As revoluções corporativas nas congregações religiosas também seguiram esse mesmo espírito: discretas, mas profundas. De um século a outro, um novo modo de viver o Evangelho foi se desenhando — com objetivos mais humanistas, fraternos e abertos ao diálogo.
Romperam-se antigos protocolos de hierarquia e surgiram abençoadas metas de compromisso com o futuro, não apenas institucionais, mas, sobretudo, espirituais.
Foi nesse contexto que um grupo de amigos da Congregação do Santíssimo Redentor, ex-alunos e o querido Irmão Viveiros, se reuniu em um encontro simples e fraterno. Mais do que recordar o passado, o encontro serviu para celebrar o presente e reafirmar o valor de uma vocação que continua viva: a vocação de servir, ensinar e redimir pela presença.
No passado, chamava-se “irmão leigo”.
Hoje, fala-se com respeito e gratidão em “irmão religioso” — não mais como quem ocupa um papel secundário, mas como quem assume, com plena consciência e amor, o papel de testemunhar Cristo nas tarefas mais simples e nos gestos mais humanos.
Ser irmão é unir e não dividir, servir e não mandar, amar e não aparecer.
No silêncio de seus dias, Geraldo Majella mostrou que a mais poderosa das revoluções nasce da entrega humilde e silenciosa.Ele não escreveu tratados, não ergueu bandeiras, não comandou multidões. Apenas viveu o Evangelho com radical simplicidade — e por isso transformou gerações.
Epílogo espiritual
“O silêncio de um santo é o grito mais forte do amor.”
Quando o mundo se apressa e as vozes se cruzam em ruído, o coração que serve em silêncio se torna farol.
Foi assim com Geraldo Majella — um revolucionário manso, cuja vida simples abriu caminhos para uma fé mais humana, mais viva, mais redentora.
Que seu exemplo continue a sussurrar aos nossos dias:
-Revoluciona quem ama. Santifica quem serve. Eterniza-se quem silencia.
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Por Pedro Luiz Dias – ex-aluno redentorista |
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