sábado, 26 de abril de 2014

PERGUNTAS E RESPOSTAS - 20/01/2014

PADRE WALMIR GARCIA
DOS SANTOS CSsR
Hilanda Parreira: Por que dizemos “Céus” se existe apenas um céu que é o infinito? 
O céu não é o infinito, mas ele é infinito, pois não tem fim. Falar céus como céu é a mesma coisa, é só uma força de expressão. Em Mateus vemos a expressão “Reino dos Céus”, que é o mesmo que dizer “Reino de Deus”. 
Não identificada: Eu sou separada, mas tenho muita vontade de ser ministra da Eucaristia. Eu posso realizar esse sonho? 
A norma da Igreja diz que a pessoa separada e tem outra convivência (segunda união) não deve assumir esta função, mas ser separada e estando sozinha não tem problema. 
Não identificada: Tenho um colega de trabalho que, ao mesmo tempo em que ele fala de Deus, de Nossa Senhora, ele solta um palavrão daqueles! É casado, tem filhos frequenta a Igreja regularmente, mas tem esse problema. Ele pode ser considerado uma pessoa religiosa de verdade? 
Ele está precisando de uma correção fraterna. Fale com ele sobre isso, e diga sobre a incoerência que ele está vivendo. A boca que profere bênção e coisas boas não deve ser usada para palavras torpes. 
Não identificada: Estou interessada em um rapaz, mas ele ainda não percebeu. Participamos de um grupo religioso e gostaria muito de abrir meu coração para ele, mas tenho receio de levar o fora. Ele é tudo de bom, muito dedicado, responsável, de boa família. Mesmo correndo o risco, será que devo me abrir? 
Claro que você deve falar para ele, ou pelo menos insinuar, pois se não tentar jamais poderá saber a resposta. Não tenha receio de dizer a verdade. 
Helena Maria de Souza: Até quanto tempo eu posso ficar sem me confessar? E mesmo sem confessar, eu posso comungar? E também outra pergunta, qual a sua opinião sobre a realização de casamento na quaresma? 
A Igreja pede que pelo menos de ano em ano o fiel deve procurar o sacramento da reconciliação. Se você não tem consciência de pecado pode tranquilamente participar da comunhão eucarística. Sobre o casamento na quaresma não tem nada de mais, o sacramento do matrimonio pode ser realizado em qualquer época do ano, com exceção de dois dias: a sexta feira santa e o sábado santo. Nestes dois dias não se pode celebrar sacramentos, a não ser Unção dos enfermos. 
Ana Francisca: Um casamento realizado por amor, mas sem a aprovação dos pais, tem a bênção de Deus? 
Claro que sim, pois o fundamento do casamento é o amor entre o casal. Em muitos casos os pais não querem o casamento por preconceito e por ciúmes dos filhos. É preciso ver cada caso, mas se o casal se ama, tem a bênção de Deus. 
Não identificada: Não consigo aceitar a escolha da minha filha de viver com outra mulher! O que faço para acalmar meu coração? 
Não é fácil mesmo aceitar esta situação, mas faça um esforço de aceitar a sua filha como ela é, pois sempre será a sua filha. É preciso dividir as coisas: uma é aceitar a união homoafetiva, outra é aceitar sua filha.a não aceitação da homossexualidade dela não significa você se distanciar dela e muito menos ficar com raiva dela. 
Cristina Soares: A pessoa que já foi casada apenas no civil, mas que se divorciou pode se casar na Igreja Católica? 
Pode, mas deve ter uma boa conversa com o responsável pela Igreja, para ver as condições do primeiro casamento e as consequências da separação, quanto a filhos, pensão alimentícia e outras coisas. 
Daiane Dias Oliveira: Minha filha tem sete anos e, por vontade dela, comungou, sendo que nunca fez a catequese, isso é pecado? 
Não é pecado, pois ela ao fez consciente de que era um erro e nem por maldade, mas deve orientá-la para não continuar comungando e colocá-la na catequese, para que se prepare bem para esse sacramento. 
Bárbara Lopes: As músicas populares de hoje estão ficando cada vez piores e milhares de pessoas embarcam na onda dessas músicas poluídas. Em sua opinião, por que é tão fácil manipular a mente de tanta gente com valores tão baixos? 
Infelizmente muitas pessoas são levadas pelo que é banal, o erotismo tem avançado muito e é muito difundido, por exemplo, piadas eróticas têm “mais graça”, e músicas nesse sentido conquista as “cabeças” vazias e inconsequentes. 
Ivanilde Costa: O que significa “crê no impossível”, já que milagres existem, mas nem sempre alcançamos as graças que pedimos? 
Nem sempre alcançamos o que pedimos porque nem sempre pedimos o que é necessário e justo, ou para o nosso bem. Somos conduzidos, muitas vezes, pelos nossos egoísmos e ambições. S. Tiago nos fala: “pedis e não recebeis, porque pedis mal, a fim de gastardes com vossos prazeres” (4, 3), Santo Agostinho depois acrescenta dizendo que “pedimos não recebemos porque pedimos mal e porque somos maus”. 
Silvia Lisboa: Gostaria que explicasse a Parábola da Figueira que foi secada por Jesus. 
A figueira, nesta Parábola, significa o povo judeu de seu tempo, que deveria ser como uma árvore frutífera, que desse fruto no tempo certo e que não soube assumir sua função de ser, de fato, povo de Deus, exemplo para o mundo. Uma árvore que não dá frutos não tem sentido de continuar sugando a terra; um povo que não assume sua missão de ser luz para os outros, não tem sentido de continuar sendo chamado de “povo de Deus”.
Eva Lúcia Ribeiro: Explique melhor essa passagem: “Não tomar o santo nome do Senhor Deus em vão”. 
É o mesmo que dizer, não fique falando o nome de Deus à toa. Muitos ficam colocando o nome de Deus em tudo, inclusive para coisas inúteis, isso é falar em vão o seu nome Santo.

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