PADRE HÉLIO DE PESSATO LIBÁRDI CSsR(+) |
Como aprender
com os outros?
Um
velho adágio dizia: “Errando, aprendemos...” O erro pode ser uma excelente
escola para aquele que consegue ver e analisar seu próprio erro e o erro dos
outros.
Não
é só o erro que ensina. No mundo atual, podemos perceber valores nos
acontecimentos, pois a vida é uma mestra e podemos aproveitar todas as lições
que ela nos passa dia a dia.
A
humanidade não começou a existir ontem; a história está cheia de lições boas e
ruins e feliz é quem consegue descobrir pela análise esses valores. Com essa
bagagem podemos formar nosso substrato cultural, religioso, político e social.
Lamentavelmente
há aqueles que pensam que são os únicos, que tudo sabem e não precisam de
ninguém, sua opinião é o definitivo. Não necessitam da experiência de ninguém,
não se interessam pelos caminhos já trilhados por outros e não aceitam os
valores mais elementares da relação humana. Que nome poderíamos dar a essas
pessoas?
É
mais feliz quem inteligentemente percebe a idade do mundo, sabe seu próprio
tamanho, por isso aproveita a experiência, a sabedoria, o bom senso, os valores
que outros tiveram. E mesmo nos erros é possível descobrir a face positiva das
situações.
No
campo da ciência temos de aceitar o progresso já feito, os caminhos já andados,
porque a ciência se impõe matematicamente. Mas no campo dos valores éticos,
morais e religiosos, cada um se acha suficiente para elaborar seu próprio
código de normas e a relação de valores. Daí nascem os conflitos em que se vive
hoje. Essas pessoas não percebem que elas vieram e, como tantas, também vão
passar e não são elas que vão ditar normas para a vida do mundo e no mundo.
Algumas pessoas existem e existiram, são e foram uma verdadeira bênção para
todos, mas algumas são mesmo uma verdadeira desgraça.
Às
vezes penso como seria bom se pudéssemos encontrar essas pessoas já na velhice
para um bom bate-papo. Será que tiveram capacidade de se transformar ou de perceber
como foram ridículas achando-se o “umbigo” do mundo? Será que foram felizes ou
simplesmente foram esquisitos e infelizes. O caso é que a história se repete,
mudando-se apenas as roupagens.
É
muito mais eficiente quem é humilde e aproveita as experiências dos outros para
construir sua vida. Certamente vai deixar-nos um rastro luminoso e novas pistas
para vivermos também a nossa vida com mais acerto e com mais felicidade. Esse
sempre terá o que nos dizer e o que diz possui um valor inestimável.
Mais
que os livros, a vida é mestra e nos ensina a não nos repetirmos nos erros dos
outros e a não percorrermos caminhos inviáveis. Podemos ser originais, mas não
cretinos.
Pe.
Hélio Libardi, C.Ss.R.
http://www.redemptor.com.br
EDITORA SANTUÁRIO
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