PE. NESTOR TOMÁS DE SOUZA CSsR
+30 de ABRIL 1945
Nasceu em Miracema - RJ a 29 de
abril de 1891. Era coroinha da Matriz,
quando os nossos pregaram as Missões
na sua cidade. Entusiasmado, o
garoto pediu aos missionários que o
levassem para Aparecida; queria
também estudar para Padre. Vivo,
inteligente, foi sempre um dos melhores
alunos do seu tempo. Iniciou o
noviciado em 1909 e professou no
ano seguinte. Seus estudos superiores
ele os fez na Alemanha, suportando,
as agruras da guerra mundial
de 1914. Ordenado em 1915, voltou
para o Brasil, sendo logo designado para professor no Juvenato.
Mas, feito o segundo noviciado iniciou sua vida de missionário
que durou uns trinta anos, em sucessivas Missões e Retiros, em
cidades de São Paulo, Minas, Rio Grande do Sul e Goiás.
De temperamento colérico, Pe. Souza era exigente em matéria
de ordem e disciplina em tudo. Sua firmeza, às vezes um tanto
dura, principalmente com seus súditos, causou-lhes não poucos
aborrecimentos como superior que foi em Araraquara e Cachoeira
do Sul. Isso ele reconheceu e lamentou mais tarde, penitenciando-
se das suas fraquezas.
Se nas missões não se poupava, em casa era o homem do
seu quarto, lendo, escrevendo, estudando sempre. Conhecia
muito bem as bibliotecas de nossas casas, em matéria de livros e
revistas. Seus sermões e conferências primavam pela clareza e conteúdo; em linguagem fácil, cheia de vida e colorido, prendiam
os auditórios mais exigentes. Ótimo escritor, devido às suas atividades
missionárias, pouco pôde realizar no apostolado da pena.
Mesmo assim, ainda nos deixou a tradução de “Os Exercícios
da Missão”, de Santo Afonso e, em manuscrito, um alentado trabalho
sobre nossas fundações em Goiás, Araraquara, Pinda e Rio
Grande do Sul, bem como doze cadernetas, com um Diário das
suas missões.
Durante a última missão que pregou, feriu com a unha uma
espinha que lhe saíra no rosto. No momento pareceu-lhe coisa
sem importância. Mas a espinha arruinou. Mesmo assim, ele não
deu muita atenção ao caso, recorrendo, como remédio, a uma
simples pomada. Afinal, instado pelo superior, foi ao médico que
constatou tratar-se de séria infecção.
Esta foi logo envenenando o sangue, e Pe. Souza, antes no
vigor de suas forças, percebeu a gravidade do caso. Aceitou aquela
situação de total imobilidade, em meio a dores horríveis.
Com a coragem que sempre o caracterizou, e com uma calma
admirável, esperou pela morte. E esta chegou, levando-o para a
vida eterna, a 30 de abril de 1945.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade -
Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In
memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR
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