PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO MISSIONÁRIO REDENTORISTA |
Dois missionários percorriam o
norte do Estado.
Um deles era jovem e robusto; o
outro, mais idoso.
Em plena missão chega o chamado para visitar um
doente a 7 léguas do local da missão.
Quem iria?
O
mais moço se ofereceu.
No dia seguinte escanchou-se
no lombo de um pacato cavalo e saiu cortando chão o
dia inteiro.
Preparou o doente para o que Deus
quisesse e voltou no dia seguinte.
Tinha viajado uma boa meia légua, quando percebeu que um cavaleiro o
seguia de longe, puxando um animal de sela, arreado.
Ficou encabulado
porque quando ele parava, o cavaleiro parava também.
Quando andava, o
misterioso acompanhante esporeava o burrinho,
mas sempre conservando uma
boa distância.
Chegando ao povoado, moído de cansaço, o cavaleiro aproximou-se
respeitosamente do missionário e disse:
- Seu vigário, eu vim chamar o senhor para confessar outro doente, pertinho
daquele. É vizinho de grito, distância de um tiro de espingarda.
- Por que não aproveitou minha a ida para lá, meu amigo?
- Eu queria dar ao senhor um café com pão bem fresquinho, comprado aqui no
arraial. Fiquei mais atrás para não fazer poeira e não incomodar o senhor. É
possível, seu padre?. O doente está quase nas últimas.
Pasmo geral.
Os missionários se entreolharam.
E agora?
O jeito era voltar.
No dia seguinte o jovem missionário engoliu mais 14 léguas, ida e volta,
perfazendo um total de 28 léguas bem compridas.
O caboclo, entretanto, ficou
todo satisfeito porque conseguiu oferecer ao seu vigário um café com pão
fresquinho, comprado no arraial.
Valeu a boa vontade.
Deus seja louvado pelos
séculos dos séculos.
Lição para a vida: Amai-vos uns aos outros de coração puro e sem cessar
(1 Pd 22)
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