segunda-feira, 26 de setembro de 2016

RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE - BATISMO-III -

PADRE HÉLIO DE PESSATO LIBÁRDI CSsR(+)
Não sou casado, posso batizar meu filho?
Dada à situação em que vivem muitos casais, essa é uma preocupação e uma pergunta constante.
Não há normas canônicas que impeçam ou dificultem; há orientações pastorais um tanto exigentes que alguns sacerdotes transformam em leis.
Deve haver compreensão dos dois lados e deve haver também um diálogo que esclareça as situações e posições criadas.
Todos sabemos da importância do sacramento do batismo e do compromisso que dele nasce. Não tem mesmo sentido alguém pedir o batismo para seu filho, se ele mesmo não se compromete e não se esforça em viver o seu próprio batismo com os seus compromissos. É melhor deixar a criança crescer e fazer a sua própria opção mais tarde.
Ela será batizada, quando criança, mas não tem alcance de saber ou de viver sua fé pela falta dos pais que não são religiosos.
Por outro lado, sabemos de situações em que as pessoas não podem se casar no religioso, outros nem devem se casar, pois falta a um deles as condições necessárias. Isso acontece muito entre os recasados.
Uma conversa direta com o pároco, não com a secretária, pode esclarecer o fato, e o padre pode averiguar a verdade, inclusive a situação religiosa desses pais.
Convém também dizer que há muitos batizados que não deviam ser feitos, pois o que aparece de pais e padrinhos, não oferece a mínima condição para um sacramento. É gente que está aí porque é costume batizar e fazer a cerimônia.
Os tais cursos de batismo dão uma boa catequese, mas essas pessoas são tão despreparadas que não conseguem captar o que lhes é falado. Fazer o que nessa hora?
Quem procura o batismo para seu filho devia ter um bom relacionamento e poder dizer ao pároco com sinceridade: “Queremos batizar nosso filho na fé que nós temos e vivemos”.
A criança, às vezes, vira uma boneca nas mãos de pessoas despreparadas. Sem falar daqueles que já chegam com pressa e querem tudo rápido e, se possível, com muitas fotos e sorrisos.
O pároco pode batizar seu filho quando percebe que há uma reta intenção, há uma vida cristã entre os pais e entre os padrinhos, dessa forma ele tem certeza de que não administra em vão um sacramento tão importante.
Sendo consciente, a pessoa livra-se de embaraços desagradáveis. Do contrário, não coloque seu filho numa fria: numa Igreja em que você não vive, numa fé que não lhe diz nada.
DO LIVRO:
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE
EDITORA SANTUÁRIO
Pe. Hélio Libardi, C.Ss.R.

Do site: http://www.redemptor.com.br

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