BENEDITO FRANCO |
O Juniorato - em Congonhas, MG – foi inaugurado no final de 1952 – a primeira
pedra foi lançada no dia 02 de agosto de 1950 e a benção solene do edifício no
dia 02 de outubro de 1952.
Ainda
havia o admissão, uma preparação de um ano para o menino que saía do primário e
desejava ingressar no primeiro ano do curso ginasial.
No
Juvenato, os alunos eram divididos em menores, os do admissão e primeiro ano; os
médios, os do segundo e terceiro anos e os maiores, os do quarto, quinto e sexto
anos.
Nesse
mesmo fim de ano, de 1952, os meninos que cursavam o primeiro ano e o admissão,
os menores, foram transferidos do Juvenato para o Juniorato – e lá fui eu. O
diretor do novo seminário foi o P. Alberto Ferreira Lima – o Padre Lima.
Os
professores, lembro-me do Padre Walter, holandês, acho que também os Padres
Geraldo Lima e Marques. O diretor do Juvenato era o holandês P. Gregório,
posteriormente substituído pelo P. Marcos Gabiroba e, este indo para o Peru,
nomeou-se o P. Lima. Padre Marcos não me era muito simpático – nem eu a ele, e
muito menos ele a mim. Na minha análise de criança, achava-o muito político –
amigo do JK – e um pouco burrinho.
PADRE WÁLTER CSsR |
JUNIORATO-CONGONHAS-MG |
Em
frente ao Juniorato há a imponente igreja matriz de Nossa Senhora da Conceição.
Ao lado, no terreno do Juniorato, havia um grande pátio que servia de campo de
futebol e outros esportes. Nossos vizinhos mais próximos, silenciosos e quietos,
eram os moradores do cemitério, separados apenas por um muro em um dos lados,
com várias sepulturas em péssimo estado, dando para ver alguns de seus ossos e
algumas caveiras. À noite, na distração dos padres diretor ou sócio, devido à
facilidade de acesso, alguns alunos disputavam quem teria coragem de visitar os
vizinhos e trazer um osso ou uma caveira - parece impossível, mas aconteceu de
alguém cumprir a empreitada.
As
férias dos junioristas eram em tempos diferentes das dos juvenistas, pois assim
todos eles desfrutavam dos ares e aposentos da Casa de Campo. Três eram as
férias do Juvenato: quinze dias em maio, quinze dias em setembro – logo após o
Jubileu – de meados de dezembro ao final de janeiro. Os junioristas também
tinham três ferias.
Como
o Juniorato foi inaugurado no final do ano, nossa estadia por lá, os do primeiro
ano, durou apenas alguns meses, sendo transferidos para o Juvenato no início do
ano seguinte.
Portanto,
passei apenas alguns meses no Juniorato.
Foi
uma bela experiência.
Benedito
Franco
21052015
Belo tema, Benedito Franco!
Quantos outros poderiam ser recheados dos mais interessantes comentários: "da frutaria", "do rego d'água que abastecia a usina elétrica da Casa da Pedrinha",
"do dormitório dos marinheiros", "das mudanças de lugares e de tarefas a cada três meses" uma infinidade de práticas que fizeram parte de nossas vivências no
Seminário ou Seminários nos quais convivemos ...
Morelli
Caro Morelli
Grato pelo comentário.
Praticamente escrevi sobre temas semelhantes, mas no Juvenato São Clenmente Maria e no Juniorato Santo Afonso, em Congonhas, MG.
Se for de seu interesse posso lhe enviar o que escrevi sobre esses dois seminários.
Abraço amigo
Benedito Franco
Também estive no Juniorato Santo Afonso, foi uma passagem rápida mas o bastante para recordar, por exemplo, do Padre Walter, nosso professor de francês e matemática muito querido por todos os alunos. Jamais esquecerei os seminários por onde passei, como o Seminário São José de Santa Rita do Sapucaí e o Juvenato São Clemente.Foi um aprendizado que marcou a minha vida.
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