PADRE HÉLIO DE PESSATO LIBÁRDI CSsR(+) |
Usar
“camisinha” educa?
Estamos
perplexos face o esforço feito até pelo governo na luta contra doenças
transmissíveis pelo sexo; um palavreado que recomenda preservativos como um
meio certo para evitar problemas. Uma pergunta devíamos fazer: divulgar o uso
de preservativo educa?
Não
entendemos mais nada. Recomendamos o uso de camisinha para evitar a transmissão
da AIDS; outros dizem que camisinha não resolve, uma vez que o vírus é super
microscópico e a camisinha é altamente porosa. Quem está com a razão?
Esse
sistema de educar indica a falência em que chegamos, onde o medo faz a
necessidade da prevenção e substitui os valores morais e éticos. Acredito que
isso seja um meio das autoridades se tranqüilizarem, porque ninguém pode dizer
que não fizeram nada para evitar uma epidemia.
Seria
de tudo impossível trabalhar com outros valores usando a mesma quantia de
dinheiro que se usa para essa malfadada campanha de prevenção contra a AIDS?
Que pena tratar um assunto tão contundente de forma tão primária, prosaica e
irresponsável.
Qualquer
pai ou mãe que recomenda ao filho ou filha o uso de preservativo para evitar o
contágio entra também no rol dos irresponsáveis e apenas colocam alguma coisa
que tranqüilize suas consciências e lhes dê o direito de dizer depois: Eu não
falei?
Precisávamos
tratar a vida com mais respeito. Está na hora de mostrar aos filhos desde
pequenos o valor da pessoa, o valor da vida, a dignidade do homem e da mulher.
Por
que negar o valor de uma vida sadia, onde se aprende a controlar seus
instintos, a cultivar sua sexualidade sem aceitar os chavões comuns que só
visam despertar uma verdadeira mania por sexo? Aprender hoje o respeito ao
próprio corpo, à sua própria pessoa é plantar algo perene e duradouro que
liberta de ter que chorar depois ou se arrepender amanhã.
Essa
nivelação de valores provocada pela mídia como caminho de liberdade própria da
modernidade é reduzir a pessoa aos seus instintos descontrolados, é impedir um
viver digno. Acho que já chegamos longe demais e hoje somos invadidos por
pessoas desqualificadas que nos dão lições através da televisão.
É
muito mais expressiva a educação em casa para o uso do sexo do que ligar a TV e
deixar que a família se encharque com o despudor e desrespeito com que se fala
da vida, do homem e da mulher.
Não
podemos achar normal a depravação só porque alguns não conseguem viver e se
conter dentro dos parâmetros da dignidade.
É
por isso que ninguém substitui os pais na educação e formação da família. Resta
saber o que fazer com pais imaturos e desarticulados, ingênuos e incrédulos.
Pe.
Hélio Libardi, C.Ss.R.
http://www.redemptor.com.br(2009)
EDITORA SANTUÁRIO
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