IR. BENTO (JOSÉ HIEBL) CSsR
+5 de NOVEMBRO 1912
Nosso irmão, que se tornou conhecido
por seus trabalhos de pintura
e escultura. — Filho de ricos agricultores,
nasceu na Alemanha a 4 de
janeiro de 1837. Desde criança começou
a mostrar queda para a escultura.
Como jovem, sempre alegre e divertido,
tinha sua turma de amigos e,
com eles, não perdia festas e barulhos.
Mas, durante uma Missão pregada
pelos nossos, o rapaz resolveu a
mudar de vida. Dedicou-se mais à
oração e acabou resolvendo fazer-se
Religioso. Contrariando a vontade dos
pais, procurou os Redentoristas e foi admitido na C.Ss.R. professando
a 26 de agosto de 1865.
Durante alguns anos pôde aperfeiçoar-se na escultura, sob a
direção de um outro irmão Redentorista, escultor famoso. Em
1895 prontificou-se a vir trabalhar no Brasil. Encaixotou diversos
instrumentos do seu ofício, e não se descuidou de trazer também
revólver, facas e facões, para se defender dos índios... A princípio
teve dificuldades para iniciar sua nova vida e, numa carta a
um de seus irmãos, ele escreveu: “Se soubesse que a coisa era
assim, eu não teria vindo”...
Durante alguns anos foi professor de desenho no “Colégio
Santo Afonso”, passando depois a trabalhar somente nos seus
quadros e esculturas. Fez diversos trabalhos para as nossas casas,
e mesmo para igrejas de São Paulo e de Minas. Sua melhor
obra é certamente o Crucifixo esculpido em madeira, atualmente
num dos altares da Igreja de São Benedito, em Aparecida.
Com a vista arruinada, já em seus últimos anos, Irmão Bento
começou a pensar em sua volta para a Alemanha. Voltaram as
saudades, e ele se julgava inútil para os trabalhos da casa. Mas
desistiu de sua idéia, a conselho dos superiores. Três meses antes
de sua morte sofreu muito com uma unha encravada que arruinou,
devido a queda de uma vigota de madeira que, ao cair,
acabou estraçalhando aquela sua unha de estimação... Levado
para São Paulo, os médicos extraíram-lhe a unha. Mas o pé continuou
horrivelmente inflamado, provocando dores intensas que
não davam ao Irmão o mínimo descanso, mesmo durante a noite.
Os médicos decidiram amputar-lhe o pé; mas isso não foi
possível, já que o pobre Irmão estava com 75 anos de idade, e
com deficiência cardíaca. Em meio aos seus sofrimentos, o enfermo
apenas rezava, aborrecendo-se muito se lhe escapava algum
gemido.
Homem de muita oração, que trabalhava recitando contínuas
jaculatórias, Irmão bento foi principalmente nos seus últimos dias,
um modelo de paciência e conformidade. Nenhuma queixa, e
sempre com o terço nas mãos. Dias antes de morrer, pediu água
benta, persignou-se, e continuou rezando, até perder os sentidos.
Faleceu às 14 h. do dia 5 de novembro de 1912.
PE. PAULO DE TOLEDO LEITE CSsR
+5 de NOVEMBRO 1962
Nascido em Santos a 26 de janeiro
de 1921, Pe. Leite professou na
C.Ss.R. a 2 de fevereiro de 1941,
sendo ordenado a 28 de julho de
1946. Trabalhou em Aparecida, na
Basílica, depois em Porto Alegre como
co-fundador da Casa, foi superior da
Penha, esteve algum tempo em Araraquara
e finalmente em Garça. Ótimo
confrade, que todos estimavam
pela sua humildade, espírito de oração
e trabalho, viu sua vida chegar ao
fim, como conseqüência de um desastre,
exatamente como já o havia
previsto.
A 5 de novembro de 1962 pouco antes das 8 da noite, voltava
ele para casa, após ter visitado um doente. Estava num jipe
(que não dirigia) quando um caminhão desgovernado trombou
com o jipe, atirando-o contra outro caminhão. Da cintura para
baixo, Pe. Leite foi praticamente esmagado. Socorrido imediatamente,
pediu ainda que nada fosse feito contra o motorista culpado
— “Como Deus é Bom!” — Foram suas últimas palavras.
Horas depois trocava este mundo pela eternidade. Tinha só 41
anos.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade -
Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In
memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR
Nenhum comentário:
Postar um comentário