PADRE HÉLIO DE PESSATO LIBÁRDI CSsR(+) |
Como
enfrentar as mudanças?
Há
pessoas que, por temperamento, não gostam de mudanças ou as detestam pelo
transtorno que elas trazem. Por outro lado, há as que têm hábito de mudar: todo
o mês tem de modificar alguma coisa nem que seja a posição dos móveis no
quarto.
Outras
vezes, ouvimos comentários de desaprovação face às mudanças, principalmente
quando tudo parece andar bem. Por que mexer?
De
fato mudanças trazem transtornos, às vezes arrancam raízes e condenam a planta
à morte. Mas há mudanças necessárias e outras que são benéficas.
Uma
comunidade que permanecesse com seu quadro de liderança inalterado por muitos
anos, pode ser uma comunidade estagnada que vai morrendo aos poucos. Depois de
um tempo as pessoas criam seu ritmo de ação e de vida e como todo o movimento
iniciado tende a parar, lãs também param e ficam apenas na manutenção.
Assim
acontece com comunidades onde o padre permanece como coordenador por muitos
anos e onde não há rodízio de serviços. Já vi comunidade onde um casal foi
leitor em determinado horário de missa por 28 anos e quando lhe foi solicitado
que abrisse espaço para outros participarem, se afastaram da comunidade
alegando que o padre os colocara para fora.
A
comunidade precisa estar atenta na preparação de novos líderes para os diversos
ministérios paroquiais. Deve estar atenta também para fazer o rodízio de
pessoas nos serviços, evitando que os agentes se tornem donos do ministério ou
da igreja. Já que essas pessoas não possuem bom senso de darem o lugar para
outros de tempo em tempo e de continuarem participando alegres, a comunidade
tem de ter maturidade para colocar as coisas no lugar.
Queiramos
ou não, temos de admitir mentalidades novas, mesmo não tendo a maturidade e a
experiência dos antigos, podemos fazer também a comunidade crescer e
deslanchar.
Há
pessoas que, conforme pude observar, parecem que se sentem valorizadas
carregando um monte de chaves da comunidade. Outras parecem que não sabem
participar a não ser enfiadas num jaleco ou estando no presbitério.
Na
comunidade todos são importantes, independente da função que exerçam. Mas às
vezes penso que se o trabalho fosse por amor a Deus, certamente teríamos um
grande número de catequistas. Mas aqui isso não acontece, porque nesse
ministério a pessoa não aparece e não dá ibope.
Como
diria Jesus hoje? “Ai de vós, hipócritas que transformais a casa de Deus numa
passarela da glória”. Ou preferiríamos as expressões de Paulo: “Tudo o que
fizerdes por palavra ou ações, fazei-o em nome de Jesus para a glória de Deus
Pai”.
Pe.
Hélio Libardi, C.Ss.R.
http://www.redemptor.com.br(2009)
EDITORA SANTUÁRIO
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