Amábile Lucia Visintainer nascera em 16 de dezembro de 1865, em Vígolo Vattaro na Itália. Aos dez anos mudara-se para o Brasil com a sua família.
A região onde Amábile nascera pertencera ao Império Austro-Húngaro. Só depois mais tarde passara a pertencer à Itália. Destarte, a santa pode ser considerada austro-brasileira como também, ítalo-brasileira.
Napoleone Visintainer e Anna Planezzer foram seus pais. A prole deste casal era numerosa sendo que Lucia era a segunda numa escala de catorze.
Desde muito cedo se dedicara às coisas do alto e, feita a primeira comunhão, iniciara a participação na vida eclesial da comunidade. Como sua participação era intensa, fora dada a ela a responsabilidade da catequese paroquial. Ao mesmo tempo se encarregara da limpeza da capela e diariamente visitara aos enfermos.
A menina fora batizada um dia após o seu nascimento, tendo recebido o sacramento da crisma aos nove anos e a eucaristia aos doze. Como sempre, os sacramentos de iniciação cristã são administrados separadamente.
Juntamente com Virgínia Nicolodi, deixaram a casa paterna e foram morar numa choupana, passando a cuidar de uma senhora enferma. A sta.Visintainer estara com vinte e cinco anos. Fora o embrião da congregação que estara se iniciando. Era o dia doze de julho de 1890. Permaneceram nesse lugar por cinco anos , quando se transferiram para Nova Trento, ainda em Santa Catarina.
Ganharam nome. Filhas da Imaculada Conceição. Tratara-se de uma congregação diocesana, assumida por D.José de Camargo Barros, bispo da diocese de Curitiba-PR. No ano da mudança para Nova Trento emitiram os votos religiosos, ou seja, pobreza, obediência e castidade e tiveram os nomes mudados. Amábile recebera o nome de Ir. Paulina do Coração Agonizante de Jesus.
Em 1887, Amábile tornara-se órfã de mãe e fora obrigada a cuidar da casa paterna, até o pai se casar novamente.
As irmãs, para autosustentar-se trabalharam na roça como meeiras e na pequena indústria de seda que havia por lá.
Em 1903 fora eleita superiora geral e mudara-se para São Paulo e, na colina do Ipiranga, junto a uma capela, iniciara a obra da “Sagrada Família” para abrigar os filhos de escravos, órfãos e velhos. Ficara nesse cargo apenas seis anos.
Em 1909, passara a viver em Bragança Paulista e em 1918, como testemunha de vida, retornara a São Paulo, vivendo como simples religiosa, isto é, sem encargos. Fora morar na capital a fim de que sua presença fosse uma testemunha para as moças que estaram ingressando na Congregação.
Entre 1918 e 1938 cuidara das irmãs enfermas, rezara intensamente e começara a via sacra dos sofrimentos, devido à diabete que a levara a cegueira e amputações, começando pelo braço direito.
Buscara forças na Eucaristia, centro de sua vida. Tinha grande intimidade com o Senhor. Era devota da Imaculada Maria Santíssima. E era também desapegada e tudo fazia por todos, inclusive os mais necessitados , os abandonados , os enfermos.
Em São Paulo viera falecer no dia nove de julho de 1942, recitando a jaculatória: “seja feita a vontade de Deus”.
Ir. Paulina fora beatificada pelo papa João Paulo II na visita que fizera a Florianópolis-SC e, canonizada pelo mesmo papa em19/05/ 2002.
Em sua homenagem fora erguido o Santuário de Santa Paulina em Vígolo, Nova Trento, Sta.Catarina.
Dia nove de julho é o dia da Festa Litúrgica de Santa Paulina. Que ela rogue por nós junto a Jesus Cristo, nosso intercessor.
Adilson José Cunha |
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