paraná
e Rio Grande do Sul. Nas suas pregações ou conferências não se
preocupava muito com Camões e seus adeptos: ordem nas idéias,
ou beleza de linguagem eram coisas que ele ignorava; mas
sua simplicidade, seu zelo e seu coração conseguiam resultados
surpreendentes. Alegre e compreensivo, era o confrade que todos
estimavam, sempre pronto a animar os recreios e festas da
comunidade com seu bom humor e brincadeiras inocentes. — Na
Revolução de 1932 foi Capelão militar, deixando entre comandantes
e comandados a lembrança de um grande amigo, pela
sua bondade, zelo e bom humor.
Como Superior e Vigário de Aparecida foi de uma atividade
extraordinária, não se poupando em tudo o que referia à Basílica,
à Paróquia, aos romeiros e à congregação.
Não pouco teve de sofrer, justamente por ser incapaz de
qualquer prevenção a respeito das autoridades ou dos seus auxiliares.
Em seu otimismo, gostava de fazer planos grandiosos, sonhando
com uma Aparecida transformada num grande centro
religioso, capital mariana do Brasil e do mundo.
Em seus últimos anos, já não podendo mais trabalhar como desejava, permaneceu em Aparecida, ajudando no confessionário.
Em casa, ocupava-se com suas tinturas, fornecendo vidros e
mais vidros de remédio aos romeiros que o procuravam. Sonhava
terminar seus dias na terra de Nossa Senhora, pela qual tanto
havia trabalhado. Mas, transferido para São João da Boa Vista,
ali ficou pouco tempo. Enfermo, não teve remédio que lhe curasse
a doença. Veio para São Paulo com câncer, e foi internado na
Santa Casa. De nada valeu a operação que o abateu ainda mais.
Com admirável paciência, e rezando sempre, tentava ainda ser
alegre e atencioso com todos que o visitavam. Mas sabia que
seus dias estavam no fim; e foi com muita tranqüilidade que na
madrugada do dia 5 de março, iniciou a travessia do Mar Vermelho...
chegando às praias da eternidade às 5 horas da manhã,
1968. Deixava-nos o exemplo de um grande zelo, de muito amor
a Nossa Senhora e a Congregação.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade -
Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In
memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR
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