segunda-feira, 25 de julho de 2016

RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE! - DEVOÇÃO A MARIA

PeJoão A. Mac Dowell S.J.
Se Maria já nasceu santa, não precisou lutar para ser fiel a Deus, nem serve de exemplo para nós?
É verdade que Maria foi cheia de graça desde o início de sua vida. Mas a graça de Deus não suprime a nossa liberdade. Depende de nós dizer "sim" ou "não" a Deus. Maria também poderia recusar o convite de Deus de colaborar no seu plano de salvar o mundo por meio de Jesus. Você se recorda da história do moço que perguntou a Jesus: "Bom Mestre, que devo fazer para conseguir a vida eterna?". Era uma pessoa que tinha recebido muitas graças de Deus. Tinha observado os mandamentos desde a sua adolescência. Por isso, Jesus olhou para ele com muito amor e disse: "Uma coisa te falta: vai, vende tudo quanto tens e dá aos pobres. Depois vem e segue-me". Mas o moço não teve coragem de deixar tudo para seguir Jesus. Recusou o convite e retirou-se triste.
Maria, porém, aceitou a proposta de Deus, respondendo ao seu mensageiro: "Eis aqui a serva do Senhor, que ele faça de mim, conforme a tua palavra". A grandeza de Maria está na sua fé. Ela abriu o seu coração para receber o dom de Deus. Não sabia como ia ser o seu futuro. Mas deixou tudo nas mãos de Deus, deixou que ele guiasse a sua vida. Acreditou que seu filho era o Messias, o Salvador, embora tudo continuasse igual ao redor dela. Não foi uma vida fácil. Trabalhou e lutou como qualquer mulher para criar o seu filho. Para protegê-lo do perigo, teve de deixar às pressas sua casa e seu país e ir morar no Egito. Durante 30 anos, Jesus viveu em Nazaré como os outros jovens do seu povo: era o filho do carpinteiro. E mesmo depois, quando começou a anunciar a chegada do Reino de Deus, as coisas não ficaram mais fáceis. Pelo contrário. Ele se tornou motivo de divisão: uns acreditaram nele, outros o combateram, até condená-lo à morte.
Maria foi aprendendo aos poucos o que Deus queria dela e de Jesus. O próprio evangelho diz que às vezes ela não compreendia o que estava acontecendo. Mas ia guardando tudo no seu coração e refletindo para ver qual era a vontade de Deus. Assim ela acompanhou o seu filho até o fim. Esta fidelidade custou-lhe muito sofrimento: uma espada atravessou a sua alma. Por isso, Maria é, para todos nós, o modelo da resposta ao chamado de Deus. Como diz Jesus: "A quem muito foi dado, muito será exigido". Maria recebeu muito de Deus, mas também soube dar a ele tudo o que tinha recebido. A verdadeira devoção a nossa Senhora consiste em imitar a sua atitude de fé e fidelidade a Deus, seguindo Jesus e o seu evangelho até o fim.
João A. Mac Dowell S.J.
http://www.redemptor.com.br(2009)

EDITORA SANTUÁRIO

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