PADRE HÉLIO DE PESSATO LIBÁRDI CSsR(+) |
Como
reagir diante da antipatia ou da simpatia?
Pensar
em um mundo ideal é voltar ao sossego descrito no livro do Gênesis (Gn 1 e 2),
como uma situação de paz, harmonia e comunhão de todos e com tudo. Na verdade é
uma projeção para o futuro essa descrição, mas que deve ir acontecendo já
agora, embora não alcance ainda a plenitude.
No
mundo onde vivemos hoje, encontramos pessoas com sentimentos ruins e com
indicações claras de que são maldosas, mas quem somos nós para julgar. As
aparências enganam. No entanto, sempre nos surpreendemos com as manifestações
dos instintos, que, por mais que sejam trabalhados, independem do nosso querer.
Assim
são nossas reações face às cores, paisagens, situações, momentos da vida e
pessoas que encontramos. Não há duas reações iguais, porque as pessoas são
diferentes.
Uma
reação incontrolada é o caso da simpatia e antipatia. Sentimentos instintivos
de aversão ou de aceitação de alguém ou coisas. Se são instintivas, não são
resultados de um ato da vontade, de uma decisão benévola ou maldosa.
Há
pessoas com as quais não nos damos bem e junto das quais também não nos
sentimos bem e tranqüilos, ainda que não nos tenham feito nada de mal e às
vezes nem sequer as tenhamos conhecido. E há aquelas com as quais nos damos bem
e nos sentimos seguros perto delas. Aqui está bem caracterizado o ter simpatia
ou antipatia por alguém.
Não
negamos que haja pessoas antipáticas por maldade. São pessoas más que até
premeditam o que vão fazer de mal. São pecadoras? É mais fácil dizer que são
pessoas doentes ou mal-educadas.
O
primeira ponto que nos tranqüiliza é saber que não pecamos por ter esses
sentimentos de antipatia.
Segundo
ponto, por não ser pecado não significa que não tenhamos de trabalhar nossos
sentimentos, tentando corrigir essa situação por meio de uma terapia pessoal.
Terceiro
ponto, a antipatia não nos dá o direito de maltratar as pessoas. Podemos
reduzir os encontros e até evitá-los, mas precisamos tratar bem essas pessoas
por mais ou menos culpadas que sejam.
Um
passo à frente é conseguir amar e dar maior atenção a essas pessoas, pois é a
isso que o Evangelho pretende chegar.
Quem
possui a Deus facilmente encontra o caminho do amor e vive qualquer situação
com serenidade.
Pe.
Hélio Libardi, C.Ss.R.
http://www.redemptor.com.br(2009)
EDITORA
SANTUÁRIO
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