PADRE PELÁCIO SAUTER CSsR |
E AGORA, SEM A MÃE!
Fevereiro de 1886. A neve cobria as montanhas e os campos, os caminhos e as casas. Dona Maria tinha tido seu 15º filho. Mas enfraquecida pelos afazeres, desprovida de recursos médicos, foi juntar-se no céu com seu pequeno Francisco, que faleceu quatro dias antes dela. Ficaram órfãos 13 filhos, entre eles o Pelaginho com apenas 8 anos. Sem a presença da esposa, podemos imaginar as angústias e preocupações do esposo viúvo, rodeado por aquele bando de órfãos que choravam a ausência da mãe. Ana Elizabete, a filha mais velha das mulheres, assumiu corajosamente o trabalho doméstico e a educação dos irmãos.
APRENDIZ DE SERRALHEIRO
Desde pequeno Pelágio falava em ser padre. Gostava de imitar o vigário celebrando missa. Para isso confeccionou o cálice e as galhetas com pedaços de cera que recolhia na igreja. Seu irmão José fazia as vezes de coroinha.Aos 14 anos, mais para agradar o pai, foi ser aprendiz de serralheiro. Trabalhou apenas dois anos, pois viu que esta não era sua vocação. Houve uma noite em que não conseguia dormir, pensando naquela passagem do Evangelho: "O que adianta ao homem ganhar o mundo e se perder para sempre!" Ao levantar-se disse: Vou mesmo para o Seminário.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
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