Queridos todos!
Neste quarto Domingo da
Quaresma, a Igreja nos coloca para reflexão um trecho do Evangelho de João: a
bela história da ressurreição de Lázaro. Um fio condutor perpassa as três
leituras deste domingo: na primeira, do livro de Ezequiel (37,12-14), Deus diz
ao povo de Israel: "Porei em vós o meu espírito, para que vivais". São Paulo, na
carta aos cristãos de Roma, afirma: "Vós não viveis segundo a carne, mas segundo
o Espírito (...). Se (...) Cristo está em vós, embora vosso corpo esteja ferido
de morte por causa do pecado, vosso espírito está cheio de vida". E a narrativa
de João nos dá conta de que Jesus, depois de chorar a morte de Lázaro, que há
quatro dias estava morto, ele o ressuscita. Ou seja: devolve-lhe a vida, o
espírito de vida. Devolve-lhe o sopro da vida, o mesmo que Deus insuflara no
corpo formado do barro do primeiro homem. Resumindo, duas coisas: Nós, sem o
espírito que nos anima, nada somos. E, se assim o somos, não podemos viver
saciando apenas o corpo, a matéria. É preciso, e em primeiro lugar, alimentar o
espírito.
Ainda um comentário, a
propósito de uma "oração poderosa", dentre centenas que há por aí, que recebi
hoje no e-mail: João diz, no final do evangelho, que "Então, muitos dos judeus,
que tinham ido à casa de Maria e viram o que Jesus fizera (a ressurreição do
irmão dela), creram nele". Ora, nossa fé não pode ser como a desses judeus, que
SÓ acreditaram em Jesus por causa de ele ter ressuscitado um defunto,
comprovadamente morto e enterrado fazia três dias. Suas palavras por todos os
cantos da Palestina, sua vida de homem que passou a vida "fazendo o bem" a
todos, e que pedia a verdadeira conversão do coração, o abandono de rançosas
práticas religiosas sem espírito nem vida, esquecidas do amor aos irmãos, nada
disso os fez acreditar que estavam diante do Messias esperado. A ressurreição de
um morto, sim. Assim somos muitos de nós: só acreditamos num Deus que a todo
instante esteja à nossa disposição para atender nossos caprichos, nossos desejos
de poder e de grandeza, de saúde, conforto e bem estar. Daí essas "orações
poderosas" que, NA HORA QUE A REZARMOS, Deus estará todo ouvidos, pronto para
nos atender. Sem menosprezar a fé ingênua de muita gente - pois, se é fé, seja
do jeito que for, é fé! -, objetivamente estejamos certos de que ESSE DEUS, se
existe, NÃO É O DEUS DE JESUS CRISTO.
Preparemo-nos, mais uma
vez, para a Páscoa. Sem esquecer que, antes do Domingo da Ressurreição, está a
Sexto-feira Santa. Em outras palavras: Jesus, para ressuscitar, passou pela
cruz, passou pela morte. Do mesmo modo, nós não podemos fugir de TODO E QUALQUER
sofrimento, se queremos chegar à RESSURREIÇÃO.
Fiquem com
Deus.
Antônio
Bicarato
Caro Bicarato, palavras de fé neste
período que antecede o maior evento da nossa Igreja Católica:
a PAIXÃO e RESSURREIÇÃO de
CRISTO!
Você esclarece muito
bem!
Jesus, antes da ressurreição de
Lázaro, mostra o melhor dos exemplos: CHORA PELO AMIGO!
É o modelo divino para base de
nossa fé!
Um forte abraço!
Ierárdi
Bom dia, para colaborar contigo. Vi a homilia do
padre, li o texto bíblico e conclui que:
A sepultura
Afonso de Sousa Cavalcanti
Jesus adentrou na comunidade
e avistou Marta e Maria se lamentando.
Delas, ele se aproximou, trazendo a caridade,
aquela que o Mestre vinha profetizando.
As irmãs ainda não tinham da fé a dimensão
e também não estavam prontas para ouvir,
mas Jesus ali chega contrito de coração
e lhes dá o conforto para o que estava por vir.
O Filho de Deus foi prático o bastante,
levou a todos para o túmulo, a prisão
e ali, invocar ao Pai foi sua primeira ação.
mostrou às irmãs o que é a Ressurreição,
ordenando que Lázaro saísse naquele instante.
Lázaro passava por um processo de dormição
e no túmulo, há quatro dias já cheirava mal,
voltar à vida, para todos, era certo que não.
Jesus fez um milagre: eis a crença no espiritual.
Estar morto é uma forma de linguagem
ressuscitar é um processo de pós morte,
pois bem: a Bíblia nos fala desta passagem,
a crença em Jesus nos envia a esta paragem
para vermos que ressuscitar não é uma questão de sorte.
Mandaguari, 8 de abril de 2014.
Abraço. Afonso. Seja feliz!
A sepultura
Afonso de Sousa Cavalcanti
Jesus adentrou na comunidade
e avistou Marta e Maria se lamentando.
Delas, ele se aproximou, trazendo a caridade,
aquela que o Mestre vinha profetizando.
As irmãs ainda não tinham da fé a dimensão
e também não estavam prontas para ouvir,
mas Jesus ali chega contrito de coração
e lhes dá o conforto para o que estava por vir.
O Filho de Deus foi prático o bastante,
levou a todos para o túmulo, a prisão
e ali, invocar ao Pai foi sua primeira ação.
mostrou às irmãs o que é a Ressurreição,
ordenando que Lázaro saísse naquele instante.
Lázaro passava por um processo de dormição
e no túmulo, há quatro dias já cheirava mal,
voltar à vida, para todos, era certo que não.
Jesus fez um milagre: eis a crença no espiritual.
Estar morto é uma forma de linguagem
ressuscitar é um processo de pós morte,
pois bem: a Bíblia nos fala desta passagem,
a crença em Jesus nos envia a esta paragem
para vermos que ressuscitar não é uma questão de sorte.
Mandaguari, 8 de abril de 2014.
Abraço. Afonso. Seja feliz!
Caro Afonso, obrigado pelo oportuno poema que
estou dando aos nossos colegas.
Apenas a título de esclarecimento, o Antônio
Bicarato não é padre mas um antigo seminarista dos anos 50!
Tem mantido constante contato conosco e algumas
vezes foi aos encontros na Pedrinha.
E, mesmo assim, tem espírito de
sacerdote!
Um grande abraço!
Ierárdi
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