IR. WILIBALDO
(THOMAZ MANHART)CSsR
+25 de AGOSTO 1992
Ir. Wilibaldo, tendo sido o último
confrade alemão entre nós, encerrou a
meritória presença de missionários vindos
da Baviera para a Vice-Província de
São Paulo. Nascido em Wasserburg, na
Alemanha, dia 01 de janeiro de 1907,
emitiu seus votos religiosos em 1925.
Ele havia entrado como seminarista
menor em Gars, na Baviera, mas foi
aconselhado a fazer-se Irmão, por dificuldades
nos estudos.
Veio para o Brasil em 1928. Começou
seus 64 anos de Brasil em Campinas de Goiás. Cozinheiro,
hortelão, porteiro, sacristão, prefeito de hóspedes, era homem
dos sete instrumentos colocados a serviço dos confrades e do
povo. Pindamonhangaba, Araraquara, Penha, Aparecida, Tietê,
Cachoeira do Sul, Pinheiro Marcado, Porto Alegre, onde não esteve
nosso Irmão?
Homem de oração e do trabalho, estava sempre a procurar o
que fazer, o que organizar, o que arrumar. Ou, então, na capela
da comunidade, em longas presenças diante de Jesus sacramentado.
No tempo de Natal era um exímio construtor de presépios,
tanto da comunidade como da igreja. Como porteiro em Aparecida
foi constantemente atencioso e caridoso com os romeiros.
Amável e dedicado também com os confrades, sincero e humilde,
foi realmente um homem de Deus entre nós. As anotações
de seu diário espiritual traçam os passos místicos que lhe nortearam
a existência. Lá estava anotado: “Devo tornar-me um santo, custe o que custar...” E quem com ele conviveu os últimos
anos pode tranqüilamente testemunhar que Ir. Wilibaldo era um
santo de Deus.
Mas ele não foi um santo desencarnado. Seu lado humano de
homem de gênio forte e de vontade decidida, marcado ainda pelo
seu gosto de viver, era notório. Não admitia que em sua presença
se falasse mal de ninguém; fechava a cara, sacudia a cabeça
e, se necessário, dava um basta. Mostrava também sua reprovação
diante do malfeito, principalmente diante dos omissos
e dos relaxados. E sabia nosso irmão curtir o lado bom da convivência
em comunidade: cuidava com carinho da sauna da comunidade,
da qual era assíduo freqüentador; quando um grupo ia
para a praia, lá estava o Wili como o cozinheiro que corria para
o mar logo que houvesse uma folga; em casa, depois do dia de
trabalho e da oração, tinha seus momentos diante da TV, entretido
com as novelas que muito apreciava.
Nos últimos anos seu coração foi enfraquecendo, obrigando o
Irmão a diminuir o ritmo intenso de atividades. Esse mesmo coração
parou repentinamente, por efeito de um edema pulmonar,
na manhã do dia 25 de agosto de 1992, na casa da Pedrinha,
quando se preparava para mais um dia de retiro com a comunidade.
Perdia a Província um santo em suas comunidades para
ganhar um confrade no céu!
(Pe. Víctor Hugo)
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade -
Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In
memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR
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