PE. JOÃO BATISTA KIERMAIER CSsR
+13 de JUNHO 1958
Certamente uma das colunas da
nossa Província, pela qual trabalhou
durante 60 longos anos. Nascido em
Reichetsheim, em 1874, professou na
C.Ss.R. em 1892, sendo ordenado em
1897. Em agosto desse ano embarcou
para o Brasil, ficando adscrito à
Casa de Aparecida. Após dois anos foi
para Campinas (GO) como Missionário,
durante seis anos. Voltando para
Aparecida como diretor do Juvenato,
ocupou o cargo durante onze anos,
formou diversas turmas de redentoristas,
marcados com a sua formação firme e rigorosa. Foi Vice-
Provincial em dois triênios seguidos, e procurou estender a Vice-
Província ao Rio Grande do Sul, fundando a Casa de Pelotas, depois
transferida para Cachoeira do Sul. Melhorou muito o prédio
do “Colégio Santo Afonso”, e o maquinário das Oficinas Gráficas.
Como Superior de Campinas - GO, fundou o “Santuário de Trindade”
do qual foi redator. Aparecida e Penha também o tiveram
como Superior. Incansável como jornalista, escreveu durante
quase cinqüenta anos para o “Santuário de Aparecida” sendo
seus artigos usados por muitos vigários como pregação dominical
para o povo. Equilibrado e prudente, sempre gozou de muito
prestígio junto ao Arcebispo de São Paulo que lhe confiou várias
vezes, missões delicadas e difíceis.
Ao lado de toda essa atividade, Pe. João Batista foi, por excelência
o homem do confessionário, principalmente em Aparecida,
onde viveu muitos anos. Era com uma pontualidade matemática que ele iniciava, todos os dias, o trabalho das confissões,
sendo sempre o último a deixar o confessionário. Em seus trabalhos
era metódico ao extremo, com hora marcada para tudo. Parecia
ter feito voto de obediência ao relógio, tal pontualidade e
exatidão com que organizava suas ocupações. Primava pelo seu
zelo na observância regular, e sentia-se preocupado, ao notar
que algum confrade estava ausente de algum exercício comum.
Como religioso, avaro do seu tempo, procurava estar sempre ocupado,
na igreja, ou em seu quarto. Um confrade muito simples,
afável, de uma calma imperturbável. Era caridoso. e pronto
para atender a todos. Gozava de uma ótima saúde; e se nunca
fumou, nunca também dispensou a sua cerveja, no almoço ou no
jantar. Gostava de lembrar que nunca tivera qualquer doença,
nem mesmo uma dor de dentes.
Com 84 anos, em Aparecida, continuava a colaborar no “Santuário”
e não faltava ao trabalho do confessionário, na igreja.
Mas, um dia, subindo a escada para a meditação da manhã, o
coração falhou, e ele, agarrado ao corrimão, já estava para cair,
quando dois confrades o levaram para o quarto. Era o primeiro
aviso de um fim próximo. Mas o velho batalhador quis ainda continuar
trabalhando; e foi com os olhos marejados que ele aceitou
a ordem do Provincial, dispensando-o dos exercícios comuns,
com ordem de permanecer no quarto.
A 13 de junho (1958) festa do Sagrado Coração, ele ainda
celebrou, rezou todo o seu Breviário e, às 4 da tarde, no quarto,
teve um novo ataque cardíaco. Quase agonizando aceitou, muito
contrariado, que lhe aplicassem uma injeção. Mas já era tarde.
Respirando com muita dificuldade, pôde ainda rezar, em alemão:
Meu Jesus, misericórdia! — E, tranqüilamente, devolveu sua vida
ao Pai.
PE.NICOLAU ANTÔNIO
SCHNEIDER CSsR
+13 de JUNHO 1999
Nasceu o Pe. Schneider em S. José
do Maratá - RS, no dia 01 de dezembro
de 1915. Era filho de João Pedro
Schneider e Elisabeth Steffen. Entrou
no seminário de São Leopoldo no dia
28 de fevereiro de 1928, onde fez os
estudos básicos. Sentindo o chamado
divino, entrou em o Noviciado Redentorista,
em Pindamonhangaba SP, no
dia 01 de fevereiro de 1934. Um ano
depois, dia 02 de fevereiro, fez a primeira
profissão religiosa. Estudou Filosofia
e Teologia na Alemanha. Voltou
para o Brasil para completar os estudos teológicos em Tietê SP.
Aí ordenou-se a 22 de dezembro de 1940.
Começou seu ministério como vigário paroquial na Penha, na
cidade de São Paulo. Foi também gerente das Oficinas Gráficas,
em Aparecida, passando ao trabalho missionário na comunidade
de Araraquara e de Cachoeira do Sul RS. De 1947 até 1950 foi
diretor do Seminário Menino Jesus, em Pinheiro Marcado RS. Daí
passou para Tietê, onde foi reitor da comunidade e professor de
Direito Canônico e de Pastoral. Foi também reitor e pároco na
Penha. Transferiu-se para a recém-fundada Vice-Província de
Porto Alegre. Aí foi Vice-Provincial, missionário e vigário paroquial.
Foi um fiel e observante redentorista, de convivência muito
agradável, atencioso e educado com todos. Eram famosas suas
historinhas sempre engraçadas e alegres. Desenvolveu grande
atividade na difusão da devoção a Nossa Senhora do Perpétuo
Socorro, tendo introduzido a novena perpétua em Porto Alegre.
Escreveu um livro sobre essa devoção. Como devoto da eucaristia,
uma de suas palavras derradeiras foi: “A Santa Missa é a última coisa que dispenso.” Pregador talentoso, preparava os sermões
e palestras com muito cuidado, e sua memória privilegiada
permitia-lhe falar de cor.
Um câncer generalizado maltratou seus últimos dias. Faleceu
tranqüilo no dia 13 de junho de 1999, em sua residência, na capital
gaúcha, enquanto os confrades rezavam o terço.
(Pe. Víctor Hugo)
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade -
Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In
memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR
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