quarta-feira, 30 de setembro de 2015

MEU CONFRADE SÃO GERALDO

Pe. Flávio Cavalca de Castro,
 redentorista
Se apresentasse a Geraldo uma cesta cheia de adjetivos, para ele escolher um que mais o caracterizasse, tenho certeza que escolheria “pequeno”. É isso mesmo. Geraldo humilde, que se queria fazer quase invisível. Mas que caiu nas graças do povo simples de seu tempo, e hoje é mais conhecido que muito santo importante. Os roceiros, que o conheceram, souberam contar sua bondade nas histórias de tantos e tantos milagres. Todos girando em torno de coisas simples do dia a dia. Lembrando o empregado doméstico e depois alfaiate, nós missionários redentoristas estamos pensando o que Deus espera de nós nestes tempos de agora. Que nosso pequeno Irmão São Geraldo nos ajude a discernir os caminhos do futuro, e consiga para nós um pouco de sua coragem simples e alegre.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

ELES NOS PRECEDERAM- PE. JOSÉ LOPES FERREIRA CSsR

PE. JOSÉ LOPES FERREIRA CSsR
+29 de SETEMBRO 1940 
Um dos primeiros padres brasileiros da nossa província. Nasceu em Aparecida a 16 de dezembro de 1890. Aos dez anos foi recebido no recémfundado “Colégio Santo Afonso”. Em 1906 fez noviciado sob a direção do Pe. Lourenço Hubbauer, de reconhecida austeridade e não menor rigor. Após a Profissão iniciou seus estudos de Filosofia na Penha, indo depois para a Alemanha. Dedicou-se com afinco ao estudo da Teologia, interessando- se mais pela Ascética, pelo que se tornou profundo conhecedor das obras de Santo Afonso e do nosso Pe. Desurmont. Ainda na Europa, iniciou a tradução de “A Escola da Perfeição” mais tarde publicado pelas “Vozes”. Ordenado sacerdote em 31 de julho de 1913, voltou para o Brasil, iniciando suas atividades na Penha, onde ficou até fins de 1915. Bom orador, e ótimo missionário, trabalhou em Goiás, Araraquara e Penha, não se poupando no trabalho das Missões e Retiros. Em 1935 foi transferido para Aparecida, onde viveu seus últimos anos como redator de “O Santuário”, da “Liga Católica”, dos “Ecos Marianos” e do “Boletim Redentorista”. Filho de Pai português, Pe. Lopes nunca negou seu sangue: bom coração, sabia ser delicado e atencioso; mas quando necessário, era franco e sincero, falando o que sentia, e nada deixava para depois. Isso lhe deu, às vezes, incompreensões e aborrecimentos. Tenho de ser assim — dizia ele — para não ser hipócrita. Era homem que não usava restrições nem subterfúgios. Escrupuloso na observância do regulamento, fazia questão dos exercícios comuns, e seguia rigorosamente um horário para seus trabalhos e práticas de piedade. Amava sinceramente a Congregação, e sentia profundamente qualquer notícia desagradável a respeito de Superiores e confrades. Sua acentuada vida interior apareceu bem nos seus escritos particulares, em suas notas de retiros e o testemunho dos seus penitentes que não eram poucos, e dele diziam: “Exigente, compreensivo e piedoso”. Nunca foi orador de empolgar auditórios; mas foi pregador de exposição clara, comunicativo, que sabia prender seus ouvintes. Era nos retiros que ele se sentia mais à vontade, dirigindo-se à inteligência e reflexão de grupos, já que não se impressionava muito com o entusiasmo fácil das multidões. Como jornalista, era de um estilo todo original. Em suas mãos “O Santuário” foi sempre elogiado, pela ordem, clareza e conteúdo. Foi no dia 24 de agosto de 1937, quando estava ele escrevendo um artigo para o “Ecos Marianos”, que teve, de repente uma congestão cerebral, e foi levado para a Santa Casa de Guaratinguetá. Após dois meses de tratamento, conseguiu melhorar. Voltou para o Convento, e embora com dificuldade, continuou trabalhando na igreja e nos seus escritos. Como não chegou a recuperar bem os seus movimentos, seus três últimos anos foram de grandes sacrifícios. Mesmo assim não se dispensava dos exercícios comuns, andando com dificuldade, ia, todos os dias para o confessionário, e semanalmente fazia, no salão paroquial, a reunião da Congregação Mariana que ele mesmo fundara. Mas em agosto de 1940 começou a piorar sensivelmente. Quase não se alimentava. Tinha o coração inflamado, e complicações renais. Não deixava, porém, de celebrar sua missa e rezar seu Breviário todos os dias. Na véspera de sua morte, sofrendo muito quase sem poder respirar, concordou em ficar na cama. No dia seguinte, 29 de setembro (dia de São Miguel) com muito sacrifício conseguiu celebrar, sendo depois carregado para o seu quarto. Ainda rezou as horas menores do Breviário. Ao meio-dia recebeu a Unção dos Enfermos; a Comunidade foi avisada, e enquanto os confrades rezavam junto ao seu leito, ele fitou longamente o quadro de Santo Afonso, e expirou sem um gemido sequer.

CERESP

Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. ANTÃO (JORGE) HECHENBLAICKNER CSsR

PE. ANTÃO (JORGE) HECHENBLAICKNER CSsR 
+28 de SETEMBRO 1965 
Um confrade que soube elevar muito o nome da Congregação, não somente pela sua virtude, como pelo seu dinamismo. Tirolês austríaco, Pe. Antão nasceu a 5 de junho de 1880. Após seus estudos ginasiais ingressou na C.Ss.R. sendo ordenado em 1904. Saúde de ferro, e com uma extraordinária capacidade de trabalho, achou que na Europa não teria campo suficiente para a sua atividade. Veio, por isso, para o Brasil, logo após sua ordenação. E nunca mais voltou a rever a sua terra natal, tendo renunciado à respectiva licença para tal. Embora nunca o tenha revelado, sua longa vida nos deixou a impressão de que tinha voto de não perder tempo. “Sanctifica te pro Brasilianis, ut et ipsi sanctificentur per te” — esse o lema que o trouxe ao Brasil, escrito logo no cabeçalho do seu diário de viagem. E esse lema ele o viveu intensamente. Como Superior de Campinas (GO) foi de um zelo incansável, nas pregações, no confessionário, na construção do Santuário de Trindade, bem como da igreja de Bela Vista. E como se isso não bastasse, dedicou-se ainda à pregação de Missões e Retiros. Como Vigário da Penha distingui-se pelo seu zelo e caridade no trabalho de socorrer os pobres por ocasião da celebre gripe espanhola (1915-1918). Novamente como vigário em 1924 teve destacada atuação como mediador entre revoltosos e Governo, na revolução desse ano, bem como organizando a assistência aos pobres e necessitados, com a distribuição de gêneros e roupas. Como Superior e Vigário de Aparecida (1927-1932) apesar de todo o trabalho do seu cargo, tomou parte ativa no movimento de 9 de julho de 1932; promoveu o Congresso Mariano de 1929, e trabalhou intensamente para que Nossa Senhora Aparecida fosse declarada Padroeira do Brasil, a 16 de julho de 1930. De 1950 a 1956 foi, pela segunda vez, Superior e Vigário de Aparecida, muito fazendo pela Rádio e construção da nova Basílica. Como Missionário trabalhou em Goiás, São Paulo e Rio Grande do Sul, sempre com seu invejável entusiasmo e extraordinária disposição para o trabalho. Foi ainda diretor espiritual e professor no Seminário Maior de Tietê, participando também da Pastoral da Matriz ou nas Capelas rurais. Rigoroso consigo mesmo, jamais se dispensava do trabalho ou dos exercícios comuns. Com os confrades, ou com os estranhos, era sempre o religioso equilibrado, simples e atencioso com todos. Duramente provado pela idade e pela esclerose que não lhe permitiam qualquer atividade, passou seus últimos anos na Penha. Mesmo assim trabalhou com seu exemplo de conformidade, profundo espírito de fé e de oração. Nunca se dispensou do Breviário, rezando geralmente de joelhos, na Capela da casa; e quando já não podia mais celebrar, fazia questão de assistir a todas as missas que se celebravam na igreja. Somente pela sua grande energia e profundo espírito de fé pôde suportar esses anos de inatividade, sem uma palavra de queixa ou desânimo. Desse calvário, porém, Deus o tirou chamando- o para a glória eterna no dia 28 de setembro de 1965.


CERESP

Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

sábado, 26 de setembro de 2015

ELES VIVERAM CONOSCO - PE OSCAR JACOB KRINDGES, CSSR

* Porto Alegre 06.07.1916
+ Passo Fundo  26.09.2011 
Nenhum dos 10 filhos do casal Jacob Krindges e Maria Hortência Krindges lhes foi tão querido como o 4º, o nosso Pe. Oscar. Nasceu a 06.07.1916, em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. Recebeu o Batismo aos 10 de julho do mesmo ano, em Porto Alegre. Nessa cidade cursou os estudos primários. Aos 27.02.1929 começou o seminário menor no antigo e recém-fundado Clementinum, em Cachoeira do Sul. Dentre os que começaram os estudos no Clementinum, foi o primeiro a ser ordenado padre.  Ele chama a si mesmo ”o primeiro fruto do seminário redentorista gaúcho”. Terminou os estudos secundários em Aparecida SP, aos 20.12.1934. Começou o noviciado em Pindamonhangaba SP aos 02.02.1935. Após intensa preparação, levada a sério, emitiu a primeira profissão religiosa em Tietê SP, aos 19.07.1936, cidade em que já tinha começado o estudo de filosofia no dia 03 de março do mesmo ano. Ainda em Tietê iniciou a teologia em 1938. A emissão da profissão perpétua, aos 09.02.1940, foi a porta de entrada para o diaconato (17.11.1940), conferido por D. José Carlos de Aguirre,  Bispo de Sorocaba. O mesmo prelado lhe conferiu, a 21.12.1940, o sacerdócio, também em Tietê.
Após a ordenação, foi professor no seminário Santo Afonso, em Aparecida SP, até 1942. De 1943 a 1945 derramou suor e preocupação como vigário paroquial na Penha, paróquia da capital paulista.
Em 1945, em Aparecia SP fez o ‘segundo noviciado’ como preparação para a atividade missionária, indo em seguida a Campinas e  Trindade GO,  como missionário e pároco de Palmeiras de Goiás.
Igualmente dedicou-se às missões populares de 1953 a 1955, quando residiu em S. João da Boa Vista SP. As missões populares o ocuparam de 1955 - 1957 em Cachoeira do Sul RS. Nesta cidade, além de reitor da comunidade religiosa redentorista, foi o 1º  pároco da nova paróquia Santo Antônio, da qual tomou posse a 01.01.1958. Voltou às missões populares, agora residindo em Lages SC a partir de 1960.
Como professor no Seminário Instituto Menino Deus em Passo Fundo foi estimado por suas aulas de história e de ciências naturais; foi  reitor da comunidade religiosa a partir de 1964. Montou o Museu do Seminário, pedindo e se interessando por imagens, pedras, antiguidades e animais. Por seu interesse em tudo isso, popularizou-se-lhe o apelido de “Pirata”, pois “salvou” muitas preciosidades para o museu.
Em 1972 foi um dos pioneiros da nova frente missionária que a Província de Porto Alegre teve de assumir na Prelazia – hoje Diocese – e Rubiataba GO, onde, como pároco de Crixás, construiu, entre outras coisas, a matriz local. Doente, cansado, pediu para voltar ao Sul, pois sentia “necessidade da comunidade”.
Residindo novamente em Passo Fundo, já em 1977, pediu para voltar a Goiás, porque
“eu não suporto essa vida de professor... sonho poder trabalhar no meio do povo simples e amigo como em Crixás”. Mas, a determinação do médico que não desejava que ele ficasse num lugar tão retirado de recursos, o fez continuar o tratamento da saúde no Sul. Em 1981 trabalhou na paróquia de Ibiaçá RS, onde terminou, como pároco, a construção do santuário de N. Sra. Consoladora, com torre e tudo o mais a que tem direito um lugar de romarias. Com a entrega dessa paróquia, pela congregação, à diocese de Vacaria (25.02.1984), Pe Oscar  voltou  residir em Passo Fundo. Ali, cuidou do museu, embelezou o seminário.
Em 1987 foi um dos fundadores da casa redentorista de Lontras, diocese de Rio do Sul SC, onde, como vigário paroquial, deixou rastros de amizade, esparramou a alegria na  visita às casas de família, catequizou jovens e  crianças e seus dotes de oratória eram bem apreciados.
Desde  1989 viveu em Passo Fundo, no Instituto Menino Deus, onde cuidava do acervo histórico da Província de Porto Alegre e do museu, cuidava do visual ecológico do terreno adjacente, se deliciava com as orquídeas, bromélias e pássaros, pesquisava a história da Congregação no Sul do Brasil. Cada ano, porém, durante os meses de inverno migrava para o norte do Brasil, especialmente à Bahia, diocese de Juazeiro, onde exercia bom trabalho pastoral nas desobrigas daquelas imensas Paróquias.
Homem de hábitos simples, fala fluente, gostava de enfeitar as conversas com piadas e brincadeiras. Enérgico na defesa de suas idéias, também sabia dialogar. Gostava de viver entre os jovens, já que sua jovialidade era contagiante. Apesar da idade provecta, relacionava-se bem com a juventude. Houve momentos de bom entrosamento; a diferença de idade, contudo, trazia seus conflitos, levados na esportiva por ambos os lados.
Amou a congregação redentorista, à qual serviu como superior nas comunidades,  conselheiro provincial e demais cargos comunitários. Procurou encarnar na vida o espírito de Sto Afonso, o fundador. A Constituição 20 da CSSR serve para um bom retrato falado do confrade: forte na fé, firme na esperança, sempre dado à oração, disponível para  urgências pastorais..... A Província de Porto Alegre lhe deve muito pelas benemerências em trabalhos de resgate da memória histórica.
A coerência é uma das dimensões da fidelidade em viver, sem rupturas, e acordo com o que se crê. A fidelidade deve passar pela prova mais exigente: a prova da duração. Tudo isso transparecia nele por ocasião dos 60 anos de sacerdócio (12.12.2000) e nos 75 anos de  vida religiosa (10.07.2011). Foram datas de duração suficiente para provar a fidelidade. Louvemos ao Senhor.
Faleceu a 26 de setembro de 2011, as 13,00 h, durante a comemoração do Bem-aventurado Gaspar Stanggassinger, enquanto estava internado na UTI em hospital de Passo Fundo, atacado de pneumonia. Contava 95 anos de idade. Paz e alegria ao servo fiel. 
Veja fotos:
Pe Euclides
Sec.prov.
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Provincia de Porto Alegre
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sexta-feira, 25 de setembro de 2015

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. LUIZ ÍTALO ZÔMPERO CSsR

PE. LUIZ ÍTALO ZÔMPERO CSsR 
+25 DE SETEMBRO 1981 
Natural de Brotas-SP, nasceu em 23 de dezembro de 1934. Em 1942 sua família já estava residindo na vizinha cidade de Pederneiras-SP onde freqüentou a Escola Paroquial. Ingressando no Seminário Santo Afonso em 1944, recebeu o hábito em 1952 e fez os estudos superiores em nosso Seminário de Tietê, onde foi ordenado a 1º de julho de 1958. Durante alguns anos Pe. Zômpero trabalhou como professor e vice-diretor do S. R. S. A.(*) Posteriormente esteve como cooperador na Penha, e em São João da Boa Vista como missionário, ocupando-se também com os cursilhos. Daqui seguiu para o nosso Seminário em Goiás, e em 1978 foi vigário da nossa paróquia em Goiânia. Deixando o cargo de vigário, assumiu a direção da Rádio Difusora, tornando-se bastante conhecido através dos seus programas, sempre apreciados; e durante esses anos colaborou também no “Santuário de Aparecida”. De Goiás, Pe. Zômpero veio trabalhar na Rádio Aparecida. E foi a serviço da R. A. que, no dia 25 de setembro (1981) foi encontrar a morte, na estrada São Paulo-Curitiba. Capotando por duas vezes o carro em que viajava ao lado do motorista, fraturou ele diversas costelas, com grave lesão na coluna. Levado às pressas para Curitiba, faleceu ao dar entrada no hospital. Foi sepultado em Aparecida. Sua morte, repentina e violenta, foi muito sentida, principalmente pelos seus confrades que, nele viam um grande companheiro, sempre alegre, ativo, e disposto para qualquer trabalho. Deus o chamou quando tinha ainda muito para dar. (Comunicado do Governo Provincial) 
(*)Pe. Zômpero possuía porte físico excelente e foi exímio futebolista. O esporte, aliado à sua simpatia pessoal, foi o caminho para muitas amizades e para a pastoral entre os jovens. (nota do editor)
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR.

Padre Zômpero, ordenado sacerdote em 1958, iniciou os trabalhos como mestre no SRSA. Como todos podem lembrar-se, aos domingos havia a famosa "festinha" após o jantar, quando treinávamos nossa comunicação de púlpito por meio da oratória e declamação de poesias. Recordo que numa dessas ocasiões, Pe.Zômpero presidiu o evento e coube-me ser um dos oradores. Fiz um discurso com tema da FÉ, ESPERANÇA e CARIDADE tendo como base uma historieta que li de artistas da Ópera de Paris. Padre Zômpero elogiou minha apresentação e solicitou-me cópia para seus futuros sermões (naquele tempo dizíamos "sermões" ao invés das "homilias" de agora!). Saudosa memória! Esteja em paz, padre amigo! Antônio Ierárdi Neto - Tampinha
Amigo Ierardi, padre Zômpero foi também meu professor de música e nestas festinhas que você citou eu tive que fazer um solo. Eu sempre fui muito tímido, mas tive que fazer aquele solo. No palco do auditório, quando todos pararam de cantar eu cantei sozinho o famoso lá lá lá lá, lá lá lá lá lá. Nem sei como consegui, só sei que consegui. tanta gente boa que gostava de cantar, ele foi escolher justamente eu. E me lembro que o Natal teve que cantar uma música (Al di lá...) e ele escreveu na palma da mão para não esquecer e aí eu que tinha que declamar um poema fiz a mesma coisa, escrevi na palma da minha mão para não esquecer a letra. (era sobre a palavra "tempo", onde "tempo" aparecia várias vezes) Mas era um bom amigo e lembro-me que no esporte tinha uma coisa interessante, padre naquela época não podia tirar a batina preta de jeito nenhum (a batina branca ainda estava sendo liberada) então ele arregaçava a batina, prendia no cinto da batina dos redentoristas e era assim que ele jogava bola com agente. Ele nos conquistava através dos esportes. Todos gostavam muito dele. Pena ter morrido tão cedo. Abraços do amigo, Natanael de Jesus Criado.

ELES NOS PRECEDERAM - PE. LOURENÇO HUBBAUER CSsR

PE. LOURENÇO HUBBAUER CSsR 
+25 de SETEMBRO 1944 
Um dos Redentoristas mais conhecidos da nossa Província pela sua cultura e virtudes. Pe. Lourenço nasceu a 29 de novembro de 1872, em Muntersgrub (Alemanha). Admitido ao noviciado C.Ss.R. em 1888, professou no ano seguinte e veio para o Brasil antes de terminar seus estudos. Aqui chegou com a primeira turma de redentoristas bávaros, em 1894, indo logo iniciar a fundação de Campininhas (GO). No ano seguinte foi ordenado, dedicando-se então ao apostolado missionário. Voltando para São Paulo, foi o primeiro Superior e Vigário da Penha. Pe. Lourenço não se distinguiu como missionário; mas foi um incansável pregador de Retiros para sacerdotes e religiosas. Muito procurado também como Diretor Espiritual, colocava seus dirigidos no célebre dilema: ou progredir, ou desistir, pois ele não podia compreender tibieza ou covardia no serviço de Deus. Durante anos preocupou-se com a catequização dos japoneses no Brasil. Estudou a língua, e trabalhou entre eles em fazendas de Roseira e Pindamonhangaba. Era como um zelo todo particular que atendia os doentes, mesmo que para visitá-los, tivesse que percorrer as maiores distâncias. Em seus últimos anos empenhou-se com muito entusiasmo pela introdução da causa de beatificação da Madre Teodora Voiron, fundadora do Colégio São José, de Itu. Com arteriosclerose, e sofrendo do coração, viu-se ele obrigado, durante quase quinze anos, a passar as noites numa cadeira de balanço, na qual conseguia apenas cochilar um pouco. Nossa Província muito lhe ficou devendo, pelo seu trabalho como Mestre de Noviços, durante anos. Foi ele quem formou nossos primeiros padres brasileiros, com mão firme e segura, na Escola Redentorista de Santo Afonso. Vindo, um dia, de Itu, para São Paulo, Pe. Lourenço parou em Pirapora; e aí, quando subia a escadaria da igreja, sofreu um derrame, com violenta queda sobre os degraus. Trazido imediatamente para São Paulo, e internado num hospital, não reagiu mais, apesar do tratamento. Faleceu aos 72 anos dos quais 49 vividos em intensa atividade. Foi sepultado na Penha, e hoje seus restos mortais estão em Aparecida.

CERESP

Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

ELES NOS PRECEDERAM - PE. LOURENÇO GAHR CSsR

PE. LOURENÇO GAHR CSsR
+24 de SETEMBRO 1905 
Foi o primeiro Superior e Vigário redentorista de Aparecida. Nascido a 25 de março de 1829, teve ótima educação, distinguindo-se desde criança pela sua seriedade e amor aos estudos. Em 1840 foi admitido num Colégio Beneditino em Metten (Alemanha) onde estudou alguns anos, como um dos melhores alunos. A 15 de outubro de 1856 professou na C.Ss.R. terminando seus estudos de Teologia no ano seguinte. E a 6 de maio de 1860 foi ordenado sacerdote. De 1871 a 1873 foi Superior da casa de Helldenstein. Mas sobreveio, por esse tempo, a supressão de todas as casas redentoristas na Alemanha, devido à perseguição religiosa. E, até 1894, Pe. Lourenço teve que sofrer muito, já pela situação político- religiosa, já pelo seu estado de saúde bastante abalado. Mesmo assim ofereceu-se para vir com a primeira turma para o Brasil. Já estava com 64 anos, quando aqui chegou, ficando adscrito à primeira fundação, em Aparecida, como Superior e primeiro Vigário, sendo também Consultor do primeiro Vice- Provincial, Pe. Gebardo, que fora iniciar a segunda fundação, em Campinas, Goiás. No ano seguinte, porém, a sede da Vice- Província foi transferida para Aparecida, onde Pe. Gebardo, assumiu a direção da Casa e da Paróquia, indo Pe. Lourenço para Campinas, então chamada “Campininhas”. Com a idade avançada, quase cego por uma oftalmite que o martirizava, tornando-o impaciente e desconfiado, Pe. Lourenço viu-se bastante provado, fazendo sofrer também seus confrades e seus paroquianos. Em 1898 voltou para Aparecida, devido à situação e a sua cegueira. Passou então a rezar diariamente a Missa de Nossa Senhora, pouco podendo trabalhar na igreja. Foi, porém, um apoio seguro para o Vice-provincial, como Consultor esclarecido e prudente. Agravando-se cada vez mais a sua cegueira, Pe. Lourenço começou a retirar-se de tudo e de todos, passando quase o dia todo na Capela. O Terço não lhe saia das mãos, chegando a rezá-lo quinze a vinte vezes ao dia. Fazia questão de tomar parte de todos os exercícios comuns, mesmo a custa de grandes sacrifícios. Provado interiormente, começou a julgar-se abandonado de todos, e mesmo de Deus, como um homem inútil, indigno da salvação eterna. Somente recobrou a paz e a confiança nos últimos meses de vida. Poucos dias antes de sua morte, arrastandose foi ainda ao quarto do Superior, e lhe pediu bênção “Benedicite” para fazer a sua viagem para a eternidade. Faleceu a 24 de setembro de 1905. E se não pôde dar à Vice-Província grandes realizações, deu-lhe certamente a bênção dos seus longos anos de sofrimento.
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Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. NOÉ SOTILLO CSsR

PE. NOÉ SOTILLO CSsR
+23 de SETEMBRO 1996 
Pe. Sotillo nasceu a 13 de março de 1921, em Cerquilho-SP, na Fazenda Estiva. Foram seus pais: Luiz Sotillo e Maria Bellini. Era o décimo primeiro dos dozes filhos do casal. Entrou para o Seminário Santo Afonso, em Aparecida, no dia 31 de março de 1936. Tendo recebido o hábito no dia 01 de fevereiro de 1943, fez o noviciado em Pindamonhangaba-SP. Fez a primeira profissão no dia 02 de fevereiro de 1944 e cursou filosofia e teologia no Seminário Maior Redentorista de Tietê, onde fez a profissão perpétua no dia 12 de fevereiro de 1947. Foi ordenado sacerdote no dia 06 de janeiro de 1949, em Sorocaba-SP. pelas mãos de D. José Carlos de Aguirre e cantou sua primeira missa solene em Porto Feliz-SP no dia 09 de janeiro de 1949. Seu primeiro trabalho pastoral foi como vigário cooperador na Penha em São Paulo de 1950 a 1951, quando foi ser vigário cooperador em Aparecida. No primeiro semestre de 1952 fez o segundo noviciado em Pindamonhangaba e iniciou a pregar as Missões Populares, adscrito sucessivamente às comunidades missionárias de Araraquara, São João da Boa Vista, Penha, Tietê, Araraquara, Jardim Paulistano, percorrendo o Brasil até 1965. Em setembro de 1965 foi nomeado superior da comunidade e pároco na Penha. Lá ficou até dezembro de 1966, quando os Redentoristas deixaram a Paróquia e Santuário de Nossa Senhora da Penha e a entregaram à arquidiocese de São Paulo. No dia 01 de janeiro de 1967 foi nomeado tesoureiro e administrador no Santuário de Aparecida, ao lado de Dom Antônio Macedo que, depois, lhe entregou toda a responsabilidade da administração do Santuário e da construção da nova Basílica. Lá ele ficou até 01 de dezembro de 1989 e realizou uma obra gigantesca. Começando praticamente do nada, foi ele que criou toda a estrutura administrativa e deu nova vida e novo ritmo à construção do grande santuário. Foi uma mudança que fez com que se agilizasse a construção. Creio que, por justiça, se deve reconhecer que, se hoje existe o grande santuário, em grandíssima parte se deve à capacidade e ao trabalho do Pe. Sotillo. Foi ele também que se preocupou em construir toda a infraestrutura para atendimento dos romeiros, que hoje causa admiração a todos os que visitam o Santuário de Aparecida. Ninguém pode imaginar quanto trabalho, quanta preocupação e quanto sofrimento ele teve de enfrentar, sempre guiado por uma grande fé, um grande amor a Nossa Senhora e uma energia de gigante. Desempenhou o cargo de Conselheiro Provincial de 1976 a 1979. Em dezembro de 1989 retirou-se para o Jardim Paulistano, onde ficou como vigário paroquial, sendo também superior da comunidade de 1991 a 1993. Em dezembro de 1995, atingido, sem, nenhum pré-aviso, por insidiosa doença, teve de ser internado no Hospital Sírio-Libanês, por causa de uma obstrução biliar. No dia 19 de dezembro foi operado, mas os médicos verificaram que não havia mais nada que fazer: um tumor no pâncreas muito adiantado, que não possibilitava nenhuma intervenção. Saindo do hospital foi para a casa da família do Sr. Narciso Sotillo e de d. Elisinha que, com muito amor e carinho, lhe deram toda a assistência possível. Os prognósticos dos médicos lhe davam de seis meses a dois anos de vida. Aparentemente ele se recuperava, lutava e tinha esperança de sarar completamente. Continuou indo freqüentemente ao Jardim Paulistano e se interessando por tudo, com seu proverbial bom senso e sua experiência. Celebrava diariamente sua missa e rezava muito... Quantas vezes era encontrado com o terço na mão, caminhando de um lado para o outro. Fez várias visitas para rezar em Aparecida. Todos sabemos que por detrás de modos às vezes bruscos, o coração do Pe. Sotillo era de uma bondade e de uma caridade muito grandes. Isso ele não conseguia esconder sob seus modos enérgicos e diretos: no fim, sempre transparecia seu “coração de ouro”. Era alguém que não guardava rancores, que sabia perdoar e sabia também reconhecer e pedir perdão. Sempre disposto a ajudar os confrades e outras pessoas, mesmo quando recebia ingratidão. No dia 23 de setembro de 1996, mais ou menos às18 horas, Pe. Noé Sotillo voltou à casa do Pai, em Pouso Alegre MG, onde tinha sido hospitalizado após o agravamento repentino de seu estado de saúde. Para lá ele quisera ir em busca de alívio paras as dores que, nos últimos dias, lhe causavam atrozes sofrimentos. Ao sair da casa do Sr. Narciso e de d. Elisinha, ele dizia com alegria e esperança: “Vou buscar minha saúde!”. Não temos dúvida que a Mãe, Nossa Senhora Aparecida, e Santo Afonso, a quem ele amava apaixonadamente, o terão acompanhado aos braços e ao coração do Pai: “Servo bom e fiel, entra na alegria do teu Senhor!”. (Do Comunicado Provincial de 27/09/96)
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP

Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

terça-feira, 22 de setembro de 2015

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. JOSÉ PEREIRA NETO CSsR

PE. JOSÉ PEREIRA NETO CSsR
+22 de SETEMBRO 1986 
Nasceu em Jacareí-SP, à 4 de agosto de 1914. Era o primeiro filho de Antônio Pereira Guedes e Maria Mercadante Pereira. Entrou para o Juvenato de Aparecida no dia 5 de fevereiro de 1926. Fez o noviciado, sozinho, em Pindamonhangaba em 1932, onde professou no dia 2 de fevereiro de 1933. Iniciou seu Seminário Maior na Argentina em Manuel Ocampo e Villa Allende, de 1933 a 1936. Em 1937 veio para o recém-fundado Seminário de Tietê-SP, onde continuou seus estudos. Foi ordenado sacerdote na Igreja Matriz de Tietê, no dia 19 de dezembro de 1937 por Dom José Carlos de Aguirre, bispo de Sorocaba. Sua primeira missa solene foi em Aparecida, no dia de Natal de 1937. A 5 de fevereiro de 1939 deixou o Seminário Maior, sendo transferido para Aparecida, como cooperador na Basílica, sendo ao mesmo tempo professor no Seminário Santo Afonso. De fevereiro de 1940 a janeiro de 1945 foi professor e prefeito do Seminário Santo Afonso. De janeiro de 1945 a abril do mesmo ano foi diretor do Seminário São José em Campinas-Goiânia. De maio de 1945 a fevereiro de 1956 foi professor, diretor e também reitor do Seminário de Santo Afonso. Em 1956 foi transferido para o Chile, como professor em nosso Seminário Redentorista em São Bernardo, onde ficou por um ano. De janeiro de 1957 a março de 1972 esteve no Jardim Paulistano, paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em São Paulo. Nesse período foi: cooperador paroquial, arquivista provincial, cronista e secretário provincial e também reitor da comunidade. Em março de 1972 foi transferido para a Basílica de Aparecida como cooperador. Em janeiro de 1979 foi transferido para Araraquara, como cooperador na Igreja de Santa Cruz. Pe. Pereira foi professor em nossos seminários por 18 anos. Foi arquivista provincial 15 anos, tendo remodelado completamente o arquivo provincial. A matéria predileta do Pe. Pereira: as ciências naturais, principalmente a Botânica, da qual era profundo conhecedor. Era ótimo professor. Era também grande conhecedor dos objetos de arte, principalmente de arte antiga. Foi o Pe. Pereira quem organizou o Museu do Seminário Santo Afonso, como o encontramos hoje. Em Araraquara sua saúde intelectual foi decaindo rapidamente: esclerose. No fim estava completamente esquecido de tudo. Igualmente sua saúde física decaiu: muita anemia. No dia 14 de abril de 1986 foi operado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo: câncer no esôfago. Sua irmã Carmem, esteve junto dele nos últimos meses de vida, tratando dele com todo cuidado e carinho. Pe. Pereira faleceu na Santa Casa de Araraquara, no dia 22 de setembro de 1986, à 15h15. Foi enterrado em Araraquara. “Instantes de enlevo e encantamento assaltam-me todos os dias: preciso ter olhos abertos para vê-los, e alma atenta para senti-los; por isso, ando no meio das coisas bonitas que enfeitam o mundo, imaginando que cada criatura é uma palavra de Deus (e Deus jamais se repetiu!) e atravesso os anos nadando em riquezas, sem possuir um centavo!...” Estava com 72 anos de idade e 49 de sacerdócio. (Comunicado do Governo Provincial)
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR
Padre Pereira era um grande amigo, organizava o museu do Seminário Santo Afonso no meu tempo. Era de Jacareí, cidade de onde fui para o SRSA, fui ao enterro de sua mãe Dona Maria Mercadante, família toda de Jacareí, inclusive o Ministro Mercadante também é de Jacareí. Seus pais foram os primeiros a produzirem os famosos Biscoutos Jacareí. Tenho uma imagem da Imaculada que o Padre Pereira me deu! José Alcides Marton

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

ELES VIVERAM CONOSCO - Dom Carlos Carmelo Cardeal de Vasconcelos Motta

Dom Carlos Carmelo Cardeal de Vasconcelos Motta
Nomeado Arcebispo de Aparecida
falecido em 18 de setembro de 1982

Período: 1944 à 1964

Biografia:
Dom Carlos Carmelo Cardeal de Vasconcelos Motta (Bom Jesus do Amparo, 16 de julho de 1890 — Aparecida, 18 de setembro de 1982) foi um sacerdote católico brasileiro; vigésimo quarto bispo do Maranhão e seu segundo arcebispo; décimo quinto bispo de São Paulo, sendo seu terceiro arcebispo e primeiro cardeal. Foi também o primeiro arcebispo de Aparecida .

Era filho de João de Vasconcellos Teixeira da Motta e de Francisca Josina dos Santos Motta.

Estudos:
Realizou seus estudos fundamentais na Fazenda da Prata, na paróquia de Taquaraçu, Caeté, Minas Gerais. Estudou de humanidades no Colégio Matosinhos, dos Irmãos Maristas, em Congonhas do Campo. Em 1904, matriculou-se no seminário menor de Mariana, saindo após breve período. Entre 1910 e 1911 cursou a Faculdade de Direito de Belo Horizonte. Em 1914 matriculou-se no seminário maior.

Presbiterado:
Foi ordenado presbítero no dia 29 de junho de 1918, por Dom Silvério Gomes Pimenta, arcebispo de Mariana. Celebrou sua primeira missa, em Taquaruçu, a 7 de julho de 1918.

Atividades antes do Episcopado:
Após ser ordenado, foi nomeado vigário coadjutor de Taquaruçu, onde permaneceu por seis meses. Depois foi nomeado capelão do Asilo São Luís da Serra da Piedade. Foi depois capelão do Recolhimento das Macaúbas, e trabalhou nas paróquias de Caeté e Sabará. Foi reitor do seminário de Belo Horizonte até 1932.

Episcopado:
Em 29 de julho de 1932 foi eleito bispo titular de Algiza e auxiliar de Diamantina, aos 42 anos. Recebeu a ordenação episcopal , em 30 de outubro de 1932, na igreja matriz de São José, em Belo Horizonte, sendo sagrante principal Dom Antônio dos Santos Cabral, arcebispo de Belo Horizonte, e consagrantes: Dom Ranulfo da Silva Farias, então bispo de Guaxupé, e Dom Antônio Colturato OFM Cap, então bispo de Uberaba. Em 19 de dezembro de 1935 foi nomeado arcebispo do Maranhão, onde permaneceu por oito anos.

Em 13 de agosto de 1944, aos 54 anos, foi nomeado arcebispo de São Paulo, da qual tomou posse por procuração a 7 de setembro do mesmo ano. No dia 16 de novembro fez sua entrada solene na igreja de Santa Ifigênia, então catedral provisória. Em 18 de abril de 1974, aos 73 anos, foi nomeado primeiro arcebispo de Aparecida, cargo que exerceu até sua morte, em 18 de setembro de 1982, aos 92 anos.

Cardinalato:
No Consistório do dia 18 de fevereiro de 1946, presidido pelo Papa Pio XII, na Basílica de São Pedro, Dom Carlos foi criado Cardeal-Presbítero, do título de São Pancrácio. Como cardeal, participou de dois conclaves, o de 1958 e o de 1963.

Brasão e lema:
- Descrição: Escudo eclesiástico, partido: o 1º de sinopla, com cinco flores-de-lis de jalde postas em sautor - Armas dos Motas; o 2º de sable com três faixas veiradas de argente e goles - Armas dos Vasconcelos. O escudo está assente em tarja branca, na qual se encaixa o pálio branco com cruzetas de sable. O conjunto pousado sobre uma cruz trevolada de duas travessas de ouro. O todo encimado pelo chapéu eclesiástico com seus cordões em cada flanco, terminados por quinze borlas cada um, tudo de vermelho. Brocante sob a ponta da cruz um listel de goles com a legenda: IN SINV IESV, em letras de jalde.

- Interpretação: O escudo oval obedece as regras heráldicas para os eclesiásticos. Os campos representam as armas familiares do Cardeal. O Campo de sinopla (verde) representa: esperança, liberdade, abundância, cortesia e amizade. As flores-de-lis simbolizam: candura, castidade, pureza, poder e soberania, sendo de jalde (ouro) traduzem: nobreza, autoridade, premência, generosidade, ardor e descortínio. No 2º, o esmalte sable (negro) do campo simboliza: a sabedoria, a ciência, a honestidade, a firmeza e a obediência ao Sucessor de Pedro; as faixas veiradas representam as pontas de peles variadas que ornavam os mantos da ·nobreza, sendo que pelos seu metal argente (prata) simboliza a inocência, a castidade, a pureza e a eloqüência, virtudes essenciais num sacerdote; e, pela sua cor goles (vermelho), simboliza o fogo da caridade inflamada no coração do Cardeal pelo Divino Espírito Santo, bem como, valor e socorro aos necessitados. O listel tem com lema No Seio (Coração) de Jesus, sendo uma afirmação da confiança do cardeal na promessa de Jesus de que quem nEle espera jamais será confundido.

Atividade e contribuições:
Dom Motta foi administrador da Diocese de Diamantina , de 1933 a 1934. No Maranhão, criou o Colégio Marista de São Luís, orfanatos, hospitais e um leprosário. Instalou diversas congregações religiosas. Promoveu a criação das dioceses de Caxias e Pinheiros, sendo administrador desta última entre 1940 e 1944.

Preocupadíssimo com a formação católica dos universitários, o Cardeal Motta criou em 18 de março de 1946 a Faculdade Paulista de Direito, núcleo inicial da Universidade Católica, que a 10 de maio de 1945 teve seu primeiro reitor nomeado, Dom Gastão Liberal Pinto e foi instalada a 2 de setembro de 1946. Em 1947, o Papa Pio XII, lhe concede o título de Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, no antigo convento carmelita, no bairro de Perdizes.

O Cardeal Motta estimulou, em São Paulo o Movimento familiar Cristão e a Ação Católica, que ganhou grande força na década de 50 do século XX. Em 14 de outubro de 1952, foi um dos fundadores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Empenhou-se muito para concluir as obras da nova catedral, inaugurando-a, a 25 de janeiro de 1954, ainda sem as torres, durante as comemorações do quarto centenário da cidade de São Paulo. A catedral teve seus sinos e o carrilhão abençoados, pelo Cardeal Mota, a 6 de janeiro de 1959.

Em 2 de março de 1956 fundou a Rádio Nove de Julho, em comemoração aos oitenta anos do Papa Pio XII. Preocupado em aumentar o número de sacerdotes, o Cardeal Motta promoveu entre 4 e 9 de novembro de 1957 o Segundo Congresso Nacional da Vocações Sacerdotais. O cardeal procurou implantar e incentivar as reformas do Concílio Vaticano II na arquidiocese.

A Arquidiocese de Aparecida, no Vale do Paraíba, havia sido ereta a 19 de abril de 1958 e o Cardeal Motta era seu Administrador Apostólico, desde então. A 25 de abril de 1964, foi ele nomeado para ser o primeiro arcebispo daquela sede. Em Aparecida, o cardeal assumiu, com grande empenho, a construção do novo santuário nacional da padroeira do Brasil.

Curiosidades:
Seu pai João de Vasconcelos Teixeira da Motta foi deputado durante o Império. Foi o Cardeal Motta quem escolheu pessoalmente o nome de Brasília para ser a nova capital Federal da Nação. Em 3 de maio de 1957, e celebrou a 1ª missa em Brasília.

Foi o primeiro presidente da CNBB, de 1952 a 1958. Foi Arcebispo de São Paulo por 20 anos, criando mais de 100 paróquias. Participou de dois Conclaves: do Papa João XXIII e do Papa Paulo VI.

Bispos ordenados:
O Cardeal Motta foi o principal sagrante dos seguintes bispos:

- Dom Luís Gonzaga Peluso
- Dom Francisco Prada Carrera, C.M.F.
- Dom João Batista Costa
- Dom Antônio Maria Alves de Siqueira
- Dom Manuel Pedro da Cunha Cintra
- Dom Paulo Rolim Loureiro
- Dom Afonso Maria Ungarelli, M.S.C.
- Dom João Resende Costa, S.D.B.
- Dom Romeu Alberti

E foi consagrante de:
- Dom Rodolfo das Mercês de Oliveira Pena
- Dom Filipe Benedito Condurú Pacheco
- Dom Luís Gonzaga da Cunha Marelim, C.M.F.
-Dom Francisco Xavier Elias Pedro Paulo Rey,       T.O.R

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

ELES VIVERAM CONOSCO - IR. WENCESLAU (CARLOS PREIS) CSsR

IR. WENCESLAU (CARLOS PREIS) CSsR
+17 de SETEMBRO 1963 
Alemão, nascido em Blaibach a 3 de fevereiro de 1884, professou na C.Ss.R. em 1908, vindo logo para o Brasil. Eletricista, mecânico, e ótimo marceneiro, Irmão Wenceslau trabalhou em Trindade, Campinas (GO) em Cachoeira do Sul, e no Seminário R. Santo Afonso. Dedicado e caprichoso em tudo o que fazia, era um homem de fé. Em meio a certos trabalhos e dificuldades que muito o aborreciam, segundo suas cartas, aceitava humildemente o que Deus lhe mandasse, pois dizia-se nas mãos do Pai. Com quase 81 anos ele trocou este mundo pela eternidade, no dia 17 de setembro de 1963.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. JOSÉ SEBASTIÃO SCHWARTZMAIER CSsR

PE. JOSÉ SEBASTIÃO SCHWARTZMAIER CSsR
+14 de SETEMBRO 1975 
O patriarca da Província, que chegou aos 96 anos de idade. Natural da Baviera, nasceu a 28 de fevereiro de 1880, ingressando no Juvenato C.Ss.R. em 1894. Ordenado em 1907, trabalhou na Alemanha até 1911. Nunca se interessou em trabalhar no Brasil. Todas as vezes em que o Provincial lhe perguntou se gostaria de vir, sua resposta foi sempre a mesma: 
-“Não!” 
Finalmente o Provincial lhe disse: 
-E se eu o mandar? 
-“Irei por obediência” — disse ele. 
O Provincial mandou, e Pe. Sebastião veio. Chegou a Aparecida em 1911 e aí ficou até 1915 como coadjutor, passando depois a Superior. Em seus longos anos de Brasil, Pe. Sebastião foi Superior e Vigário da Penha, de Aparecida (em dois triênios) de Campinas (GO) e de Pinda. Em Goiás trabalhou durante muitos anos, e era esse seu campo predileto de atividades, principalmente como Missionário pelo sertão afora. Era um confrade que todos estimavam pela sua simplicidade em tudo. Calmo, alegre, até brincalhão, principalmente em seus últimos anos, ele soube desempenhar muito bem o seu papel de patriarca. De ótima saúde, nunca se queixava de dificuldades, incômodos ou privações. Enfrentou com alegria anos e anos de trabalho, percorrendo o sertão goiano, sempre no lombo de burro. Certa vez, numa viagem, perdeu seu burro de estimação. Ele e seu camarada ajudante procuraram a “condução” por toda parte; mas nada de encontrar. Desanimado, Pe. Sebastião acabou chegando a uma fazendola bem distante, e pediu um burro emprestado. O dono da fazenda saiu pelo pasto, pegou um burro, e lhe trouxe. Era o seu burro desgarrado que, finalmente, voltou ao dono. Entomólogo apaixonado, vivia à cata de cobras, aranhas, escorpiões et similia, que mandava para o Butantã. Uma lista sua aponta mais de 2.000 espécies de abelhas, formigas, mosquitos etc. que ele enviou a revistas especializadas, para a devida classificação, já que eram ainda desconhecidas. Picado certa vez por um escorpião, alguém lhe perguntou: 
— Arruinou? 
— Não disse ele — só que o escorpião morreu... 
Que a sua saúde era de ferro, ele o mostrou até aos 90 anos, não dispensando diariamente o seu fortificante predileto: um bom machado, com o qual rachava um metro de lenha que, depois, levava com muito carinho, para a cozinha. Mas depois dos noventa, o velho patriarca foi decaindo aos poucos. Enquanto pôde, continuou celebrando todos os dias, e rezando também o Ofício no seu patriarcal Breviário em latim. Foi com saudade que ele precisou abandonar o seu “elixir de machado”, passando o dia no quarto ou na capela. Somente caiu com o peso dos seus 96 anos, falecendo em Goiânia a 14 de setembro de 1975. Certamente pôde então apresentar ao Pai um ramalhete de 64 anos bem cheios, vividos no Brasil. E por obediência.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. JOÃO BENEDITO DA SILVA (CAMPOS)CSsR

PE. JOÃO BENEDITO DA SILVA (CAMPOS)CSsR
* 11\07\1927 - + 11\09\2001
1927 – Nasceu em Porto Feliz\SP. Filho de Amantino da Silva e Gertrudes Rodrigues de Campos.
1938 – Ingressou no Seminário Santo Afonso em Aparecida\SP.
1946 – Fez a primeira Profissão.
1951\07\29 – Ordenado sacerdote por Dom José Carlos de Aguirre. 
1952\1957 - Residiu em Tietê, Aparecida como professor no Seminário Santo Afonso.
1957\1958 – Segundo Noviciado em São João da Boa Vista. Missionário, residindo em Tietê. 
1959\1964 – Missionário em Goiás.
1964\1967 – Diversas funções no Jardim Paulistano e Penha
1967\1974 – Superior e professor no Seminário São José em Goiás. 
1995 – Fez o ano sabático
1976\1995 - Vigário cooperador em Trindade. 
1995\2001: Vigário cooperador em Campinas\GO.
- Em todos esses anos “dedicou-se ao exercício do sacerdócio com alegre ardor missionário e com a sabedoria advinda da experiência própria de quem soube viver sua vocação e missão... como homem bondoso, acolhedor e fiel...”.
- Grande matemático. Nas matérias de matemática e afins tirava sempre a nota máxima. Ocupou diversas vezes o cargo de ecônomo em nossos conventos.

- Seu nome de registro era João Benedito da Silva. Do Noviciado até a ordenação, era costume naquele tempo, ser tratado pelo sobrenome. Mas havendo já outro confrade com o mesmo sobrenome, escolhia-se um nome tirado da própria família, para não haver confusão de nomes no trato diário. No caso do nosso João Benedito, já havia algum confrade com o sobrenome Silva. Por isso escolheu-se o nome Campos, tirado da família dele. Este sistema vigorava até a ordenação, e somente para o “consumo interno” i.é, na Congregação, voltando-se depois para o nome de batismo. Mas no caso dele assim ficou até sua morte. Padre Clóvis de Jesus Bovo CsSr

Caro Ierardi, eu me afinava muito bem com ele, mantínhamos altos papos. Tive a felicidade de passar mais de uma semana convivendo com ele todos os dias em Mairinque (Julho de 2001) Ele tinha chegado de Goiás, estava em Suzano na casa do irmão dele (já era falecido na época, quando ele vinha para S.Paulo ficava hospedado lá) Eu fui buscá-lo e o trouxe para Mairinque onde eu morava e por lá tem umas primas, pessoal de quem ele gostava muito. Fomos no sitio de uma tia nossa em Porto Feliz, onde foi a missa de 50 anos de ordenação e depois ele voltou para Goiás. Ficamos combinados que em fevereiro de 2002 eu iria busca-lo no aeroporto e ele viria direto para Mairinque, sem passar por Suzano, infelizmente tudo foi interrompido em 11 de setembro de 2001. Era desejo dele ficar mais tempo em Mairinque, mas resolveu ir embora, acho que já não estava bem. Muitas saudades dele. Foi meu professor de matemática no seminário. abraços Abner
Este foi meu Tio João, mais conhecido como Padre Campos, que no dia 11 de julho de 2016, completaria 86 anos. Um homem que sempre dedicou sua vida ao sacerdócio, entrou no seminário com 11 anos de idade, ele nos deixou um testemunho profundo de alegria e de amor à vida. Homem bondoso, generoso, sábio, acolhedor e fiel à sua vocação de missionário redentorista. Quem o conheceu sabe bem do que estou falando. Ele nos faz muita falta. Na ocasião de seu falecimento, comentamos que Deus estava precisando dele no céu, pois ele nos deixou bem no dia do ataque as Torres Gêmeas. E com certeza ele fez uma grande diferença e um ótimo trabalho por lá. Leila Schimith

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

ELES VIVERAM CONOSCO - CLÁUDIO SOARES DA SILVEIRA - ANTIGO SEMINARISTA

CLÁUDIO SOARES DA SILVEIRA
ANTIGO SEMINARISTA
*12/01/1948
+09/09/2015
Esteve sempre nos encontros com muita dedicação e fraternidade.Vamos acompanhar:


ENESER XII - 2007 , no segundo banco à direita!

ENESER XIII - 2008

ENESER XIV  2009

ENESER XV - 2010

ENESER XVI - 2011

ENESER XVII - 2012

ENESER XVIII - 2013

ERESER II - 2008

ERESERIII - 2009

ERESER IV - 2010

ERESER V - 2011

ERESER VI - 2012


RETIRO III - 2007

RETIRO IV - 2008

RETIRO V - 2009

RETIRO VI - 2010

RETIRO VII - 2011

RETIRO VIII -  2012

RETIRO IX -  2013

ÁGAPE - VAI QUEM QUER  - ABRIL-2013
ÁGAPE - VAI QUEM QUER - MAIO 2013

ÁGAPE - VAI QUEM QUER - JUNHO 2013

ÁGAPE - VAI QUEM QUER - JULHO 2013

ÁGAPE - VAI QUEM QUER - AGOSTO 2013
ÁGAPE - VAI QUEM QUER - SETEMBRO 2013

ÁGAPE VAI QUEM QUER - DEZEMBRO 2013

REENTURMA CAMPINAS 2013

ENCONTRO EM SETEMBRO DE 2013 DO SECRETARIADO VOCACIONAL REDENTORISTA

Era membro da equipe diretora e coordenadora da UNESER, com desempenho constante no auxílio para que tudo sucedesse da melhor maneira possível nos projetos da UNESER.
Assim, as imagens que damos aqui, traduzem tudo o que nosso colega Cláudio esteve envolvido em nosso meio.
OBRIGADO, CARO AMIGO CLÁUDIO, DESCANSE EM PAZ!
Embora eu não tenha gostado nem um pouquinho(afinal ainda não sou Jó!") apesar de todas e tantas oarções meu AMIGO Cláudio foi embora...partiu sem ao menos dizer-nos adeus...O que parecia ser só uma doencinha rápida ficou grave ,gravíssimo e levou-nos o Claudio Silveira...uma tristeza grande nos inunda nessas horas fica difícil entender a finitude das relações,amizades e a solidão agora...A gente era quase irmãos,afinal quem se conheceu em 1963 e nunca mais se perdeu...A alegria morreu um pouquinho...espero que tendo ido na frente ele tenha um tempo bem grande( !!) para preparar a nossa ida...uma mesa generosa...vinhos caros (que lá é tudo de graça) e sorrisos,risadas,alegrias ,"chau" Claudião...até breve,amigo...olha por nós que aqui ficamos...Thozzi (do Facebook)


Que baque, meu amigo Tozzi! Ontem seguiu em frente um colega do nosso tempo, Padre Furlan.Agora vejo essa notícia inesperada do passamento do nosso colega de hoje, Cláudio, o Claudião! Descanse, meu bom amigo, mais junto ÀQUELE que lhe dá agora a alegria eterna! Ierárdi
Chegando do Paraíso...desta vez fomos Juntos o Staliano, Eu e o Cláudio...o Cláudio foi no porta malas...e como sempre feliz...afinal fomos lá (ao Paraíso) cumprir seu último desejo:depositar suas cinzas ali ao pé da araucária que vimos nascer faz 55 anos...ela ainda está lá,agora uma árvore gigantesca e velha,não tão velha quanto nós,mas uma senhora ,linda e forte...e agora mais forte,plantamos as cinzas do nosso amigo, o Cláudio, ali aos pés dela ...assim como que envolvendo-a gentil e alegre...adubando-lhe as raízes femininas...foi emocionante e alegre,cumprimos o desejo dele,rezamos um pai nosso juntos: Staliano, Eduardo, eu a araucária agora fecundada do Cláudio e fortalecida com nossa amizade...e prometemos ao amigo que um dia depositaríamos, também, nossas cinzas ali...olha por nós Cláudio Silveira.. Thozzi (do Facebook)
Eu compartilhei essa pequena lauda que o nosso amigo Thozzi escreveu envolvendo o nosso amigo Claudio Silveira, que conosco está , de uma outra forma, de outro jeito, não na posição horizontal, mas arruinado, cinzas. E hoje, dia dos mortos, elevo por ele e por todos aqueles que conosco conviveram, uma prece. Estamos certos que um dia haveremos de ressuscitar, como ensina a Igreja. Quem sabe se já não ressuscitaram e estão rindo das nossas aventuras , ainda nesta terra. "Quem vive e crê em mim, não morre jamais. A todos aqueles que passaram por esta Terra e agora vivem na Pátria Celeste, as nossas orações, não esquecendo do Libardi, do Edélcio, do Mané e de tantos outros. Adilson Cunha (Do Facebook)
Thozzi, A Vida com seus mistérios, com seus altos e baixos: Chegada, partida. Nascimentos e mortes. Tudo passa, passa. O Cláudio passou. Passou por nós e nos deixou exemplos de Humildade, Simplicidade.José Pinheiro (Do Facebook)