sexta-feira, 29 de agosto de 2014

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. FRANCISCO COSTA CSsR(VIEIRA)

PE. FRANCISCO COSTA CSsR(VIEIRA)
+29 DE AGOSTO 1995 
Era mineiro de Jacutinga, onde nasceu a 18 de fevereiro de 1927, na Fazenda Bom Café. Eram seus pais David da Costa e Maria Vieira da Costa. Foi batizado em Jacutinga no dia 07 de maio do mesmo ano. Em sua cidade foi aprendiz de alfaiate, de sapateiro e também de mecânico. Nos timos tempos, antes de entrar para o Seminário, foi coroinha e auxiliar de sacristão. Entrou para o Seminário Santo Afonso, em Aparecida, a 16 de junho de 1939. Fez o Noviciado em Pindamonhangaba, durante o ano de 1947, professando dia 2 de fevereiro do ano seguinte. O Seminário Maior foi em Tietê no Seminário Santa Teresinha. A em 1952, fez a Profissão Perpétua. Ordenou-se sacerdote em Tietê a 27 de dezembro de 1952 e cantou sua primeira missa solene em Jacutinga no dia 31 de dezembro. Deixou o seminário maior em janeiro de 1954, começando as atividades apostólicas como professor no Seminário Santo Afonso, em Aparecida. Era também prefeito de disciplina. Desempenhou essa função até 1957, quando, em janeiro de 1958, foi nomeado Diretor de Seminário Santo Afonso, onde ficou por um triênio. Transferido para o Seminário Maior de Santa Teresinha, em Tietê deu aulas de Sagrada Escritura, matéria de que gostava muito, iniciando entre os nossos jovens uma visão mais atualizada da Palavra de Deus. Com a transferência do Seminário Maior para o Alfonsianum, na Via Raposo Tavares, Pe. Costa veio junto como professor. Nos anos que aí morou foi também Prefeito dos estudantes. Tanto lá, como já antes no Seminário Santo Afonso, sua grande bondade e amor aos formandos, espírito alegre e brincalhão, bem como a competência didática sempre conquistaram os corações dos formandos. Em 1971 foi transferido para a Comunidade do Jardim Paulistano, em São Paulo. Nos anos que ali morou foi Vice-Superior Provincial, Consultor Provincial e Superior da Comunidade. Em 1975 e no ano seguinte foi membro da Equipe dos Mestres de Noviços. Em seguida fez parte da comunidade do Alfonsianum, no Ipiranga, em S. Paulo. Foi transferido para a Comunidade das Comunicações, em Aparecida, da qual foi membro até seu falecimento. Foi aí Superior da Comunidade e era da equipe da Editora Santuário. Inicialmente trabalhou na redação do Folheto Litúrgico "Deus Conosco". Em agosto de 1986 foi nomeado Diretor Geral da Editora Santuário, cargo que ocupou ata sua morte. Trabalhou para dar à Editora um porte empresarial. Durante esses anos, em Aparecida, dedicou-se também ao apostolado com os Cursilhos de Cristandade, Equipes de Nossa Senhora, além das atividades pastorais paroquiais. Nunca deixou suas aulas de Sagrada Escritura, seja para seminaristas seja para leigos. Há anos que Pe. Francisco Costa, carinhosamente apelidado de Pe. Chiquinho, não gozava e boa saúde. Fora operado do coração e tinha problemas no baço. E por fim surgiu ainda a leucemia. Era bastante impressionado com as dificuldades de saúde e contava muito com o apoio de seus confrades e de pessoas amigas. Em 1993 seu estado piorou muito, devido a uma prolongada pneumonia. Mas recuperou-se parcialmente. Daí em diante foi vivendo com as cada vez mais freqüentes transfusões de sangue, que no fim quase já não faziam efeito. Em começos de 1995 foi morar no convento da Basílica, para que o enfermeiro Ir. Gercino, pudesse cuidar dele melhor. Ali faleceu no dia 29 de agosto de 1995, no final da tarde. A missa de corpo presente na Basílica Nova teve cerca de 80 concelebrantes. A Editora Santuário estava presente em peso. "Fidelis vocationi suae..." (Pe. Victor Hugo)

CERESP

Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

MINHA NOTA:
Era conhecido e tratado como PADRE VIEIRA. Foi meu segundo diretor no Seminário Santo Afonso. Dele tenho uma lembrança meio "arrepiante", principalmente na época de provas e exames: Foi meu professor de GREGO! Gostava muito dele: Alegre e, quando necessário, sério ao ponto. Estimado e saudoso mestre na minha formação religiosa e cultural.
DESCANSE EM PAZ! 
Antônio Ierárdi Neto

Meus caros, Eu era um seminarista meio arredio, principalmente com os padres, mas com o Padre Vieira eu me dava muito bem. Foi um grande amigo, como Prefeito, depois como Diretor, foi minha salvação, pois ele entrou no lugar do Padre Ribola, minha cruz. Eu gostava muito dele, me foi um pai, e educador. Ele declamava uma poesia que me lembro até hoje: 
"Por entre as alas de um jardim formoso,
Tendo na mente sonhos e quimeras
Eu caminhava, triste e vagaroso
Numa manhã de plena primavera

Ao ver-me assim, tristonho e desgostoso
Falou-me um florzinha em voz sincera
Porque sofre assim moço inditoso
Quando dentro a alegria nos impera?

Olhei sorrindo a delicada:
Perdão, meu Deus, eu não sabia quanto
Era grande e sublime o seu amor"

Ele dizia que era de um autor desconhecido, mas eu sempre achei que era de sua autoria, embora não seja aquela pérola. abraços abner 

Eu gostava muito dele. era meu irmao mais velho. seu veio religioso era muito humano...fez-se homem. Obrigado padre vieira por tanto que levo de vc na minha vida. continue a sorrir-me na minha caminhada. Carlos Felício Gerente Administrativo Caelum | Ensino e Inovação SP (11) 5571-2751 RJ (21) 2220-4156 DF (61) 3039-4222 (11) 983358083

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. OSCAR CHAGAS AZEREDO CSsR

PE. OSCAR CHAGAS AZEREDO CSsR
+29 de AGOSTO 1957 
Foi o primeiro juvenista da nossa Província. Nasceu em São Bento do Sapucaí, em 1888. Aos 10 anos, sua mãe o trouxe para o Juvenato, entregando-o ao Pe. Valentim Riedl. Que o garoto era inteligente prova-o um seu atestado de estudos, acusando suas notas com “Distinção” e “Plenamente aprovado” em todas as matérias (nada menos que doze). Em 1906 iniciou o seu noviciado, com os colegas: Orlando Morais, José Benedito da Silva e José Lopes Ferreira. O mestre, Pe. Lourenço Hubbauer, conhecido pelo seu rigor, quis saber (como o queriam também os Superiores) se brasileiro dava para redentorista. Os quatro foram realmente provados in fornace ignis; e provaram que brasileiro dava para redentorista, e daquele tempo. Após a profissão, Pe. Chagas fez seus estudos superiores na Alemanha. Os alemães aguardavam com muita curiosidade os primeiros brasileiros que iam conhecer. Seriam eles capazes de estudar Filosofia, Teologia, etc.? Os nossos quatro tupiniquíns mostraram que sim. Entre eles destacou-se Fr. Chagas, que logo aprendeu a língua, falando alemão correntemente. E, em matéria de inteligência, nada ficou devendo aos colegas alemães. Em 1913, já ordenado, Pe. Chagas voltou para o Brasil, sendo logo nomeado professor no Juvenato em Aparecida. Depois, iniciou sua vida de missionário, que durou 18 anos. Ótimo orador, prendia sempre o seu auditório, com uma voz clara e invejável memória. Como Superior e Vigário da Penha conseguiu quase o impossível. Com muita habilidade alcançou do Arcebispo licença para uma pequena reforma na igreja; e fez uma reforma total. Em Araraquara construiu o convento; em Campinas (GO) deu início à construção da nova casa; e em Aparecida, muito trabalhou pela Rádio, pelo início da nova Basílica, e construção da Vila Vicentina. Homem que não perdia tempo, dedicou-se ainda ao apostolado da pena, deixando-nos a tradução da Vida de Santo Afonso (Pe. Berthe) das Meditações do Pe. Bronchain, da Regra da C.Ss.R. bem como as biografias de São Clemente, de São Geraldo, Pe. Martinho Forner e Pe. Valentim Riedl. — Como superior ou simples confrade Pe. Chagas era sempre um homem alegre, atencioso, e disposto a uma boa prosa, que ele sabia perfumar com seu infalível cigarro de palha. Seu último reitorado foi em São João da Boa Vista, de onde saiu com a saúde já bastante abalada, para a incipiente comunidade do Jardim Paulistano. Daqui foi transferido para Araraquara, onde viveu até agosto de 1957, piorando sempre mais. Embora não escondesse seu medo pela morte, faleceu na Santa Casa, mostrando muita paz e tranqüilidade, a 29 de agosto de 1957.

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Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. SILVÉRIO NEGRI CSsR

PE. SILVÉRIO NEGRI CSsR
+28 de AGOSTO  2003 
Nasceu na Fazenda da Barrinha, em Jacutinga, MG, no dia 20 de junho de 1928. Seus pais eram Ângelo Negri e Josefina Recchia Negri. Entrou para o Seminário S.Afonso, em Aparecida SP, em 14.04.1941, terminando o estudo de humanidades em 1947. Fez o Noviciado em Pindamonhangaba, no ano de 1948, onde fez a Profissão Religiosa na CssR, dia 02.02.1949. O Seminário Maior foi feito em Tietê SP, de 1949 a 1954. Ali fez a Profissão Perpétua dia 02.02.1952. Foi Ordenado Sacerdote no dia 27.12.1953, em Tietê por Dom José Carlos de Aguirre, Bispo de Sorocaba. Celebrou sua Primeira Missa Solene, em Jacutinga, dia 06.01.1954. Em dezembro de 1954, deixou o Seminário Maior, iniciando sua vida apostólica, como Prefeito e Professor no Seminário S.Afonso, em Aparecida. No primeiro semestre de 1956, esteve no Pré Seminário da Pedrinha, como Diretor. No 2º semestre foi transferido para a Basílica, como Vigário cooperador. Trabalhava também na Paróquia. Em 1962 foi nomeado Diretor do Pré Seminário da Pedrinha. Em 1964, foi nomeado Diretor do Seminário Santo Afonso, cargo que ocupou até fins de 1970. Em 1971 foi Mestre de Noviços coristas, em Aparecida, no Seminário S.Afonso. Em dezembro de 1971, foi transferido para a Vice-Província de Brasília, como Pároco da Paróquia de N.S. da Conceição, em Campinas, Goiânia, e Superior da Comunidade, onde ficou até 1975. No 1º semestre de 1976, fez no Rio de Janeiro, o curso do IBRADES. Terminado o curso, retornou a Goiás, como missionário das Missões Populares. Em dezembro de 1976, foi nomeado Diretor do Seminário Redentorista S. José em Goiânia, na Vila Aurora, onde ficou até meados de 1983. Em setembro de 1983, foi nomeado Vigário Cooperador da Paróquia de N.S. da Conceição, Campinas, Goiânia. Em fevereiro de 1984, foi nomeado Superior e Pároco da Paróquia do Divino Pai Eterno, em Trindade GO. Em 1984, pediu a adscrição definitiva à Vice-Província de Brasília. No dia 17.05.1987, foi nomeado Vice-Provincial da Vice-Província de Brasília. Em fins de 1989, terminando seu mandato de Vice- Provincial, foi transferido para a Igreja de N.S. da Guia, no Parque Buriti, periferia de Goiânia. Dia 16.04.1991, Pe. Negri foi operado do coração, na Beneficência Portuguesa, em S. Paulo. Voltando para Goiás, continuou no Parque Buriti, em Goiânia. Em fins de 1995, pediu para retornar à Província de S. Paulo, sendo adscrito à comunidade da Basílica, em Aparecida, onde morou até seu falecimento. Dia 02.02.1999, celebrou seu Jubileu de Ouro de Profissão Religiosa. Faleceu de problemas cardíacos, na noite de 28 de agosto de 2003, na Santa Casa de Guaratinguetá. Sepultado em Aparecida, na tarde do dia 29 de agosto de 2003. Estava com 75 anos de idade, 54 anos de Profissão Religiosa e quase 50 anos de Sacerdócio, que iria celebrar dia 27 de dezembro de 2003.

Com imensa REVERENCIA, tive o orgulho de ser aluno do SANTO AFONSO durante a gestão do PE. SILVERIO NEGRI, ou NEGREIS , como os seminaristas falavam Um exemplo de HUMILDADE e DEDICAÇÃO....não dava instruções para FAZER...FAZIA e puxava a renca de seminaristas para o seu lado. Em circunstancia especial, pegou a enxada e foi carpir sozinho...no que foi seguido. Tive uma experiencia única com PE. NEGRI. Dentro de meus erros, e não foram poucos, proucurei a noite o PE. NEGRI em seu quarto, já mais de meia noite, e pelo que confessei achei que iria mandar-me embora, pois tínhamos viajado a SAO ROQUE e na volta tomei vinho escondido no ônibus...os seminaristas para não deixarem aparecer, me deram banho e fui dormir....Como a consciencia não deixava dormir mesmo assim, levantei e fui ao PE. NEGRI contar tudo....e certo que iria mandar preparar a mala , ou coisa assim, no meu entender.....A SUPERIORIDADE E SANTIDADE DELE era maior. Perguntou-me se eu havia aprendido alguma coisa com esse porre e que rezasse 3 AVE-MARIAS e um PAI NOSSO e fosse dormir. Tomei outro banho, e fui a CAPELA no andar de cima rezar..e qual minha surpresa...passava de uma da MADRUGADA e o PE. NEGRI estava lá embaixo de joelhos diante do SACRÁRIO rezando....Cambaleava um pouco e acordava, e cambaleava outra vez....MEU DEUS, eu estava presenciando no silêncio da noite toda aquela SANTIDADE. OBRIGADO , PE. SILVERIO NEGRI, UM PAI, UM SANTO PAI....PARA MIM, NÃO TENHO DÚVIDAS É SANTO.
Nélson Duarte

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

ELES VIVERAM CONOSCO - IR. WILIBALDO (THOMAZ MANHART)CSsR

IR. WILIBALDO (THOMAZ MANHART)CSsR
+25 de AGOSTO 1992 
Ir. Wilibaldo, tendo sido o último confrade alemão entre nós, encerrou a meritória presença de missionários vindos da Baviera para a Vice-Província de São Paulo. Nascido em Wasserburg, na Alemanha, dia 01 de janeiro de 1907, emitiu seus votos religiosos em 1925. Ele havia entrado como seminarista menor em Gars, na Baviera, mas foi aconselhado a fazer-se Irmão, por dificuldades nos estudos. Veio para o Brasil em 1928. Começou seus 64 anos de Brasil em Campinas de Goiás. Cozinheiro, hortelão, porteiro, sacristão, prefeito de hóspedes, era homem dos sete instrumentos colocados a serviço dos confrades e do povo. Pindamonhangaba, Araraquara, Penha, Aparecida, Tietê, Cachoeira do Sul, Pinheiro Marcado, Porto Alegre, onde não esteve nosso Irmão? Homem de oração e do trabalho, estava sempre a procurar o que fazer, o que organizar, o que arrumar. Ou, então, na capela da comunidade, em longas presenças diante de Jesus sacramentado. No tempo de Natal era um exímio construtor de presépios, tanto da comunidade como da igreja. Como porteiro em Aparecida foi constantemente atencioso e caridoso com os romeiros. Amável e dedicado também com os confrades, sincero e humilde, foi realmente um homem de Deus entre nós. As anotações de seu diário espiritual traçam os passos místicos que lhe nortearam a existência. Lá estava anotado: “Devo tornar-me um santo, custe o que custar...” E quem com ele conviveu os últimos anos pode tranqüilamente testemunhar que Ir. Wilibaldo era um santo de Deus. Mas ele não foi um santo desencarnado. Seu lado humano de homem de gênio forte e de vontade decidida, marcado ainda pelo seu gosto de viver, era notório. Não admitia que em sua presença se falasse mal de ninguém; fechava a cara, sacudia a cabeça e, se necessário, dava um basta. Mostrava também sua reprovação diante do malfeito, principalmente diante dos omissos e dos relaxados. E sabia nosso irmão curtir o lado bom da convivência em comunidade: cuidava com carinho da sauna da comunidade, da qual era assíduo freqüentador; quando um grupo ia para a praia, lá estava o Wili como o cozinheiro que corria para o mar logo que houvesse uma folga; em casa, depois do dia de trabalho e da oração, tinha seus momentos diante da TV, entretido com as novelas que muito apreciava. Nos últimos anos seu coração foi enfraquecendo, obrigando o Irmão a diminuir o ritmo intenso de atividades. Esse mesmo coração parou repentinamente, por efeito de um edema pulmonar, na manhã do dia 25 de agosto de 1992, na casa da Pedrinha, quando se preparava para mais um dia de retiro com a comunidade. Perdia a Província um santo em suas comunidades para ganhar um confrade no céu! (Pe. Víctor Hugo)

CERESP

Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

PIO X

Giuseppe Melchiorre Sarto, nascera em Riese, província de Treviso , na Itália , em 04 de julho de 1835, vindo a falecer em Roma no dia 21 de agosto de 1914 , aos 79 anos.Estava irrompendo a 1ª Guerra Mundial. Fora ordenado padre em 1858 e eleito bispo de Mántua em 1884. No ano de 1896 tornara-se patriarca de Veneza e em 04 de agosto de 1903, fora eleito papa, em um conclave composto de 62 cardeais, sendo, portanto, o 257º na sucessão de Pedro. Seus pais tiveram dez filhos, dos quais ele era o segundo. Seu lema era “ Renovar todas as coisas em Cristo”. Pio X renovara muitas coisas na Igreja Católica, inclusive a liturgia. Embora tenha se especializado em Direito Canônico e em São Tomaz de Aquino, por ter experiência de paróquia fora um papa pastoralista. Aos trinta e cinco anos entrara para a ordem dos franciscanos, tendo sido professor no seminário e fervoroso propagandista da ordem terceira, pretendendo assim continuar a missão evangelizadora dos leigos, que no Concilio Vaticano II tomara impulso com a promulgação do documento sobre “O Apostolado dos Leigos”, em um desejo dos padres conciliares, de tornar mais intensa a atividade apostólica do Povo de Deus. No governo de Pio IX, nascera a Ação Católica, um movimento que visara influenciar a sociedade, com o objetivo de fortalecer a fé religiosa do Povo de Deus, tendo como base a Doutrina Social da Igreja. Pio X a colocara sob a proteção de São Francisco. De suas fileiras surgiram muitos santos e beatos. Na América Latina e, sobretudo no Brasil, ela nascera e crescera tendo como pilares a: JOC- Juventude Operária Católica JUC-Juventude Universitária Católica JEC- Juventude Estudantil Católica JAC-Juventude Agrária Católica Pio X fora um dos maiores papas do século XX,tendo promulgado dezesseis encíclicas . Era conhecido como o Papa da Eucaristia, por ter incentivado a sua participação, tornando–a freqüente entre os fiéis . Contara-se que o garoto Giuseppe, certamente cognonimado de Bepo ou Bepim, ao verem as pessoas se aproximando da mesa da comunhão, queria também fazer o mesmo. Pediu insistentemente ao padre da sua paróquia, que disse a ele: 
-O dia que você se tornar papa, você abaixa a idade para sete anos e assim, as crianças, quando atingirem o uso da razão poderão comungar. 
Foi o que aconteceu. Ao se assentar na cátedra de Pedro, uma das primeiras medidas tomadas por ele, fora determinar que as crianças pudessem comungar, assim que atingissem a idade da razão. E não só. A comunhão não podia ser diária, aliás, nessa época, não havia missa vespertina, o padre só poderia celebrar se estivesse em jejum absoluto e não havia concelebração, o que viera acontecer somente após o Concílio Vaticano II. Pio X permitira que a comunhão fosse diária. Eis uma das razões de ser chamado: “O Papa da Eucaristia.” Sempre dizia que era o Papa Sarto e não o Papa Santo. Pio X fora beatificado em 1951 e canonizado em 1954, no governo de Pio XII. Sua tiara era formada por três coroas, significando: pobreza, humildade e bondade, revelando bem o carisma dos franciscanos. Sucedera a Leão XIII e fora sucedido por Bento XV. São Pio X, rogai por nós.
Adilson José Cunha

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. JOÃO ARNO WERNER CSsR

PE. JOÃO ARNO WERNER CSsR
+21 de AGOSTO 1987 
Nasceu em Arroio do Meio, no Rio Grande do Sul, a 13 de fevereiro de 1921. Professou em Pidamonhangaba, dia 02 de fevereiro de 1943. Fez o Seminário Maior em Tietê-SP. Ordenado sacerdote dia 04 de janeiro de 1948, na sua juventude integrou as equipes missionárias da Província, trabalhando principalmente em seu Estado natal. Ao ser criada a Província de Porto Alegre, em 1965, foi seu primeiro Provincial. (Pe. Víctor Hugo C.Ss.R.)
CERESP

Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

domingo, 17 de agosto de 2014

ELES NOS PRECEDERAM - IR. AFONSO (MIGUEL HOEFER)CSsR

IR. AFONSO (MIGUEL HOEFER)CSsR
+17 de AGOSTO 1923 
Natural de uma aldeia perto de Würzburg (Alemanha), Ir. Afonso nasceu a 29 de março de 1848. Fez os estudos primários em sua aldeia; e quando o pai já pensava colocá-lo nalgum Seminário para ser padre, o garoto antecipou- se, resolvendo ser irmão leigo redentorista. Esteve varias vezes em Gars, para melhor conhecer a C.Ss.R. que o recebeu em 1867, professando em 1876. Dono de uma boa fortuna que herdara, preferiu viver pobre e humilde na Congregação, exercendo sempre o ofício de chacareiro, e jardineiro apaixonado pelas flores. Embora sem muito estudo, era de inteligência viva; escrevia muito bem, exprimindo-se com facilidade ao falar e escrever. Trabalhou vários anos na Alemanha, e garantiu sempre a verdura e as frutas para as Comunidades a que pertencia. Ouvindo falar da Vice-Província no Brasil, ofereceu-se para vir também, aqui chegando em 1895. Viveu sempre em Aparecida, onde iniciou a antigamente chamada “chácara dos Padres”. Muito dedicado ao trabalho, preparou grande parte do terreno, hoje ocupado pelo S.R.S.A. pelas “Oficinas” e Via Dutra. Na sua horta não havia somente verduras, mas também flores em profusão. Frutas era o que não faltava na sua chácara, atraindo sempre os moleques da vizinhança, que não pouco trabalho deram para a sua paciência. Plantou também uma vinha, encarregando-se da fabricação de vários tipos de vinho, inclusive para as Missas. Durante anos foi esse o trabalho daquele Irmão que não quis ser Padre, e renunciou ser “gente de bem” no mundo. Diariamente, após a missa e o café da manhã no convento, lá ia o Irmão para o seu trabalho. Da rua até perto do atual S.R.S.A. havia o celebre zig-zag, que muito ajudava nas descidas, principalmente quando chovia, mas que muito complicava para quem subia com cestas e sacos de verduras ou frutas às costas. Às 11 horas já estava o Irmão em casa, para o Exame particular, almoço, e recreio comum. À tarde, outra vez no seu trabalho, voltando pontualmente para a meditação e jantar. Os domingos, Ir. Afonso os passava na capela, rezando ou fazendo leitura espiritual. A um padre recém-ordenado, ele disse um dia: “Com certeza o Sr. será muito útil à Congregação, mas reze, e reze muito; pelo amor de Deus não abandone a oração”. Já idoso, e sentindo fraqueza nas pernas, ao subir as escadas do convento, fraturou um dos pés, ao cair de mau jeito. Com isso não pôde mais trabalhar, penitência que ele aceitou sem se queixar. Sofrendo do estômago, não podendo alimentar-se, Irmão Afonso foi se enfraquecendo cada vez mais, falecendo em Aparecida, a 17 de agosto de 1923.
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Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

ELES VIVERAM CONOSCO - IR. MARTINHO (LUDOVICO MAYER)CSsR e PE. MAURÍLIO CORREA DE FARIA CSsR

IR. MARTINHO (LUDOVICO MAYER)CSsR
+14 de AGOSTO 1957 
Nascido na Alemanha, Irmão Martinho professou na C.Ss.R. em 1909. Trabalhou em diversas casas da Província- Mãe, antes de vir para o Brasil. Aqui chegou em 1920, tendo vivido e trabalhado quase sempre em Campinas (GO). Cozinheiro, ou ajudando no trabalho de casa, era Irmão sempre disposto e prestimoso. Mas foi em 1953 que começou a ficar nervoso, irrequieto, e mesmo violento, passando depois a sofrer das faculdades mentais. Com todo empenho procuraram os superiores uma solução para o caso, tentando internar o pobre Irmão em algum Sanatório. Não conseguiram, porém. E, na falta de um recolhimento, enquanto possível, decente, Irmão Martinho permaneceu recluso numa cela apropriada, no Juniorato de Campinas. Nos dias em que se mostrava calmo, e quase lúcido, seu enfermeiro, Irmão Joaquim, o levava para visitar a Casa ou o jardim. Mas a enfermidade continuou e, aos 77 anos de idade, ele faleceu, no dia 14 de agosto de 1957. 
PE. MAURÍLIO CORREA DE FARIA CSsR
+14 de AGOSTO 1983 
Natural de Tietê, nasceu a 20 de outubro de 1925. Ingressou no então Juvenato de Aparecida a 31 de janeiro de 1937, onde fez o curso ginasial. A 1.º de fevereiro de 1944 tomou o hábito da C.Ss.R. em Aparecida; e, tendo feito o seu noviciado em Pindamonhangaba, professou a 2 de fevereiro de 1945. O Seminário Maior ele o fez em Tietê, onde foi ordenado a 27 de dezembro de 1949. Seus primeiros anos de sacerdócio, Pe. Faria os passou como cooperador em Aparecida, Penha e Goiânia. Em 1954 fez o seu noviciado pastoral, trabalhando depois nas missões, durante 2 anos. Em 1957 sua saúde já se mostrava abalada, pelo que precisou de um longo tratamento (pulmões) em São José dos Campos. Já restabelecido, em 1958 foi designado para a Rádio Aparecida. Mas precisou de um novo período de descanso, no Potim, para voltar a trabalhar na Rádio em 1964; teve, porém, que desistir, e passou uns três anos como auxiliar, na nossa igreja de Araraquara, e cooperador na Penha. Voltando a trabalhar na R. A. ali permaneceu até 1972, ano em que foi transferido para a Rádio Difusora de Goiânia. De lá voltou, para trabalhar como auxiliar, na Basílica de Aparecida. Aí estava trabalhando, quando a morte o colheu, com 57 anos, e em plena atividade. Às vezes impetuoso, até explosivo, Pe. Faria sabia ser também calmo e atencioso com os confrades, principalmente com os enfermos, aos quais soube dar sempre toda a sua dedicação. Disposto para o trabalho, estava sempre pronto a colaborar, tanto em casa, como nos trabalhos externos. Um grande mérito seu: conseguiu entregar a um eminente jurista, o processo que já se arrastava durante anos, contra nosso confrade Pe. André Lentz. Não foi fácil; mas, afinal, o processo terminou com resultado favorável ao acusado, o que foi um grande alívio para os últimos anos do nosso Pe. André. Tendo ido encontrar-se com alguns dos nossos, em Caraguatatuba, Pe. Faria teve um derrame cerebral, em casa. Levado logo para São Paulo, não resistiu, vindo a falecer no dia 14 de agosto (1983) à uma e meia da madrugada. Certamente pôde celebrar a festa da Assunção, no dia seguinte, cum Angelis et Archangelis. (Comunicado do Governo Provincial)

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Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

terça-feira, 12 de agosto de 2014

ELES VIVERAM CONOSCO - CARLOS BARBOSA DE CARVALHO (Padre e antigo seminarista do Santo Afonso)


CARLOS BARBOSA DE CARVALHO (Padre e  antigo seminarista do Santo Afonso)
+12 DE AGOSTO DE 2010
Nota de falecimento - Por estes dias noticiamos que Carlos Barbosa de Carvalho, ex-missionário redentorista, estava nas últimas. Recebemos a notícia de seu falecimento no dia 12 de agosto/10. Relata-nos Carlos Felício da Silveira que, uma hora antes de perder totalmente a consciência, sua esposa disse-lhe: "Você está bem, não é?". Ele respondeu, já um tanto enrolado: "Graças a Deus, graças a Deus!" Foram uma de suas últimas palavras. Treze horas depois, ele se apresentou ao Pai e pessoalmente cantou seu 'Deo gratias'. Foi sepultado em sua cidade natal, Volta Redonda (RJ).
"Estando eu ao lado da cama do ex-padre Carlos Barbosa de Carvalho, que serenamente enfrenta os últimos momentos, tentei aliviá-lo falando do padre Nodari a ele, que também gosta de música. E falei da história do absoluto! Meu filho escutou também, procurou os parentes dele na internet e recontou a história. Assim termina o relato do meu filho Paulo à irmã do Nodari: "...eles comentaram que o Nodari ponderava seu dom musical para que isso não subisse à sua cabeça e para que ele pudesse servir aos homens!" Nesse momento, me vi rodeado de grandes homens: o Nodari, o Carlos Barbosa, o meu filho Paulo. O trigo! Abraços. Carlos Felício da Silveira, São Paulo (SP"
Ouvi(o Dulcíssima), gostei, me emocionei. Que o carioca descance em paz. Lá no céu ele encontrará o autor da música e fará com ele um dueto na presença daquela que tranformou a Esperança em doce realidade.
Alexandre Dumas Pasin
Poucas vezes a notícia do falecimento de alguém (não parente) me deixou tão triste como o do Carioca (Carizo, para os mais íntimos), porque ele foi um dos mais chegados amigos meus, do núcleo de garotos pioneiros do pré-seminário da Pedrinha - Ney, Márcio Fabri, Pelaquim, Ulysses, Luis Marcos Macedo,Felício, Croon, os que me lembro agora...Moleque (deu trabalho para o Pe. Sônego, Pe. Chiquinho Costa, Pe. Peixoto, Dom Rodrigues!!!) espontâneo, criativo, artista, esportista,músico. Não dá para esquecer o Carioca. Que bom que sua lembrança ficou na sua voz e ao cantar a belíssima canção de Sto. Afonso "Dulcíssima Esperança". A lembrança do Carioca tinha que ser mesmo artística, emotiva, doce quase infantil...pura, suave. E suave e doce, porém animada e bela deve estar sendo sua vida LÁ...aonde todos sonhamos chegar, com a graça de Deus e o amparo de Maria, nossa Co-Redentora.
Abraços à esposa e à filha, Carla, para recordar sempre do Carlos Barbosa, nosso Carizo...Paulo de Oliveira (Paulinho)

Olá ,
Sou Léia esposa do Carlos, e queria agradecer a todos pelas manifestações de solidariedade, carinho, e lembranças que temos recebido neste momento tão especial de nossas vidas.
Na vida dele, porque fez do seu período de fragilidade humana um período de preparação para sua passagem , para o que acreditamos ser, uma vida de esplendor, sem no entanto deixar de lutar pela vida com com muita aceitação, resignação e alegria, sempre achando forças para amenizar a dor de quem estava no mesmo caminho .
Na nossa vida, minha e de minha filha, pelo exemplo de força, fé, bondade e paz interior, de quem parte, deixando rastros de ter vivido
com muito amor e muita humildade.
Agradeço à "família" Redentorista pela belíssima celebração, o carinho dos amigos "ex",e de todos que puderam desfrutar um pouquinho do convívio de tão grande pessoa, afinal, todos vocês contribuíram um pouco para isso.
Muita paz para todos.Obrigada.Léia

De um colega do tempo, Antônio Bicarato:
Longe do computador desde o início de julho por ter passado por uma cirurgia de descolamento da retina que, entre muitas outras coisas, me impediu de ler esse tempo todo, abri hoje meu e-mail e deparei com a notícia do falecimento do Carlos Barbosa, o Carioca. Pela bondade e misericórdia o Pai, com toda certeza a estas alturas jé é mais um que está entre Afonso, Geraldo, Clemente e inúmeros outros que Deus já chamou para a VIDA.
Aguardo ansiosamente que seja restabelecido o som no meu computador para ouvir, na sua voz e interpretação, o Dulcíssima esperança. Até porque não conhecia esse dom do colega. Já imaginou, ter uma bela voz, como vocês disseram que ele tinha, e estar LÁ, agora, frente a frente com ELA, a Mãe, engrossando o coro dos redentoristas e cantando aquela que considero uma melodia que Afonso "roubou" do céu!
Obrigado, mais uma vez, por suas oportunas notícias. Grande abraço.Bicarato.(+)
Do professor de português, Padre Clóvis de Jesus Bovo CSsR:
- Devido à falta de tempo, pois sou vigário paroquial na paróquia mais movimentada de Goiânia, quase não tenho tempo de ver seus sites e blogs, aliás muito ricos em informações redentoristas. Soube por eles, da morte do Barbosa, meu aluno de Português no Seminário Santo Afonso, por volta de 1956. Ainda tenho na imaginação seu jeitinho de aluno esforçado. Só a caligrafia dele, enquanto me lembro, não era das melhores. Rezemos pelo seu descanso eterno.
Abraço bem redentorista - Pe. Clóvis CSsR

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

ELES NOS PRECEDERAM - IR. CASIMIRO (JAKOB PFLÜGL) CSsR

IR. CASIMIRO (JAKOB PFLÜGL) CSsR
+11 de AGOSTO 1911 
Deste Irmão podemos dizer que, tendo vivido pouco neste mundo, realizou muito para a eternidade. Era de família pobre, e nasceu perto de Ratisbona, a 14 de fevereiro de 1877. Dos seis aos quatorze anos freqüentou a escola da sua terra natal e, se nunca esteve entre os melhores alunos, ele mesmo dizia sentir-se feliz sendo o ultimo entre eles. Trabalhou depois em Straubing, numa selaria, durante alguns anos; e varias vezes tentou ser admitido entre os “Irmãos da Caridade”, mas não foi aceito por ser ainda muito moço. Procurou então os Redentoristas que o receberam, em 1896. Durante o noviciado, embora muito observante e piedoso, teve de lutar muito contra o sono que o atormentava nas meditações e leituras. Certa vez, durante uma conferência, ficou de pé para não dormir; ainda assim acabou dormindo, e caiu sentado no chão... Hilaridade geral. — Após o noviciado trabalhou algum tempo no Juvenato da Província, até que, em setembro de 1902, veio para o Brasil. Escalado para trabalhar no “Colégio Santo Afonso”, mostrou-se um Irmão muito ordeiro, cuidando de tudo, e pondo em toda a casa um tom de esmerada limpeza. Transferido para Goiás, tornou-se a alegria da casa, devido à sua simplicidade, sua prontidão para o trabalho e profunda piedade. Picado, certo dia por um inseto venenoso, nada revelou, achando que ele mesmo poderia medicar-se. Mas no lugar da picada formou-se logo uma enorme chaga maligna, pelo que o Irmão precisou ser transferido para a Penha. Tratado no Sanatório Santa Catarina, restabeleceu-se, e foi para Aparecida. Mas a sua melhora durou pouco. A chaga voltou a abrir-se em sua perna, com dores horríveis. Sangue envenenado. Sofrendo muito em seus últimos meses, o Irmão apenas rezava, achando ainda disposição para fazer Terços. Com apenas 35 anos acabou falecendo em Aparecida, a 11 de agosto de 1911, deixando aos confrades um exemplo de grande amor ao trabalho e a oração.

CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

domingo, 10 de agosto de 2014

São Lourenço

Sua luz brilhara no firmamento da Igreja primitiva, pois, fora um astro de primeira grandeza. O papa Santo Estevão o ordenou diácono da Igreja Romana. É conhecido por “Arcediácono do Papa”. Suas qualidades são raras como também suas virtudes. Tivera o encargo de administrar os bens da Igreja e socorrer os pobres. Vivera na época do Imperador Valeriano, o qual perseguira o clero, ou seja, os bispos, os padres e os diáconos. No ano de 258, o papa Sisto II sofrera o martírio da fé, quando Lourenço o acompanhara até o lugar do suplício e derramando lágrimas , num ardente desejo de morrer juntamente com o pai espiritual, dissera-lhe: 
“-meu pai, para onde vai sem vosso filho? 
-para onde santo Bispo sem vosso diácono? 
-jamais ofereceu sacrifício sem que eu o acolitasse? 
-Em que vos desagradei? 
-encontrou em mim uma infidelidade?” 
O pontífice, comovido com essas palavras de verdadeira dedicação filial, respondera-lhe: 
“-não te abandono meu filho! Deus reservou-te provação maior e vitória mais brilhante , pois, é moço e forte ainda. Velhice e fraqueza fazem com que tenham dó de mim. Daqui há três dias me seguirás.”
O papa dera-lhe instruções sobre os tesouros da Igreja, aconselhando-o a repartir entre os pobres, para assim impedir que os pagãos os seqüestrassem. E assim o fizera, procurando todos os pobres, viúvas e órfãos e distribuira entre eles o dinheiro que existia. Lourenço vendera todas as pratarias e vasos sagrados e, com o dinheiro socorrera a todos os pobres que a Igreja sustentara. Quando o senhor alcaide da cidade, o Prefeito Cornelius Saecularis, soubera dos tesouros que a igreja possuía , mandara chamar o Arcedíago Lourenço , e dissera-lhe: 
“ Nada de ti exijo, que não seja possível executar. Soube que teus sacerdotes se servem de vasos de ouro e prata nos vossos sacrifícios e que usais de velas de cera , colocadas em castiçais de ouro. Soube que vossa religião vos ordena dar a “Cesar o que é de Cesar” ,pois, trazei-me todos esses objetos , de que o Imperador tem precisão “. 
- É verdade, replicara Lourenço. “A Igreja é rica, mais rica que o Imperador. Concedei-me o prazo necessário e tudo será arranjado em boa ordem.” 
O prefeito, supondo que se trataram de riquezas materiais, dera-lhe de boa vontade, um prazo de três dias. O que fez o santo diácono? Convidara a todos o pobres, viúvas, órfãos, cegos, mudos, paralíticos, inválidos e desamparados , para estarem ao terceiro dia à porta da igreja. E assim acontecera. Todos se reuniram ao dia combinado à porta do templo. Lourenço convidara o prefeito para inspecionar o tão falado “tesouros” da Igreja. E quando inquirira Lourenço sobre as riquezas existentes, apontara para a multidão constituída de pobres e miseráveis e lhe dissera: 
“-Eis os tesouros da Igreja, os míseros que levam com resignação sua cruz, que nada sabem dos vícios e paixões, tornam miseráveis os grandes do mundo. Eles cheiram o ouro de luz celeste. Veja as pratas e jóias preciosíssimas: as viúvas, e virgens consagradas a Deus, que formam a coroa de Igreja, por serem as almas prediletas de Jesus Cristo.” 
Vendo-se iludido, o prefeito ficara furioso e disse-lhe: 
”-É assim que se atreves a ludibriar autoridade romana? Miserável! Se o teu desejo é morrer, pois bem, há de morrer, mas de morte longa e cruel.” 
Dera então ordens para que Lourenço fosse cruelmente açoitado e por outros modos atormentados. Finalmente mandara que trouxessem uma grelha, que fora então posto sobre brasas. O santo diácono fora despido e colocado sobre brasas. O semblante ardera-lhe de fogo divino, e do seu corpo desprendera um perfume delicioso, que era percebido pelos cristãos, não, porém, pelos pagãos. Tendo sofrido este horrível martírio, Lourenço, com um sorriso nos lábios e conservando seu “bom humor cristão”, dissera ao juiz: 
“-se quiseres pode dar ordens para que virem, visto que deste lado já está todo assado!”. 
E pouco depois: 
-“Se estiverdes servido, eis que minha carne está bem assada”. 
O prefeito dissera-lhe em resposta somente palavras de escárnio. O santo mártir, porém, rezara a Jesus Cristo, pela conversão de Roma, a cidade eterna, na qual São Pedro e São Paulo tiveram plantado a cruz, regando-a com o próprio sangue. Seja como for, alguns dos senadores romanos se converteram a tal ponto de colocar Lourenço nos ombros para enterrá-lo, pois, nesse mesmo dia se converteram ao cristianismo, eles que foram testemunhas oculares de seu martírio. São Lourenço morrera em 10 de agosto de 258, por isso, o celebramos no dia dez de agosto. Seu culto remonta o século IV. São Lourenço é padroeiro dos diáconos. Em Roma existem sete igrejas dedicadas ao santo mártir. “Daí-nos Senhor, a graça de sermos sempre resolutos e corajosos, para enfrentarmos os combates, em nome da verdade. Dai-nos também coragem para atendermos, sempre mais,os necessitados e sermos caridosos .” 
Adilson José Cunha

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. JOÃO EDU DOS SANTOS CSsR e PE. PEDRO ÁVILA MEGDA CSsR

PE. JOÃO EDU DOS SANTOS CSsR
+10 de AGOSTO 1991 
Nasceu em Colorado-RS a 24 de julho de 1928. Entrou para o Seminário redentorista de Pinheiro Marcado-RS. Fez sua profissão religiosa em Pindamonhangaba, a 02 de fevereiro de 1947 e ordenou-se sacerdote, dia 20 de julho de 1952, em Tietê. Começou sua vida apostólica como professor no Seminário Santo Afonso, em Aparecida e em Pinheiro Marcado- RS. Depois veio para o Seminário de Aparecida, onde foi ecônomo. Foi durante algum tempo missionário da ativa, mas diante de certas dificuldades de gênio e sendo muito rígido no confessionário onde exigia muito dos penitentes, caridosamente foi-lhe feito ver que deveria abster-se desse apostolado. O que lhe custou muito. Pregou tríduos, novenas, substituiu vigários e até acompanhou Dom Tarcísio A. Amaral em Limeira, como secretário. Bom confrade, gostava de uma prosa e fazia com facilidade amizades. Morou muitos anos no Jardim Paulistano como coadjutor e desde 1979 passou a residir em Aparecida. Desde os tempos de seminarista, Pe. Edu, como era chamado, era um exímio apicultor. No ano de 1991 começou a ter muitas dores nas costas. Pensou-se em problemas de coluna. Depois, gripe com muita tosse e por fim água nos pulmões. Trazido para São Paulo, no começo de agosto, os médicos diagnosticaram seu mal: câncer inoperável nos pulmões. Foi levado de volta para Aparecida e internado no Hospital Frei Galvão. Lá veio a falecer às 06 horas da manhã, do dia 10 de agosto de 1991. Foi sepultado no mesmo dia, à tarde, em Aparecida. Estava com 63 anos de idade, 44 de profissão e 39 de sacerdócio. Foi um confrade muito serviçal. Seu hobby eram as corridas de cavalo, como bom gaúcho que sempre foi. Religioso de piedade sólida. Tinha um grande amor à Congregação. Deus o tenha na glória. (Pe. A. Thomaz, “Efemérides da Congregação Redentorista e da Província de São Paulo”) 
PE. PEDRO ÁVILA MEGDA CSsR
+10 de AGOSTO 1991 
Era mineiro de Areado, onde nasceu dia 11 de fevereiro de 1927. Fez o seminário menor em Aparecida. Professou na Congregação a 02 de fevereiro de 1948. Foi ordenado sacerdote em Tietê a 27 de dezembro de 1952, pelo bispo de Sorocaba, Dom José Carlos de Aguirre. Começou sua vida apostólica na Basílica de Nossa Senhora Aparecida. A maior parte de sua vida foi de missionário ardoroso. Pregou missões em quase todos os grandes centros. Possuía palavra fácil, forte e vibrante. Tinha o dom de captar a simpatia do auditório. Dele se poderia dizer “eu fui mandado mais para pregar do que para confessar”. Adorava, como bom mineiro, uma politiquinha. Brigava por Nossa Senhora Aparecida, de quem era grande devoto. Acompanhou sua imagem, com Dom Macedo, por muitos Estados do Brasil. Sabia com maestria entronizá-la nas paró206 quias. De 1963 a 1967 foi pároco de Brasília na igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Lá fez muitas amizades entre os políticos e começou as construções da casa e da igreja. Quando morava no Jardim Paulistano fez ao mesmo tempo duas faculdades: Direito e Jornalismo. Como já vimos, pregava com muita facilidade. Desde 1982 voltou para a equipe missionária. No ano escolar europeu de 1986/87 fez um curso de atualização teológica em Roma. Com freqüência ia à Rádio Aparecida, onde gostava de falar e até fizera o curso de jornalismo nessa intenção. Nos últimos anos, parece que deveria ter algum problema, pois tinha muitas insônias, chegava a dormir só sob o efeito de tranqüilizantes. Nas missões, começou então a tratar o povo com rudeza, a atritar-se com os confrades. Em junho do ano de 91, quando estava passando uns dias no Jardim Paulistano, teve o primeiro sintoma de sua doença, sofreu um desmaio. Pensou-se a princípio que tivera uma isquemia cerebral, e o diagnóstico definitivo foi: câncer no cérebro. Foi internado na Santa Casa de Araraquara, onde veio a falecer, no mesmo dia que Pe. João Edu, às 20 horas da noite de 10 de agosto de 1991. Seus restos mortais descansam em Aparecida. (Pe. A. Thomaz, “Efemérides da Congregação Redentorista e da Província de São Paulo”) 
NOTA:Durante vários anos coordenou o movimento das romarias a Aparecida.

CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

ELES VIVERAM CONOSCO - Ir.JOÃO BOSCO RUEDA RODRIGUES CSsR(ANTÔNIO)

Ir.JOÃO BOSCO RUEDA RODRIGUES CSsR(ANTÔNIO) 
+10 DE AGOSTO 2006 
Filho de Agostinho Rueda Rodrigues e Aurora Rodrigues, nascido em Arealva no interior paulista dia 3 de agosto de 1927, o menino foi batizado com o nome de Antônio. Mais tarde, na Congregação Redentorista, iria chamar-se Irmão João Bosco. Até os 29 anos de idade trabalhou como motorista, protético e dentista prático. Recebido como candidato a Irmão na Comunidade do Seminário Redentorista Santo Afonso, em Aparecida, fez-se o dentista do seminário e por isso era conhecido como o Antônio Dentista. Homem de iniciativas, assumiu a responsabilidade de atualizar o consultório dentário do seminário. No seminário fez o postulantado em 1958 e no ano seguinte foi noviço em Pindamonhangaba. Aí proferiu a primeira profissão em 2 de fevereiro de 1960, recebendo então o nome de Irmão João Bosco. Nosso Irmão foi um homem do trabalho. Cheio de iniciativas, entusiasmado e dedicado, alegre e comunicativo, além de dentista, era, ao mesmo tempo, motorista e auxiliar de ecônomo. Por treze anos esteve nas comunidades do Seminário Redentorista Santo Afonso e no Instituto Alfonsianum, em São Paulo, Capital. Em 14 de novembro de 1973 foi convidado para as funções de ecônomo auxiliar na casa Geral Redentorista, em Roma. Aí, apesar das dificuldades com a língua italiana e com a cultura européia, entregou-se dedicadamente aos cuidados pelas necessidades da comunidade complexa da Via Merulana. Dois anos e meio depois estava de volta ao Brasil. Enviado ao Seminário São Geraldo, de Potim, aí assumiu a direção da Fábrica de Velas. Em 1978 foi levado para a Casa do Jardim Paulistano na cidade de São Paulo para, mais uma vez, ser auxiliar ecônomo. No ano seguinte foi para sacramento, cidade triangulina, com a responsabilidade de cuidar da chácara e da economia do seminário. Em 1981, a então Vice-Província de Brasília, hoje Província de Goiás, recebia o Ir.João Bosco. Em junho de 1984 ele fez adscrição definitiva nessa unidade da Congregação. Aí assumiu trabalhos em Campinas, Goiânia e Trindade. Nessa cidade passou seus últimos anos. Homem da oração e do trabalho, entregou sua alma a Deus no dia 10 de agosto de 2006. Contava com 79 anos de idade, tendo vivido45 anos como Irmão Missionário Redentorista.(Do livro ELES VIVERAM CONOSCO - CERESP e EDITORA SANTUÁRIO)

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. JOÃO REZENDE COSTA CSsR

PE. JOÃO REZENDE COSTA CSsR
+8 de AGOSTO 1999 
Nasceu o Pe. Rezende a 20 de abril de 1937, em Borda da Mata-MG. Era filho de Francisco Rezende da Costa e Mariana Deolinda de Jesus. Ainda pequeno perdeu os pais. A 15 de fevereiro de 1948, entrou para o Seminário de Santo Afonso, em Aparecida, terminando o curso ginasial em 1955. Em 1956, fez o noviciado em Pindamonhangaba, onde fez sua profissão religiosa na C.Ss.R., a 02 de fevereiro de 1957. O seminário maior foi feito no Seminário de Santa Teresinha, em Tietê-SP. Aí foi ordenado sacerdote a 22 de julho de 1962, por Dom José Carlos de Aguirre, Bispo de Sorocaba-SP. Deixou o seminário maior a 03 de março de 1963, iniciando sua vida apostólica como vigário cooperador em Aparecida. Em 1964 morou em Araraquara, trabalhando em nossa igreja de Santa Cruz. No ano seguinte voltou a trabalhar em Aparecida. De janeiro de 1966 a julho de 1967, foi professor no Seminário Santo Afonso, em Aparecida. No segundo semestre do mesmo ano foi para Roma, onde obteve a Licença em Teologia, na Universidade Gregoriana. Fez o curso de extensão universitária, na Alemanha, na Universidade de Munique. Regressou da Europa em janeiro de 1970. Foi professor de Teologia Sistemática de 1970 a 1975, no Alfonsianum e no ITESP – Instituto Teológico São Paulo. Lecionou também no Seminário Central do Ipiranga, em São Paulo, na PUC de Campinas e também na Faculdade Salesiana de Filosofia, Ciências e Letras de Lorena-SP. Foi um dos fundadores da Comunidade de Pesquisas Religiosas, no Ipiranga, em São Paulo. No primeiro semestre de1977 fez o 2º noviciado, preparando-se para as missões populares. Em agosto, foi transferido para a Vice- Província de Brasília, sendo nomeado pároco de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Brasília DF. Voltou em 1980 para São Paulo como professor de teologia. Daí em diante, dedicou-se a dar cursos de teologia, até mesmo no exterior, como no México. Dedicou-se também à tradução de livros de teologia. Escreveu artigos de teologia na revista Vida Pastoral. Em 1987, em Jacareí SP, no Bairro do Avareí, onde nos fins de semana exercia o ministério sacerdotal, celebrou seu jubileu de 25 anos de sacerdócio. Nos últimos anos deu cursos no IFITEG – Instituto de Filosofia e Teologia de Goiás. Desde 1998, era sócio da Academia Marial de Aparecida. Este ano, 1999, Pe. Rezende publicou seu primeiro livro “Aba! Pai!”, pela Editora Loyola. Anos atrás, Pe. Rezende teve um enfarte e precisou ser operado do coração. Depois disso não ficou mais completamente bom. Viveu sempre com complicações cardíacas.Dia 06 de agosto veio de Goiás passando mal e precisou ser internado na UTI do Hospital Osvaldo Cruz, em São Paulo. Aí, no dia 08 de agosto, pelas 15,40 horas teve uma parada cardíaca, vindo a falecer. Foi velado em nossa Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Jardim Paulistano, em São Paulo. A missa de corpo presente contou com a participação de 34 celebrantes. Vários parentes estiveram presentes. Foi sepultado no Cemitério Getsêmani, no Bairro do Morumbi, em São Paulo. Estava com 62 anos de idade, 42 de profissão religiosa e 37 de sacerdócio. Descanse em Deus, Pe. João Rezende! (de Notícias Daqui e Dali – Pe. Peixoto) 
NOTA:O mau êxito na recuperação da cirurgia cardíaca atingiu fortemente o emocional do Pe. Rezende, que daí para sempre, viveu angustiado e inseguro. Isso afetou muito sua disposição para enfrentar as aulas, mas ele continuou com muita intensidade e dedicação o trabalho de escritor e tradutor. (nota do editor)

CERESP

Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR