sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

ELES VIVERAM CONOSCO - DOM ANTÔNIO FERREIRA DE MACEDO CSsR

DOM ANTÔNIO FERREIRA DE MACEDO CSsR
+28 de FEVEREIRO 1989 
Nasceu na Fazenda Natal, em Guaratinguetá, aos 21 de outubro de 1902.Teve 12 irmãos. Foi batizado em Aparecida, aos 04 de janeiro de 1903, ingressou no juvenato em Aparecida em 1916. De 1923 até 1928 estudou Filosofia e Teologia na Alemanha, tendo sido ordenado pelo Cardeal Faulhaber, em 1928. Entre os anos de 1931 e 1942 Dom Macedo trabalhou como missionário, passando então a ocupar cargos de reitor, nas casas de Tietê e São Paulo, de Cachoeira do Sul (RS) e novamente na Penha, em São Paulo. De 1948 a 1955 foi Superior Provincial. Em 1955 foi eleito Bispo Auxiliar de São Paulo por Pio XII. Ao ser criada a Arquidiocese de Aparecida, em 1958, Dom Macedo recebeu a incumbência de pô-la em andamento e passou a residir aqui como representante de seu administrador, o Cardeal Mota. Em 1964, quando Dom Carlos Carmelo Cardeal Mota veio para Aparecida, trouxe-o consigo, para ser seu auxiliar, tendo-o consigo até sua morte, em 1982. Ele foi elevado ao título de Arcebispo Auxiliar - Sedi datus. Participou de algumas sessões do Concílio Vaticano II. Dentre as obras que o destacaram, três aparecem com grande mérito: o prédio do Seminário Santo Afonso, a fundação da Rádio Aparecida e a construção da Basílica Nova. 63 Em 1950, tendo o Cardeal pedido o Colegião, onde estavam instalados os seminaristas menores redentoristas, O Pe. Macedo, então Superior Provincial, construiu, em meio a grandes dificuldades, o novo Seminário de Santo Afonso. Durante todo seu episcopado manteve uma bolsa de estudos para formação de um de nossos seminaristas. Em Aparecida, foi nomeado administrador do Santuário Novo e, apesar da luta incansável para ver erguida a nova igreja, não se descuidou de suas atividades pastorais. Uma delas foi a peregrinação que fez com a verdadeira imagem de Nossa Senhora Aparecida, com a qual visitou centenas municípios de vários Estados brasileiros. Com sua saúde definhando lentamente, consumido por uma artrite dolorosa, faleceu ao lado de seus confrades, pois voltara a residir no convento da comunidade do Santuário, aos 28 de fevereiro de 1989. “Talvez nem se imagine quanto esse homem de Deus fez por Aparecida e por esta Arquidiocese”, palavras de Dom Geraldo Penido, Arcebispo de Aparecida. (Arquivo Provincial)
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Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. WALDEMAR GALAZKA, CSsR

PE. WALDEMAR GALAZKA, CSsR 
*10.06.1954 - +26.02.1986 
Pe.Waldemar chegou ao Brasil em abril de 1983. Trabalhou no Santuário de Bom Jesus da Lapa e nas comunidades da paróquia. Pouco antes de ser transferido da Lapa para Una, construiu um salão para reuniões e catequese, ao lado da capela Santa Luzia. No final de 1985, a nossa Missão da Bahia assumiu um novo campo de trabalho pastoral no Sul da Bahia, na diocese de Itabuna. No dia 2 de fevereiro de 1986, o Pe. Waldemar foi empossado como pároco de Uma, pelo então bispo diocesano de Itabuna, D.Paulo. No final da missa de posse, Pe. Waldemar disse: "Sinto-me como se fosse ordenado sacerdote de novo". Após a posse, trabalhou apenas três semanas. No dia 26 de fevereiro de 1986, morreu de parada cardíaca nas ondas do Atlântico. Suas últimas palavras foram: "Ó Jesus, misericórdia, ó Jesus, misericórdia". Pe.Waldemar foi uma pessoa inquieta: sempre estava correndo, sempre procurando alguma coisa. Precisava de alguém com quem pudesse se abrir, quem quisesse escutá-lo e entendê-lo. Às vezes, nas altas horas da noite, batia na porta do quarto dos confrades: "Não durma, abra a porta para conversarmos um pouco..." Com frequência repetia: "Tenho muito medo de morrer fora da Congregação". Sentindo as dificuldades concretas que precisava enfrentar, temia pela sua perseverança. Foi inicialmente sepultado ao lado da igreja paroquial de Uma, depois os restos mortais foram transferidos para Bom Jesus da Lapa, pois foi lá onde foi iniciado o trabalho missionário Redentorista na Bahia. Pe. Waldemar morreu jovem, com apenas 30 anos e é o primeiro missionário redentorista polonês sepultado na Bahia.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. AGOSTINHO JORGE POLSTER CSsR

PE. AGOSTINHO JORGE POLSTER CSsR
+25 de FEVEREIRO 1958 
Era de Krappenhofen, na Baviera. Nasceu a 18 de março de 1890, e com 13 anos ingressou no Juvenato C.Ss.R. professando em 1911. Devido à uma extração de um dente (mal feita) precisou ser operado na cabeça. Mais tarde teve de repetir a operação, com a advertência do médico: outra operação será impossível. Mas, com muita oração, pôde ele restabelecer-se e continuar os estudos. Chamado para o exército, na guerra de 1914, ficou livre, devido justamente a essa operação, cuja cicatriz (que sempre conservou) o impedia de usar capacete. Em 1916 foi ordenado, trabalhando uns três anos na Alemanha, vindo em 1920 para o Brasil. Diretor e professor do Juvenato, Superior em Cachoeira do Sul, Pe. Agostinho foi também, durante anos, ótimo missionário. Aprendeu, e muito bem, o Português, sendo suas pregações muito apreciadas pelo conteúdo e clareza. De veia poética, e muito versado em literatura clássica, era com facilidade que, de acordo com a ocasião, citava versos de Horácio, Ovídio e Homero. Perito no latim e grego, eram estas suas matérias prediletas como professor. Foi sempre um ótimo confrade, pela sua calma e espírito de caridade. Sabia enriquecer uma conversa com observações interessantes, e com suas risadas, que sempre chegavam quando os outros já tinham deixado de rir. De constituição forte, não se poupava trabalho; e, em tudo, era um homem de profundo espírito de fé. — Já por volta de 1955 a esclerose cerebral começou a manifestar-se, obrigando-o a uma total inatividade na Casa da Penha. Agravando-se a moléstia, foi ele internado no Hospital, durante um ano e meio. Depois foi levado para o convento, pois eram freqüentes seus gritos nervosos, incomodando os doentes. Nos momentos lúcidos, porém, ficava muito agradecido, quando algum confrade rezava com ele, preparando-o para a morte. Nos últimos meses ficou reduzido a uma criança inconsciente. No dia 25 de fevereiro de 1958 Deus o chamou para o descanso eterno, após trinta e poucos anos de intenso apostolado.
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Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. JOÃO EVANGELISTA BETTING CSsR

PE. JOÃO EVANGELISTA BETTING CSsR
+21 de FEVEREIRO 1986 
Padre João nasceu em Denkingen (Alemanha), em dezembro de 1906, professou no dia 17 de maio de 1926 e foi ordenado sacerdote em 07 de julho de 1931, vindo para o Brasil em 1936. Foi o último dos alemães que veio para cá. Já veio como professor do recémfundado Seminário de Tietê, onde ministrou aulas durante vinte e oito anos. Durante todo esse tempo foi a figura central do corpo docente. Lecionou quase todas as matérias, mas, principalmente Sagrada Escritura, que era o seu forte. Dedicou muitas e muitas horas a cuidar da biblioteca da Província. Era confessor e diretor espiritual de grande número de nossos estudantes. Era conhecidíssimo em Tietê, onde passou a maior parte de sua vida, no Brasil. Muito procurado como confessor, diretor espiritual e também como benzedor, ficando afamado com suas bênçãos. Era um místico e foi um professor ”sui generis”. Escrevia sobre curiosidades e notícias científicas nas publicações internas da Província e em revistas dedicadas à espiritualidade. É de sua autoria o livro “Teologia das Realidades Celestes, manual de ascética e mística”, editado pela Província. Quando o Seminário Maior foi transferido para a Raposo Tavares, em São Paulo, o Padre João foi junto. Foi aí que começaram a manifestar-se os primeiros sintomas do mal de Parkinson, do qual veio a falecer. Foi operado na Alemanha, em 1969, com quase nenhum resultado. Os médicos, vendo o pouco que haviam conseguido, recomendaram que voltasse logo para o Brasil. Ele dizia que queria morrer em sua segunda pátria. Em fins de 1972 foi transferido para o Jardim Paulistano, de onde, alguns anos depois, passou para a casa de benfeitores da Congregação: Dona Elizinha e Narciso Sutiro, sobrinhos do Padre Sotilo. Ela era sua penitente. Diante das alucinações de perseguições e de envenenamento que o padre sofria, perguntaramlhe se queria ir para a casa dela, o que ele aceitou. O casal, seus filhos e Dona Ia, trataram do Padre João com todo carinho possível e cuidado, até a morte. A doença ia caminhando sempre mais. Vivia quase só sentado numa poltrona. Foi se encurvando cada vez mais, à maneira de Santo Afonso, e, por fim, não falava mais a não ser por sinais. Sem se queixar, ficou privado até do que mais gostava na vida, seus estudos e seus livros. Mas, enquanto foi possível, era um estudioso dedicado e homem de muita oração. Celebrou missa enquanto pôde, em seu quarto. Faleceu na tarde de 21 de fevereiro de 1986. Foi sepultado em Tietê. É venerado pelo povo da região como um santo. (Pe. Víctor Hugo)

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Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

ELES NOS PRECEDERAM - IR. ENGELMAR (JOSÉ NEUHIERL) CSsR

IR. ENGELMAR (JOSÉ NEUHIERL) CSsR
+19 de FEVEREIRO 1909 
Era o caçula de uma turma de dezessete irmãos. Nasceu a 8 de janeiro de 1865, numa família rica e muito religiosa. Piedoso e sério desde criança, tornou-se, na mocidade, um modelo para seus colegas, como membro de diversas associações religiosas. E foi por esse tempo que decidiu sua vocação. Após a leitura de um livro sobre a vida consagrada, disse um dia à sua irmã: “Sabe o que resolvi? Pensei muito se deveria me casar, mas agora já decidi: vou para um convento”. — Essa resolução não foi supressa para seus colegas que sempre o admiraram, como exemplo de recolhimento e mortificação. Todos sabiam que, por esse tempo, ele já se acostumara a dormir sobre duas tábua nuas, na maior pobreza. Tomando o habito redentorista em 1898, fez seus votos a 8 de setembro do ano seguinte; e a profissão perpétua verificou-se em 1902. Nesse mesmo ano conseguiu licença para vir trabalhar no Brasil, aqui chegando em novembro. Durante algum tempo esteve em Aparecida, sendo transferido depois para a Penha, onde trabalhou como cozinheiro e porteiro. Desses anos restamnos cinco cartas por ele escritas a uma de suas irmãs, nas quais assina sempre: Engelmar, servo dos servos do Altíssimo, missionário de Deus, pobre dos bens deste mundo. A 26 de outubro de 1908, tendo sofrido uma violenta hemoptise, anunciou aos confrades que iria morrer logo. Realmente, meses depois, a 19 de fevereiro do ano seguinte, a morte o levou. Completamente es57 gotado, em seus últimos dias não chegava a pronunciar sequer uma palavra. Mas, à véspera de sua morte, num supremo esforço, conseguiu sentar-se na cama, e disse ao Superior: “Padre, a sua benção”... Foram suas ultimas palavras.. Admirado e muito querido por todos que com ele tratavam na portaria ou na igreja, o humilde Irmão Engelmar teve um enterro dos mais concorridos. E o Sr. André Bonotti se cansou de fazer cópias de uma fotografia do Irmão e distribuí-las a pessoas interessadas, já que o veneravam como santo. E os confrades que o conheceram, lembravam edificados a figura escolhida daquele Religioso que não perdia tempo, que, na capela, estava sempre de joelhos, caridoso com todos, mortificado, a ponto de nunca se recostar a um banco ou cadeira nas horas do recreio. Um santo confrade era o que todos diziam.

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Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

Amigo Ierárdi! Obrigado pela belíssima história do Ir. Engelmar. Para ser sincero, não o conhecia. E olha que já posso me incluir no time dos veteranos da Província de São Paulo. Quando criança, morando em Ermelino, vez por outra íamos à Penha, o que para nós já significava "ir à cidade". E ir à Penha obrigatoriamente significava ir ao Santuário de N. Sra. da Penha. Mas não me lembro de ter ouvido qualquer menção ao nome dele. Santos homens os redentoristas alemães que trouxeram a Congregação para o Brasil! E o Ir. Engelmar é um deles. Grande abraço. A. Bicarato. 

Caro amigo Bicarato! Aqueles que nos precederam e que conviveram conosco são as verdadeiras pérolas da Congregação Redentorista. É o oportuno modelo de vida que nos serve de exemplo para o caminho de Deus. Afinal estivemos por alguns anos no Santo Afonso, alguns ainda foram mais longe, Pinda, Tietê. e recebemos as melhores orientações diretamente de sacerdotes redentoristas, nossos inesquecíveis mestres de vida religiosa e cultural. Assim, dou-me a missão de trazer aos nossos colegas interessados essa sinopse de vida santa no dia em que o correspondente religioso foi chamado. Conforta-me muito quando as pessoas sentem-se bem informadas com isso! Um grande abraço! Ierárdi
Ierardi! Mais uma vez, aqui estou eu. Gostaria de acrescentar mais um comentário. Dos redentoristas que viveram aqui na Penha, costumo encaminhar seus e'mails para o Memorial Penha de França, que é uma instituição que disponibiliza informações históricas a quem se interesse pelo que se refere ao bairro. Para o Memorial, na pessoa do Francisco Folco, encaminhei a seguinte observação a respeito do Irmão Engelmar: Neste necrológio é citada a pessoa do Sr. André Bonotti. Lembro-me vagamente desses santinhos que ele distribuía divulgando a santidade de um religioso redentorista, Não me lembrava que se tratava deste irmão que havia pertencido à comunidade dos padres da Penha. É possível que tenha algum desses santinho junto aos guardados de minha mãe (94 anos). Morelli
Amigo Morelli! Que bom que venha por aqui! Como disse ao Bicarato, isso muito me conforta! Fico ainda mais feliz quando vejo que essas mensagens estão sendo repassadas a outros destinos e Memorial! A rede nos faculta isso e vamos aproveitar sempre esse ensejo para divulgar aquilo que conhecemos de melhor! Se por acaso encontrar o santinho, faça um escâner e me encaminhe para que possa mandar a outros colegas. Por ora, agradeço pela sua estimável presença! Um forte abraço! Ierárdi

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. ALEXANDRE MORAIS CSsR

PE. ALEXANDRE MORAIS CSsR
+18 de FEVEREIRO 1972 
Sobrinho do nosso Pe. Orlando Morais e, como o tio, acanhado e tímido. Era goiano, filho de fazendeiros do município de Silvânia, e nasceu a 13 de julho de 1909. Estudou no Juvenato (Aparecida) e professou em abril de 1931, indo, depois, fazer seus estudos superiores na Áustria e Alemanha. Ordenado a 3 de maio de 1936, voltou para o Brasil, iniciando seu apostolado em Aparecida. Trabalhou, depois em todas as Casas da Província, como missionário, professor em Tietê, superior e vigário na Penha, bem como no Jardim Paulistano por duas vezes. Dada a sua simplicidade, Pe. Morais foi sempre um confrade que todos estimavam. Soube ganhar a amizade dos seus paroquianos, justamente devido ao seu modo de ser: humilde, simples e despretensioso. Ótima inteligência, falava e escrevia com facilidade; mas foi homem mais do trabalho do que dos estudos. Como Vigário no Jardim Paulistano, esmerou-se na decoração da igreja, e soube ganhar o interesse dos paroquianos para as obras de assistência da Paróquia. Passou seus últimos dias em Campinas (GO) sempre dedicado em atender os trabalhos na igreja. A 18 de fevereiro de 1972 celebrou a Missa de 60 anos de casamento de seus tios, com planos de vir, logo depois, passar uns dias de férias em São Paulo. Após o almoço da festa com a família, sentiu os primeiros a55 larmes do enfarte que o deveria levar. Mas ele não os entendeu. E antes de ir repousar um pouco, ainda na casa de seus tios, foi ao banheiro. Logo ao entrar, porém, teve um enfarte do miocárdio. Sua queda foi ouvida, e os familiares correram para o socorrer. Mas ele já tinha ido para as suas férias eternas. Qua hora non putatis...
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Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

ELES VIVERAM CONOSCO - IR. MIGUEL (MÁRIO GABRIEL FELIPE) CSsR

IR. MIGUEL (MÁRIO GABRIEL FELIPE) CSsR
+13 de FEVEREIRO 1997 
Nascido em Santa Rita de Caldas, em 1916, nosso Ir. Miguel recebeu na pia batismal o nome de Mário Gabriel. Era, com mais 15 irmãos, filho de Gabriel e Maria Amélia Felipe. Duas de suas irmãs fizeram-se religiosas e um irmão, sacerdote franciscano. Ele mesmo entrou já maduro de seus 34 anos, fazendo o noviciado em Pindamonhangaba, em 1949. Como noviço tinha a responsabilidade da cozinha, que desempenhou com muito carinho e competência, mas lamentando que lhe sobrava pouco tempo para o cultivo espiritual. Este cultivo seria a marca de toda a sua vida. Professando em fevereiro de 1950, trabalhou nas diversas casas de Goiás, do Rio Grande do Sul, em Sacramento-MG., e São Paulo. Os últimos anos foram vividos em intensos trabalhos de hortelão e de apicultor no Seminário de São Geraldo no Potim, onde cuidou do reflorestamento dos espaços. Foi um amante da natureza. Mas seus cuidados maiores sempre foram a vida de oração e a fraternidade. De gênio forte, perdia a calma diante das coisas erradas, mas seu coração imenso logo o levava a pedir perdão e a refazer o relacionamento atencioso e carinhoso com os confrades. Seu zelo apostólico levou-o a atuar na pastoral da saúde, difundindo a medicina natural e preventiva, zelando muito pela alimentação das crianças subnutridas. 53 Atingido por um câncer no estômago, seu primeiro desgosto manifesto foi com relação ao não ter mais forças para o trabalho. As dores, ele as suportou com paciência e muita oração. Enquanto pôde ainda exercia o ministério da eucaristia no Santuário, em Aparecida, em cuja comunidade estava em tratamento. A morte veio buscá-lo no dia 13 de fevereiro de 1997. Aqueles que com ele conviveram ficaram marcados pelo seu testemunho de vida e de santidade, de amor a Deus, aos confrades e aos necessitados. (Pe. Víctor Hugo)
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Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

ELES VIVERAM CONOSCO - PE.BALDUINO BIRK CSsR

PE.BALDUINO BIRK CSsR
+11 de FEVEREIRO 1996 
Gaúcho de Selbach - RS, nasceu a 03 de setembro de 1922. Eram seus pais: João Birk Filho e Elisabeth Schwab Birk. Entrou para o Pré-Seminário de Cachoeira do Sul - RS, a 13 de dezembro de 1934. Em janeiro de 1936 veio para o Seminário Santo Afonso, em Aparecida- SP. Aí terminou o curso secundário, em dezembro de 1941. Fez o noviciado em Pindamonhangaba-SP, no ano de 1942. Professou na Congregação Redentorista no dia 02 de fevereiro de 1943. O seminário maior foi feito no Seminário Santa Teresinha, em Tietê. Foi ordenado sacerdote em Aparecida, no dia 02 de outubro de 1948, por Dom João Batista Muniz, C.Ss.R., Bispo da Barra na Bahia. Cantou sua primeira missa solene, a 10 de outubro de 1948, na igreja matriz de Selbach - RS. Em janeiro de 1949 começou sua vida apostólica como professor no Pré-Seminário de Pinheiro Marcado - RS. Passou grande parte de sua vida trabalhando nos seminários como professor e ecônomo: de 1949 a 1951, em Pinheiro Marcado; de 1953 a 1959, em Aparecida, no Seminário Santo Afonso; de 1959 a 1965, em Passo Fundo - RS, no Instituto Menino Jesus. De 1965 a 1969 foi Ecônomo da Província de Porto Alegre, morando em Porto Alegre. Em seguida voltou a ser ecônomo do Instituto Menino Jesus, em Passo Fundo - RS. Em 1974 veio para São Paulo, pertencendo à Comunidade do Jardim Paulistano, aí ficando até 1979, quando foi transferido para Tietê. dedicou-se então às missões populares, principalmente ao trabalho difícil do confessionário. Era entusiasmado pela Renovação Carismática. Pe. Balduíno pertencia à Província de Porto Alegre, mas a 02 de setembro de 1986 pediu e obteve adscrição definitiva à Província de São Paulo. Ele era irmão do Pe. Artur Birk. Nos últimos anos não estava com saúde boa: problemas cardíacos e circulatórios. No dia 12 de janeiro de 1996 foi operado do coração. Ele precisava estar fisicamente bem para, em março, ser operado de um aneurisma abdominal. Foi para Aparecida para sua recuperação. Aí faleceu inesperadamente, em nosso convento da Basílica, pelas 6 horas da manhã, do dia 11 de fevereiro de 1996. Depois de uma missa na capela da comunidade do Santuário, seu corpo foi levado para Tietê, onde foi velado em nossa igreja de Santa Teresinha. A missa de corpo presente e enterro foram na manhã do dia 12 de fevereiro de 1996. (Arquivo Provincial)
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Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR
Ierardi, Padre Balduino cuidava da fazendinha, não muito longe dali, havia algumas vacas leiteiras, era também "ecônomo", cuidava de nossa comida. Passava o dia na fazendinha cuidando das coisas, e era meu professor de Português, às vezes chegava bem atrasado à aula e com a bota cheia de bosta de vaca. Muito trabalhador, grande professor, me disse uma vez que eu fora um ótimo aluno. Deus o tem bem pertinho dele com toda certeza. abner 
Lembro-me muito bem do Padre Balduíno, apesar de ter sido uma pessoa muito discreta. Quanto à lembrança da Fazendinha, que você agora me traz, que bacana...lembro, além das incursões nos morros atrás de coquinhos, o inesquecível churrasco gaúcho feito com a brasa diretamente na terra e os suculentos espetos de carne. Era sempre um dia diferente em nossa rotina. Ierárdi

ELES VIVERAM CONOSCO - IR. LADISLAU BERNARDINO CSsR

IR. LADISLAU BERNARDINO CSsR
+11 DE FEVEREIRO 2004 
Nasceu em Natércia MG (antigamente chamava-se Santa Catarina), dia 1 de dezembro 1930. Eram seus pais: José de Sousa Campos e Deolinda Olympia de Jesus. Entrou para o Seminário S.Afonso, em Aparecida, em 09.08.1944. Terminou o Seminário em dezembro de 1950. Fez o Noviciado em Pindamonhangaba, durante o ano de 1951, e afez a Profissão Religiosa na C.Ss.R. dia 02.02.1952. O Seminário Maior foi feito em Tietê SP. Em 02.02.1955 renovou os votos por 1 ano. Saiu da Congregação Redentorista dia 01.02.1956, voltando para a casa de seus pais, em Natércia MG. No mesmo ano, pediu para reingressar na C.Ss.R., agora como Irmão Leigo. O documento da Sagrada Congregação dos Religiosos, dando a permissão, de 12.05.1956 e o documento do Pe. Geral de 16.05.1956. Entrou em Pindamonhangaba, como Postulante para Irmão, dia 03.07.1956. Ali iniciou seu Noviciado no dia 15.10.1956, fazendo sua Profissão Religiosa na C.Ss.R., agora como Irmão Leigo, em 16.10.1957. Após a Profissão, sua primeira transferência foi para o Seminário S.Geraldo, no Potim, ali permanecendo até 1962. Morou depois nas seguintes comunidades : 1963 e 1964: Pré Seminário S.Afonso, no Bairro da Pedrinha; 1965: Seminário S.Afonso, em Aparecida; 1966 e 1967: em Cachoeira do Sul RS; 1968 a 1973: no Alfonsianum, na Rodovia Raposo Tavares, em São Paulo; 1974: no Seminário do Santíssimo Redentor, em Sacramento MG; 1975 e 1976: Seminário S. Afonso, em Aparecida; 1977 e 1978: no Jardim Paulistano, em S.Paulo; 1979: em São João da Boa Vista; 1980 a 1984: no Seminário do Santíssimo Redentor, em Sacramento; 1985 a 1987: em Araraquara; 1988 a 1990: em Tietê; 1991 a 1995: no Seminário do Santíssimo Redentor, em Sacramento MG; 1996: No Convento do Santuário, em Aparecida; 1997: Seminário S.Geraldo, no Potim; Em 2003, com a saúde bem combalida, voltou novamente a morar na Comunidade do Santuário. Faleceu na madrugada do dia 11.02.2004, na santa Casa de Guaratinguetá SP. A missa de corpo presente foi nesse mesmo dia, às 16 horas na Basílica Nova. Estava com 74 anos de idade e 47 de Vida Religiosa.

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Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. VICENTE DE PAULO ANDRADE CSsR

PE. VICENTE DE PAULO ANDRADE CSsR
+10 DE FEVEREIRO 1995 
Nasceu o Pe. Vicente em Patrocínio Paulista - SP a 28 de março de 1926. Eram seus pais: José Eduardo de Andrade e Ana Augusta de Andrade. Era o 13P º P dos 15 filhos do casal. Entrou para o Seminário Santo Afonso, em Aparecida-SP, no dia 14 de abril de 1939. Aí terminou seu curso de Humanidades. Fez o noviciado em Pindamonhangaba-SP, onde fez também sua primeira profissão religiosa na C.Ss.R. a 02 de fevereiro de 1948. Os estudos de Filosofia e Teologia foram feitos no Seminário Santa Teresinha, em Tietê-SP. Foi ordenado sacerdote em Tietê no dia 27 de dezembro de 1952. Celebrou sua primeira missa solene em Patrocínio Paulista, a 04 de janeiro de 1953, com a participação de todos os seminaristas de Tietê. Deixou o Seminário Maior em janeiro de 1954, iniciando sua vida apostólica como vigário cooperador na paróquia da Penha, em São Paulo, onde ficou até fins de 1958. De 1959 a meados de 1965 morou em Garça - SP, como vigário cooperador e depois como pároco e superior da comunidade, até inícios de 1969. Em 1970 foi ecônomo do Seminário Santo Afonso, em Aparecida-SP. Daí passou a auxiliar do Diretor do Seminário São Geraldo, no Potim - SP, indo, em seguida, para Araraquara, onde foi Superior durante a construção do novo convento, na avenida Osório. Em 1976 trabalhou com os romeiros, na Basílica de Aparecida. Durante os anos de 1977 e 1978 foi pároco de Mundo Novo, na Diocese de Rubiataba, em Goiás. Em seguida, novamente pároco de Garça e superior da comunidade. Voltou depois a trabalhar com os romeiros na Basílica de Aparecida. Passou daí a responsável pela igreja de Santa Teresinha, em Tietê. De 1985 a 87 foi auxiliar do Ecônomo Provincial para a região de Aparecida. Depois, pároco em Sacramento-MG e superior da comunidade. Foi, em seguida transferido para a paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Jardim Paulistano, sendo nomeado pároco em 1993, cargo que ocupou até seu falecimento. Em final de 1994, depois do Natal, foi passar uns dias em Patrocínio Paulista, em casa de parentes. Lá manifestou-se claramente o que já se suspeitava: estava com câncer no fígado. Teve hemorragias internas, que o abateram muito. Seu estado só foi piorando. Faleceu no dia 10 de fevereiro de 1995, pelas 15,30 horas, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Nesse mesmo dia foi levado para Aparecida, onde foi velado na Basílica Velha e onde foi celebrada a missa de corpo presente, no dia seguinte, com a presença de parentes, amigos, muitos confrades e seminaristas. Pe. Vicente estava com 69 anos de idade, 47 de vida religiosa e 43 anos de sacerdócio. (Arquivo Provincial)
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Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

ELES VIVERAM CONOSCO - IR. MELQUIOR JOÃO BATISTA HEBAUER CSsR

IR. MELQUIOR JOÃO BATISTA HEBAUER CSsR 
+10 de FEVEREIRO 1965 
Nasceu na Alemanha, a 23 de março de 1882. Ingressando na C.Ss.R. em 1904, veio para o Brasil em 1909, e em 1911, já em Aparecida, fez sua profissão perpétua. Não sendo de grande saúde, Ir. Melquior trabalhou sempre como porteiro, sacristão, e principalmente como roupeiro, em Araraquara, na Penha, no Juvenato (Aparecida) e Cachoeira do Sul. Sempre atencioso com os confrades, era dedicado e caprichoso nos trabalhos da sua responsabilidade. Mas devido a falta de saúde, já em 1962, em Araraquara, pouco podia trabalhar; apenas ajudava na limpeza da casa e cuidava do refeitório. Em dezembro de 1963, por motivo de tratamento, foi transferido para a Penha. Com toda a paciência soube suportar seus últimos anos de sofrimento, até que Deus o chamou, a 10 de fevereiro de 1965.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

sábado, 8 de fevereiro de 2014

ELES VIVERAM CONOSCO - IR. AFONSO (GERALDO MAJELA F. MAIA) CSsR

IR. AFONSO (GERALDO MAJELA F. MAIA) CSsR
+8 de FEVEREIRO 1986 
Nasceu a 08 de março de 1907, em São Sebastião do Rio Preto- MG. Adolescente estudou em Pirapora e Uberaba -MG, por conta dos Padres Dominicanos.Tinha uma boa formação humanística e sua caligrafia era impecável. Também sabia um pouco de Francês. Tentou entrar para os padres redentoristas, de Belo Horizonte, mas não foi aceito. Então veio para São Paulo, onde foi aceito e fez a sua Profissão religiosa a 02 de fevereiro de 1934. Trabalhou sempre como cozinheiro nas casas de Aparecida, Araraquara, Pindamonhangaba, Penha, São João da Boa Vista, durante dezoito anos. Daí foi transferido para Goiás, onde ficou até a morte. Irmão Afonso era muito alegre e brincalhão, falava alto, dava grandes gargalhadas, era contador de histórias e gostava de jogar damas. Tinha uma irmã que era religiosa da Congregação do Calvário. Em 1985 foi operado da próstata e de um tumor, mais grave, na bexiga. Não se recuperou mais. Faleceu no hospital, em Goiânia, aos 08 de fevereiro de 1986, depois de ter dado provas de paciência e santidade. Foi sepultado em Trindade (GO). Estava com 79 anos de idade e 52 de profissão religiosa. (Pe. Arlindo Thomaz, “Efemérides da Congregação Redentorista e da Província de São Paulo”)
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

ELES VIVERAM CONOSCO - Pe. Olívio Copetti CSsR

Pe. Olívio Copetti CSsR
+ 7 de fevereiro 2009
P. Olívio Copetti nasceu a 06.07.1928, em Camobi (ex-Colônia), distrito de Santa Maria (RS). Eram seus pais: Albino Copetti e Élide Tagliari Copetti.
Foi batizado a 22.07.1928 em Santa Maria (RS).
Entrou para o Pré-Seminário de Pinheiro Marcado (RS) a 25.01.1939. Veio para o Seminário Sto. Afonso, em Aparecida, dia 31.01.1941, terminando o curso em dezembro de 1945. Fez o Noviciado em Pindamonhangaba durante o ano de 1946, onde fez a Profissão Religiosa na C.Ss.R. a 02.02.1947.
O Seminário Maior foi feito em Tietê (SP). Aí fez a Profissão Perpétua no dia 02.02.1950. Foi Ordenado Sacerdote a 20.07.1952, em Tietê (SP), por D. José Carlos de Aguirre, Bispo de Sorocaba (SP). Celebrou sua Primeira Missa Solene, em Santa Maria (RS), a 27.07.1952.
Deixou o Seminário Maior em janeiro de 1953, começando seu Apostolado como Vigário Cooperador na Paróquia da Penha, em São Paulo (SP), aí ficando até o fim de 1954. De janeiro de 1955 a setembro de 1956 foi Vigário Cooperador na Paróquia de Aparecida (SP).
Dia 24.09.1956 viajou para Roma, onde se licenciou em Teologia Dogmática, no Angelicum, e em Teologia Moral na Academia Alfonsiana. Regressou de lá a 10.06.1959.
No segundo semestre de 1959, fez o IIº Noviciado em Pindamonhangaba (SP). Em 1960 foi para Tietê para ser Professor de Teologia Moral, em nosso Seminário Maior, aí ficando até fim de 1963.
Em 1964 trabalhou na Basílica de Aparecida (SP). Em 1965 voltou a ser Professor em Tietê. Com a mudança do Seminário para o Alfonsianum, em São Paulo (SP), Pe. Copetti veio junto e continuou a dar aulas até o primeiro semestre de 1970. No segundo semestre de 1970 foi transferido para Araraquara (SP) como Missionário, dedicando-se às Missões Populares.
P. Copetti pertencia à Província de Porto Alegre. A 10.09.1971 obteve licença para adscrição definitiva à Província de São Paulo. Em 1974 foi transferido para Tietê (SP), como Missionário. Daí em diante sempre foi missionário da ativa! Dia 02.02.1997 celebrou seu Jubileu de Ouro de Profissão Religiosa.
Em 1997 foi transferido para a Comunidade do Seminário S. Geraldo, ajudando na Basílica e nas Missões. Em 1998 foi transferido para São João da Boa Vista (SP), como missionário. Em 2000, deixou o trabalho das Missões Populares, passando a trabalhar em nossa Igreja de São João da Boa Vista (SP). Em 2001, com a aceitação pela Província da Paróquia da Santíssima Trindade, em Tietê SP), Pe. Copetti foi nomeado Vigário Paroquial, passando a morar em Tietê (SP). No dia 20.07.2002, celebrou Jubileu de Ouro de Ordenação Sacerdotal.
Por dez anos P. Olívio Copetti foi professor de Teologia Moral em nosso Seminário Maior, em Tietê (SP) e depois no Alfonsianum, em São Paulo (SP). Mostrou-se bastante comunicativo e prático e suas aulas, permeadas de muitos exemplos, eram alegres e divertidas.
Alto, forte, de aspecto físico bastante avantajado, P. Olívio Copetti tinha como hobby o trabalho braçal e manual. Nas horas vagas e dias de folga, sempre era visto trabalhando na horta e no quintal, empunhando a enxada, enxadão, picareta e machado. Nos últimos anos, ocupava sua horas vagas na criação de galinhas e ovelhas. Ao longo de sua vida dedicou-se também ao trabalho manual de mecânica e eletrônica. Sempre consertando torneiras, chuveiros e encanamentos de nossas casas, proporcionando-lhes excelente benfeitorias. Aproveitando os conhecimentos eletrônicos do curso feito em Roma, durante muitos anos, foi revisor dos aparelhos eletrônicos de nossas igrejas e principalmente os alto-falantes de nossas Missões Populares. Dizem que a caixa de ferramentas, que conseguiu colecionar, nos últimos anos, faz inveja a qualquer profissional do ramo!
Pe. Copetti tinha espírito de liderança bem aguçado. Isso foi muito bem demonstrado nos tempos do Pós-Concílio, quando os métodos pastorais estavam sendo reavaliados. Enquanto alguns grupos optaram por interromper a pregação de Missões Populares, a equipe missionária da Província de São Paulo optou em reavaliar, atualizá-las, mas sem interrompê-las. E o Pe. Copetti foi um dos líderes como coordenador.
O “Copetão”, assim familiarmente chamado, era homem de oração, muito simples, pobre e desprendido. Tranquilo, paciente e amigo de seus confrades, como coordenador da Missões estava sempre atento às diferenças, necessidades e limites de cada um. Igualmente contava com um seleto grupo de amigos e admiradores na cidade de Tietê, onde residiu boa parte de sua vida.
Faleceu dia 7 de fevereiro de 2009, às margens da Represa Furnas, em Minas Gerais.  Estava de férias com o P. Rubem Leme Galvão e um amigo leigo de Tietê (SP). Estavam à beira da represa. Os dois se afastaram um pouco e quando voltaram P. Copetti estava morto.
Descanse na paz do Senhor ! E interceda junto de Deus por nós. Amém.
Caro Ierardi,
Esse padre Copetão quando entrei no seminário, todo mundo falava dele, era quase que uma lenda. Diziam que ele tinha uma força física descomunal, e que uma vez ele carregava um motor e quando foi pegar o ônibus na Rodoviária, um carregador de malas se ofereceu para levar a mala do Pe. Copetti e sorridente disse para o homem: "faz-me o favor, pode levar sim" O carregador não conseguiu  levantar a mala e ele rindo disse:" Isso é para homem forte" e pegou a mala e saiu.
Essa história todo mundo sabia no seminário e era admirado por todos, por sua força física e sua alegria e bom humor.
abner
Caro Abner!
Conhecia essa história e também outra interessante:
Ele esteve na Itália, em Roma, entre 1956 e 1959.Naquele tempo surgiram na Alemanha uns microfones muito aperfeiçoados e bem pequenos.Padre Copetti achou interessante trazer alguns para serem utilizados principalmente na Basílica de Aparecida....Entretanto havia de passar pela alfândega aqui no Brasil....Como?Não teve dúvidas: Ele tinha um par de botas grandes, pois era alto e forte. Encheu as botas com os microfones e colocou sobre eles umas meias bem usadas e até cheirando mal. Aconteceu exatamente o que pensou: os fiscais por aqui não quiseram nem chegar perto!!!! 
Ierárdi
Ierardi,
Eu estava lembrando das botas enormes que tinha trazido, não sabia se eram da Italia ou Alemanha, pareciam as botas Sete Léguas do conto de Fadas, kkkkk
abner


quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

ELES VIVERAM CONOSCO - IR. GREGÓRIO (JOSÉ DE ARRUDA CAMPOS) CSsR

IR. GREGÓRIO (JOSÉ DE ARRUDA CAMPOS) CSsR
+5 Fevereiro 1991 
No dia 05 de fevereiro, sem aviso, repentinamente e silencioso, como vivera, sentando em um banco, na Rodoviária de Tietê, partiu o Irmão Gregório. Nascera em Tietê, fora batizado em Cerquilho, alguns dias depois do nascimento, que se dera a 14 de agosto de 1928. Tinha apenas o curso primário. Serviu o Exército, no Quartel de Itu, recebendo o Certificado de Reservista de 1ª Categoria. Entrou para a Congregação Redentorista em Pindamonhangaba, aos 15 de abril de 1949. O Noviciado também foi em Pinda, em 1950 e professou em 1951. Nos primeiros anos de vida religiosa, foi cozinheiro em nossos conventos. De 1959 em diante exerceu o cargo de porteiro e, principalmente, de sacristão. Trabalhou em Goiás, Rio Grande do Sul e, depois, em nossos conventos de São Paulo. Morou por mais tempo em Araraquara, de 1977 até 1985 e, depois, em Tietê, de 1986 até sua morte. Como sacristão destacou-se pelo cuidado com as igrejas que lhe eram confiadas. Como ministro da Eucaristia, Irmão Gregório não se descuidava de seus doentes, aos quais levava a Comunhão semanalmente e, sempre, de batina. Era um homem de vida tranqüila, não tinha pressa e até seu modo de falar era calmo. Em 1990 teve uma ameaça de derrame, do qual se recuperou, mas não ficou mais bom de todo. Nos últimos tempos apareceu o diabetes, alcançando taxas muito elevadas. Infelizmente, ele não se preocupava muito com a saúde. No dia 05 de fevereiro, depois do café, o Irmão pediu para ir pescar. Antes porém iria dar sua costumeira volta a pé, a conselho médico. Passou pela rodoviária e conversou com um motorista de táxi, seu conhecido. Depois sentou-se num banco. O motorista notou que o Irmão não saía de lá e nem se mexia. Aproximou- se e viu que já estava morto. Infarto, provocado pelo diabetes muito alto. Assim partiu o Irmão Gregório, silenciosamente como vivera! Uma jovem, da comunidade de Araraquara, escreveu o seguinte sobre o Ir. Gregório: “Muito obrigada pelo exemplo de humildade que você deixou para todos nós. O seu amor ao rosário, sempre em suas mãos, fez de você um apóstolo fiel. Quantas vezes, no silêncio da igreja, a igreja de Santa Cruz ainda vazia, avistávamos você, lá no fundo, olhando para o crucifixo e para a Mãe do Perpétuo Socorro, gritando com seu silêncio o seu amor a Jesus e a Maria! Essa lembrança ficou bem viva em nós”. (Pe. Arlindo Thomaz, “Efemérides da Congregação Redentorista e da Província de São Paulo”)

CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR