IR. EMERANO (JORGE HOPF)CSsR
+24 de JUNHO 1938
Nasceu em Aschen (Alemanha) e
desde que chegou ao Brasil, passou a
trabalhar em Goiás, onde terminou
seus dias. De família pobre, teve de
empregar-se ainda garoto, para auxiliar
os pais. Piedoso, não perdia sua
missa aos domingos; e, já idoso, repetia
frases e trechos de sermões que
ouvira nos seus tempos de criança.
Como bom bávaro, às tardes de domingo
assistia à reza, e depois ia tomar
a sua cerveja com os amigos.
Mas, à hora de voltar para casa, ninguém
o segurava; era sério, e cumpridor dos seus deveres.
Tinha já os seus trinta anos quando conseguiu ingressar na
C.Ss.R. Como não conhecia nenhum oficio, contentava-se em
auxiliar seus colegas de noviciado em tudo o que podia. Professou
em 1902, oferecendo-se depois para vir trabalhar no Brasil.
Embora com muito medo das onças, cobras e índios, aqui chegou
em agosto de 1909. Ficou logo encantado, vendo que o Brasil
não era aquilo que lhe haviam pintado na Europa. Após alguns
meses em Aparecida, foi para Goiás de onde não saiu mais. Após
quinze anos de Brasil, podendo viajar para a Europa, em visita
aos seus, renunciou a essa regalia, pedindo apenas para visitar
as casas do Estado de São Paulo. Foi a única vez que saiu de
Goiás, revendo seus confrades de Araraquara, Penha e Aparecida.
Voltando a Goiás, lá continuou a viver como sempre, no trabalho
e na oração. De uma simplicidade encantadora, Irmão Emerano
era a alegria de todos, com sua caridade sempre atenta aos confrades, com seu profundo espírito de oração e impressionante
humildade. Sempre recolhido, passava o dia recolhido trabalhando
no jardim ou na chácara. Aos domingos não perdia nenhuma
das missas, e ainda passava horas na capela, rezando
sempre em seus arqui-velhos devocionários. Foi por isso que ganhou
o apelido de “Irmão dos livros de oração”. Como sacristão
em casa, era todo desvelo para manter a capela sempre em ordem
e bem adornada. Sentiu muito quando, já no fim da vida,
precisou deixar esse ofício para outro. Idoso, com o fígado e rins
atacados, Irmão Emerano começou a se definhar aos poucos.
Experimentou alguma melhora, após receber a Unção dos Enfermos,
conseguindo visitar, às vezes aquela sua horta que tanto
estimava. Mas, acamado e sem forças, viu chegar a sua hora
com a maior tranqüilidade. Faleceu a 24 de junho de 1938. Profundamente
agradecido aos Superiores, por tudo o que recebera
da Congregação, ao ser ungido para morrer, após cada unção ele
ainda soube agradecer, dizendo humildemente ao Sacerdote:
Deus lhe pague!
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade -
Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In
memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR
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