PADRE HÉLIO DE PESSATO LIBÁRDI CSsR(+) |
Para que
servem os padrinhos de batismo?
O batismo
é o sacramento que nos introduz no ministério de Cristo. Pelo batismo somos
recebidos como filhos de Deus; nascemos de novo e iniciamos a plenitude da vida
em nós na comunhão com o Pai, Filho e Espírito Santo.
É também
a nossa entrada ao povo de Deus que é a Igreja. Aceitamos Jesus, queremos viver
o que Ele ensinou e vamos ensinar aos outros o Evangelho que vamos aprendendo e
vivendo.
Dada a
importância desse sacramento, a Igreja pede que os pais assumam um verdadeiro
compromisso de dar um exemplo cristão de vida e ensinamento, pelo menos, dos
rudimentos da fé. E pede padrinhos e madrinhas ao lado do batizando para
auxiliar os pais na tarefa da educação na fé. São ou devem ser pessoas que
tenham uma vivência de seu batismo, sejam comprometidas com a comunidade, aptas
para desempenharem sua missão ao lado do afilhado na sua formação
humano-cristã, quer pelo exemplo de vida, quer pela presença cristã ao seu
lado.
Quando
não se sabe disso, as pessoas convidam para padrinhos e madrinhas os menos recomendáveis,
ou pessoas boas e idosas, doentes, como uma atenção especial ou para lhes
mostrar uma amizade maior. Aí aparecem aqueles que não têm nenhuma vivência
cristã, pessoas sem compromisso com sua fé e com sua comunidade. Os idosos,
dentro de pouco tempo ou na época que o batizando mais precisa, já morreram ou
não estão mais lúcidos e capazes de acompanhá-lo na educação da fé.
Os que
não vivem a sua fé, não possuem valores para transmitir nem exemplo para dar e
nem moral para falar e menos vontade de cumprir seu encargo. Para que servem
esses padrinhos e essas madrinhas?
É tempo
de os pais perceberem e fazerem uma melhor escolha de padrinhos, encontrando
pessoas capacitadas para o exercício de sua missão que é acompanhar, motivar,
orientar o afilhado. Eles adquirem um grau de parentesco muito próximo dos pais
e deverão assumir o afilhado se os pais falharem ou vierem a faltar.
Por isso
mesmo devemos acabar com essa pretensa prática de condecorar parentes ou amigos
entregando a eles seus filhos. Seria bom que acabassem o costume de se ter uma
lista enorme de afilhados. Cada um deve ser consciente de sua obrigação e até
mesmo recusar algum convite de ser padrinho e madrinha. Não é pecado recusar e
nem falta de consideração, mas é a consciência do que se pode e consegue fazer.
Não
aceitar nessas condições é ser lúcido e consciente de suas possibilidades e
poder de acompanhar o afilhado.
Os pais
que analisem melhor e façam uma escolha mais pensada. Ser padrinho e madrinha
não é recompensa para os avós e muito menos para tias que nem sequer dão conta
de suas obrigações religiosas e ainda querem cuidar dos outros.
Se os
padrinhos e madrinhas assumissem sua missão na ausência dos pais, não haveria
tanta criança desamparada na rua.
DO LIVRO:
RELIGIÃO
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EDITORA
SANTUÁRIO
Pe. Hélio
Libardi, C.Ss.R.
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