PADRE
HÉLIO DE PESSATO LIBÁRDI CSsR
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Que
pensar dos padres?
O
sacerdote é o homem consagrado para um ministério especial na Igreja;
consagrado para ser um outro Cristo. S. Paulo fala que ele é tirado do meio do
povo e devolvido ao povo para oferecer sacrifício pelos seus pecados e pelos
pecados dos outros; mostrando assim que, mesmo consagrado, ele é uma pessoa
humana frágil.
Como
Jesus aprendeu na obediência, o padre também faz uma caminhada na qual aprende
como agir como pessoa de Cristo; ele se prepara para sua missão, se capacita,
se educa e se santifica pelo exercício do ministério.
A
ordenação sacerdotal não modifica o ser humano do padre. Ele continua com suas
tendências hereditárias, seu temperamento, seu limite humano e vai ter de
caminhar muito crescendo sempre interiormente para ser um homem de Deus. Ele
vem de uma família e por mais que trabalhe essa pessoa, ela terá as marcas que
vem trazendo consigo.
À maneira
dos apóstolos, o Mestre continua chamando e aqueles que aceitam certamente vão
trazer consigo qualidades e defeitos, alguns perfeitamente superáveis e outros
sem possibilidade de mudança.
Ao passar
pelo período de formação, ele é acompanhado e ajudado em sua formação
intelectual, humano-religiosa. É feita uma seleção, pois há muitos que querem
ser sacerdotes e não possuem as condições requeridas e nem foram chamados,
vieram atraídos por sentimentos religiosos, por chances de melhorar a vida,
como saída viável para situações diversas. Outros não possuem condições psicológicas,
equilíbrio e capacidade para viver a vida consagrada.
Precisamos
entender que, apesar de todo o esforço, exigências e cuidados, alguns são
ordenados sacerdotes com bem poucas condições intelectuais, pouca capacidade de
coordenação e alguns até desequilibrados.
Durante o
período de formação ou não mostraram o que realmente eram ou houve muita
condescendência em alguns casos; outros mostraram seus desequilíbrios só depois
de ordenados, quando vão assumir uma comunidade. Há também um pouco de descuido
ao procurar informações, principalmente daqueles que vivem procurando dioceses
que os ordene.
Por isso
temos padres de todos os tipos e sentimos dificuldade em nos adaptarmos a
alguns que fogem mesmo de qualquer paradigma de normalidade. Ao lado de tantos que
são zelosos, sérios e cuidadosos, temos aqueles que, sem dúvida, deixam muito a
desejar.
Não
precisamos ser cordeiros e aceitar tudo; temos o direito de reclamar com quem
pode resolver e encaminhar soluções. Por outro lado temos que deixar de ser
exigentes e de querer transformar o padre segundo a nossa cabeça e o nosso
gosto. Vamos entender a possibilidade de cada um a ajudá-los a superarem seus
limites humanos.
E quando
houver mudanças de padres em nossa comunidade, continuemos dando apoio e
aceitando modelos novos de trabalho ou modos diferentes de coordenação, embora
possamos continuar pensando que os bispos deveriam tomar atitudes em relação a
alguns casos.
DO LIVRO:
RELIGIÃO
TAMBÉM SE APRENDE-VOLUME 9
EDITORA
SANTUÁRIO
Pe. Hélio
Libardi, C.Ss.R.
http://www.redemptor.com.br(2009)
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