sábado, 3 de setembro de 2016

RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE - COMPORTAMENTO -20-

PADRE HÉLIO DE PESSATO LIBÁRDI CSsR(+)
Para que fazer perguntas que não têm respostas?
Há pessoas com a inteligência bem desenvolvida e há outras com menor alcance; gente que lê muito e gente de pouca leitura. Conforme o desenvolvimento intelectual e a cultura, , que, às vezes, são básicas em nossa vida.
Mas há uma série de perguntas que é melhor nem fazer, dada a dificuldade de encontrar respostas que satisfaçam. Nessa lista estão as mais comuns: Por que morreu meu pai, minha mãe? Por que bati o carro ou bateram no meu carro? Por que trabalho tanto e não tenho nada? Por que as pessoas não me entendem? Como é no outro mundo?
Essas perguntas têm resposta, mas, por mais que se explique, fica sempre uma insatisfação e, quanto mais se questiona mais aumenta a angústia. A pessoa precisa saber posicionar-se e deixar de criar a insatisfação, fazendo perguntas que não possuem respostas satisfatórias. Cada um tem de se acomodar com a realidade.
É inteligente e equilibrado quem consegue nessa hora perceber e aceitar com realismo fatos imodificáveis ou situações irreversíveis. É uma postura sadia, sem falar daquele que encara com fé esses momentos.
Nesse caminho vão todas as perguntas sobre a outra vida. De lá temos as informações da fé e nada mais, porque ninguém voltou para nos dizer algo e não temos palavras para expressar outra realidade, cuja dimensão escapa dos nossos conceitos e nossas figuras de linguagem. Veja a dificuldade que temos para explicar o que é o “nada”.
O melhor é procurar esclarecimento e depois aceitar; a vida continua e precisamos vivê-la da melhor maneira possível, enfrentando os limites humanos com coragem e sem se entregar ao ceticismo, ao desânimo, à descrença. Nesse ponto, quem possui a fé, possui a chave para uma vida sadia e bem organizada.
A melhor postura é a de quem consegue analisar os acontecimentos, consegue ver além dos fatos e com isso se posiciona com equilíbrio e realismo. Não vale a pena viver questionando aquilo que ninguém consegue dar uma resposta suficiente.
O homem sempre devia chegar através das coisas, até aquele que é o princípio e o fim de tudo. Devia aprender a se curvar diante de quem gerou a vida e com seu sopro recria o mundo a cada dia: Deus.
A auto-suficiência e a ignorância não podem dispensar a fé em Deus e na sua força criativa, que nos dá a vida e a transforma no dia do amanhã.
Pe. Hélio Libardi, C.Ss.R.
http://www.redemptor.com.br(2009)

EDITORA SANTUÁRIO

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