domingo, 28 de fevereiro de 2021

AINDA PODEMOS SORRIR

Pe. Flávio Cavalca de Castro, 
redentorista 
flcastro22@gmail.com 
Fevereiro meio estranho este, o fantasma da pandemia ainda nos assusta e parece que o Carnaval não terá muito sentido. Por isso é importante conservar a alegria, aquela que nada nos pode tirar. 
A alegria é parte da salvação, ou talvez até toda a salvação. Lembremos o que diz a Bíblia (Eclo 30,23-25): 
“A alegria do coração é vida para o homem, e um inesgotável tesouro de santidade. A alegria de um homem prolonga sua vida. Sê indulgente para contigo e consola teu coração; expulsa para longe a tristeza. Pois a tristeza já matou muita gente e nela não há nada de útil.” 
Abramos, pois, o coração para a alegria dos filhos e filhas de Deus. 
Ele nos ama, e tantos nos amam. 
Podemos festejar e ser felizes apesar de tudo, sorrir, cantar e celebrar a vida. Podemos começar a viver hoje o amanha melhor.

ELES VIVERAM CONOSCO - DOM ANTÔNIO FERREIRA DE MACEDO CSsR

DOM ANTÔNIO FERREIRA DE MACEDO CSsR
+28 de FEVEREIRO 1989 
Nasceu na Fazenda Natal, em Guaratinguetá, aos 21 de outubro de 1902.Teve 12 irmãos. Foi batizado em Aparecida, aos 04 de janeiro de 1903, ingressou no juvenato em Aparecida em 1916. De 1923 até 1928 estudou Filosofia e Teologia na Alemanha, tendo sido ordenado pelo Cardeal Faulhaber, em 1928. Entre os anos de 1931 e 1942 Dom Macedo trabalhou como missionário, passando então a ocupar cargos de reitor, nas casas de Tietê e São Paulo, de Cachoeira do Sul (RS) e novamente na Penha, em São Paulo. De 1948 a 1955 foi Superior Provincial. Em 1955 foi eleito Bispo Auxiliar de São Paulo por Pio XII. Ao ser criada a Arquidiocese de Aparecida, em 1958, Dom Macedo recebeu a incumbência de pô-la em andamento e passou a residir aqui como representante de seu administrador, o Cardeal Mota. Em 1964, quando Dom Carlos Carmelo Cardeal Mota veio para Aparecida, trouxe-o consigo, para ser seu auxiliar, tendo-o consigo até sua morte, em 1982. Ele foi elevado ao título de Arcebispo Auxiliar - Sedi datus. Participou de algumas sessões do Concílio Vaticano II. Dentre as obras que o destacaram, três aparecem com grande mérito: o prédio do Seminário Santo Afonso, a fundação da Rádio Aparecida e a construção da Basílica Nova. 63 Em 1950, tendo o Cardeal pedido o Colegião, onde estavam instalados os seminaristas menores redentoristas, O Pe. Macedo, então Superior Provincial, construiu, em meio a grandes dificuldades, o novo Seminário de Santo Afonso. Durante todo seu episcopado manteve uma bolsa de estudos para formação de um de nossos seminaristas. Em Aparecida, foi nomeado administrador do Santuário Novo e, apesar da luta incansável para ver erguida a nova igreja, não se descuidou de suas atividades pastorais. Uma delas foi a peregrinação que fez com a verdadeira imagem de Nossa Senhora Aparecida, com a qual visitou centenas municípios de vários Estados brasileiros. Com sua saúde definhando lentamente, consumido por uma artrite dolorosa, faleceu ao lado de seus confrades, pois voltara a residir no convento da comunidade do Santuário, aos 28 de fevereiro de 1989. “Talvez nem se imagine quanto esse homem de Deus fez por Aparecida e por esta Arquidiocese”, palavras de Dom Geraldo Penido, Arcebispo de Aparecida. (Arquivo Provincial)

CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

Nós, seminaristas redentoristas, participamos da sagração de Dom Macedo, quando entrou solenemente na basílica velha, o coro entoou o "ECCE SACERDOS MAGNUS", isto não me sai da lembrança, perdemos nosso provincial e ganhamos o José Ribolla, nosso diretor, nomeado seu substituto, a festa foi no Santo Afonso. Alexandre Dumas Pasin

ELES VIVERAM CONOSCO- DOM ANTÔNIO RIBEIRO DE OLIVEIRA

 DOM ANTÔNIO RIBEIRO DE OLIVEIRA 

+28 DE FEVEREIRO 2017
“Só Deus é Deus!” Assim exclamava continuamente Dom Antonio Ribeiro de Oliveira. No dia 28 de fevereiro, partiu para a casa do Pai. Em junho de 2016, celebrando seus 90 anos no Santuário Basílica de Trindade, afirmou: “ Não vou me cansar de agradecer pelo meu ministério sacerdotal a serviço do povo cristão. Por isso, me dirijo ao coração de cada um pedindo que me ajude a agradecer o dom da vida, o meu sacerdócio e o meu episcopado para que, pela misericórdia do Pai Eterno, eu possa chegar ao caminho da salvação”. Na mesma ocasião dizia: “Chego aos 90 anos. Um susto! Mas também uma grande alegria. Alegria de ter vivido até uma idade não tão comum. Eu devo dizer que valeu a pena viver. Valeu a pena ser padre, de ser bispo, e depois de 40 anos de bispo, voltei a ser padre, para aquilo que mais gosto: ser padre! Idoso, sim, mas sou jovem para as coisas de Deus”! Arcebispo de Goiânia, de 1986 a 2002, Dom Antonio não só pregou “comunhão e participação”, mas viveu essa realidade no contato pessoal, nas visitas pastorais, nas reuniões, nas assembleias. A Arquidiocese e suas obras cresceram, não obstante a sua simplicidade e modéstia. Dom Antonio realizou uma grande obra sem muitas luzes e holofotes. Bem a seu jeito. Obrigado, Dom Antonio! Nos céus, intercede pelo seu querido povo que te ama!. 
NOSSO GUIA – MARÇO 2017

SENDO"CONTAMINADOS" PELO DUMAS

Às vezes, ficamos aqui conjecturando, procurando na TV algo interessante que nos satisfaça no anseio de conhecer, de participar, de estar presente em alguma coisa nessa pandemia, covid é o assunto do momento, estou contaminado, senão pelo vírus, mas pelo medo. A TV Aparecida nos proporciona missas, sermões, epístolas, músicas sacras, não perco uma, seja a da manhã ou a da tarde, convivo com meus confrades, tento me inteirar dos mistérios da fé, se ela me falta, resta a esperança, são virtudes capitais, se completam. Minhas filhas frequentam diariamente minha casa, tornou-se tradição, o café à mesa, um bom papo e o vinho que, se não partilhado, é companheiro das horas que antecedem meu recolhimento ao repouso merecido. Os dias se sucedem, vou completar trinta anos de aposentadoria, isto depois de 35 anos de atividade, prejuízo para a Previ, a média prevista é 73 anos, estou com 83, dez anos de prejuízo para a entidade. Hoje fui até Aparecida, faço isto diariamente, levo a Lucy contornamos a basílica velha, nos persignamos, pedimos a bênção e retornamos a Guará, por incrível que pareça, ligados na rádio Aparecida, é prazeroso, uma rotina que se incorporou a nossa vida, os prédios no caminho, o Morro Vermelho, o antigo Cesec, a Mantiqueira ao longe, um trajeto comum, rotineiro, mas que nos satisfaz por nos proporcionar uma beleza ímpar . Amanhã será outro dia, a rotina se repete, sou feliz, tenho uma família excepcional, cinco fiihos, sete netos, três genros e uma nora, uma comunidade de dezoito pessoas. Quando saí do seminário, reclamei a Deus de minha solidão , ele foi magnânimo comigo.ALEXANDRE DUMAS 
Adorei seu texto. LIndo, lindo.JOÃO DE DEUS REZENDE COSTA 
Grande Dumas,tenho quatro filhas, quatro genros, 8 netos! Tenho rotina semelhante. Sou feliz, aprendi, no seminário a ser gentil e cordato. Marisa é uma companheirona, uma santa! A seu exemplo, sou feliz! ANTÔNIO JOÃO THOZZI 
Dumas, colega e amigo, começo com o Salmo 133(ou 132 dependendo da versão):"COMO É MARAVILHOSO ESTAR COM OS IRMÃOS" Dizem que é um salmo maçom. Meu filho mais novo é venerável de uma Loja aqui em São Paulo! Maçom por que tem a fraternidade como base. Entre eles são todos irmãos, como costumam tratarem-se. Quando entro a esta rede Facebook, folgo em ter a oportunidade do contato muito próximo com meus irmãos, confrades como diria o redentorista, o bom contato do café(permita-me estar com sua família!) e do bom vinho, ainda que à distância! Abner, João de Deus, os Criado, Laerte, os Nelson, Cel.Vianna e Duarte, Loch, Vagner, Baldi (não gosta da Maçonaria!), Antônio de Lima, José Morelli, Olavo... e tantos outros do meu tempo de SRSA... colegas que tive e alguns não conheci por estarem em turmas diferentes na nossa época! Você fala que deve à Previ... não concordo! Quem nos deve é a comunidade brasileira que está saldando este nosso merecido tempo de aposentadoria. Por outro lado, muito admiro e até invejo, no bom sentido, esse seu tour diário pelos locais onde me trazem boas lembranças da vida. Mas este momento é azado para dizer aos quatro cantos que o valor dos egressos do seminário, especialmente os mais antigos, é tão grande quanto aquele dos colegas consagrados e sagrados sacerdotes! Isso porque constituímos famílias, boas famílias, famílias cristãs, e nossos filhos e netos darão prosseguimento nessa salutar construção! Por fim, caro amigo, você tem medo da COVID mas, mostrando desvelo e cuidado, a encara não se isolando em casa. Dumas, estou redigindo esta nota às 3 horas AM deste dia 28 de fevereiro. Que coisa boa...deixei minha cama, meu sono, meus sonhos, para estar virtualmente com o meu amigo perene, obrigado e um grande abraço! ET-Essa nossa conversa precisa estar registrada para o futuro em nosso blog da TÁVOLA REDONDA DOS SEMINÁRIOS (site que não é marketing, é registro de nossos momentos!) ANTÔNIO IERARDI NETO
Meu amigo Dumas, como diz o Ierardi, você não está dando prejuízo ao Instituto de Pensão, nunca pense nisso, essa ideia como a concebo, chega perto daquela de um indivíduo do BBB que pediu desculpa por ser homem branco e hétero. Uma coisa não tem nada a ver com a outra, apenas uma analogia.Palavras com muito otimismo e companheirismo que nos confortam . ABNER FERRAZ DE CAMPOS
Que toda essa paisagem do trajeto entre Guará e Aparecida, a casa da tia Margarida, a praça da estação, o pedido de benção à N Sra Aparecida ao passar pela Basílica Velha, o aceno à Casa Verde na ladeira (referência da união entre amizades fiéis do passado através do casamento entre Gisele e Neco), o olhar de gratidão ao passar pelo Seminário Bom Jesus e o retorno ao lar que vc construiu com pilares na união, lhe dê a certeza de que a lei do retorno é inevitável. Quando estamos juntos buscamos o sorriso, a palavra sábia e o colo quando necessário. É por amor que sempre voltamos, é por prazer q corremos a partilhar uma alegria, uma dor e o simples e o melhor de todos os dias, permanecermos juntos. ❤️LUCÍOLA MENEZES
Que linda mensagem, partindo de um coração cheio de Deus. Parabéns, Alexandre. Deus o abençoe e à sua família. Abraços 🙏PADRE CARLOS ALBERTO PEREIRA 
Carlos Alberto Pereira , obrigado pela observação, sou seu fã, rezamos sempre pela perseverança de nossos irmãos redentoristas.ALEXANDRE DUMAS PASIN

sábado, 27 de fevereiro de 2021

ELES VIVERAM CONOSCO - PADRE JOSÉ AFONSO SAVASSA CSsR.

NOME COMPLETO: Jose Afonso Savassa

NASCIMENTO: 05/03/1951, Tietê - SP
PAIS: Jose Savassa (in memoriam) e Leonilde Milani Savassa
PROFISSÃO TEMPORÁRIA: 01/03/1975
PROFISSÃO PERPÉTUA: 02/08/1978
ORDENAÇÃO DIACONAL: 05/08/1978
ORDENAÇÃO PRESBITERAL: 25/02/1979
BISPO ORDENANTE: D. Antonio Pedro Misiara (Bragança Paulista)
ESTUDOS REALIZADOS, A PARTIR DO II GRAU: (local e diploma)
FILOSOFIA – SÃO PAULO
TEOLOGIA – SÃO PAULO
ESPECIALIZAÇAO CATEQUESE – UPS - ROMA
COMUNIDADES ONDE VIVEU E CARGOS JÁ EXERCIDOS: (locais e períodos)
SEMINÁRIO SANTO AFONSO –1980-1981-
FORMAÇÃO TIETÊ – 1985-1986 –
REITOR IGREJA E SUPERIOR
ROMA – 1977-1999 – ROMA – ESTUDOS
ARARAQUARA=
2000-2008–REITOR E SUPERIOR;
2009– REITOR;
2011-REITOR E SUPERIOR 
Faleceu na tarde desta quinta-feira (27) o Pe. José Afonso Savassa,CSsR, aos 69 anos. O velório acontecerá no Seminário Santa Teresinha, em Tietê-SP, onde nasceu Padre Afonso foi Reitor da Igreja de Santa Cruz e Superior da Casa dos Redentoristas por 15 anos, no período de 2000 a 2015. A restauração da igreja foi a principal marca de sua gestão, além da realização de inúmeros eventos religiosos e sociais na comunidade. Padre Afonso fez muitos amigos, com seu jeito paterno e alegre de ser. Muito querido, gostava de convidar para um café e experimentar as famosas queijadinhas que ele mesmo preparava. A jornalista Célia Pires, muito amiga de Padre Afonso postou sua homenagem em sua rede social, neste momento triste. 
“Eu me lembro que fui a primeira jornalista que o entrevistou quando chegou. A frente da casa paroquial estava lotada de latinhas da campanha para reformar a igreja. Ele mandou tirar tudo. Mas não abandonou o barco da reforma. Com seus contatos, com a ajuda de fiéis a reforma foi feita e a igreja ficou um deslumbre. Perguntei a ele porque o destaque era para uma cruz que passou a ficar suspensa no ar. Ele me respondeu o óbvio. A igreja não era Igreja de Santa Cruz? Quantas vezes ele não foi meu orientador? Todas as suas orientações me fizeram alguém melhor. Me recordo que depois de uma internação na então Beneficência Portuguesa fui visitá-lo e reclamei que não me deixaram entrar. Ele riu muito. Para variar pedi que tirasse uma foto para eu guardar no meu álbum de abraços. Lógico, disse ele. No dia seguinte recebi na redação do jornal a visita de um outro padre que foi me chamar a atenção,pois não se brincava assim com um reitor da igreja. Depois que esse padre foi embora escrevi para o Padre Afonso perguntando a ele se tinha faltado com o respeito, com as minhas brincadeiras, com meu jeito cru e sem filtro. Ele me disse para não mudar meu jeito. Que preferia pessoas como eu àquelas falsas que fingem gentileza. E de quebra ainda me passou a receita de suas famosas queijadinhas”. 
Finaliza ela. Muitos amigos consternados com sua partida também lhe renderam homenagens, deixaremos aqui parte da postagem do Santuário Paróquia São Geraldo Majella – Frei Ignacio Larrañaga Acabou-se o combate. Para ele já não haverá lágrimas, nem pranto, nem sobressaltos. O sol brilhará para sempre em seu rosto é uma paz intangível assegurará definitivamente suas fronteiras. Senhor da vida e dono de nossos destinos, em tuas mãos depositamos, silenciosamente, este ser querido que foi embora.
https://rciararaquara.com.br/cidade/morre-padre-afonso-aos-69-anos/
Meus amigos de seminário, o saudoso Pe.Libárdi nos dizia: UMA VEZ REDENTORISTA, SEMPRE REDENTORISTA! 
Completo: UMA VEZ REDENTORISTA, REDENTORISTA NO CÉU!
Descanse na paz do Senhor, padre amigo! ANTÔNIO IERÁRDI
Fomos colegas nos anos 60. Que Jesus e Maria o recebam.SEBASTIAN BALDI

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. WALDEMAR GALAZKA, CSsR

PE. WALDEMAR GALAZKA, CSsR 
*10.06.1954 - +26.02.1986 
Pe.Waldemar chegou ao Brasil em abril de 1983. Trabalhou no Santuário de Bom Jesus da Lapa e nas comunidades da paróquia. Pouco antes de ser transferido da Lapa para Una, construiu um salão para reuniões e catequese, ao lado da capela Santa Luzia. No final de 1985, a nossa Missão da Bahia assumiu um novo campo de trabalho pastoral no Sul da Bahia, na diocese de Itabuna. No dia 2 de fevereiro de 1986, o Pe. Waldemar foi empossado como pároco de Uma, pelo então bispo diocesano de Itabuna, D.Paulo. No final da missa de posse, Pe. Waldemar disse: "Sinto-me como se fosse ordenado sacerdote de novo". Após a posse, trabalhou apenas três semanas. No dia 26 de fevereiro de 1986, morreu de parada cardíaca nas ondas do Atlântico. Suas últimas palavras foram: "Ó Jesus, misericórdia, ó Jesus, misericórdia". Pe.Waldemar foi uma pessoa inquieta: sempre estava correndo, sempre procurando alguma coisa. Precisava de alguém com quem pudesse se abrir, quem quisesse escutá-lo e entendê-lo. Às vezes, nas altas horas da noite, batia na porta do quarto dos confrades: "Não durma, abra a porta para conversarmos um pouco..." Com frequência repetia: "Tenho muito medo de morrer fora da Congregação". Sentindo as dificuldades concretas que precisava enfrentar, temia pela sua perseverança. Foi inicialmente sepultado ao lado da igreja paroquial de Uma, depois os restos mortais foram transferidos para Bom Jesus da Lapa, pois foi lá onde foi iniciado o trabalho missionário Redentorista na Bahia. Pe. Waldemar morreu jovem, com apenas 30 anos e é o primeiro missionário redentorista polonês sepultado na Bahia.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. AGOSTINHO JORGE POLSTER CSsR

PE. AGOSTINHO JORGE POLSTER CSsR
+25 de FEVEREIRO 1958 
Era de Krappenhofen, na Baviera. Nasceu a 18 de março de 1890, e com 13 anos ingressou no Juvenato C.Ss.R. professando em 1911. Devido à uma extração de um dente (mal feita) precisou ser operado na cabeça. Mais tarde teve de repetir a operação, com a advertência do médico: outra operação será impossível. Mas, com muita oração, pôde ele restabelecer-se e continuar os estudos. Chamado para o exército, na guerra de 1914, ficou livre, devido justamente a essa operação, cuja cicatriz (que sempre conservou) o impedia de usar capacete. Em 1916 foi ordenado, trabalhando uns três anos na Alemanha, vindo em 1920 para o Brasil. Diretor e professor do Juvenato, Superior em Cachoeira do Sul, Pe. Agostinho foi também, durante anos, ótimo missionário. Aprendeu, e muito bem, o Português, sendo suas pregações muito apreciadas pelo conteúdo e clareza. De veia poética, e muito versado em literatura clássica, era com facilidade que, de acordo com a ocasião, citava versos de Horácio, Ovídio e Homero. Perito no latim e grego, eram estas suas matérias prediletas como professor. Foi sempre um ótimo confrade, pela sua calma e espírito de caridade. Sabia enriquecer uma conversa com observações interessantes, e com suas risadas, que sempre chegavam quando os outros já tinham deixado de rir. De constituição forte, não se poupava trabalho; e, em tudo, era um homem de profundo espírito de fé. — Já por volta de 1955 a esclerose cerebral começou a manifestar-se, obrigando-o a uma total inatividade na Casa da Penha. Agravando-se a moléstia, foi ele internado no Hospital, durante um ano e meio. Depois foi levado para o convento, pois eram freqüentes seus gritos nervosos, incomodando os doentes. Nos momentos lúcidos, porém, ficava muito agradecido, quando algum confrade rezava com ele, preparando-o para a morte. Nos últimos meses ficou reduzido a uma criança inconsciente. No dia 25 de fevereiro de 1958 Deus o chamou para o descanso eterno, após trinta e poucos anos de intenso apostolado.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade
Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR
Numa história contada pelo padre Morgado, ele dizia que o padre Agostinho era diretor do seminário em seu tempo. Estando todos na casa da Pedrinha, chegou a notícia de sua substituição e transferência para outro setor da comunidade redentorista. Incontinente, arrumou as malas e se preparou para voltar ao seminário em Aparecida e tomar seu destino. Os seminaristas o acompanharam até o morro da Carmelita e desceram até um ribeirão situado mais abaixo, ele atravessou o ribeirão, postou-se em frente a todos e "BOM QUE ERA, CHOROU". O ribeirão passou a ser denominado, a partir desse fato, por "RIBEIRÃO DAS LÁGRIMAS". Quando por ali passávamos, sabíamos que estávamos chegando, eu não conhecia a história, fiquei muito feliz quando tomei conhecimento da toponímia. Alexandre Dumas Pasin

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

MADEIRA DA FAZENDINHA E ....PADRE DÉLCIO VIESSE(+)

Certa feita, lá no seminário, foi encontrado, na Fazendinha, um tronco milenar, postado no fundo do Ribeirão do Sá. Retirado e trabalhado, resultou em mesas e cadeiras aproveitadas nas sete salas de aula. Escuras, feito ébano, serviram de apoio aos professores . Pediram uma redação-composição que relatasse a vida , a queda e o tempo de espera daquela madeira que vivera imponente e caira ao sabor de tempestades, imersa ficara, molhada no leito, aguardando quieta seu nobre destino em salas de aula, escondendo sua nobre trajetória na natureza selvagem, imponente, soberana, dominando arbustos, fazendo sombra às feras, agora, passiva, servindo de apoio a livros, ouvindo outras histórias. Fiz a redação, contei sua saga, minha composição perdeu -se no tempo, padre Pereira dificilmente me atribuía um dez. Desta vez, consegui. Alexandre Dumas
De fato nas salas de aula havia umas mesas de uma madeira preta que diziam ser pau ferro, mas nunca soube da história dessa madeira. Só sei que uma vez o Padre Viesse, meio nervoso, deu um murro na mesinha que rachou uma das tábuas duríssima, e ficou na história. Diziam que foi um soco igual o da história do filho do gaúcho que matou um cavalo com um soco na cabeça do animal. Abner Ferraz de Campos 
O Abner falou do padre Viesse. Eu o conheci em Tietê. Alto, bom camarada, fazia parte do corpo missionário juntamente com Dom Carlinhos, pe. Copetti e outros. Lembrar é algo difícil.Adilson José Cunha
Abner, duvido, ele deve ter quebrado os dedos. Certa ocasião, numa missa solene na basílica, o coro de oito vozes desafinou, ele jogou a batuta e deixou-nos ao leo, fomos socorridos pelo maestro, talvez o Toninho Maciel, ele era dócil, mas intolerante a erros musicais.Alexandre Dumas
Alexandre Dumas, verdade, eu não fui testemunha ocular do caso da mesa, mas diziam muito. Nos ensaios do coral ele quebrava uma estante por ensaio.Abner Ferraz de Campos
Alexandre Dumas, sobre o Padre Viesse, tenho esta lembrança: 
        CAI A TARDE, TANGEM SINOS
DESCE O SOL, ALÉM DO MAR
ALMAS MIL ,SAUDOSOS HINOS
PÕEM-SE PRESTES A CANTAR
QUANDO VEM O FIM DO DIA
SANTA VIRGEM, MÃE MARIA

VÓS , ESTRELAS, LÁ DO CÉU
LÁ DO CÉU, LÁ DO CÉU
VÓS ESTRELAS, LÁ DO CÉU
CONDUZI-NOS AOS CÉUS
CONDUZI-NOS ATÉ DEUS
"Grande músico, compôs muita coisa, mas destruiu quase tudo!.... A poesia-oração acima não foi destruída... Um dia ele a cantarolou perto de mim e em mim ficou.... Foi o meu maestro no coral, quando com 13 anos tinha voz de soprano e aos 18, ao ter mudado de voz, passou-me a segundo tenor. Quantas músicas aquele coral cantou, inclusive na basílica velha de Nossa Senhora Aparecida. Num dia de ensaios o Pe.Viesse pacientemente conduzia o coral no palco do salão de festas do seminário. Estava nos preparando para as solenidades do dia 1ºde Agosto, Santo Afonso Maria de Ligório, o fundador dos redentoristas! O coral compunha-se das vozes soprano, alto, 1ºtenor, 2ºtenor e baixo. Geralmente a turma dos menores fazia o soprano e o alto e os maiores faziam os tenores e baixo. A turma dos médios ficava fora, pois estavam mudando de voz e o seu som era de “taquara rachada”..... De repente, dei um tremendo fora num estridente agudo totalmente alheio à boa harmonia dos demais. -VOCÊ ESTÁ MALUCO, TAMPINHA! – gritou o Padre Maestro, sem parar de reger... Naquele momento fiquei totalmente irritado, sentia frio por dentro e tremor por fora.....Calei-me....Não cantei mais, ainda que estivesse bem ao lado dele....Fiquei calado até o fim do ensaio... Antes de dispensar a turma, o Pe.Viesse voltou-se para mim e publicamente, em alto tom, mas sem gritar, falou: -O que aconteceu, Tampinha? Por que parou de cantar? Permaneci calado, por dentro mais frio e por fora mais tremedeira.....e ele continuou: -Isso não é próprio de um seminarista! Olhe você é um “olha-eu” desgraçado, precisa saber que sua voz, ainda que bonita deve harmonizar-se com as outras...-e voltando-se para todos : 
-Estão dispensados! 
Esse fato foi muito importante na minha existência! Se não fosse assim não sei a que pináculo da minha vida teria tentado galgar e que tremenda queda um dia poderia vir a ter.... Ele me mostrou naquele momento, quando procurava o caminho do ideal: “Padre, Missionário, Redentorista, Santo”, que estava, ainda precocemente, vagando pela vaidade e desconhecendo a verdadeira humildade. Isso serviu para toda a minha vida." Ierárdi
O Ierardi falou sobre o Padre Delcio Viesse e o coral do Seminário. O Abner falou que o Padre Viesse teria dado um murro em uma mesa da sala de aula. Foi provavelmente no ano de 1957. O Padre Viesse era o maestro do Coral do qual eu também participava como soprano e depois ao passar para os médios como alto. Em um dos ensaios, não sei se o Ierardi estava presente e se lembra, em consequência de uma pequena falta disciplinar de alguns alunos, o padre irritado perdeu a paciência e deu realmente um murro na estante de partituras a sua frente quebrando-a e encerrando o ensaio.Esse fato aconteceu no palco do auditório.Nelson Vianna
Nelson Félix Vianna , quebrou a estante, mas nunca a mesa dita de pau ferro, aquela tirada do ribeirão do Sá, teria quebrado os dedos. Grande padre Viesse, de uma humildade descomunal, impaciente com os desafinados.
Caros amigos Cel.Nelson e Dumas, de fato o palco do auditório era o lugar onde ensaiávamos com o nosso estimado e temperamental maestro tanto o coral como a bandinha, onde também participei ativamente e em progresso de carreira, primeiro na bateria, com o triângulo, depois na harmonia com o Sax-Trompa e finalmente na melodia com o Piston! Amigo Nelson, lembro-me muito bem... e sempre saíamos dali quietinhos sem qualquer pio!!!! Ierárdi
Já que vcs mencionaram o pe. Viesse , aqui vai uma foto do grande coral do SRSA de 1963 (?) e , claro , incluindo o maior soprano do coral , este que lhes escreve . Boas lembranças !"Vagner Gaspar
Eu era uma taquara rachada, acho que não estou na foto.Olavo Caramori
Tinha também o padre Zômpero, que me fez cantar um solo, quase tive um troço.Natanael Criado

domingo, 21 de fevereiro de 2021

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. JOÃO EVANGELISTA BETTING CSsR

PE. JOÃO EVANGELISTA BETTING CSsR
+21 de FEVEREIRO 1986 
Padre João nasceu em Denkingen (Alemanha), em dezembro de 1906, professou no dia 17 de maio de 1926 e foi ordenado sacerdote em 07 de julho de 1931, vindo para o Brasil em 1936. Foi o último dos alemães que veio para cá. Já veio como professor do recém fundado Seminário de Tietê, onde ministrou aulas durante vinte e oito anos. Durante todo esse tempo foi a figura central do corpo docente. Lecionou quase todas as matérias, mas, principalmente Sagrada Escritura, que era o seu forte. Dedicou muitas e muitas horas a cuidar da biblioteca da Província. Era confessor e diretor espiritual de grande número de nossos estudantes. Era conhecidíssimo em Tietê, onde passou a maior parte de sua vida, no Brasil. Muito procurado como confessor, diretor espiritual e também como benzedor, ficando afamado com suas bênçãos. Era um místico e foi um professor ”sui generis”. Escrevia sobre curiosidades e notícias científicas nas publicações internas da Província e em revistas dedicadas à espiritualidade. É de sua autoria o livro “Teologia das Realidades Celestes, manual de ascética e mística”, editado pela Província. Quando o Seminário Maior foi transferido para a Raposo Tavares, em São Paulo, o Padre João foi junto. Foi aí que começaram a manifestar-se os primeiros sintomas do mal de Parkinson, do qual veio a falecer. Foi operado na Alemanha, em 1969, com quase nenhum resultado. Os médicos, vendo o pouco que haviam conseguido, recomendaram que voltasse logo para o Brasil. Ele dizia que queria morrer em sua segunda pátria. Em fins de 1972 foi transferido para o Jardim Paulistano, de onde, alguns anos depois, passou para a casa de benfeitores da Congregação: Dona Elizinha e Narciso Sutiro, sobrinhos do Padre Sotilo. Ela era sua penitente. Diante das alucinações de perseguições e de envenenamento que o padre sofria, perguntaram-lhe se queria ir para a casa dela, o que ele aceitou. O casal, seus filhos e Dona Ia, trataram do Padre João com todo carinho possível e cuidado, até a morte. A doença ia caminhando sempre mais. Vivia quase só sentado numa poltrona. Foi se encurvando cada vez mais, à maneira de Santo Afonso, e, por fim, não falava mais a não ser por sinais. Sem se queixar, ficou privado até do que mais gostava na vida, seus estudos e seus livros. Mas, enquanto foi possível, era um estudioso dedicado e homem de muita oração. Celebrou missa enquanto pôde, em seu quarto. Faleceu na tarde de 21 de fevereiro de 1986. Foi sepultado em Tietê. É venerado pelo povo da região como um santo. (Pe. Víctor Hugo)

CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR

Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR 

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

ELES NOS PRECEDERAM - IR. ENGELMAR (JOSÉ NEUHIERL) CSsR

IR. ENGELMAR (JOSÉ NEUHIERL) CSsR
+19 de FEVEREIRO 1909 
Era o caçula de uma turma de dezessete irmãos. Nasceu a 8 de janeiro de 1865, numa família rica e muito religiosa. Piedoso e sério desde criança, tornou-se, na mocidade, um modelo para seus colegas, como membro de diversas associações religiosas. E foi por esse tempo que decidiu sua vocação. Após a leitura de um livro sobre a vida consagrada, disse um dia à sua irmã: “Sabe o que resolvi? Pensei muito se deveria me casar, mas agora já decidi: vou para um convento”. — Essa resolução não foi surpresa para seus colegas que sempre o admiraram, como exemplo de recolhimento e mortificação. Todos sabiam que, por esse tempo, ele já se acostumara a dormir sobre duas tábua nuas, na maior pobreza. Tomando o habito redentorista em 1898, fez seus votos a 8 de setembro do ano seguinte; e a profissão perpétua verificou-se em 1902. Nesse mesmo ano conseguiu licença para vir trabalhar no Brasil, aqui chegando em novembro. Durante algum tempo esteve em Aparecida, sendo transferido depois para a Penha, onde trabalhou como cozinheiro e porteiro. Desses anos restam-nos cinco cartas por ele escritas a uma de suas irmãs, nas quais assina sempre: Engelmar, servo dos servos do Altíssimo, missionário de Deus, pobre dos bens deste mundo. A 26 de outubro de 1908, tendo sofrido uma violenta hemoptise, anunciou aos confrades que iria morrer logo. Realmente, meses depois, a 19 de fevereiro do ano seguinte, a morte o levou. Completamente es57 gotado, em seus últimos dias não chegava a pronunciar sequer uma palavra. Mas, à véspera de sua morte, num supremo esforço, conseguiu sentar-se na cama, e disse ao Superior: “Padre, a sua benção”... Foram suas ultimas palavras.. Admirado e muito querido por todos que com ele tratavam na portaria ou na igreja, o humilde Irmão Engelmar teve um enterro dos mais concorridos. E o Sr. André Bonotti se cansou de fazer cópias de uma fotografia do Irmão e distribuí-las a pessoas interessadas, já que o veneravam como santo. E os confrades que o conheceram, lembravam edificados a figura escolhida daquele Religioso que não perdia tempo, que, na capela, estava sempre de joelhos, caridoso com todos, mortificado, a ponto de nunca se recostar a um banco ou cadeira nas horas do recreio. Um santo confrade era o que todos diziam.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

Amigo Ierárdi! Obrigado pela belíssima história do Ir. Engelmar. Para ser sincero, não o conhecia. E olha que já posso me incluir no time dos veteranos da Província de São Paulo. Quando criança, morando em Ermelino, vez por outra íamos à Penha, o que para nós já significava "ir à cidade". E ir à Penha obrigatoriamente significava ir ao Santuário de N. Sra. da Penha. Mas não me lembro de ter ouvido qualquer menção ao nome dele. Santos homens os redentoristas alemães que trouxeram a Congregação para o Brasil! E o Ir. Engelmar é um deles. Grande abraço. A. Bicarato(+). 
Caro amigo Bicarato(+)! Aqueles que nos precederam e que conviveram conosco são as verdadeiras pérolas da Congregação Redentorista. É o oportuno modelo de vida que nos serve de exemplo para o caminho de Deus. Afinal estivemos por alguns anos no Santo Afonso, alguns ainda foram mais longe, Pinda, Tietê. e recebemos as melhores orientações diretamente de sacerdotes redentoristas, nossos inesquecíveis mestres de vida religiosa e cultural. Assim, dou-me a missão de trazer aos nossos colegas interessados essa sinopse de vida santa no dia em que o correspondente religioso foi chamado. Conforta-me muito quando as pessoas sentem-se bem informadas com isso! Um grande abraço! Ierárdi
Ierardi! Mais uma vez, aqui estou eu. Gostaria de acrescentar mais um comentário. Dos redentoristas que viveram aqui na Penha, costumo encaminhar seus e'mails para o Memorial Penha de França, que é uma instituição que disponibiliza informações históricas a quem se interesse pelo que se refere ao bairro. Para o Memorial, na pessoa do Francisco Folco, encaminhei a seguinte observação a respeito do Irmão Engelmar: Neste necrológio é citada a pessoa do Sr. André Bonotti. Lembro-me vagamente desses santinhos que ele distribuía divulgando a santidade de um religioso redentorista. Não me lembrava que se tratava deste irmão que havia pertencido à comunidade dos padres da Penha. É possível que tenha algum desses santinhos junto aos guardados de minha mãe (94 anos). Morelli
Amigo Morelli! Que bom que venha por aqui! Como disse ao Bicarato(+), isso muito me conforta! Fico ainda mais feliz quando vejo que essas mensagens estão sendo repassadas a outros destinos e Memorial! A rede nos faculta isso e vamos aproveitar sempre esse ensejo para divulgar aquilo que conhecemos de melhor! Se por acaso encontrar o santinho, faça um escâner e me encaminhe para que possa mandar a outros colegas. Por ora, agradeço pela sua estimável presença! Um forte abraço! Ierárdi

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. ALEXANDRE MORAIS CSsR

PE. ALEXANDRE MORAIS CSsR
+18 de FEVEREIRO 1972 
Sobrinho do nosso Pe. Orlando Morais e, como o tio, acanhado e tímido. Era goiano, filho de fazendeiros do município de Silvânia, e nasceu a 13 de julho de 1909. Estudou no Juvenato (Aparecida) e professou em abril de 1931, indo, depois, fazer seus estudos superiores na Áustria e Alemanha. Ordenado a 3 de maio de 1936, voltou para o Brasil, iniciando seu apostolado em Aparecida. Trabalhou, depois em todas as Casas da Província, como missionário, professor em Tietê, superior e vigário na Penha, bem como no Jardim Paulistano por duas vezes. Dada a sua simplicidade, Pe. Morais foi sempre um confrade que todos estimavam. Soube ganhar a amizade dos seus paroquianos, justamente devido ao seu modo de ser: humilde, simples e despretensioso. Ótima inteligência, falava e escrevia com facilidade; mas foi homem mais do trabalho do que dos estudos. Como Vigário no Jardim Paulistano, esmerou-se na decoração da igreja, e soube ganhar o interesse dos paroquianos para as obras de assistência da Paróquia. Passou seus últimos dias em Campinas (GO) sempre dedicado em atender os trabalhos na igreja. A 18 de fevereiro de 1972 celebrou a Missa de 60 anos de casamento de seus tios, com planos de vir, logo depois, passar uns dias de férias em São Paulo. Após o almoço da festa com a família, sentiu os primeiros alarmes do enfarte que o deveriam levar. Mas ele não os entendeu. E antes de ir repousar um pouco, ainda na casa de seus tios, foi ao banheiro. Logo ao entrar, porém, teve um enfarte do miocárdio. Sua queda foi ouvida, e os familiares correram para o socorrer. Mas ele já tinha ido para as suas férias eternas. Qua hora non putatis...
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

PÉRIPLO(circuito) DIÁRIO DO DUMAS

Tenho um périplo diário, vou até Aparecida, circundo a basílica, peço a bênção e retorno a Guará. Logicamente sob o comando da Lucy, isso faz bem a ela e me enche de satisfação. Hoje, coincidentemente, lá estivemos ao meio dia. Os sinos tocaram e me levaram ao passado, "Recordando hoje, e quanto ! Que ao badalar de meus sinos, com a alma cheia de encantos, todos inda meninos, numa infantil louvação : " Bênça mãe, bênça vó, bênça tia "! Os sinos do meio dia, meiga e piedosa oração. A mesma fé inda existe, o badalar inda insiste, pois que inda tocam meus sinos, mas não existem os meninos." (Orlando Menezes). No meu tempo de coroinha, 1946 a 1948, assistiámos, lá da sacristia, seo João acionar os badalos sonoros, sejam os festivos, sejam aqueles que anunciavam ritos de funerais. Era um painel simples, trazido pelos padres alemães, dois botões, um para acionar os sinos, outro para desprender os badalos. Recordando meu tempo de seminário, lá na Pedrinha, quando em férias, eram celebradas missas na capela do bairro, os seminaristas se faziam presentes com coro a oito vozes e ritos solenes. Certa feita, fui nomeado badalador, função nobre dada ao encarregado de anunciar que haveria missa naquele dia. Você subia uma escada de madeira, espantava os morcegos, limpava as teias de aranha e acessava dois sinos, que, em espaços compassados e em tons diferentes proporcionavam uma melodia entendida pela comunidade como convite ao comparecimento ao rito sagrado.Alexandre Dumas 
Quando eu era coroinha na Matriz em Porto Feliz, anos 50, eu me levantava às seis da manhã, ia para a Igreja e despertava a cidade com o badalar dos sinos e convidava o povo para à missa das sete. Eu achava que eu que acordava a cidade. O único instrumento musical de cordas que aprendi tocar com maestria. Dumas, tivemos os mesmos sonhos e tangíamos com maestria os mesmos instrumentos de cordas.Abner 
Abner Ferraz de Campos que bom partilhar de momentos sonoros, os sinos anunciam e convocam à oração, rezemos ! Dumas

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. ANTÔNIO QUEIROZ DOS SANTOS CSsR

PE. ANTÔNIO QUEIROZ 
DOS SANTOS CSsR
*01 de Novembro de 1940 
+15 de Fevereiro de 2016 
Pe. Antônio Queiroz nasceu a 01 de novembro de 1940, em Frutal (MG), no Triângulo Mineiro, filho de João Lau de Queiroz e Ana Esméria de Queiroz. Ele é o segundo de uma família de seis irmãos. Foi batizado em Frutal, na Paróquia Nossa Senhora do Carmo, no dia 24 de dezembro de 1940. A crisma ele recebeu quando já estava no seminário, em Aparecida, no ano de 1964. Entrou para o Seminário Santo Afonso, em Aparecida, no dia 28 de janeiro de 1959. Fez o Noviciado em Pindamonhangaba durante o ano de 1965. Aí professou na Congregação aos 02 de fevereiro de 1966. Iniciou os estudos de Filosofia primeiro no Seminário Santa Teresinha, em Tietê (SP), no ano de 1966, completando no Alfonsianum, em São Paulo SP, na Rodovia Raposo Tavares, onde também cursou a Teologia. Sua Profissão Perpétua foi celebrada no Alfonsianum, a 25 de julho de 1971. Sua ordenação diaconal aconteceu aos 19 de dezembro de 1971, no Jardim Paulistano, pela imposição das mãos de Dom Juvenal Roriz, Bispo da Prelazia de Rubiataba/Mozarlândia (GO). Foi ordenado sacerdote, em Frutal (MG), aos 27 de agosto de 1972, por Dom José Pedro Costa, Administrador Apostólico da Arquidiocese de Uberaba MG. Iniciou sua vida apostólica em janeiro de 1973, como Vigário Paroquial na Paróquia de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, no Jardim Paulistano, São Paulo (SP). De 1974 a julho de 1976, assumiu o ofício de Vigário Paroquial, na Paróquia de São Pedro, em Garça (SP). De agosto de 1976 a dezembro de 1979, morou em São João da Boa Vista, como membro da Equipe Missionária. De 1980 a 1982, passou a residir no Seminário Santo Afonso, como responsável pelo Secretariado Vocacional da Província. Em 1983, foi transferido novamente para São João da Boa Vista como auxiliar do Mestre de Noviços. Em 1985, voltou ao Seminário Santo Afonso, em Aparecida, novamente como responsável do Secretariado Vocacional. Em abril de 1991, foi transferido, a seu pedido, para a periferia de São Paulo, para a Cidade Tiradentes, onde permaneceu apenas alguns meses. Pediu então para trabalhar na Diocese de Bom Jesus da Lapa BA, na cidade de Correntina, aí chegando em agosto de 1991. Depois desta experiência missionária voltou à Província em 1993, morando no Jardim Paulistano até que em 1994, passou para a nossa Vice-Província de Recife PE, morando na comunidade Nossa Senhora Aparecida na UR-5 Ibura. Foi um dos fundadores desta comunidade na periferia de Recife onde trabalhou na Pastoral e na formação do Pré-Noviciado. Em 1995, voltou para a Província, residindo em Aparecida, na Comunidade do Santuário, trabalhando na Pastoral dos romeiros. Em 2006, foi transferido para São João da Boa Vista, trabalhando na Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. E em 2009, retornou para Aparecida, integrando novamente a Comunidade do Santuário Nacional até o fim de sua vida. Pe. Queiroz trabalhou muito com a juventude, especialmente em São João da Boa Vista e em Aparecida, criando um movimento chamado Encontrinhos nas Escolas. Desta experiência publicou dois livros. Em seus programas na Rádio Aparecida, especialmente na apresentação da Consagração a Nossa Senhora, no horário das 15 horas e também em suas homilias contava muitas histori-nhas e o povo apreciava muito isso. Durante vários anos teve um site próprio na internet onde publicou muitas dessas histórias que ele recolhia em todos os lugares. Depois fez este mesmo serviço no Portal A12 onde suas historinhas ainda estão à disposição dos internautas. Teve também um blog na internet chamado Liturgia Diária Comentada onde apresentava reflexões sobre a liturgia do dia. No dia 02 de fevereiro de 2016 celebrou os 50 anos de sua consagração religiosa. Nos últimos anos sua saúde veio piorando, agravada, sobretudo, por problemas cardíacos. Foi internado diversas vezes e na última seu quadro se agravou cada vez mais, vindo a falecer às 21h30 do dia 15 de fevereiro de 2016, sendo sepultado em aparecida, após missa celebrada às 16h00 no Santuário Nacional.  
Pe. José Inácio Medeiros, C.Ss.R. Secretário e Arquivista provincial
Descanse na paz paz do Senhor!
Pe. Queiroz, você tornou-se grande missionário redentorista, Sentiremos sua ausência nesta terra. Suas orientações nos caminhos da fé, em especial, através do seu testemunho de vida, do ministério sacerdotal, também por meio das ondas do Rádio, da TV , da internet, e do Santuário Mariano, será sentido profundamente por todos nós. Seu trabalho na Pastoral Vocacional Redentorista foi de suma importância a nossa juventude. Foi maravilhoso trabalhar contigo neste setor. Deus o acolha na eternidade, pois, semeou muitas sementes de amor, de fé, de esperança e redenção neste mundo. Em especial a minha pessoa, você foi sinal de bênçãos, pois pude aprender muito contigo. Trabalharmos juntos nas diversas atividades missionárias, sobretudo, a pastoral vocacional e tantas outras do Santuário Nacional de N.Senhora Aparecida. você foi e sempre será tesouro de inesgotável valor.. Obrigado! Você chamou e colocou muitas pessoas nos caminhos e seguimento do Redentor. - Deus o acolha na eternidade. Saudades eternas. Gratidão eterna!Ir.Manoel Aparecido dos Santos
Padre Antônio Queiroz, o que dizer? Fiquei consternado com esta notícia. Isso nos acontece quando pensamos aqui onde vivemos, embora ele já cumpriu sua missão e agora desfruta da eternidade. Conheci o Pe.Queiroz no primeiro ano em que estive no SRSA. Ele chegou como um seminarista "temporão", junto com  o Pe.Jadir. Não tive contato com ele, pois ele estava já na turma dos maiores e eu na dos médios(Não era permitido qualquer contato entre turmas!). Mas em visita ao Santuário de Aparecida, encontrei-o em um dos corredores da basílica.  
-Tampinha, disse-me ele com um forte abraço, que bom revê-lo!
Foi meu ultimo contato com esse grande amigo e colega de seminário. Deus o tem agora! Antônio Ierárdi Neto
Conheci Pe. Queiroz quando de sua ordenação Sacerdotal lá em Frutal. Na época eu era seminarista em Sacramento e nosso grupo foi à ordenação onde cantamos na cerimônia, sob a regência do Pe. Alberto Pasquotto. Aprendi a gostar do Pe. Queiroz e sempre que o encontrava ele demonstrava sua alegria e simpatia.Sebastião Paim
Foi um grande missionário... Tive a graça de trabalhar com ele, sobretudo na Pastoral Vocacional e também no Santuário Nacional de Aparecida. Irmão Manoel Aparecido

sábado, 13 de fevereiro de 2021

ELES VIVERAM CONOSCO - IR. MIGUEL (MÁRIO GABRIEL FELIPE) CSsR

IR. MIGUEL (MÁRIO GABRIEL FELIPE) CSsR
+13 de FEVEREIRO 1997 
Nascido em Santa Rita de Caldas, em 1916, nosso Ir. Miguel recebeu na pia batismal o nome de Mário Gabriel. Era, com mais 15 irmãos, filho de Gabriel e Maria Amélia Felipe. Duas de suas irmãs fizeram-se religiosas e um irmão, sacerdote franciscano. Ele mesmo entrou já maduro de seus 34 anos, fazendo o noviciado em Pindamonhangaba, em 1949. Como noviço tinha a responsabilidade da cozinha, que desempenhou com muito carinho e competência, mas lamentando que lhe sobrava pouco tempo para o cultivo espiritual. Este cultivo seria a marca de toda a sua vida. Professando em fevereiro de 1950, trabalhou nas diversas casas de Goiás, do Rio Grande do Sul, em Sacramento-MG., e São Paulo. Os últimos anos foram vividos em intensos trabalhos de hortelão e de apicultor no Seminário de São Geraldo no Potim, onde cuidou do reflorestamento dos espaços. Foi um amante da natureza. Mas seus cuidados maiores sempre foram a vida de oração e a fraternidade. De gênio forte, perdia a calma diante das coisas erradas, mas seu coração imenso logo o levava a pedir perdão e a refazer o relacionamento atencioso e carinhoso com os confrades. Seu zelo apostólico levou-o a atuar na pastoral da saúde, difundindo a medicina natural e preventiva, zelando muito pela alimentação das crianças subnutridas. 53 Atingido por um câncer no estômago, seu primeiro desgosto manifesto foi com relação ao não ter mais forças para o trabalho. As dores, ele as suportou com paciência e muita oração. Enquanto pôde ainda exercia o ministério da eucaristia no Santuário, em Aparecida, em cuja comunidade estava em tratamento. A morte veio buscá-lo no dia 13 de fevereiro de 1997. Aqueles que com ele conviveram ficaram marcados pelo seu testemunho de vida e de santidade, de amor a Deus, aos confrades e aos necessitados. (Pe. Víctor Hugo)
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR