PE. ANTÔNIO PENTEADO
DE OLIVEIRA CSsR
+24 DE DEZEMBRO 1968
O nosso “Frei Antão” do famoso
“limãozinho de Deus”. Campineiro-SP
nasceu a 12 de dezembro de 1896,
tendo ingressado no Juvenato C.Ss.R.
em 1911. Após a Profissão (1918) foi
para a Alemanha, onde fez seus estudos
superiores. Voltando para o Brasil
em 1925, foi nomeado professor no
Juvenato, indo depois para Goiás, onde
trabalhou como missionário até
1930. Desse ano em diante viveu
quase sempre nas casas de São Paulo,
exercendo os mais diversos cargos. Foi superior em Tietê,
Campinas (GO), Aparecida e Penha; consultor provincial várias
vezes, professor no Juvenato, Mestre do segundo noviciado, Redator
e Diretor do “Santuário de Aparecida”. De 1933 a 1935,
como Vigário de Aparecida, dotou a Basílica de grandes melhoramentos:
bancos novos, passagem atrás do altar-mor para a
visita da Imagem, ampliação da capela do Santíssimo, e principalmente
o carrilhão de bronze (seis sinos) adquiridos em Trento
na Itália. Nomeado redator do “Santuário” escreveu, e muito,
sobre plantas medicinais, no “Consultório de Medicina Caseira” e
sobre questões de fé e moral no “Consultório de Frei Antão.” Foi
em Aparecida, aí por 1960, quando, sentindo-se mal do fígado,
pediu a um confrade que lhe desse, para experimentar, um vidro
de tintura indicada para o caso. Maravilhado com o efeito, enamorou-
se das plantas medicinais, e delas acabou simplesmente
apaixonado. Se elas não viviam para ele, ele passou a viver somente
para elas: instalou no Juvenato (Aparecida) um quase laboratório
para a fabricação das suas tinturas; pôs-se a ler e estudar
tudo o que se referia às plantas medicinais. Sobre o assunto,
escreveu artigos e folhetos que propagava com persistente
entusiasmo, sempre enaltecendo as virtudes das plantas medicinais, especialmente do “limãozinho de Deus”. E quem lhe pedisse
um vidro de remédio, tinha de ouvir antes um fervoroso panegírico
sobre plantas, depois, uma completa apologia da tintura;
finalmente... recebia o remédio. Nos seus últimos meses de
vida esqueceu um pouco o “limãozinho de Deus”, apaixonando-se
pelo alho e pela cebola. Mas a morte, que desconhece qualquer
medicina, estava se anunciando através de diversas complicações.
A 22 de dezembro (1968) sentindo-se mal, teve de ser
levado para a Santa Casa. De nada valeram os cuidados médicos.
Os ponteiros já estavam apontando para o infinito. E no dia
24 (pouco depois da meia-noite), um colapso levou nosso confrade
para o Natal da eternidade.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade -
Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In
memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR
MINHA NOTA: Convivi com o Padre Penteado, o estimado Frei Antão, quando foi reitor dos padres no SRSA. Há um fato que se conta da época em que ele tenha admitido uma situação de telepatia por parte do Pe.Carlos Silva que vinha de ser ordenado e ainda prestava exames anuais, durante 5 anos, que eram redigidos no seminário maior de Tietê e encaminhados à reitoria dos novos ordenados. Na ocasião, Pe.Silva garantia que saberia em Aparecida-SP as questões no mesmo momento em que seriam redigidas em Tietê-SP. Com a dúvida dos confrades e a autorização do Pe.Penteado, Pe.Silva escreveu as questões e as entregou àquele reitor. Este, ao recebê-las posteriormente do Seminário de Tietê, comparou-as e confirmou o acerto antecipado do Pe.Silva. Houve apenas a inversão das questões 4 e 5, considerando, como se soube depois, que a questão 4 fora retirada e recolocada em seguida no lugar da questão 5 que ficara em 4º lugar. Esse fato foi-me devidamente confirmado pelo próprio Pe.Silva em 2008. Antônio Ierárdi
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