quarta-feira, 31 de maio de 2023

XIV-ERESER-ENCONTRO REGIONAL DE EX-SEMINARISTAS REDENTORISTAS

JOSÉ CARLOS CRIADO
Neste XIV ERESER – Encontro Regional de Ex-Seminaristas Redentoristas, que ocorreu no Seminário Santa Teresinha, em Tietê, de 26 a 28 de maio/23, estiveram presentes ex-seminaristas, do Seminário de Tietê e do Seminário de Aparecida. Grande parte deles acompanhados de seus familiares, esposas, filhos e netos, mais de 60 pessoas. Muita animação, reminiscências e reencontros em momentos pré determinados para confraternização, reflexão e oração. Cantorias sertanejas à noite em grande estilo, graças aos amigos violeiros. Todos tiveram a mesma base para um mesmo objetivo e depois se espalharam cada qual para seu lado, como sementes a espalhar o que aprenderam, tornando-se profissionais diferentes mas irmanados pelo tempo de convívio no Seminário, mesmo passados tantos anos. Ao visitar o espaço da horta do Seminário, ouço barulho de alguém trabalhando animadamente com enxada. Aproximando, identifico o Pe. Furlani, com 95 anos, em pleno vigor, capinando em baixo dos pés de caquis! Depois, indo para a Capela do Convento, encontro o Pe. Zulian meditando, hoje com 92 anos, também cheio de vigor e ponderado como sempre. Pe. José Oscar Brandão como reitor e Pe. Hilton Furlani e Pe. Archimedes Zulian como seus auxiliares foram os primeiros formadores que tive nos dois anos que passei no pré-Seminário da Pedrinha, em Guaratinguetá, de 1961 a 1962 aos 11 e 12 anos de idade. Foi uma alegria muito grande encontrá-los tão ativos, depois de 61 anos, e a memória logo começou a funcionar, relembrando nosso tempo na Pedrinha, aos pés da Serra da Mantiqueira, em meio à natureza exuberante de vida selvagem, longe da civilização. Quando o Pe. Furlani se juntou ao grupo, cada um começou a puxar pela memória! Inevitável não lembrar daquele tempo tão rico! Vindo de São Paulo, foi com o Pe. Furlani que aprendi a pegar em enxada, a capinar rápido e ainda me lembro de ter desafiado e competido com alguns colegas na época para ver quem era mais rápido na limpeza. Tinha dois campos de futebol e uma grande piscina. A piscina era alimentada diretamente por um córrego, sem filtro, que descia da Serra. Antes de chegar à piscina, havia um desvio para tocar a usina hidroelétrica que o Pe. Fulani só ligava à noite para iluminação do Seminário e da Vila próxima. Foi nos montes de gramas cortadas que aprendíamos e treinávamos a fazer piruetas e saltos mortais que, depois repetíamos no trampolim da piscina! Foi lá que aprendi a nadar pelo método mais rápido e eficiente: empurrado na parte funda da piscina para se virar! Quem não pulava, era empurrado e rapidamente aprendia a nadar! Para uma criança da cidade era o paraíso. Além das aulas curriculares, palestras, orações e esportes, aprendi a identificar muitos animais silvestres. Infelizmente também aprendi a fazer arapucas, estilingue e bestas. Nesta época não tínhamos consciência ecológica, nem televisão havia. Mas lembro-me do Pe. Zulian incentivando a fazer casinhas para os passarinhos fazerem seus ninhos que amarrávamos nas árvores ciprestes, ao lado do prédio. De vez em quando, após o jantar, o Pe. Furlani, projetava para todos nós, na parede de um dos lados internos do pátio do Seminário, uns filmes, de rolos de fitas, que ele trazia dos consulados em São Paulo, dos Estados Unidos, Canadá, França e Alemanha, mostrando um pouco de cada país. Pe. Furlani era famoso por suas “penteadas”. Quando alguém estivesse se comportando errado no refeitório, recebia a mão rasante passando por sua cabeça, para a devida correção! Tinha que ter postura, educação, civilidade e, principalmente silêncio durante as refeições porque sempre havia alguém lendo em voz alta algum livro qualquer. Se conversasse com o vizinho e ele estivesse próximo, lá vinha uma “penteada”! Neste encontro, ao recordarmos este fato ele garantiu que aquilo não passava de um afago carinhoso! De fato, era apenas uma rasante leve! No segundo ano, o Pe. Brandão foi substituído pelo Pe. Silvério Negri, ambos já falecidos. Eram três padres formadores, cuidando de quase cem crianças de 11 a 13 anos, auxiliados por algum Irmão e pela família do Sr. Zoza e Dna. Alzira na cozinha e lavanderia. Dna. Alzira ainda vive e já completou 100 anos. De vez em quando vinha algum padre de Aparecida para dar aulas complementares, como música. O dormitório era imenso com cama e armário alternados para cada um. Às 5:30, entrava o Pe. Furlani com um sino na mão acordando todo mundo para se levantar. Alguns corriam para cair na piscina gelada, de onde subia uma fumaça de neblina da água. Tinha que ter coragem para entrar e coragem para sair! O corpo submerso ficava mais quente do que as partes do corpo fora d´água! Pe. Negri convocava alguns e ensinava a pegar cobras, sapos, aranhas e escorpiões para enviar por trem ao Instituto Butantã, através de caixas próprias. Depois chegava soro antiofídico, para socorrer não só a nós como também aos moradores locais, quando necessário. Nas férias sempre havia excursão para algum lugar, sempre subindo a Serra: Pirutinga, São Lázaro, Pedrona, Pedrinha, Campos, entre outros. Éramos acordados ás 4:30 para começar a subir às 5:30, em temperatura próxima de zero, no meio do ano. Com os colegas, a maioria vinda do interior, aprendi a identificar muitos passarinhos pelos nomes. Pegar preás, rãs e peixes com as mãos. Mais de uma vez enfiei as mãos nos buracos abaixo das margens de lagos e, pensando estar trazendo uma bela traíra, trazia uma cobra d´água, que no susto jogava longe. Depois de limpar a caça, levava para nosso cozinheiro, o Sr. Zoza, para a próxima refeição, o que ele nem sempre gostava porque acabava por atrapalhar seu serviço. Enfim, pela legislação atual, provavelmente, o Seminário seria interditado e os padres levados presos! Éramos expostos a grandes perigos e sempre muito bem protegidos por nossos protetores anjos da guarda. Era bom demais! Para a grande maioria de nós, crianças, uma das diferenças marcantes na educação é que inexistia castigo pessoal, diferente do que acontecia em casa com fio de ferro de passar ou vara de pitangueira. Como é bom recordar aqueles dois anos de aprendizado intensivo, antes de ser transferido para o Seminário de Santo Afonso, em Aparecida. Só gratidão para com estes padres abnegados que marcaram as vidas de tantas crianças no preparatório à vida adulta. Obrigado Pe. Furlani e Pe. Zulian!
Obrigado pelo texto tão simpático em memórias! Da turma de 66 na Pedrinha, fui o último a sair em 76. Naquele fevereiro de 66 tive que aprender a nadar em 10 dias! Sim, não mergulhávamos, éramos empurrados! Do pessoal que se juntou em 66 e nos anos seguintes, foram ordenados o Pe Renato Savassa e o pe José Roberto ou pe Coutinho.
José Antonio Dias Filho pergunta: em 66 a pedrinha ainda estava ativa?Mauro A. Santos
Mauro A. Santos sim; estava ativa. Foi a última turma! Uns 120 mais ou menos naquele ano!!! A primeira turma a ter férias na casa dos pais no mês de julho. Pe Marcos Moser foi decidido que iria pra Roma na Gregoriana para fazer curso. Pe Furlani designado para as missões e ficaria apenas o pe Gerald Rodolfo! Fomos todos transferidos para o Santo Afonso. Essa turma de 66 ficou em Aparecida até 67 ou até primeiro ano do ginásio! Fomos transferidos para Tietê em 68! Fomos da primeira turma concluir o ginasial em Tietê. No colegial S. Afonso de novo e a filosofia em Lorena! Eu entrei em 65 direto no Santo Afonso!!?
José Antonio Dias Filho
Que legal boa lembrança Pe. Furlani com 95 anos. Se eu soubesse teria ido para encontra-lo. Como gostaria de revê-lo. Em outra postagem do José Carlos Criado estava escrito Furlan e eu coloquei Furlan também. Em 1956 no pré seminário nas Pedrinhas arrebentou em algum lugar o fio de telefone. O Pe. Furlani me chamou mais outro seminarista para acompanha-lo seguindo a linha telefônica até encontrar o local do fio arrebenta do. Cumprimos a nossa missão com a maior satisfação. Eu tinha 11 anos. Boas lembranças e tempo bom. Se o Pe. Furlani estivesse em Aparecida iria visitá-lo hoje. Em Tietê vou estudar a possibilidade.
Nelson Félix Vianna
JOSÉ CARLOS CRIADO
PADRE FURLANI E PERDIGÃO

Padre Zulian - José Carlos Criado
 e Antônio Lima

XIV ERESER-
SEMINÁRIO SANTA TERESINHA
Em maio deste 2023....vejam Padre Furlani, 95 anos....TRATOR!!! (Vídeo feito pelo antigo seminarista José Carlos Criado no ERESER de Tietê neste ano!)

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. ANTONIO LINO RODRIGUES CSsR

PE. ANTONIO LINO RODRIGUES CSsR
+31 DE MAIO 2011
Nasceu em São Paulo, capital, no Bairro da Penha, a 26.09.1927. Eram seus pais: Joaquim Augusto Rodrigues e Carlota dos Anjos Fernandes. Entrou para o Seminário Santo .Afonso, em Aparecida, a 08.08.1938, onde terminou seus estudos em dezembro de 1945. Fez o Noviciado em Pindamonhangaba durante o ano de 1946, onde se consagrou a Deus pelos votos religiosos na Congregação a 02.02.1947. Os estudos de Filosofia e Teologia se realizaram no Seminário Santa Teresinha, em Tietê SP, onde fez a Profissão Perpétua a 02.02.1950. Foi Ordenado Sacerdote, em Tietê SP, a 27.12.1951, por D. José Carlos de Aguirre, Bispo de Sorocaba SP. Em 1953 iniciou seu Apostolado como Vigário Cooperador em Aparecida. Em 1954 foi transferido como Vigário Cooperador, na Paróquia do Divino Pai Eterno, em Trindade GO. No segundo semestre de 1954, foi designado a trabalhar na Paróquia da Imaculada Conceição, em Campinas, Goiânia GO. Em 1958, voltou para a Paróquia da Penha, em São Paulo. No primeiro semestre de 1962, em Pindamonhangaba, fez o IIº Noviciado, preparando-se para as Missões Populares. De 1962 até 1996, dedicou-se à Pastoral das Missões Populares, residindo sucessivamente em nossas comunidades de São João da Boa Vista SP (1962 a 1971); em Campinas GO (1971 a 1972). De 1973 a 1978, voltou a morar em Aparecida, trabalhando na pastoral dos Romeiros na Basílica. Depois prosseguiu sua jornada missionária, residindo em Sacramento MG (1979 e 1980); em Tietê SP (1981 a 1984); Araraquara SP (1985 a 1987); em São João da Boa Vista SP (1988 a 1993); em Tietê SP (1994 a 1996). Em 1996 deixou o trabalho Missionário direto e passou para um trabalho avulso de substituição em Paróquias, de pregação de novenas, tríduos, etc. Em 2008, foi residir no Convento do Santuário, em Aparecida, para tratamento de saúde. Em seus últimos dias, esteve entre a vida e a morte, em conseqüência de uma queda que lhe ocasionou um coágulo no cérebro. Internado no Hospital Frei Galvão, em Guaratinguetá, veio falecer no dia 31 de maio, às 23h30. Descanse em paz!
Pe. José Bertanha, C.Ss.R. 
Arquivista Provincial
Olá Ierardi! Esse meu conterrâneo, foi o único padre que, em toda minha vida, me disse que Deus estava muito contente comigo. Isso me tocou profundamente. Acredito que precisava ouvir aquilo naquele momento. Eu era adolescente e ele me disse após uma confissão que fiz com ele. Morelli

terça-feira, 30 de maio de 2023

ELES VIVERAM CONOSCO - Pe. HÉLIO DE PESSATO LIBARDI CSsR

Pe. HÉLIO DE PESSATO LIBARDI CSsR
+30 DE MAIO DE 2011
               Nasceu a 09.04.1941, em Tietê SP. Seus pais: João Libardi e Hermínia de Pessato Libardi . Família numerosa: 13 filhos, dos quais dois são Religiosos. É o 8º filho do casal.Foi batizado em Saltinho e crismado em Laranjal Paulista. Entrou para o Seminário Santo Afonso, em Aparecida, a 11.08.1952, onde terminou os estudos em 1959. Em 1960, fez o Noviciado em Pindamonhangaba e aí fez sua Profissão Religiosa na Congregação Redentorista, no dia 02.02.1961. Os estudos de Filosofia e Teologia foram feitos em Tietê e no Alfonsianum, em São Paulo, Capital. Fez a Profissão Perpétua na Congregação em Tietê, no dia: 02.02.1964.Foi Ordenado Sacerdote a 01.01.1967, em Tietê SP, na Igreja de S.Teresinha, por Dom José Melhado Campos, Bispo de Sorocaba SP.Começou sua vida apostólica em 1968, como professor e auxiliar do diretor do Seminário Menor de Santa Teresinha, em Tietê SP. Em dezembro de 1972, foi nomeado Diretor do Seminário, aí ficando até o fim de 1978, quando foi transferido para São João da Boa Vista, como missionário das Missões Populares.Foi Conselheiro Provincial, de 1982 a 1984. Por várias vezes foi membro do Capítulo Provincial. Trabalhou na preparação do Congresso Eucarístico Nacional de Aparecida, em 1985.No 2º semestre de 1987, foi fazer uma reciclagem pastoral em Roma, de onde voltou em julho de 1988. Continuou seu apostolado nas Missões Populares.No dia 08.06.1990 foi eleito Superior Provincial da Província Redentorista de São Paulo.No dia 17 de junho, tomou posse do cargo em solene Eucaristia, na Basílica Nova, em Aparecida.Terminado seu mandato, em 1997, foi transferido para Sacramento MG. m 1998, foi transferido para Araraquara, onde ficou, trabalhando nas Missões Populares.Grande missionário, é também escritor. Era muito procurado para aconselhamento e direção espiritual.Foi co-fundador da UNESER e diretor Espiritual por 15 anos. Internado por uma dissecação da aorta, foi submetido à cirurgia. Com problemas pela dificuldade de cicatrização, sofreu mais duas operações, vindo a falecer durante a operação, dia 30 de maio às 15 h, no hospital S. Lucas de Ribeirão Preto.
Pe. José Bertanha, C.Ss.R
Arquista Provincial
São Paulo, 30.05.2011

segunda-feira, 29 de maio de 2023

PADRE HÉLIO DE PESSATO LIBÁRDI CSsR

Conheci pessoalmente o Pe.Libárdi(+) em um encontro de ex-seminaristas realizado em julho de 2007, o ENESER 12...
Isso porque foi a minha primeira participação em encontros da UNESER...
De repente, no retiro de fevereiro de 2008, lá estava de volta o Pe.Libárdi com o Pe.Toninho, dois missionários de peso dando uma força espiritual naquele encontro...
No encontro de julho de 2008, o ENESER 13, novamente a presença do Pe.Libárdi e autor:
DEUS É AMOR, JUSTIÇA E PAZ,
MINHA FORÇA E ESPERANÇA!
DEUS É AMOR
MINHA LIBERTAÇÃO,
MINHA ALEGRIA
E MINHA SALVAÇÃO!
E o Pe.Libárdi repetia e repetia esse som , ora soltando a voz, ora murmurando......DEUS É AMOR, JUSTIÇA E PAZ......
No décimo quarto encontro, em julho de 2009, o ENESER XIV, estava lá o Pe.Libárdi. Com São Clemente e o Pe.Vinicius surgia o belo refrão: AGORA VAI...
Retiro de fevereiro de 2010, e o Pe.Libárdi veio com a assiduidade de sempre, pontual, o elo dos antigos seminaristas junto à congregação redentorista, paterno, diretor e confessor espiritual....e lá estava com ele o Pe.Edgar e o tema surpreendente de Jonas...
Encontro em julho de 2010, no ENESER XV....Padre Libárdi agora assumia o programa que, por um forum dos presentes, busca o melhor caminho para a jornada do cristão.... 
No encontro da Pedrinha, em fevereiro deste 2011, juntamente com os acordes harmônicos no violão do Padre Anchieta, seu novo pupilo nas missões, Padre Libárdi, no seu quartinho em frente ao refeitório, aguardava-nos a todos para nossos desabafos e a sua bênção reparadora...Ele me deu orientação importante que buscava há 14 anos....
Que interessante...uma relação tão ditosa, inspirada, UNESER e PADRE LIBÁRDI CSsr...
Que ainda falar?...Autor de tantos livros que evangelizam o povo de toda idade?...Missionário redentorista...o chefe de equipe dedicada?... O provincial da época de formação e início da UNESER?...
Que Santo Afonso, ao lado da padroeira a Virgem de Aparecida, continuem intercedendo a Deus pela continuidade de sua obra...e todos estamos imensamente agradecidos ....
REQUIESCAT , PADRE AMIGO(+30/05/2011)!

domingo, 28 de maio de 2023

ELES VIVERAM CONOSCO - PADRE JOSÉ OSCAR BRANDÃO CSsR

PADRE JOSÉ OSCAR BRANDÃO CSsR
*15 de agosto de 1926 
+28 de maio de 2021
Nasceu em Mogi Mirim, SP, em 15.8.1926. Seus pais: José Brandão e Maria Rahal Brandão. Entrou para o Seminário Santo Afonso, no dia 25.5.1937, onde terminou o Ensino Médio em dezembro de 1943. Fez o Noviciado em Pindamonhangaba durante o ano de 1944, onde fez a Profi ssão Religiosa na C.Ss.R., no dia 2.2.1945. Os estudos de Filosofi a e Teologia se realizaram em Tietê, SP, no Seminário Santa Teresinha, onde fez a Profissão Perpétua, no dia 2.2.1948. Foi Ordenado Sacerdote a 23.7.1950, em Tietê, SP, por Dom José Carlos de Aguirre, Bispo de Sorocaba. Começou sua Vida Apostólica como professor e auxiliar do Diretor do Seminário Santo Afonso, em Aparecida SP. De 1953 a 1954, residiu em São Paulo participando de curso universitário. Enviado para a Bélgica, cursou no Lumen Vitae,preparando-se para a Pastoral Missionária. Retornando ao Brasil, fez parte da Equipe Missionária, residindo em São João da Boa Vista, SP. Em junho de 1976, foi transferido para a Comunidade das Comunicações, em Aparecida, para trabalhar na Editora Santuário. Em 1980, passou para a Comunidade da Basílica, no trabalho pastoral com os romeiros. Em 1981, iniciou seu apostolado na Rádio Aparecida, evangelizando e catequizando. Em 1988, foi nomeado Vigário Paroquial da Paróquia de Aparecida, demonstrando muito amor e dedicação aos paroquianos, visitando doentes e consolando famílias enlutadas. Em 1997, foi transferido para Tietê, SP, auxiliando na pastoral da Igreja de Santa Teresinha. Em 2003, retornou para Aparecida, dedicando-se aos peregrinos do Santuário no atendimento das Confissões. Pe. Brandão foi um exemplo de vida missionária: formador dedicado, pregador zeloso, confrade alegre, educado e comunicativo, escritor de vários artigos em diversos periódicos, anunciador das glórias de Maria pela Rádio Aparecida, confessor paciente e orientador espiritual de muitas pessoas, incentivador das vocações pela oração e aconselhamento. No fim da vida, carregou com paciência e amor a cruz da idade avançada, da deficiência visual e auditiva e da doença do Alzheimer. Realizou em sua vida o projeto proposto nas Constituições Redentoristas, em que o missionário deve ser “forte na fé, alegre na esperança, fervoroso na caridade, inflamado no zelo, humilde e sempre dado à oração”. Residindo em Aparecida por muitos anos, em suas anotações deixou escrito: “Aqui ficarei até que Deus permita o contrário... Apesar de minhas falhas e pecados, estou muito contente de ser padre, redentorista, missionário de Nossa Senhora Aparecida. Quero morrer fiel à minha vocação cristã e redentorista. Assim seja!” No dia 28 de maio de 2021, Deus o chamou, da comunidade redentorista do Convento do Santuário de Aparecida, para viver eternamente na companhia do Pai amoroso, do Filho Redentor e do Espírito Santificador, com a Virgem Maria, São José, os santos, beatos e mártires redentoristas, que certamente fizeram um coro para o acolher cantando: “Vem servo bom e fiel!”. No dia 29/05/21, sábado, no altar central do Santuário, com transmissão pela Rádio e TV Aparecida, foi rezada missa de corpo presente em Ação de Graças pela vida do Pe. Brandão. Cerca de 60 confrades participaram para agradecer e se despedir do Pe. Brandão. O Santuário estava repleto de fi éis, que também agradeciam e clamavam: “Descanse em paz, Pe. Brandão!” Em seguida, o corpo foi levado ao Cemitério Municipal de Aparecida, onde o confrade aguarda o ditoso dia da Ressurreição. Com Deus para sempre, Pe. José Oscar Brandão, e do céu rogue por nós! 
Dados do Arquivo Provincial
Pe. Alberto Pasquoto, C.Ss.R. 

Em 1957 lá estava ele esperando-me de braços abertos na bucólica casa da Pedrinha e, em meio a tantas dificuldades, que apenas conheci há muito pouco tempo, ele comandou discretamente a equipe de formadores e os alunos que, como me ocorre, eram mais de 90. Em 1962 foi meu diretor em Aparecida-SP, Seminário Santo Afonso, e acompanhou-me na minha despedida. Ficou perene na minha alma e mente o que ele nos dizia todos os dias: 
"Vocês aqui estão para tornarem-se PADRES, MISSIONÁRIOS, REDENTORISTAS, SANTOS!" Ele cumpriu todas as etapas, devemos reconhecer!Sou hoje imensamente grato ao Padre Brandão ad aeternum, pretendo que tenha a proteção divina e juntamente com todos os redentoristas na eternidade, desfrute a felicidade perene da vida eterna. Tenho sempre me manifestado, e com relação ao Padre Brandão, o faço agora de maneira especial: 
UMA VEZ REDENTORISTA, REDENTORISTA NO CÉU!
Antônio Ierardi Neto(Tampinha)
Foi colega de turma de meu pai no Seminário. Eu e dois irmãos fizemos a Primeira Comunhão com ele, na capela do Seminário Santo Afonso no início dos anos 60. Que seu corpo descanse em paz e seu espírito resplandeça na luz perpétua, nos iluminando na caminhada para seguirmos com tolerância, paciência, compassividade e respeito aos muitos diversos dons que o Espírito anima!Hélio Maddalena Jr.
Ah, esse foi um grande missionário, formador, programas de rádio, paróquias. Humano entendeu sua vocação. Fez igual São Paulo, cumpriu e viveu sua fé. Um aprendizado!Vicente de Paula Alves
Às vezes, acrescentava: CORINTHIANOS!!! kkkk Em suas palestras também gostava de falar de sua terra natal, Mogi Mirim, da qual se orgulhava muito. José Carlos Criado
Ficará para sempre na minha memória afetiva porque foi ele quem me recebeu na portaria do Seminário Santo Afonso, de Aparecida, em janeiro de 1963.João Aparecido de Oliveira 

PADRE LIBÁRDI - SAUDADES!!!!

SAUDADES
Eis o que o coração sente
hoje é um dia de amor
um dia bem diferente
de saudades e não de dor.
Mudamos nosso cotidiano

na verdade é alegria
apesar de fazer um ano
parece que faz um dia.
Hoje o dia surgiu sorridente
um brilho no coração
e livre de toda corrente
vivemos com muita emoção.
Começando puxando na memória
assistimos a entrevista de fé
que marcou a história
desde que surgiu o homem de Nazaré.
Nada, nada se acabou
tudo o que aqui fizemos
diz que o sonho não acabou
como irmãos aqui vivemos.
Lembranças, poetas, poesias
letras , músicas, canções
nos trouxeram a utopia
que marcou os corações.
Procissão, cemitério, oração
vida, paciência, doação,
felicidade, vida e união
aqui somos irmãos.
Libardi, saudade a cada momento
é encontro, não tormento
a Eucaristia é aqui pensamento
como velho amigo, nos fazemos instrumento.
Pe. Pereira C.Ss.R

sábado, 27 de maio de 2023

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. CARLOS HOLLÄNDER CSsR

PE. CARLOS HOLLÄNDER CSsR
+27 de MAIO 1951 
Natural de Godramstein (Alemanha) nasceu a 15 de fevereiro de 1903. A 13 de setembro de 1927 fez sua profissão na C.Ss.R. sendo ordenado a 3 de fevereiro de 1929. Veio para o Brasil em 1934, iniciando seu apostolado como coadjutor na Penha. Logo depois foi para Aparecida, como prefeito do Juvenato, voltando em 1937 para a Penha. Em 1942 foi nomeado Superior de Araraquara, até 1946. Passou depois a trabalhar como coadjutor em Aparecida, indo em 1950 para Campinas (GO). Aqui ficou até maio de 1951, quando veio para São Paulo, onde faleceu aos 48 anos de idade. Pe. Carlos foi sempre ótimo confrade, alegre, caridoso, e disposto para qualquer trabalho. De uma atividade quase elétrica, não parava um momento sequer, como se adivinhasse que não iria viver muito. Foi em 1950 quando, em Goiás, começou a emagrecer rapidamente, experimentando uma acentuada fraqueza. Com suspeita de câncer, veio tratar-se no Hospital Santa Catarina, em São Paulo. Os exames confirmaram: câncer na espinha generalizado. Para o enfermo o sacrifício não podia ser maior, vendo sua vida terminar tão cedo. Aceitou, porém, a vontade de Deus com impressionante paciência, edificando as Irmãs e os confrades pela serenidade com que soube enfrentar a última prova. Poucos dias antes de morrer ele revelou, frisando que não estava dormindo, mas bem acordado, quando viu o Pe. Gaspar Stanggassinger que lhe disse: Deus não quer que você se restabeleça, mas que venha logo ficar conosco. Realmente, a 27 de maio de 1951, foi ele “transferido” para a eterna comunidade dos Anjos e dos Santos.
CERESP

Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

sexta-feira, 26 de maio de 2023

ELES VIVERAM CONOSCO-PE.ALEXANDRE MONTEIRO CÉSAR MINÉ CSsR

PE.ALEXANDRE MONTEIRO CÉSAR MINÉ CSsR
+26 de MAIO 1981 
Era de Taubaté - SP, onde nasceu a 25 de agosto de 1904. Em 1916 ingressou no Juvenato de Aparecida, professando a 11 de maio de 1923. Nesse mesmo ano foi para a Baviera (Alemanha) onde fez os estudos superiores, ordenando-se, com dispensa de idade, a 29 de julho de 1928. Voltando para o Brasil, permaneceu na Penha, como cooperador; indo, em 1931 para Campininhas - GO onde trabalhou até 1945, como missionário. Passou então a dirigir a Paróquia de Trindade, lecionando também Moral no Seminário Diocesano, até 1955. Foi por esse tempo que começaram a aparecer os primeiros sintomas da doença que, após 26 anos, o iria levar à morte. Com certa dificuldade para movimentar os braços, voz enfraquecida e aparência de cansaço, em 1956 veio para a Comunidade de São João da Boa Vista. Queria trabalhar, prontificando-se a visitar alguma capela rural, ou a ajudar na igreja. Mas, aos poucos, foi se convencendo de que não tinha mais condições. A doença se agravou, com escrúpulos, alucinações, mania de perseguição que não o deixavam dormir. E os exames acabaram revelando que se tratava de “Mal de Parkinson”. Incurável, a enfermidade foi tolhendo ao pobre enfermo os movimentos dos braços, das pernas, e até mesmo da cabeça. Por felicidade teve sempre a seu lado um confrade extremamente dedicado e paciente, o Irmão Estanislau, que o acompanhava sempre, ajudando-o em tudo. Apesar de praticamente imobilizado em seus últimos anos, Pe. Miné se mostrava alegre com os confrades, e não se queixava de nada. E, o que era edificante: Fazia questão de, sempre que possível, participar dos exercícios comuns, embora apoiando- se com dificuldade no seu “anjo da guarda” o irmão enfermeiro. Em julho de 1978 pôde ainda celebrar seus 50 anos de sacerdócio, concelebrando na Basílica de Aparecida com seus colegas de curso: Dom Macedo, padres Daniel Marti e Artur Bonotti. Missionário zeloso, de voz clara e ótima dicção, bom cavaleiro e exímio atirador em seus tempos de Goiás, ele foi para a Província, um modelo de paciência e conformidade. A 26 de maio (1981) na Casa do Potim, entregou tranqüilamente sua vida terrena ao Pai, para receber a recompensa eterna. (Arquivo Provincial)
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

quinta-feira, 25 de maio de 2023

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. GERALDO PIRES DE SOUZA CSsR

PE. GERALDO PIRES DE SOUZA CSsR
+25 de MAIO 1969 
Um confrade ao qual nossa Província muito ficou devendo, como missionário, superior, formador, e dono da pena mais fecunda que a província até hoje conheceu. Era de Guaratinguetá, onde nasceu a 22 de maio de 1895. Ingressou no Juvenato (Aparecida) em 1904, professando em 1911. Estudou, depois na Alemanha, e após a sua ordenação em São Paulo (1917) foi designado professor, e mais tarde, Prefeito do Juvenato. Em 1926 iniciou sua vida de missionário, distinguindo-se como exímio pregador de Retiros. No triênio 1947-1950 foi Vice e depois Provincial.P 1 P Deixando o cargo foi ainda Superior de São João da Boa Vista, casa que fundou,P 2 P e depois, mestre do segundo noviciado até 1964. Alegre, às vezes brincalhão, Pe. Pires sabia tratar com os mais simples e ignorantes, devido a sua bondade e compreensão. Mas era fino, delicado e vivo, quando devia tratar com autoridades ou pessoas mais graduadas. Como fundador, e, mais tarde, superior de São João da Boa Vista, soube desde o inicio, ganhar a amizade e simpatia do povo para a nossa obra. Como missionário não era orador de arrebatar multidões; era mais conferencista, falando às inteligências numa linguagem fluente, colorida e atraente. Como pregador de Retiros, principalmente para a juventude, era simples e claro na exposição dos temas, sem nunca abandonar a elegância e delicadeza do seu estilo. Bom observador, sabia colorir suas pregações e conferências com exemplos e comparações originais. Foi sempre um apaixonado pelos livros, e vivia vasculhando bibliotecas, lendo ou escrevendo por toda a parte. É de se admirar que em meio a toda a sua atividade como missionário, Superior e Formador, encontrasse tempo para escrever tanto como escreveu. Além de diversas traduções, mais de 13 obras originais, artigos para a “REB”, inúmeros programas para o rádio, diversos trabalhos para o segundo noviciado, contos e traduções para os Ecos Marianos. Um trabalho imenso que somente um grande zelo redentorista pôde realizar. Em sua ficha pessoal ele anotou: “Honra que reivindico (si tamen licet): com o falecido Pe. Nestor de Souza, escrevi o primeiro número do Almanaque de Nossa Senhora, depois mudado para Ecos Marianos. Isso no ano de 1926, em Cachoeira do Sul”. — Cheios, certamente, e bem aproveitados para as almas foram os 74 anos vividos pelo nosso Pe. Pires. Em 1968 ele ainda estava em São João da Boa Vista como simples auxiliar da Casa. Mas, por motivo de saúde, foi transferido para a casa do Potim. Durante muitos anos ele já vinha sofrendo de uma anormalidade na espinha. Não foi pequeno o seu martírio, embora continuasse trabalhando em seus escritos, ou como mestre do segundo noviciado. Nos últimos meses agravou-se o seu estado, com distúrbios cardíacos e circulatórios. Para tratamento foi internado na Santa Casa de Aparecida. Embora prevendo a morte, não se deixou impressionar: continuou, como sempre, calmo e até de bom humor. Mas a 25 de maio de 1969 sua vida chegou ao fim. Um colapso o deixou inconsciente por algumas horas. Foi quando a morte chegou, para levá-lo sem um gemido sequer. Antes de morrer quis ainda anotar um pedido ao Provincial: “Doar os restos de minha espinha doente a um ortopedista católico, para ele mostrar a seus clientes a anormalidade da espinha enferma.” 
P 1 P - Pe. Pires foi Vice Provincial de 1939 a 1944 e Superior Provincial de 1944 a 1947. Foi o primeiro brasileiro a ocupar esses cargos. (nota do editor) 
P 2 P - Pe. Pires foi também prefeito dos estudantes, em Tietê, por quase dois anos. Embora idoso, ainda soube conviver com nossos jovens. ( nota do editor)
CERESP-Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR
Padre Pires era provincial em 1946 quando foi lançada a pedra fundamental da nova basílica, esteve presente e aparece em uma das fotografias que ilustram meu artigo sobre o evento, cheguei a ajudar missa celebrada por ele na basílica velha, eu tinha então 9 anos de idade. Alexandre Dumas
Quando o mundo vivia o flagelo da Segunda Guerra Mundial, o Governo Geral tornou a sede dos Missionários Redentoristas em São Paulo, a primeira província redentorista brasileira. Com esse fato, surgia a figura do primeiro superior provincial brasileiro que teria sobre si a responsabilidade de administrar de forma autônoma a representação de uma congregação religiosa em um país de grandes proporções e em meio a grandes dificuldades. Quem assumiu essa missão foi o padre Geraldo Pires de Souza e é sobre ele que queremos lembrar um pouco mais nesta publicação. Conheça mais sobre esse missionário alegre, bondoso e dono de uma inteligência que sabia dialogar com os simples e cultos logo abaixo da imagem. Quem chega ao Seminário Santo Afonso, em Aparecida (SP), encontra um auditório que homenageia o nome do padre Geraldo. É um espaço moderno que serve para os encontros dos missionários da província e de outras unidades em eventos de grande importância. Uma homenagem sutil para perpetuar a história e o papel relevante que esse missionário teve no desenvolvimento da nova província redentorista. A missão recebida pelo padre Geraldo aconteceu naturalmente porque ele já era o vice provincial de São Paulo. Padre Victor Hugo Lapenta ao relembrar o dia em que padre Geraldo comunicou a novidade para os confrades em 28 de outubro de 1944, durante as comemorações dos 50 anos de fundação da vice província, ele destaca que o superior a fez em tons emocionados, demonstrando ali o seu entusiasmo diante do novo desafio. Um gesto simbólico do padre Geraldo foi colocar o telegrama com a notícia da província alemã aos pés da imagem original de Nossa Senhora Aparecida que ainda ficava no altar da Basílica Velha, para que no momento oportuno fosse retirado e lido em frente de todos 
Ontem e hoje na Província Redentorista de São Paulo 
15 de outubro de 1944: nasce a Província Redentorista de São Paulo Províncias Redentoristas do Rio, Bahia e São Paulo unidas até 2022 Sobre si, padre Geraldo tomou a responsabilidade de conduzir os 64 padres, 37 irmãos, 60 clérigos, 20 noviços e 200 seminaristas menores que integravam a província. Um agradecimento foi feito aos missionários alemães que trouxeram consigo o dinamismo missionário herdado de Santo Afonso para essas terras. A história conta ainda mais fatos da vida de Padre Geraldo. Tido como um homem alegre e até brincalhão, ele possuía uma inteligência capaz de fazê-lo falar na linguagem de cultos, mas também do povo simples, sem muita instrução. Assim descrevem as crônicas históricas que preservam de forma muito viva a memória dos Missionários Redentoristas: “Como missionário não era orador de arrebatar multidões; era mais conferencista, falando às inteligências numa linguagem fluente, colorida e atraente. Como pregador de retiros, principalmente para a juventude, era simples e claro na exposição dos temas, sem nunca abandonar a elegância e delicadeza do seu estilo. Bom observador, sabia colorir suas pregações e conferências com exemplos e comparações originais”. 
Capelão na Revolução 
Padre Geraldo esteve nos campos de batalha durante a Revolução Constitucionalista de 1932 atuando como capelão militar. Seu capacete hoje está no Museu Nossa Senhora Aparecida. O missionário também foi um determinado escritor. Deixou muitas publicações escritas, entre elas, uma que ele recorda em suas anotações pessoais como uma grande conquista, a de ter escrito junto com o padre Nestor de Souza, o primeiro número do Almanaque de Nossa Senhora, em 1926. Depois de viver 74 anos, bem aproveitados, ele faleceu em 25 de maio de 1969, em Aparecida. Um gesto final curioso e generoso que ele deixou por escrito ao seu superior: “Doar os restos de minha espinha doente a um ortopedista católico, para ele mostrar a seus clientes a anormalidade da espinha enferma”.

terça-feira, 23 de maio de 2023

NOVA PROVÍNCIA REDENTORISTA NO BRASIL

23 DE MAIO DE 2023 
Começando os trabalhos de hoje na Assembleia da NOVA PROVINCIA no Seminario Santo Afonso, em Aparecida-SP, agregando a de São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro. Presença do Diretor UNESER Sebastião Paim nessa assembleia, a quem muito agradecemos.

















segunda-feira, 22 de maio de 2023

PADRE LIBÁRDI - RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE - ASTROLOGIA -

PADRE LIBÁRDI PADRE HÉLIO LIBÁRDI(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Podemos acreditar na astrologia? 
A astrologia, como estudo da natureza, dos corpos celestes e de suas relações entre os acontecimentos terrestres e humanos, já existia entre os habitantes da Mesopotâmia (séc. IV a.C.). Ela é a mãe da atual astronomia. Sem dúvida, temos de reconhecer o valor da astronomia. Não se trata de adivinhação do futuro, mas de previsões dependentes de leis físicas. Por outro lado, é preciso admitir a influência dos corpos celestes, uns sobre os outros. Assim vemos a ação da gravidade, as radiações, a força da lua sobre as marés e cortes de madeira, plantio, colheitas etc. Olhando esses aspectos, poderíamos dizer ou prognosticar que nossas ações e comportamentos também sofrem influência da ação dos astros. Mas temos de parar por aqui, embora tudo pareça ser muito verdadeiro e até tenha coincidências impressionantes. A astrologia é um amontoado de afirmações gratuitas e, às vezes, incoerentes. Basta ler os jornais e revistas, comparar as tabelas de horóscopos, para perceber que são invenções, porque eles não batem entre si, um fala diferente do outro. Dessa forma pessoas nascidas sob o mesmo signo deviam comportar-se de maneira igual. A pessoa humana é complexa demais para ser lida de forma tão simples e banal. O que engana são as coincidências, que sempre vão existir na vida. Se os astros têm alguma influência, isso não nos dá o direito de concluir que eles determinem e decidam por nós o futuro a ser construído. Então, não seria possível falar em liberdade do ser humano, teríamos de nos submeter a um determinismo irracional. Não se trata de negar as influências do ambiente cosmológico. Todos sentimos as mudanças de tempo, estações, das condições meteorológicas sem, contudo, admitir o determinismo meteorológico que decide o comportamento das pessoas. No mundo de hoje, sabemos que as pessoas não são levadas por uma ética ao lutar pela sobrevivência, pouca gente se preocupa com um modo digno de arrumar a vida. Há muita exploração, principalmente dos incautos e despreparados. Essas especulações respondem a um primitivismo de quem se sente bem em viver sob o medo ou sob o mistério. Por isso mesmo são presas fáceis de especuladores inescrupulosos. Para se viver hoje é preciso ter os pés no chão e ter alguns critérios que ajudem no discernimento. Há muitas promessas, alarmes falsos, facilidades e acenos de bem-estar por preços módicos. A vida não é tão fácil e insignificante, é sabedoria ler a vida e projetar o futuro. Pe. Hélio Libardi, C.Ss.R.

PADRE SIQUEIRA, O “DOM CAMILO”!

PADRE SIQUEIRA
Neste 22 de maio, rememoramos o dia final neste mundo do PADRE SIQUEIRAo redentorista que teve o apelido de DOM CAMILO, por ter a mesma aparência do ator FERNANDEL que viveu nas telas do cinema o papel do solerte pároco em constante pugna com o Prefeito Sr.Peppone da Aldeia de Reggio, na Itália.
Ao repassar os artigos publicados no Site Zenit, surgiu-me a história, relatada pela articulista Elizabeth Lev, sobre o livro de contos de Giovannino Guareschi que nos traz as peripécias dos dois rivais, um, católico e outro, comunista em uma região onde todos participavam de tudo... Lembrei-me ainda que esse livro era "deglutido" no silêncio das refeições que fazíamos no seminário.... Aproveitem e relembrem...

SUPERANDO AS DIFERENÇAS
O mundo de Don Camillo, de Giovannino Guareschi
ROMA, quinta-feira, 6 de agosto de 2009 (ZENIT.org).- O poeta romano Horácio registrou em sua lírica o tempo mágico do “otium”, um período de pacífica ociosidade e descanso que permite o fortalecimento espiritual para o dia-a-dia. Pretendo usar este tempo de tranquilidade para a leitura, e, nestas férias de verão europeu, eu felizmente abri o primeiro livro que despertou minha paixão pela Itália.Por Elizabeth Lev
ATOR FERNANDEL
“Don Camillo e o seu pequeno mundo”, escrito pelo italiano Giovannino Guareschi, oferece uma refrescante perspectiva da política, religião e amizade em uma idade em que estes três campos parecem irreconciliáveis. As histórias de Guareschi, escritas quando as paixões eram fortes e as barreiras eram mais altas do que hoje, refletem a forma como o direito somado à esperança, à humanidade e ao humor pode vencer qualquer ideologia.
Guareschi nasceu na região italiana da Emilia Romagna, no início do século XX. Sua vida atravessou as duas Guerras Mundiais, assim como a ascensão do comunismo e do fascismo. Foi um provocador. Suas críticas ao governo Mussolini lhe renderam o ingresso forçado no exército italiano e três anos em uma prisão polonesa.
Retornou ao norte da Itália justamente no ápice dos embates entre os comunistas e os democrata-cristãos pelo controle da Itália. As tensões eram fortes entre as duas partes, os democrata-cristãos afirmando que os filhos dos comunistas tinha sido apropriados pelo Estado, enquanto os extremistas da esquerda atacavam os sacerdotes e proprietários de terra, seus maiores inimigos de classe.
Nesse clima volátil, Guareschi lançou suas sátiras tanto ao primeiro grupo quanto ao segundo, expondo os pontos fracos de ambos lados. Com isso, ajudou a diminuir as tensões entre as violentas oposições. As obras de Guareschi foram vitais para a derrota do Partido Comunista na histórica eleição de 1948. Essas histórias se tornaram extremamente populares e beneficiaram ensinamentos como os do Papa João XXIII, cujo tom pastoral refletia uma presença paternal amorosa em um mundo repleto de ódio.
As mais famosas histórias de Guareschi foram as de Don Camillo, um pároco na pequena aldeia de Reggio, em Emilia Romagna, e seu rival Peppone, o prefeito comunista da cidade. Este contraste é o ambiente de confrontos políticos e calorosos momentos de cumplicidade guiados pelo Cristo crucificado que do altar serve de moderador de consciência para Don Camillo e o tolo Peppone.
DOM CAMILO E O PREFEITO PEPPONE
Don Camillo e Peppone formam a profunda fronteira do movimento da resistência italiana durante a Segunda Guerra. Peppone representa os "partigiani", enquanto Don Camillo encarna o capelão. O ódio pós-guerra contra os fascistas (Mussolini foi de Emilia Romagna) empurraram a região para um triângulo comunista entre Parma, Bolonha e Ferrara. Don Camillo e Peppone chocam-se constantemente, em confrontos que às vezes escapam do verbal para o físico. Mas apesar das suas diferenças, quando confrontados com questões fundamentais como a vida e a morte, o verdadeiro e o falso, eles acabam ficando do mesmo lado.
Giovannino Guareschi
Don Camillo é frequentemente tentado pelo orgulho de permitir que a política possa ultrapassar o seu dever com as almas, mas, felizmente, Cristo está sempre lá para chamá-lo de volta ao caminho certo. Em um memorável episódio, Don Camillo tenta justificar o seu comportamento pecaminoso, usando uma inteligente retórica familiar com muitos políticos. Cristo o repreende dizendo: "Estas são as sutilezas dos sofistas... sem você perceber o diabo ganhou vida em ti e mistura suas palavras com as dele". Um breve período de jejum restaura a saúde espiritual de Don Camillo.
Minha história favorita está próxima do final do livro. No Natal que se aproxima, os comunistas estão-se tornando mais intolerantes com Don Camillo, que acaba de escapar de um atentado a bala. A frágil fronteira respeitosa entre ambos lados parece estar prestes a ruir. Na véspera de Natal, um oprimido Peppone, sem saber para onde se dirigir, acaba por se encaminhar à casa de Don Camillo. Os dois homens sentam-se em lados opostos da mesa, as fortes mãos ocupadas ternamente com as figuras do presépio. Esta simples mas eficaz atividade lentamente cura as feridas entre os dois homens e pacifica os caminhos na pequena aldeia do rio Pó, trazendo esperança a todos aqueles que seguem o Príncipe da Paz.

Bons tempos das leituras de Dom Camilo às turras com o prefeito comunista Peppone... Olavo Caramori Borges
No silêncio das nossas refeições no Santo Afonso, acompanhávamos as histórias de GIOVANNINO GUARESCHI e as peripécias de Dom Camilo e o político Peppone....Atente que essas histórias mostram o debate entre Igreja e Comunistas....hoje eles estão de braços dados!!!! Ierárdi
Aquelas leituras era boas, eu gostava. Uma vez eu fui escalado para a leitura, mas o melhor é que a gente comia depois e sempre sobrava um pouco daquela cerveja que o padre tomava na refeição dele, Quando foi a minha vez de leitor, eu mudava palavras do texto para que o pessoal risse. Eu trocava "jubiloso" por "furiosos" que dava um sentido diferente na história e o pessoal ria muito,. Então eu ia mudando até que o Padre que presidia a refeição tocava o sininho e falava "É melhor você parar com essa leitura, toda errada" Eu descia do púlpito e esperava até que o almoço terminasse para eu almoçar. Lembranças boas.Abner(+)