Pe. João A. Mac Dowell S.J.
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Espírito e matéria são opostos?
Espírito
e matéria são diferentes, mas não opostos. Seria um erro pensar que o espírito
é bom e a matéria é má. O espírito é superior à matéria. Mas eles não existem
para se combater como inimigos. São aliados, feitos para ajudar-se e
complementar-se.
Tanto o espírito humano como o mundo material foram criados por Deus, para revelar a sua bondade e beleza. O livro do Gênesis, no princípio da Bíblia, exprime esta verdade numa linguagem figurada quando descreve como Deus foi criando o céu, a terra, o mar, as plantas e os animais, e depois de cada coisa repete: E Deus viu que isso era bom. Mas, ao falar do homem, a Bíblia diz que Deus o plasmou do pó da terra, para mostrar que pertencemos ao mundo material, mas logo acrescenta que insuflou nas suas narinas um sopro de vida. Desta maneira quer dizer que o homem tem uma ligação mais estreita com Deus que todas as outras coisas, por causa de seu espírito, que é como o sopro de Deus, que anima a sua vida. Ele foi criado à imagem e semelhança de Deus, que é espírito.
Mas o espírito humano, ao contrário do espírito de Deus, está mergulhado na matéria, que o limita. Os dois juntos formam o ser humano. Não somos nem só corpo, nem só espírito. O nosso corpo não é uma acessório do espírito, como uma roupa que ele veste ao nascer e joga fora ao morrer. Não é também a prisão do espírito, mas o seu meio de comunicação e expressão. O espírito humano precisa do corpo para pensar e querer e o corpo precisa do espírito. Eu sou meu corpo vivificado por minha alma espiritual. Por meio dos sentidos, vista, ouvido, etc, recebemos as informações sobre as coisas e por meio de palavras, gestos e atitudes corporais, revelamos o que pensamos e sentimos. Através do corpo somos também capazes de agir sobre o mundo material e adaptá-lo às nossas necessidades e desejos.
Tanto o espírito humano como o mundo material foram criados por Deus, para revelar a sua bondade e beleza. O livro do Gênesis, no princípio da Bíblia, exprime esta verdade numa linguagem figurada quando descreve como Deus foi criando o céu, a terra, o mar, as plantas e os animais, e depois de cada coisa repete: E Deus viu que isso era bom. Mas, ao falar do homem, a Bíblia diz que Deus o plasmou do pó da terra, para mostrar que pertencemos ao mundo material, mas logo acrescenta que insuflou nas suas narinas um sopro de vida. Desta maneira quer dizer que o homem tem uma ligação mais estreita com Deus que todas as outras coisas, por causa de seu espírito, que é como o sopro de Deus, que anima a sua vida. Ele foi criado à imagem e semelhança de Deus, que é espírito.
Mas o espírito humano, ao contrário do espírito de Deus, está mergulhado na matéria, que o limita. Os dois juntos formam o ser humano. Não somos nem só corpo, nem só espírito. O nosso corpo não é uma acessório do espírito, como uma roupa que ele veste ao nascer e joga fora ao morrer. Não é também a prisão do espírito, mas o seu meio de comunicação e expressão. O espírito humano precisa do corpo para pensar e querer e o corpo precisa do espírito. Eu sou meu corpo vivificado por minha alma espiritual. Por meio dos sentidos, vista, ouvido, etc, recebemos as informações sobre as coisas e por meio de palavras, gestos e atitudes corporais, revelamos o que pensamos e sentimos. Através do corpo somos também capazes de agir sobre o mundo material e adaptá-lo às nossas necessidades e desejos.
A unidade
entre espírito e matéria no ser humano pode ser comparada a uma lâmpada acesa.
Sem a corrente elétrica o filamento metálico permanece como morto, não brilha.
Mas sem o filamento a corrente não produz luz. O filamento seria como o corpo e
a corrente como o espírito. Portanto, o nosso fim não é libertar-nos do corpo,
para que o espírito seja feliz, mas transfigurar o corpo para que seja uma
expressão perfeita do amor, que é a beleza do espírito. É isso que ensina a
Bíblia quando fala da ressurreição de Jesus e da nossa ressurreição depois da
morte. Trata-se de uma vida nova, na qual o nosso corpo material, transfigurado
pelo poder de Deus, perde as imperfeições atuais, para participar de nossa
felicidade eterna.
João A. Mac Dowell S.J.
EDITORA
SANTUÁRIO
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