domingo, 15 de junho de 2025

Hora de ir…

Está chegando o dia… de “voltar pro Seminário”. 
Mais exatamente, para o Santo Afonso, onde tudo começou. 
A sensação é uma mistura forte de saudades e alegrias.
Saudades dos amigos que, por um tempo, foram irmãos de caminhada — alguns mais, outros nem tanto (e tudo bem, faz parte da vida). 
E alegrias… ah, as alegrias de lembrar dos desafios superados, dos sonhos que plantamos ali e, sobretudo, das descobertas que fizemos sobre nós mesmos. 
Ir para o Seminário, lá atrás, nunca foi exatamente “O problema”. 
Difícil mesmo… foi a saída. 
E às vezes me pergunto, com toda sinceridade: será que saímos mesmo? 
Ou uma parte de nós ficou lá, eternamente cuidando da nossa essência? 
Nessas lembranças, ainda ecoa nítida a voz do querido Padre Marcos Mooser, C.Ss.R., numa reunião marcante no Santo Afonso. 
Era a primeira turma transferida de Tietê. 
E, confesso, o clima estava meio pesado… parecia que éramos “bezerros soltos no pasto, procurando a mãe”, como alguém brincou na época. 
Foi então que, com sua sabedoria e aquele jeito único, Padre Marcos cravou uma frase que me acompanha até hoje: 
“Saber se adaptar é sinal de maturidade.” 
Silêncio. 
E reunião encerrada. 
E que lição! 
O tempo passou, a vida profissional me levou por muitos caminhos, diferentes cidades, países, culturas. 
E sabe quem sempre chegava junto, no meu pensamento? 
A voz do nosso saudoso Marcão, que, nas rodas de conversa, era chamado assim, com carinho e respeito. 
E agora, de malas quase prontas para o XXX Encontro da UNESER — União Nacional dos Ex-seminaristas Redentoristas, percebo uma coisa muito clara: 
Deus não se cansa. Nem a minha Congregação. 
O chamado da vida continua. E lá vamos nós, mais uma vez, reencontrar, relembrar e renovar. 
Porque, sim… 
“Saber se adaptar é sinal de maturidade.” 
Bora lá! 
 Pedro Luiz Dias

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