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PEDRO LUIZ DIAS |
Desta vez, o destaque é uma bela recordação trazida pelo colega Alexandre Dumas — uma lembrança memorável, que se abre como um caleidoscópio para todos nós que vivemos, moramos e estudamos boa parte da vida no Seminário Santo Afonso, em Aparecida.
Recentemente, ao celebrar o aniversário de outro grande amigo, o Perdigão, reencontrei-me também com o Zequinha, e juntos registramos uma foto que, de certo modo, sintetiza uma época. Três colegas - José Antonio Perdigão, Zequinha e eu, Pedro Luiz -, reunidos nas mesmas áreas onde outrora ecoavam risos de juventude, passos apressados para as orações e ensaios de esperanças.
As reflexões de Alexandre se misturam a essa imagem, como se os espelhos do caleidoscópio se movem lentamente para formar novas figuras - lembranças, sons, cheiros, cores. E, ao girar essa memória, a pergunta que nos acompanha é sempre a mesma: o que era, o que foi e o que é hoje o nosso Seminário Santo Afonso?
Essa viagem caleidoscópica é também um gesto de reverência. Reverência ao esforço formador da Congregação do Santíssimo Redentor, que educou e moldou milhares de nós - os ex-alunos redentoristas, espalhados pelos quatro cantos do Brasil. Cada um leva consigo um pouco da luz e da disciplina que ali aprendeu.
Hoje, quando a UNESER (União dos Ex-seminaristas Redentoristas) convoca os ex-alunos a retornarem àquele espaço de tantas memórias, encontramos um Seminário que, embora renovado, mantém sua alma intacta. O antigo centro de formação deu lugar também a um centro de acolhida e hospedagem, onde se preserva o espírito de hospitalidade que sempre nos marcou. A Congregação, fiel à sua missão, soube introduzir novos conceitos de administração, manutenção e acolhimento, sem perder a essência da casa que nos viu crescer.
Assim, seguimos nossa viagem no tempo - admirando o passado e compreendendo o presente. Seguimos em missão, como sempre. E, como dizia um antigo mestre da palavra e da fé, “uns nos ombros dos outros subiremos aos céus formando um cacto” — símbolo da resistência, da vida que floresce mesmo nos desertos, e da esperança que renasce a cada reencontro.
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