PADRE CARLOS DA SILVA CSsR
*02 de Agosto de 1934
+07 de Janeiro de 2016
*02 de Agosto de 1934
+07 de Janeiro de 2016
Origens
Pe. Carlos da Silva nasceu a 02 de agosto de 1934, em Barão de Antonina (SP), filho de João Amâncio da Silva e Donária Pereira de Barros. Seu batismo foi realizado aos 25 de fevereiro de 1935, na paróquia São João Batista, em Itaporanga (SP).
Vocação
Ele entrou para o Seminário Santo Afonso, em Aparecida, aos 12 de fevereiro de 1944 onde permaneceu até dezembro de 1951. Fez o Ano de Noviciado em Pindamonhangaba (SP) em 1952, professando na Congregação no dia 02 de fevereiro de 1953.
Os estudos de Filosofia e Teologia foram realizados no Estudantado de Tietê (SP) onde professou perpetuamente na Congregação Redentorista aos 02 de fevereiro de 1956. Foi ordenado Diácono em Tietê, no dia 16 de março de 1958 e depois Sacerdote lá mesmo em Tietê, a 01 de julho de 1958, por Dom José Carlos de Aguirre, Bispo de Sorocaba.
Ministério Sacerdotal
Recém-ordenado, iniciou seu apostolado no Santuário de Nossa Senhora da Penha, em São Paulo, no ano de 1959 e depois no Santuário de Aparecida entre 1960 e 1961. De 1962 a 1975 trabalhou na formação e no magistério no Seminário Redentorista Santo Afonso, em Aparecida, onde foi o seu diretor de 1970 a 1975.
Neste tempo, em 1965/1966, transferiu-se para Roma onde estudou Pedagogia e Sociologia com os Padres Salesianos, alcançando graduação. Retornaria outra vez a Roma, entre 1976 e 1979, estudando Direito Canônico na Pontifícia Universidade Lateranense.
De 1979 a 1990, residindo na Comunidade das Pesquisas Religiosas, em São Paulo, lecionou Direito Canônico no ITESP, Instituto Teológico São Paulo e em outros seminários. Também prestou assessoria a dioceses, congregações e tribunais eclesiásticos, dando cursos, escrevendo e traduzindo livros, sempre na área do Direito Canônico. Neste tempo, de 1981 a 1984, foi Conselheiro Provincial e depois Superior Provincial de 1984 a 1990.
De 1991 a 1992 residiu em Aparecida, atuando no Santuário Nacional, voltando depois mais uma vez a Roma como Superior da Casa Santo Afonso, assessor Jurídico do Superior Geral da Congregação e Vice-Procurador Geral entre 1993 e 1996, sendo eleito novamente Superior Provincial entre 1996 e 2002, Neste período trabalhou muito para livrar a Província de São Paulo da grave crise econômica e administrativa que enfrentava.
A partir de 2003, depois de ter exercido estes e outros serviços na Província de São Paulo, retornou a Aparecida, residiu na Comunidade Redentorista do Santuário, trabalhando na revisão dos livros da Editora Santuário, enquanto sua saúde permitiu. Ali viveu até o fim de sua vida.
Serviços na Província e na Congregação
Ao longo de sua vida ministerial Pe. Carlos Silva prestou diversos serviços de coordenação e de governo na Província de São Paulo e na Congregação Redentorista em Roma.
Ele se caracterizou como um confrade marcadamente intelectual e acadêmico: livros, estudos, cursos, assessorias, formação e magistério. Sendo um líder nato, devido aos inúmeros cargos que ocupou, esteve presente em diversos acontecimentos importantes da Província seja como vogal e moderador de nossos Capítulos Provinciais ou no encargo de membro da Comissão que preparou o Capítulo Geral de 1991, realizado em Itaici (SP), o primeiro realizado fora da Europa.
Depois de deixar o Provincialado, em 2002 sua saúde foi se complicando. Em fins de 2015 sua saúde foi se debilitando cada vez mais. No dia 07 de janeiro de 2016 partiu para a Casa do Pai. Ele sofreu uma trombose venosa profunda e embolia pulmonar.
O corpo foi velado, primeiro no Salão do Convento Redentorista e depois no Santuário Nacional, onde foi celebrada missa de corpo presente às 16:00h. O sepultamento ocorreu no Cemitério Santa Rita, em Aparecida (SP).
A Congregação do Santíssimo Redentor e a Província de São Paulo agradecem a Deus pela sua vida e por todo o bem que fez à Igreja. Que ele descanse em paz!
Pe. José Inácio Medeiros, CSsR
Arquivista e Secretário Provincial
Aparecida, 07 de janeiro de 2016.
Padre Carlos da Silva foi meu professor de história no Seminário Santo Afonso em Aparecida-SP em 1962. Gostava demais de falar sobre Napoleão Bonaparte. Manteve esse tema por cerca de três meses.
Era partidário do Dr.Ademar de Barros. Lembro que quando houve em 1962 campanha para o governo do estado de São Paulo ele candidatou-se para impedir que o Sr.Jânio Quadros, que renunciara um ano antes a presidência do Brasil, assumisse a administração do estado paulista. A Igreja mostrava interesse decidido em José Bonifácio Coutinho Nogueira, que tinha o apoio direto do então governador Sr.Carvalho Pinto. Tínhamos ao lado do salão de estudos um local que chamávamos “Exposições Periódicas” por onde acompanhávamos o desenrolar do processo eleitoral. As notícias que víamos era apenas sobre o Sr.José Bonifácio. Foi quando o Padre Silva começou a nos trazer informações sobre o Dr.Ademar ainda que os confrades não gostassem muito.
Os candidatos vinham ao seminário para apresentar suas propostas. Eram todos muito bem recebidos. Entretanto, quando veio o Dr.Ademar, ninguém quis fazer nada. Pedi ao Padre Silva que me ajudasse e ele trouxe-me um gravador para termos as intenções do candidato assim como fora realizado com os demais.
Há um fato que se conta da época em que o então reitor do seminário, Padre Antônio Penteado tenha admitido uma situação de telepatia por parte do Pe.Carlos Silva que vinha de ser ordenado e ainda prestava exames anuais, durante 5 anos, que eram redigidos no seminário maior de Tietê e encaminhados à reitoria dos novos ordenados. Na ocasião, Pe.Silva garantia que saberia em Aparecida-SP as questões no mesmo momento em que seriam redigidas em Tietê-SP. Com a dúvida dos confrades e a autorização do Pe.Penteado, Pe.Silva escreveu as questões e as entregou àquele reitor. Este, ao recebê-las posteriormente do Seminário de Tietê, comparou-as e confirmou o acerto antecipado do Pe.Silva. Houve apenas a inversão das questões 4 e 5, considerando, como se soube depois, que a questão 4 fora retirada e recolocada em seguida no lugar da questão 5 que ficara em 4º lugar. Esse fato foi-me devidamente confirmado pelo próprio Pe.Silva em 2008.
São rememorações que guardamos sempre e elas afloram quando surge um momento asado.
Momento sim para trazermos às nossas intenções a memória deste sacerdote, levando aos céus nossas orações para que esteja agora junto do Senhor. Antônio Ierárdi Neto(1957/1962)
Meus sentimentos e minhas orações. Pe Silva também foi meu professor de história e diretor quando estive no seminário Santo Afonso. Depois foi meu professor de Direito Canônico, quando fiz o curso de teologia no então ITESP. E era o provincial, quando deixei a província. Minhas orações. Um homem que fez muito pela província de São Paulo.João Loch
No dia 07/01/16, por volta das 21h:30m, partiu para a casa do Pai celeste o Missionário Redentorista Pe. Carlos Silva, C.Ss.R, aos 81 anos. - Sua ultima residência nesta terra foi o Convento dos missionários redentoristas, do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida - SP. Hoje, 08/01/16, às 16 horas acontecerá a Santa Missa e a seguir sepultamento. Deixará saudades. Ele foi um verdadeiro discípulo e missionário do Redentor. A Província Redentorista de São Paulo agradece por tudo que fez. Foi, sem dúvida, um grande missionário. Obrigado Pe.Carlos Silva. Nossa Senhora o acolhe no céu e o apresenta a Jesus nosso Redentor. Descanse em paz. Aos familiares nossa oração e sentimentos. Aos redentoristas a nossa oração e suplicas ao Pai do céu para que continue enviando muitos e bons missionários. - Pessoalmente devo muito de minha vida e apoio na formação deste grande servo de Jesus. Vai em paz Pe.Carlos.Ir.Manoel Aparecido dos Santos
No dia 07/01/16, por volta das 21h:30m, partiu para a casa do Pai celeste o Missionário Redentorista Pe. Carlos Silva, C.Ss.R, aos 81 anos. - Sua ultima residência nesta terra foi o Convento dos missionários redentoristas, do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida - SP. Hoje, 08/01/16, às 16 horas acontecerá a Santa Missa e a seguir sepultamento. Deixará saudades. Ele foi um verdadeiro discípulo e missionário do Redentor. A Província Redentorista de São Paulo agradece por tudo que fez. Foi, sem dúvida, um grande missionário. Obrigado Pe.Carlos Silva. Nossa Senhora o acolhe no céu e o apresenta a Jesus nosso Redentor. Descanse em paz. Aos familiares nossa oração e sentimentos. Aos redentoristas a nossa oração e suplicas ao Pai do céu para que continue enviando muitos e bons missionários. - Pessoalmente devo muito de minha vida e apoio na formação deste grande servo de Jesus. Vai em paz Pe.Carlos.Ir.Manoel Aparecido dos Santos
Após o almoço todos tínhamos o dever de estar no barracão de recreio, ali haviam quase todos os tipos de divertimentos: dominós, baralhos, ping pong, bilhar, sinuca, xadrez, dama , trilha , gamão ; todos distribuídos pelas várias mesas.
Logo na minha primeira semana de Seminário de Santo Afonso em fevereiro de 1973 procurei me adaptar às regras da nova casa: agora em seminário dos maiores. Sentiria talvez saudades dos anos na cidade de Tietê, lá do seminário dos menores... ali em Aparecida parece que a responsabilidade era mais exigida, afinal estávamos cursando os três últimos anos antes de ingressar na faculdade. Parecia-me no entanto que ali também valiam algumas regras comuns que seguíamos no Seminário de Santa Terezinha: haviam os novatos e os mais velhos.
Bem diferente do que acontecera nos primeiros dias de quando entrei para o Seminário, ali no Santo Afonso já estava mais adaptado á vida comunitária, fundamental para todos os missionários redentoristas. Nos primeiros dias já conhecia todos os padres e os novos amigos. No barracão de jogos, circulava entre as mesas e percebi que ao redor de uma delas formara -se um pequeno grupo compacto de torcedores . Aproximei-me. Havia um padre jogando dama com um seminarista. Quando esse perdia dava seu lugar para outro sob as ovações de apoio e críticas dos companheiros. Ninguém conseguia vencer aquele padre. Eu, raramente perdia uma partida de dama. Poderia tentar, afinal não tinha nada a perder. Entrei na fila. Alguns amigos se aproximaram para assistir ao combate ou a derrota. Parecia que esse tal padre era dos bons e impunha respeito. Chegou a minha vez. Sentei-me diante dele. Ele me olhou por cima dos óculos, franziu a testa e pediu prá que eu começasse. Pensei com meus botões: “ Esse padre deve ter um cargo importante pois todos se portam diferente diante dele e mantém certa distancia respeitosa “...mas todos estão perdendo pois usam de jogadas clássicas no início dos jogos de dama e o padre só faz também armar armadilhas clássicas. Farei diferente, fugirei da mesmice e partirei para toques sem nenhuma conexão obrigando o padre a sair de seu “status quo “” e não lhe darei tempo de pensar em fazer nenhuma jogada de ataque...iniciei a partida e, aos poucos vi o padre franzir os olhos e me olhar por sobre os óculos e coçar o queixo. “ Bom sinal,” pensei, “ele sabe que diante de si tem um jogador mais esperto”. ..Continuamos o jogo e aumentou o grupo da torcida ao redor da mesa. Olhei nos olhos do padre e não gostei do vi: estava sério demais e havia a ameaça de um sorriso bem na linha em um lado da sua boca. Isso era sinal de que ele estava muito confiante e só aguardando a chance de dar o golpe fatal...afastei o corpo da mesa e, tentei imitar o padre: coloquei também a ameaça de um sorriso no canto da boca e o encarei e disse: “ Não sei quem é o senhor, padre, mas comigo será diferente...fique na sua porque não jogo prá perder!”. A torcida caiu na gargalhada e alguns se ajuntaram atrás de mim, outros vendo que eu me colocava a altura do padre também se juntaram aumentando o bloco de torcedores. Conduzi as jogadas com mais lentidão sempre fugindo daquilo que o padre estava acostumado a jogar...mas aquele “ bendito” sorriso que não saía do canto de sua boca começou a me perturbar...e tentei perceber quais eram as suas intenções mas não conseguia pois ele ia respondendo às minhas jogadas como se tivesse certeza da vitória. Nas últimas jogadas eu já sabia que venceria mas, o padre parou, coçou o queixo, franziu os olhos e demorou mais do que o normal para responder a minha jogada e então fez a sua jogada fatal...a torcida aplaudiu e novamente caiu na gargalhada: “ Aí, Neri , encontrou um parceiro à sua altura!”. Cumprimentei o padre: “ Parabéns, gostei de jogar com você, vamos jogar mais vezes e te pego, muito prazer, eu me chamo Neri! ”. E então, se levantou e estendeu-me mão: “ O prazer foi meu, mas você tem que treinar mais, é muito esperto, eu me chamo Pe. Carlos Silva ! – “ nos cumprimentamos e ele se retirou. Os amigos se aproximaram: “ Não conhecia o Padre Silva?” – me perguntaram. “ Não!”, ele joga muito bem !” – respondi. “ Ele é o diretor do Seminário!” – respondeu um amigo – “ é muito inteligente, entrou no seminário com apenas nove anos de idade!”. Neri Pereira da Silva
O já saudoso Pe. Silva, também era um exímio jogador de xadrez. E o salão de jogos era um lugar muito especial. Muito especial ter vivido tudo isso!! E sobra muita saudade deste tempo impar de nossas vidas!! Esteja com Deus, querido Pe. Silva. Ubaldo Bergamin Filho
Caro Vicente, na sua pessoa transmito os meus sentimentos à família redentorista. O que Pe. Silva foi para a Província, talvez a gente que não acompanhou todos os passos não imagine. Mas, na vida pessoal de centenas de pessoas ele foi marcante, sem dúvida. Quantos fomos alunos , amigos e admiradores do "Silvão"! Do Silvão de invejável cultura, incentivador de talentos, amigo dos esportes, promotor de eventos culturais, antenado e incentivador das inovações que despontavam já nos anos 60 e 70. É justo sentirmos sua partida; mas, é mais justo nos alegrarmos que tenhamos tido a oportunidade de convivermos com sua pessoa. Com o latim que dele aprendi, me despeço: "semper motuus, semper vivus". Joaquim Araújo
Realmente Joaquim, seu comentário é justo e pontual. Em todas as vezes que tive o prazer de me encontrar com ele depois que sai do seminário, sempre senti o enorme carinho e prazer que tinha nestes reencontros. Um grande homem, grande padre e grande pai. Descanse em paz Silvão!!Ubaldo Bergamin Filho
Fui para o seminário em fevereiro de 1949, lá conheci um aluno da quinta série chamado Novarro, habituei-me e supunha que fosse um sobrenome espanhol. Nunca tive contato com ele, pois eu era da turma dos menores e ele pertencia aos maiores, as turmas não se comunicavam. Sua fama era de ser o aluno mais inteligente da época, gostava de recitar "Navio Negreiro" de Castro Alves, tinha uma memória fabulosa, dizem que estava decorando "Lusiadas" e teria recitado esse poema de Camões em sua sala de aula por um espaço de tempo que deixou boquiaberto seu professor e seus colegas de turma. Voltando ao codinome "Novarro", só posteriormente fiquei sabendo que isso foi criação do padre Pereira em virtude de sua pouquíssima idade ao entrar no seminário, nove anos, Novarro seria um superlativo de Novíssimo. Outro de sua turma que também ganhou um apelido foi o Zompero, conhecido no meu tempo por "Pirulito" . Boa história, anima-me a voltar aos meus contos, nada mudou, você me fez lembrar do padre Carlos Silva, do Rodolfo e do Pacheco, meus contemporâneos, seminaristas da década de cinquenta. No meu tempo, os jogos eram determinados por grupos e, semanalmente, éramos obrigados a ficar somente em um segmento, seja baralho, xadrez ou dama, eram determinações hebdomadárias. Havia um seminarista gaúcho, chamado Serafim , era um santo, estava na sétima série, nunca teve o seu nome incluído no FIGO, eis que, em certo domingo, seu nome foi citado naquele fatídico livro :- "O Serafim recusou-se a jogar " Mico Preto". Fazendo referência, ainda, a esse seminarista, de comportamento exemplar, tive a decepção de vê-lo excluído do seminário por problemas de saúde, foi mandado embora por ser portador de uma ferida incurável em uma das pernas. Tive notícia, posteriormente, que, perseverante na vocação, ingressou em um seminário diocesano e tornou-se padre, realizando, assim, o seu sonho de servir a Deus.Dumas
Saudosa memória de nossos tempos! No meu tempo havia um jovem que era campeão no xadrez...ninguém ganhava dele e ele ainda fazia ironia do adversário.... o apelido dele era Picolé, o nome era Gaspar...quanto ao nosso Castro Alves, decorei e declamei por vezes O LIVRO E A AMÉRICA....O NAVIO NEGREIRO....VOZES DA ÁFRICA.....O estimado Pe.Zômpero surgiu ao SRSA em 1958...incentivando especialmente a Educação Física e Esportes...Uma vez, em uma de nossas festinhas do domingo, fiz um discurso para cumprir nosso treinamento para o púlpito e missões. Pe.Zômpero gostou muito e pediu-me cópia para usar em algum de seus futuros sermões(assim se denominava a homilia em nosso tempo!)Ierárdi
Fui para o seminário em fevereiro de 1949, lá conheci um aluno da quinta série chamado Novarro, habituei-me e supunha que fosse um sobrenome espanhol. Nunca tive contato com ele, pois eu era da turma dos menores e ele pertencia aos maiores, as turmas não se comunicavam. Sua fama era de ser o aluno mais inteligente da época, gostava de recitar "Navio Negreiro" de Castro Alves, tinha uma memória fabulosa, dizem que estava decorando "Lusiadas" e teria recitado esse poema de Camões em sua sala de aula por um espaço de tempo que deixou boquiaberto seu professor e seus colegas de turma. Voltando ao codinome "Novarro", só posteriormente fiquei sabendo que isso foi criação do padre Pereira em virtude de sua pouquíssima idade ao entrar no seminário, nove anos, Novarro seria um superlativo de Novíssimo. Outro de sua turma que também ganhou um apelido foi o Zompero, conhecido no meu tempo por "Pirulito" . Boa história, anima-me a voltar aos meus contos, nada mudou, você me fez lembrar do padre Carlos Silva, do Rodolfo e do Pacheco, meus contemporâneos, seminaristas da década de cinquenta. No meu tempo, os jogos eram determinados por grupos e, semanalmente, éramos obrigados a ficar somente em um segmento, seja baralho, xadrez ou dama, eram determinações hebdomadárias. Havia um seminarista gaúcho, chamado Serafim , era um santo, estava na sétima série, nunca teve o seu nome incluído no FIGO, eis que, em certo domingo, seu nome foi citado naquele fatídico livro :- "O Serafim recusou-se a jogar " Mico Preto". Fazendo referência, ainda, a esse seminarista, de comportamento exemplar, tive a decepção de vê-lo excluído do seminário por problemas de saúde, foi mandado embora por ser portador de uma ferida incurável em uma das pernas. Tive notícia, posteriormente, que, perseverante na vocação, ingressou em um seminário diocesano e tornou-se padre, realizando, assim, o seu sonho de servir a Deus.Dumas
Saudosa memória de nossos tempos! No meu tempo havia um jovem que era campeão no xadrez...ninguém ganhava dele e ele ainda fazia ironia do adversário.... o apelido dele era Picolé, o nome era Gaspar...quanto ao nosso Castro Alves, decorei e declamei por vezes O LIVRO E A AMÉRICA....O NAVIO NEGREIRO....VOZES DA ÁFRICA.....O estimado Pe.Zômpero surgiu ao SRSA em 1958...incentivando especialmente a Educação Física e Esportes...Uma vez, em uma de nossas festinhas do domingo, fiz um discurso para cumprir nosso treinamento para o púlpito e missões. Pe.Zômpero gostou muito e pediu-me cópia para usar em algum de seus futuros sermões(assim se denominava a homilia em nosso tempo!)Ierárdi
Pe. Silva era um exímio professor. Eu nunca me dei bem com ciências exatas mas, ele era tao bom professor que a aula que eu mais gostava era a aula de álgebra. Sabia ensinar. Homem muito inteligente e de fácil comunicação. Sebastian Baldi
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