PADRE HÉLIO DE PESSATO LIBÁRDI CSsR(+) |
Para
que fazer perguntas que não têm respostas?
Há
pessoas com a inteligência bem desenvolvida e há outras com menor alcance;
gente que lê muito e gente de pouca leitura. Conforme o desenvolvimento
intelectual e a cultura, , que, às vezes, são básicas em nossa vida.
Mas
há uma série de perguntas que é melhor nem fazer, dada a dificuldade de
encontrar respostas que satisfaçam. Nessa lista estão as mais comuns: Por que
morreu meu pai, minha mãe? Por que bati o carro ou bateram no meu carro? Por
que trabalho tanto e não tenho nada? Por que as pessoas não me entendem? Como é
no outro mundo?
Essas
perguntas têm resposta, mas, por mais que se explique, fica sempre uma
insatisfação e, quanto mais se questiona mais aumenta a angústia. A pessoa
precisa saber posicionar-se e deixar de criar a insatisfação, fazendo perguntas
que não possuem respostas satisfatórias. Cada um tem de se acomodar com a
realidade.
É
inteligente e equilibrado quem consegue nessa hora perceber e aceitar com
realismo fatos imodificáveis ou situações irreversíveis. É uma postura sadia,
sem falar daquele que encara com fé esses momentos.
Nesse
caminho vão todas as perguntas sobre a outra vida. De lá temos as informações
da fé e nada mais, porque ninguém voltou para nos dizer algo e não temos
palavras para expressar outra realidade, cuja dimensão escapa dos nossos
conceitos e nossas figuras de linguagem. Veja a dificuldade que temos para
explicar o que é o “nada”.
O
melhor é procurar esclarecimento e depois aceitar; a vida continua e precisamos
vivê-la da melhor maneira possível, enfrentando os limites humanos com coragem
e sem se entregar ao ceticismo, ao desânimo, à descrença. Nesse ponto, quem
possui a fé, possui a chave para uma vida sadia e bem organizada.
A
melhor postura é a de quem consegue analisar os acontecimentos, consegue ver
além dos fatos e com isso se posiciona com equilíbrio e realismo. Não vale a
pena viver questionando aquilo que ninguém consegue dar uma resposta
suficiente.
O
homem sempre devia chegar através das coisas, até aquele que é o princípio e o
fim de tudo. Devia aprender a se curvar diante de quem gerou a vida e com seu
sopro recria o mundo a cada dia: Deus.
A
auto-suficiência e a ignorância não podem dispensar a fé em Deus e na sua força
criativa, que nos dá a vida e a transforma no dia do amanhã.
Pe.
Hélio Libardi, C.Ss.R.
http://www.redemptor.com.br(2009)
EDITORA
SANTUÁRIO
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