domingo, 24 de dezembro de 2017

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. ANTÔNIO PENTEADO DE OLIVEIRA CSsR

PE. ANTÔNIO PENTEADO DE OLIVEIRA CSsR
+24 DE DEZEMBRO 1968 
O nosso “Frei Antão” do famoso “limãozinho de Deus”. Campineiro-SP nasceu a 12 de dezembro de 1896, tendo ingressado no Juvenato C.Ss.R. em 1911. Após a Profissão (1918) foi para a Alemanha, onde fez seus estudos superiores. Voltando para o Brasil em 1925, foi nomeado professor no Juvenato, indo depois para Goiás, onde trabalhou como missionário até 1930. Desse ano em diante viveu quase sempre nas casas de São Paulo, exercendo os mais diversos cargos. Foi superior em Tietê, Campinas (GO), Aparecida e Penha; consultor provincial várias vezes, professor no Juvenato, Mestre do segundo noviciado, Redator e Diretor do “Santuário de Aparecida”. De 1933 a 1935, como Vigário de Aparecida, dotou a Basílica de grandes melhoramentos: bancos novos, passagem atrás do altar-mor para a visita da Imagem, ampliação da capela do Santíssimo, e principalmente o carrilhão de bronze (seis sinos) adquiridos em Trento na Itália. Nomeado redator do “Santuário” escreveu, e muito, sobre plantas medicinais, no “Consultório de Medicina Caseira” e sobre questões de fé e moral no “Consultório de Frei Antão.” Foi em Aparecida, aí por 1960, quando, sentindo-se mal do fígado, pediu a um confrade que lhe desse, para experimentar, um vidro de tintura indicada para o caso. Maravilhado com o efeito, enamorou- se das plantas medicinais, e delas acabou simplesmente apaixonado. Se elas não viviam para ele, ele passou a viver somente para elas: instalou no Juvenato (Aparecida) um quase laboratório para a fabricação das suas tinturas; pôs-se a ler e estudar tudo o que se referia às plantas medicinais. Sobre o assunto, escreveu artigos e folhetos que propagava com persistente entusiasmo, sempre enaltecendo as virtudes das plantas medicinais, especialmente do “limãozinho de Deus”. E quem lhe pedisse um vidro de remédio, tinha de ouvir antes um fervoroso panegírico sobre plantas, depois, uma completa apologia da tintura; finalmente... recebia o remédio. Nos seus últimos meses de vida esqueceu um pouco o “limãozinho de Deus”, apaixonando-se pelo alho e pela cebola. Mas a morte, que desconhece qualquer medicina, estava se anunciando através de diversas complicações. A 22 de dezembro (1968) sentindo-se mal, teve de ser levado para a Santa Casa. De nada valeram os cuidados médicos. Os ponteiros já estavam apontando para o infinito. E no dia 24 (pouco depois da meia-noite), um colapso levou nosso confrade para o Natal da eternidade.
CERESP


Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

MINHA NOTA: Convivi com o Padre Penteado, o estimado Frei Antão, quando foi reitor dos padres no SRSA. Há um fato que se conta da época em que ele tenha admitido uma situação de telepatia por parte do Pe.Carlos Silva que vinha de ser ordenado e ainda prestava exames anuais, durante 5 anos, que eram redigidos no seminário maior de Tietê e encaminhados à reitoria dos novos ordenados. Na ocasião, Pe.Silva garantia que saberia em Aparecida-SP as questões no mesmo momento em que seriam redigidas em Tietê-SP. Com a dúvida dos confrades e a autorização do Pe.Penteado, Pe.Silva escreveu as questões e as entregou àquele reitor. Este, ao recebê-las posteriormente do Seminário de Tietê, comparou-as e confirmou o acerto antecipado do Pe.Silva. Houve apenas a inversão das questões 4 e 5, considerando, como se soube depois, que a questão 4 fora retirada e recolocada em seguida no lugar da questão 5 que ficara em 4º lugar. Esse fato foi-me devidamente confirmado pelo próprio Pe.Silva em 2008. Antônio Ierárdi

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