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PEDRO LUIZ DIAS |
— “Onde estava Deus naquele dia? Por que Ele se manteve em silêncio?”
Essa foi a frase mais marcante dita por Bento XVI, durante sua visita ao campo de concentração de Auschwitz. O Papa a pronunciou em meio ao silêncio e à comoção, refletindo sobre o horror do Holocausto e a aparente ausência de Deus naquele lugar.
Essa pergunta não ficou presa ao passado. Ela continua a atravessar os tempos, ressoando diante de novos horrores que persistem na humanidade. As guerras não cessaram, as sociedades seguem se polarizando, e até as famílias se estranham. O mal insiste em se apresentar com novas máscaras, mas sempre com a mesma ferida aberta.
É nesse contexto que surge a necessidade de refletir, pessoalmente ou em grupos, sobre qual é — ou qual será — a manifestação de Deus em meio a tudo isso. Onde se encontra o Seu rosto hoje? No legado de Seu Filho, pregado na cruz por amor, ou nas dores silenciosas de Maria, a Mãe do Perpétuo Socorro, que permanece de pé junto à humanidade, sustentando-a em meio às perdas e esperanças?
Refletir, porém, não basta. A reflexão precisa desaguar em ação. Reconhecer a presença de Deus no sofrimento e na compaixão é o primeiro passo para que, iluminados por essa fé, possamos agir como instrumentos de paz, reconciliação e justiça.
O mundo pode permanecer dividido, mas a fé nos recorda que não estamos sozinhos. Maria nos aponta o caminho: mesmo em meio às dores mais profundas, há sempre a possibilidade de socorro, esperança e renovação.
EM 17 DE JULHO DE 2025
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