PADRE HÉLIO DE PESSATO LIBÁRDI CSsR(+) |
Não
sou casado, posso batizar meu filho?
Dada
à situação em que vivem muitos casais, essa é uma preocupação e uma pergunta
constante.
Não
há normas canônicas que impeçam ou dificultem; há orientações pastorais um
tanto exigentes que alguns sacerdotes transformam em leis.
Deve
haver compreensão dos dois lados e deve haver também um diálogo que esclareça
as situações e posições criadas.
Todos
sabemos da importância do sacramento do batismo e do compromisso que dele
nasce. Não tem mesmo sentido alguém pedir o batismo para seu filho, se ele
mesmo não se compromete e não se esforça em viver o seu próprio batismo com os
seus compromissos. É melhor deixar a criança crescer e fazer a sua própria
opção mais tarde.
Ela
será batizada, quando criança, mas não tem alcance de saber ou de viver sua fé
pela falta dos pais que não são religiosos.
Por
outro lado, sabemos de situações em que as pessoas não podem se casar no
religioso, outros nem devem se casar, pois falta a um deles as condições
necessárias. Isso acontece muito entre os recasados.
Uma
conversa direta com o pároco, não com a secretária, pode esclarecer o fato, e o
padre pode averiguar a verdade, inclusive a situação religiosa desses pais.
Convém
também dizer que há muitos batizados que não deviam ser feitos, pois o que
aparece de pais e padrinhos, não oferece a mínima condição para um sacramento.
É gente que está aí porque é costume batizar e fazer a cerimônia.
Os
tais cursos de batismo dão uma boa catequese, mas essas pessoas são tão
despreparadas que não conseguem captar o que lhes é falado. Fazer o que nessa
hora?
Quem
procura o batismo para seu filho devia ter um bom relacionamento e poder dizer
ao pároco com sinceridade: “Queremos batizar nosso filho na fé que nós temos e
vivemos”.
A
criança, às vezes, vira uma boneca nas mãos de pessoas despreparadas. Sem falar
daqueles que já chegam com pressa e querem tudo rápido e, se possível, com
muitas fotos e sorrisos.
O
pároco pode batizar seu filho quando percebe que há uma reta intenção, há uma
vida cristã entre os pais e entre os padrinhos, dessa forma ele tem certeza de
que não administra em vão um sacramento tão importante.
Sendo
consciente, a pessoa livra-se de embaraços desagradáveis. Do contrário, não
coloque seu filho numa fria: numa Igreja em que você não vive, numa fé que não
lhe diz nada.
DO
LIVRO:
RELIGIÃO
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EDITORA
SANTUÁRIO
Pe.
Hélio Libardi, C.Ss.R.
Do
site: http://www.redemptor.com.br
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