quinta-feira, 31 de março de 2016

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR

Mesmo enfrentando problemas de saúde, que exigem um pouco de repouso, padre Clóvis de Jesus, com 88 anos, não deixa de colaborar com os trabalhos missionários. No dia 2 de fevereiro deste ano, ele completou 70 anos de vida consagrada na Congregação do Santíssimo Redentor. Natural de Boituva, no interior paulista, ele recorda como chegou ao seminário redentorista. 
“Um padre que pregou missão lá em minha cidade pediu ao meu pai que guardasse um dos filhos para a congregação. E eu nem tinha nascido ainda. Por desígnio de Deus, e sem saber desta história, acabei entrando para o seminário aos 10 anos de idade”.
Aos 26 anos, foi ordenado presbítero, e logo foi enviado para Roma, para estudar comunicação.
“Tinha fama de ser bom escritor, mas não sei se isso é verdade, então fui estudar. Mas fiquei só um ano, pois faltavam muitos professores”, conta. 
Ao voltar ao Brasil, foi designado a trabalhar em Aparecida/SP, na redação do jornal Santuário de Aparecida, onde ficou por 15 anos. 
Missão 
Padre Clóvis tem grande paixão pelo trabalho das Santas Missões Populares. 
“Fui convidado para ajudar numa missão redentorista, e gostei. Então, pedi para deixar o jornal e ficar na missão.E o provincial da época aceitou”.
Atuou em diversas missões de norte a sul do Brasil, e por isso, afirma com entusiasmo: 
“Fiquei trinta anos nas missões, às vezes fazendo paralelamente outros trabalhos. Mas as missões foi o que mais gostei”. 
Na década de 1970, foi designado para ser pároco de Campinas. 
“E eu não aceitei. Veio o Pe. Luís Ítalo Zômpero, e eu dei graças a Deus. Continuei nas missões, e me entreguei de corpo e alma”, explica o missionário. 
E depois de tanto tempo nas missões, aceitou um novo desafio: ser o postulador do processo de beatificação do padre Pelágio Sauter. 
“Já recolhi mais de 500 páginas de depoimentos sobre o nosso Apóstolo de Goiás”
Dedicação 
Jornalista, poliglota, autor de vários livros e conhecedor da vida dos santos, apresentador de programa de rádio e responsável por um site (www.boletimpadrepelagio.org).
Na Paróquia/Santuário de Campinas, está sempre disponível para a assistência aos doentes, para as celebrações de missas e o atendimento de confissões. 
1-Fonte: http://www.matrizdecampinas.com.br/ 
2-Fonte: - NOSSO GUIA – AÇÃO PASTORAL DOS REDENTORISTAS DE GOIÁS, MATO GROSSO, TOCANTINS E DISTRITO FEDERAL - ANO XIV Nº 156 - ABRIL 2016 (Padre Maurício Brandolise CSsR)

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. CARLOS FRIDOLINO SCHLEINKOFER CSsR

PE. CARLOS FRIDOLINO SCHLEINKOFER CSsR 
+31 de MARÇO 1974 
Bávaro, nascido a 01 de janeiro de 1887. Professou na C.Ss.R em 1908, sendo ordenado em 1914. Antes de vir para o Brasil, trabalhou na Alemanha como Missionário, Mestre de Noviços e Provincial. Em 1936 andou pela Itália e Suíça, fugitivo dos nazistas. Em 1937 conseguiu vir para o Brasil, trabalhando quase sempre como Confessor dos Noviços e Estudantes, ou na Basílica de Aparecida. Fundador e primeiro superior das Casas de Lages e Passo Fundo, trabalhou em Cachoeira do Sul e Porto Alegre. Era bem o tipo dos antigos redentoristas bávaros, militarmente rigoroso consigo mesmo, exemplo de recolhimento, de oração e pontualidade na vida comum. Era, porém, compreensivo, caridoso, e pronto para atender seus confrades. Desejando voltar para a Alemanha, em 1965 foi novamente adscrito á Província de Munique, onde ainda trabalhou, nos seus últimos anos, como Capelão de Religiosas, vindo a falecer a 31 de março de 1974.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

ELES NOS PRECEDERAM - PE. JOÃO BATISTA SCHAUMBERGER CSsR

PE. JOÃO BATISTA SCHAUMBERGER CSsR
+31 de MARÇO 1909 
Um genuíno Redentorista, pela sua piedade, seu zelo incansável, e ardente devoção a Nossa Senhora. Natural de Schwandorf (Alemanha), nasceu a 13 de dezembro de 1849. Desde criança mostrou seu desejo de se tornar sacerdote; e foi no colégio que cursava em Metten, um dos melhores alunos, devido a sua inteligência e aplicação. Já na mocidade começou a despontar como grande poeta que seria mais tarde, tanto em alemão, como em latim. Suas melhores poesias foram dedicadas a Nossa Senhora, escritas com grande delicadeza e ternura. Terminados seus estudos superiores, foi ordenado sacerdote diocesano em Ratisbona, a 7 de junho de 1874. Até 1876 não quis assumir a direção de nenhuma paróquia, pois já sonhava com a C.Ss.R. Mas, devido a perseguição religiosa, teve de esperar até 1883 para iniciar o seu noviciado. No entanto não conseguiu terminá-lo devido a uma enfermidade grave em sua vista. Restabelecido, voltou ao noviciado em 1894, professando no ano seguinte. Por determinação dos Superiores veio para o Brasil em 1903, permanecendo em Aparecida. Apesar de doente, e com 54 anos, aprendeu facilmente o Português, e pôde facilmente lecionar latim no juvenato. Em dezembro de 1907 foi transferido para a casa da Penha. Sempre muito fraco de saúde, embora culto e muito preparado, raramente subiu ao púlpito, e seu trabalho era mais no confessionário. 85 Raramente saia de casa, impressionando sempre os seus confrades pela profunda piedade. No dia 31 de março (1909) dirigiu-se da Penha para a cidade (São Paulo) a fim de buscar os óculos que mandara consertar. Na volta, à altura do Tatuapé, desceu do bonde, para fazer um pouco de exercício, caminhando até a Penha. Naquele tempo era esse trecho um caminho quase deserto. Rezando o seu terço, passou em frente de um botequim, onde estava tomando suas doses um desordeiro famoso naquelas redondezas. Vendo passar o Padre, começou a lhe gritar palavrões e ofensas. Como o Padre não lhe desse atenção, montou a cavalo, e a relhadas, derrubouo junto a um poste da Ligth, desfechando-lhe dois tiros. Com isso achou que havia matado o Padre, e continuou a cavalo, com seus palavrões e blasfêmias. Olhou, porém, atrás, e viu que sua vítima estava tentando levantar-se. Voltou furioso, e deu-lhe ainda mais um tiro, acabando por matá-lo. Preso, o desordeiro declarou: — “Sou maçom, e dos graduados; ninguém vai me condenar”. — Mas foi condenado a trinta anos de prisão. O enterro do Pe. João, que todos reconheceram como um mártir, foi mais triunfal do que fúnebre. Sepultado na Penha, seus restos mortais estão hoje na “Capela dos Mortos” em nosso convento em Aparecida.


CERESP


Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

segunda-feira, 28 de março de 2016

ELES VIVERAM CONOSCO - Pe. Mauro José Matiazzi, CSSR

Pe. Mauro José Matiazzi, CSSR 
+28 de MARÇO 2012 
Nasceu a 26.06.1949, em Mineiros do Tietê, SP. Seus pais: Albertino Matiazzi e Teresinha Claro Matiazzi. A 11 de fevereiro de 1972, entrou para o Seminário de Santo Afonso, em Aparecida, onde concluiu o Colegial, que já tinha começado em São Carlos, SP. Estudou Filosofia, de 1973 a 1975 na Faculdade Salesiana de Lorena SP, residindo no Instituto São Clemente, em Aparecida. Em 1976 frequentou o Noviciado no Jardim Paulistano, São Paulo SP. 
Compromissos Religiosos: 02.02.1977, na Basílica de Aparecida. O Curso de Teologia foi realizado de 1977 a 1980, no Instituto Teológico São Paulo – ITESP – Ipiranga. 
Profissão Perpetua: 21.02.1981 em Aparecida SP. 
A Ordenação Diaconal foi ministrada a 08.03.1981 por Dom Frei Daniel Tomasella OFMCap, em Garça, SP. E a Ordenação Sacerdotal, a 16.05.1981, na Igreja de Santo Antônio do Prado, na cidade de São Carlos SP, por Dom Constantino Amstalden, Bispo de São Carlos, SP. Depois da ordenação, residiu nas seguintes comunidades: 
1981 – Vigário Paroquial na Paróquia São Pedro em Garça, SP 
1984 – Santuário de Aparecida, pastoral com os romeiros. 
1988 – São João da Boa Vista: Equipe das Missões Populares. 
1999 – Tietê: Equipe das Missões Populares 
2005 – Estudos Teológicos no Instituto Superior de Pastoral (ISPAL), em Belo Horizonte, MG Em dezembro de 2005, foi nomeado Reitor do Santuário de Aparecida e Superior da Comunidade Redentorista. 
2009 – Araraquara: Equipe das Missões Populares. 
2011 – Tietê: Equipe das Missões Populares. 
2012 – Tietê: Igreja Santa Teresinha e auxiliar de Mestre. Acometido por problemas cardíacos, foi internado no Hospital Paulistano, em São Paulo, a 23 de março de 2012. Seu estado clínico foi piorando, depois de sofrer dois enfartos. Veio a falecer às 12h30, dia 28 de março de 2012. Descanse em paz! Pe. José Bertanha, C.Ss.R. Arquivista provincial 2012
MINHA NOTA- 
O exemplo de interesse, desapego e humildade! No ano 2008, no encontro dos antigos seminaristas redentoristas em Aparecida-SP, o ENESER XIII, estava buscando matéria para página que havia montado no ORKUT em objetivo da campanha do processo de beatificação e canonização do Servo de Deus Padre Vitor Coelho de Almeida, missionário redentorista. Na sexta-feira à noite, em conversa com o Padre Matiazzi, então reitor do Santuário Basílica Nacional de Aparecida, ele informou-me sobre entrar em contato com o Padre Júlio  CSsR, no Potim, que era, nesta época, o vice-postulador da causa. Agradeci muito pela informação. No sábado, pela manhã, qual não foi minha agradável surpresa quando vejo em minha frente o Padre Matiazzi, superior maior na basílica nacional de Aparecida-SP, com dois pacotes contendo 200 informativos sobre o processo e vida do Padre Vítor Coelho CSsR. Ficou isso gravado em mim por 2 bons e grandes motivos:
1º O interesse enorme daquele padre para o desenvolvimento da Causa do confrade.
2º Ele não pediu para qualquer pessoa trazer os pacotes...Ele mesmo o fez com muito carinho.
Requiescat, Pater Mattiazzi CSsR.

ELES VIVERAM CONOSCO - PADRE EDUARDO MORIARTY CSsR +28/03/2015

PADRE EDUARDO MORIARTY CSsR +28/03/2015
E
MADRE FELICY BRAGA+15/11/2014
Com muito pesar soube do falecimento do querido Padre Eduardo Moriarty, à tarde do dia 28 de março DE 2015, dia em que comemoramos os 500 anos do nascimento de uma grande fundadora Santa Teresa de Jesus. Padre Eduardo fundou junto com Madre Felicy Braga a congregação das Mensageiras do Amor Divino, falecida em 15 de novembro de 2014 e agora os dois estão no céu intercedendo por nós.
Adeus querido Padre, obrigado por sua vida, por ter gasto seus dias pelos remidos de Cristo! 
José Alcides Marton

domingo, 27 de março de 2016

ELES VIVERAM CONOSCO - ANTÔNIO FIRMINO DA SILVA NETO-SEMINARISTA REDENTORISTA DO PROPEDÊUTICO

ANTÔNIO FIRMINO DA SILVA NETO
SEMINARISTA REDENTORISTA DO PROPEDÊUTICO
+25 DE MARÇO 2016
Prezados Confrades e Estudantes, no dia em que celebramos a Paixão do Senhor, faleceu em Santa Bárbara d'Oeste o nosso seminarista Antônio Firmino da Silva Netto, aos 22 anos de idade. Ele era natural de Iguape-SP. Há alguns dias ele apresentou um quadro de pneumonia. Ficou internado, teve alta e ontem, teve uma crise muito forte e foi internado novamente. E hoje veio a falecer à tarde. O sepultamento será às 17h em Iguape-SP. Rezemos pelo seu descanso eterno, pelos seus familiares e também pelos seus colegas seminaristas e formadores! Que o Antônio repouse em paz! “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também” (Jo 14, 1-3). Pe. Rogério Gomes, C.Ss.R

JESUS O QUE VIVE E NOS FAZ VIVER

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Talvez a festa da Páscoa não tenha para nós o mesmo apelo afetivo que outras, como o Natal, por exemplo. Mas, na Páscoa, não estamos celebrando uma lembrança, algo que já se foi, e que procuramos não esquecer. Na Páscoa vivemos o que vivemos todo dia, se é que somos cristãos. Vivemos, festejamos, saboreamos a presença de Jesus entre nós. Alegramo-nos com sua presença, com sua atenção, pela companhia que nos faz. Olhamos para ele, o que vive entre nós, e nos faz viver, e tudo se torna mais claro e mais simples para nós. Não lemos suas palavras, mas ouvimos sua voz e escutamos o que nos diz. Páscoa é vida, é presença, esperança e certeza. Porque Jesus ressuscitou e está de pé, tudo é novo para nós, tudo é possível, tudo está garantido. Feliz Páscoa para nós!

sexta-feira, 25 de março de 2016

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. IZIDRO DE OLIVEIRA SANTOS CSsR

PE. IZIDRO DE OLIVEIRA SANTOS CSsR
+25 de MARÇO 2011 
Nasceu a 31.10.1926, na Fazenda Santa Rita, em Riacho de Sant´Ana BA Seus pais : Januário Joaquim dos Santos e Ana Rita de Oliveira Seus pais mudaram-se para o norte de Minas Gerais e depois para o Estado de São Paulo, fixando-se finalmente no Bairro da Penha, em São Paulo SP. Entrou para o Seminário S. Afonso, em Aparecida, a 05.02.1939 Em 1945, fez o Noviciado em Pindamonhangaba, onde fez a Profissão Religiosa na CSSR, a 02.02.1946 O Seminário Maior foi feito no Seminário de S.Teresinha, em Tietê SP Aí fez a Profissão Perpétua na CSSR, a 02.02.1951. Foi Ordenado Sacerdote em Tietê, a 29.07.1951, por Dom José Carlos de Aguirre, Bispo de Sorocaba SP Celebrou sua Primeira Missa Solene em Riacho de Sant’Ana BA, a 03.08.1951. Deixou o Estudantado, em janeiro de 1952, iniciando sua Vida Apostólica, como Professor no Seminário S.Afonso, em Aparecida: aulas de física, química, inglês. Aí ficou até 1963. Em 1964 trabalhou em nossa Igreja do Perpétuo Socorro, em São João da Boa Vista. Em 1965, no primeiro semestre, fez o 2º Noviciado, no Jardim Paulistano, em S.Paulo. O segundo semestre de 1965, passou-o no Seminário S.Afonso. Em 1966, foi Vigário Cooperador em Sacramento MG. Em 1967, foi transferido para Aparecida, no apostolado com os romeiros. Em 1968 e 1969 foi missionário, morando em São João da Boa Vista. No segundo semestre de 1969, foi para Madri, para estudos no Instituto de Pastoral, e depois em Roma. Voltou em dezembro de 1971, voltando a morar em S.João da Boa Vista. Em 1973 foi professor do ITESP, em São Paulo SP e missionário Em fevereiro de 1974 foi nomeado Superior da Comunidade do Convento de Aparecida e Reitor do Santuário Nacional, cargo que ocupou até dezembro de 1978. Em 1979 foi para o Jardim Paulistano. Nesse mesmo ano, a 18.03.1979, tomou posse como Pároco da Paróquia da Catedral de Juazeiro, na Bahia, dando assim uma ajuda a Dom José Rodrigues. A 08.02.1981 tomou posse como Pároco de Caiçara GO. A 31.07.1983 tomou posse como Pároco de Nova América GO, Diocese de Rubiataba, onde ficou até junho de 1987, passando a morar então em Goiânia Em 1992, cuidou da Paróquia de N.S.Aparecida, em Goiânia GO, até 10.02.1994. Depois junto com a leiga Nelcy realizou, enquanto a saúde permitiu, encontros de: «Dinâmica Grupal Cristã». Estava adscrito à Casa Provincial, em Goiânia. Em começos de 2002, transferiu-se junto com a Nelcy, para Porto Alegre RS. Em 2003, voltou para a Província de São Paulo e foi adscrito à Comunidade do Santuário, em Aparecida. Em abril de 2004, voltou novamente para Porto Alegre RS. Há um tempo teve um AVC. Foi bem cuidado. Veio a falecer dia 25 de março de 2011, Anunciação do Senhor 
Texto e foto recebidos do Padre Luiz Carlos de Oliveira CSsR 
Minha Nota: O padre Izidro foi meu professor de inglês. Lembro-me do livro MY ENGLISH TEACHTER....e do aplicado Mr.PIP e do solerte Mr.ZIP do Yazigi Method. Um fato interessante que me aconteceu com o padre Izidro, tão silencioso e discreto. Tinha eu um relógio de pulso da marca Omodox que recebera de presente da minha mãe. Vivia passando um paninho no vidro mostrador para deixá-lo sempre com jeito de novo. Surgiu, um dia, um pequenino risquinho...Logo quis fazer alguma coisa para trocar aquele vidro. Em conversa com o Padre Izidro ele simplesmente disse-me com tranquilidade que lhe era muito peculiar: 
-Você se prepara para o seu voto de pobreza e ainda fica preso nessa preocupação tão pequena? 
Foi a lição oportuna que aquele meu orientador me deu naquele momento! REQUIESCAT IN PACE, PADRE IZIDRO
Lembro-me que foi na época que dirigia o Santuário de Aparecida que algum maluco quebrou a imagem de Nossa Senhora Aparecida. Ele ficou muito chateado e saiu.
Estou certo?
Natanael

Bom dia, Natanael!
Pois é, também recordo que a imagem foi arremessada ao solo e despedaçada ainda na Basílica Matriz ( Velha).Mas não sabia deste fato do Padre Izidro.Ele esteve os últimos anos no sul, após um AVC, morando com sua irmã que cuidou dele até o final.Você desperta a curiosidade de pesquisa sobre isso...o que vou fazer.
Um forte abraço!
Ierárdi
ET-Evidentemente deve ter mais fontes, considerando o seu Irmão José Carlos e o filho sacerdote!!!!

Ierárdi, apenas me lembro que meu Pai, Augusto Criado, comentava pois seu irmão Sr. Ireno era muito amigo do meu pai em São Miguel Paulista.
Dizia que ele ficou muito aborrecido com o ocorrido e pediu para ir prá algum lugar longe.Se conseguir alguma informação vou lhe  passar. 
Abraços, Natanael

Natanael, descobri a razão justa do aborrecimento do nosso saudoso e estimado Padre Izidro!
Veja a seguir o artigo-memória do nosso colega Alexandre Dumas Pasin que conviveu com ele no velho Colegião!Um abraço!Ierárdi

CASA DE NOSSA SENHORA
“Jardins viçosos, ciprestes em alameda,fachada majestosa, janelões de vidro...portais se abrem a um convite amigo transpor umbrais da soberana casa...”
Corria ao ano de 1951. O diretor do colegião (1) era o Pe. José Ribola. Às 5 h da manhã daquele dia, dentro da rotina à qual já nos acostumáramos, bate a sineta convocando-nos às primeiras orações, meditação e missa. Todos já na capela,
Pe. Ribola, ansioso, se apressa em nos comunicar a boa nova: naquele dia chegaria uma visita muito importante e pedia-nos que a  recebêssemos como uma bênção e nos tornássemos seus guardiões pelo tempo necessário de sua permanência entre nós. Essa grata visita seria nada menos que a pequena imagem da Virgem Aparecida, a mesma encontrada e retirada das águas do rio Paraíba por três pescadores. E o “porquê” de tão ilustre visita? Tudo bem explicado: a imagem de barro, retirada das águas em duas partes, já não suportava as inúmeras colagens feitas ao longo de mais de duzentos anos desde seu achado. No seminário, tínhamos um padre novinho, recém-chegado de Tietê, com grande fama de artista, padre Isidro, a quem caberia o reparo definitivo na imagem. Pois bem, o trabalho foi iniciado em ateliê montado na própria cela do Pe. Izidro e acompanhado, é claro, por curiosos devotos entre os quais me incluo. Era a oportunidade de tocar a Santinha e pedir-lhe a graça mais desejada: a perseverança na vocação.
Feito o serviço, era necessário um tempo para que o material usado secasse e se comprovasse eficiente. Então, a imagem foi levada para nossa capela e colocada à direita  do altar mor, em outro pequeno altar, já dedicado a Nsa. Senhora. No recreio um seminarista alarmista, talvez o Bianor, ensejou que à noite a imagem se transmudaria para seu nicho na basílica, repetindo o milagre acontecido nos primórdios de sua história (2), quando foi levada para por várias vezes para a matriz de Guaratinguetá e nos dias seguintes reaparecia misteriosamente em seu tosco altar na capela do Morro dos Coqueiros.
Na madrugada daquela noite, acordei sobressaltado. O dormitório dos menores era no mesmo andar da capela. Um prenúncio de que testemunharia o milagre me fez levantar. Saí pelo largo corredor, cuja única luz, pequena e vermelha, encimava o enorme crucifixo à frente das  escadarias. O carrilhão da capela dos padres disparou seus badalos melodiosos anunciando preguiçosamente três horas. No fundo, a porta de vidros da capela refletia a chama tremulante da lamparina do sacrário. Temeroso, me acheguei, abri a porta e mirei o altar. Lá estava a imagem, quietinha, de mãos postas, satisfeita com o seu lar provisório. Provisório? Nem tanto, afinal de contas, lá fora, na fachada majestosa do nosso colegião, em cima do portal, as letras garrafais já anunciavam, desde sua construção e agora mais do que nunca, a inscrição “CASA DE NOSSA SENHORA”.
(O prédio hoje. Onde estava escrito 'Casa de Nossa Senhora', se escreve 'Seminário Bom Jesus')
Dois dias depois, acredito que um pouco tristonha, Ela nos deixou e voltou ao seu lar de trabalho. SALVE, REGINA! (3)
Alexandre Dumas Pasin de Menezes, nascido em Aparecida, seminarista entre 1949 e 1955.
Notas:
(1)     Prédio majestoso, todo em tijolo aparente, vermelho, construído no início do sec. XX, para ser seminário da arquidiocese de São Paulo, em parte descrito na quadrinha acima. Trazia os dizeres “Casa de Nossa Senhora”. Conhecido popularmente como colegião, por muitos anos abrigou o Seminário Redentorista Sto. Afonso, até 1952. Hoje, denominado Seminário Bom Jesus, funciona como seminário maior da arquidiocese de Aparecida.
(2)     lenda popular largamente difundida na região.
(3)     Tradução “Salve, Rainha!” ( o autor gosta muito de cantar em gregoriano esta bela e antiga oração mariana).

Ierardi,
Procurei na Internet e localizei a matéria que fala sobre a destruição da imagem de Nossa Senhora Aparecida na Basílica de Aparecida, foi em maio de 1978 quando um maluco quebrou a imagem em 200 pedaços e foi recuperada por uma mulher. Neste período o Padre Izidro era reitor do santuário e responsável pela segurança da imagem. Eu tenho em algum lugar o "Ecos Mariano" com a matéria, mas não consigo localizar.
Sei que foi em maio de 1978, porque descobri pela internet, mas foi bastante difícil. Com a data talvez você consiga achar.Abraços,Natanael


Ierardi, esse fato por mim relatado diz mais respeito a minha história do que a história da imagem de Nossa Senhora, nem sei se algum seminarista de meu tempo se lembra disso, talvez o Pasquoto, Clayton, Gervásio, Geiger ou outros. Fato corriqueiro para uns, foi muito importante e emocionante para mim. O único que testemunhou ter lembrança disso foi o Bianor, mas já morreu. Anteriormente,  fui coroinha na basílica e, por muitas vezes, presenciei a retirada da imagem do nicho para trocar o manto, naquele tempo, já o retalhavam e colavam em santinhos, não sei se os  vendiam ou  distribuíam aos devotos, naquele tempo, ainda não existia a campanha dos devotos. Lembro-me também que, às vezes eles passavam uma fita adesiva na união do corpo e da cabeça da imagem, tudo muito superficial, por isso mesmo que foi necessária a colagem feita pelo padre Izidro tempos depois Nada disso diz respeito à quebra criminosa da imagem, fato ocorrido bem depois e que muito chocou os redentoristas, principalmente o padre Vitor.
Alexandre Dumas

Olá Ierardi! Num domingo, alguns meses atrás, assistindo ao programa do Faustão, ouvi uma publicidade que ele fez a respeito de um livro intitulado "Aparecida", uma biografia da santa que perdeu a cabeça... de autoria do jornalista Rodrigo Alvarez - Editora GloboLivros. Fiquei muito interessado em ler esse tal livro e acabei adquirindo um e o li avidamente. O estilo jornalistico do autor é o que mais me incomodou na leitura. O autor pesquisou a respeito da destruição da imagem e descreve longamente sobre ela. Segundo entendi, esse fato fez com que o Padre Izidro se tornasse, praticamente, o segundo principal personagem do livro, depois de Nossa Senhora sob o título de Aparecida. Acredito que a curiosidade do Natanael pode ser respondida através da leitura desse livro. Um forte abraço! Morelli

Segundo testemunho, em 1978, quando houve o desagradável fato do despedaçamento da imagem, coincidentemente Padre Izidro era reitor do Santuário....Por esse fato, ele ficou transtornado e não quis continuar por lá!!!! Ficou até o fim de 1978 e em 1979 foi transferido para o Jardim Paulistano.Ierárdi
Ierardi ... esta versão nunca ouvi dizer em nossas convivência de confrades redentoristas... saiu em um livro, mas pode ser questionada... escrevi isso, mas não tenho segurança sobre isso...o Pe. Rafael escreveu um artigo em Nosso Guia sobre o livro (não sobre o assunto)... por isso que eu disse "saiu um livro" - a "versão" eu me refiro é sobre o "transtornado" e "não quis continuar"... quanto ao livro, o Pe. Rafael disse que é muito bom e interessante... mas não quer ser um livro sobre acontecimentos em torno da religião... mas o autor entrou no assunto com muita felicidade... nadou bem... como literatura e como atrativo p leitura...Pe.Maurício Brandolize 
Colhi isso da informação do Natanael que mencionou seu pai, Sr.Augusto referindo-se ao que lhe dissera o próprio irmão do Pe.Izidro o Sr.Ireno, seu amigo,sobre o "aborrecimento" e "ir para um lugar longe"!!!Ierárdi 
Em tempo: o Morelli deve ter acompanhado o fato mais de perto na ocasião, ele morou em Aparecida... a opinião dele tem força! Penso que as informações podem ter fundamento... mas eu não nunca tinha ouvido esta versão... a não ser quando apareceu o livro..Pe.Maurício Brandolize 
Eu também não sabia...mas é muito bom termos a oportunidade de trazermos a história ainda que em retalhos...COMO É MARAVILHOSO ESTAR COM OS IRMÃOS(SALMO 132)Ierárdi
Ierardi, encontrei o recorte do Jornal "O Santuário de Aparecida" com o relato e as imagens do incidente com a imagem de Nossa Senhora Aparecida no tempo em que o Padre Izidro era reitor da Basílica de Aparecida. Esta edição é de 15 de maio de 1988, ou seja, dez anos após o ocorrido, mas acho que serve para suas ilustrações. São imagens fortes.
Abraços do amigo,Natanael

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Caro Natanael, boa páscoa! Como vc tinha nos prometido, agora vem a excelente matéria do Santuário de Aparecida em 1988 sobre o lamentável ocorrido com a imagem de Nossa Senhora dez anos antes! Vou encaminhar esse material ao pessoal em complemento às informações já veiculadas. Um detalhe, o Padre Maurício Brandolize mencionou desconhecer o fato do aborrecimento do então reitor Pe.Izidro que teria, por isso, solicitado o afastamento de Aparecida. Mas isso pode ser comprovado considerando, em primeiro lugar, conforme depoimento de nosso colega Alexandre Dumas, quando em 1951 o Pe.Izidro providenciou o reparo artístico da colação definitiva da cabeça ao corpo da imagem, que até então era mantida por precárias e constantes colagens, até por fitas adesivas. É evidente que aquele acurado trabalho de reparo, realizado com muita fé e devoção, após mais de duzentos anos, foi imediatamente sentido quando em 1978 houve o inesperado incidente. Por outro lado, em segundo lugar, sabemos que em 1979, o Pe.Izidro saíu da basílica, transferido para o Jardim Paulistano em São Paulo. O Moreli mencionou o livro sobre o assunto do incidente da imagem, que não tive a oportunidade de ler. Assim peço a ele que nos informe se esse fato está mostrado naquela publicação. Enfim, como usei anteriormente, vale-nos sempre o salmo 132: COMO É MARAVILHOSO ESTAR COM OS IRMÃOS!. Isso porque o interesse pelos fatos que, de alguma forma, estiveram presentes em nossas vidas, é hoje, para nós todos, a certeza de momentos de salutar memória e união! Um forte abraço! Ierárdi
Bom dia Ierardi! 
O livro trata extensamente sobre o assunto. O autor conversou pessoalmente com o Padre Izidro, ouvindo dele sua versão dos fatos. Não sei dizer se o autor foi fiel ou não ao que ouviu, a verdade é que me emocionei com a leitura, ainda mais pela admiração que sempre tive por essa figura tão especial que foi esse nosso professor, em um tempo tão encantador como o foi aquele vivenciado no Seminário Santo Afonso de Aparecida do Norte, nos idos de 60.Feliz e Santa Páscoa a você e aos seus.
Morelli e familiares
Obrigado, Morelli, pela pronta resposta.
A dúvida seria sobre o aborrecimento do Pe.Izidro em 1978, na ocasião do lamentável incidente....O livro menciona algo sobre isso?
Afinal seria mais um depoimento favorável à informação.
Uma boa Páscoa a você a a todos os seus!
Ierárdi 

Sim, Ierardi, fala do aborrecimento dele que deve tê-lo influenciado profundamente. Morelli

quinta-feira, 24 de março de 2016

ELES VIVERAM CONOSCO - BIANOR FERREIRA LIMA, ANTIGO SEMINARISTA

BIANOR FERREIRA LIMA, ANTIGO SEMINARISTA
+24 de MARÇO 2013
Faleceu em Goiânia, 24 DE MARÇO DE 2013, o promotor de Justiça aposentado Bianor Ferreira de Lima. Ele nasceu em Buriti Alegre /GO, em 13/04/1936. Foi seminarista redentorista, cursando a filosofia em Tietê/SP, entre 1956 e 1958. Graduado em Direito e Letras, atuou como advogado e professor. Na vida política, foi vereador em Goiânia (1963-1966), deputado estadual (suplente 1967-1971, assumindo temporariamente em 1967, mas teve seus direitos políticos cassados pelo AI-5). Foi superintendente-adjunto do Instituto de Desenvolvimento Urbano e Regional – INDUR (1983). Cursou a pós-graduação em processo civil pela Faculdade de Direito da USP. Fundador e professor no Colégio Cruzeiro do Sul, Goiânia; e professor no ensino superior em diversos estabelecimentos em São Paulo e em Goiânia. 
O corpo foi velado no cemitério Parque Memorial, e o sepultamento ocorreu em 25 de março, às 10h30.
Informação do FB Irmão Diego CSsR.

Queria ter tempo suficiente para falar do Bianor, ele foi meu colega por muitos anos no Colegião e Santo Afonso, considero-o um dos seminaristas mais inteligentes de meu tempo. Guardo uma imensa gratidão por seu gesto de solidariedade incondicional em um fato acontecido em nosso tempo quando fui injustamente punido por insubordinação e quase fui excluído do seminário, ele correu um grande risco e ficou de meu lado. Alexandre Dumas

Eu me lembro dele, que Deus o tenha. Quanto eu entrei no seminário ele era da sétima série. Abner

quarta-feira, 23 de março de 2016

ELES VIVERAM CONOSCO - Beato Pe. Metódio Domingos Trcka CSsR

Beato Pe. Metódio Domingos Trcka CSsR 
(+)23 DE MARÇO 1959
Nasceu a 6 de Julho de 1886 em Frýdlant nad Ostrava (actual República Checa). O mais novo dos sete filhos de Františka (Francesca) e Tomas Sterbova Tomás Trcka, foi baptizado no dia seguinte. Concluída a escola primária em Frýdlant, cursou primeiramente o ensino médio e depois no internato dos Redentoristas em Místek Cervenka. Orientando-se para a vida religiosa, em 1902 entrou para a Congregação do Santíssimo Redentor, pronunciando os votos religiosos em 25 de Agosto de 1904, após um ano de noviciado. Ele estudou teologia e foi ordenado sacerdote em Praga a 17 de Julho, de 1910, pelo Arcebispo Leo Skrbenský. Passou os primeiros anos de sacerdócio na pastoral das missões populares, residindo em Praga, no santuário mariano de Svatá Hora e Plzen. Durante a Primeira Guerra Mundial, não poupou forças no trato particular de refugiados croatas, eslovenos e russos, aos quais não somente administrou os sacramentos e ensinou o catecismo, mas também procurando fornecer-lhes auxílio nas necessidades.  Durante os seus anos no seminário tinha manifestado o desejo de trabalhar entre os cristãos de rito oriental, O que pode realizar em 1919, quando, pelo Superior Provincial dos Redentoristas de Praga, foi enviado para Lviv, para realizar o apostolado entre os fiéis greco-católicos. Na comunidade redentorista, especialmente com a ajuda do irmão Beato p. Nikola Čarneckyj, aprendeu a língua e os costumes da tradição local. Foi durante este período, que ele tomou o nome de Método. Em Dezembro de 1921 ele foi enviado para Stropkov no leste da Eslováquia, onde, com os irmãos fundaram a primeira comunidade redentorista latim e de rito bizantino. Tornou-se superior da comunidade, em 1924, desempenhou uma fervorosa actividade missionária nas três eparquias de Prešov, Uzhgorod e Križevci, proclamando a Palavra de Deus e fundou a Irmandade de “Mãe do Perpétuo Socorro e do Santo Rosário”. Em 1931, os Redentoristas greco-católicos transferiram-se para a nova casa em Michalovce. P. Metódio foi superior até Julho de 1932, quando, cansado do trabalho e da construção da casa religiosa, voltou para Stropkov, onde, para além do tratamento médico, se ocupou da pastoral na cidade e paróquias vizinhas. Voltou para Michalovce, em 1934, e em Março do ano seguinte, foi nomeado pela Congregação para as Igrejas Orientais, visitador apostólico das freiras basilianas em Presov e Uzhgorod. Reeleito superior em Julho de 1936, desempenhou esse papel até Abril de 1942. Sob sua liderança, a comunidade redentorista tornou-se o ponto de referência da vida espiritual em Zemplin. Ele terminou a construção da igreja, trabalhou para na fundação de um convento de freiras, tentou fundar uma nova casa redentorista para ser utilizada para exercícios espirituais, trabalhou na fundação de uma casa em Khust, na eparquia de Uzhgorod. Ele criou tudo isto sem esquecer as obras de apostolado. No entanto, apesar de já não fazer pregações, ele sempre teve uma grande atenção para com os mais pobres. Por isso mesmo, teve a ideia da fundação de uma associação de mulheres de serviço que se ocupassem das mais abandonadas no ponto de vista espiritual. Durante a Segunda Guerra Mundial, os Redentoristas sofreram numerosas dificuldades da parte do Estado eslovaco, que os suspeitava de intolerância e de propaganda contra o Estado. O Padre Metódio, o principal suspeito enquanto que superior, para o bem da comunidade achou por bem renunciar e ir para a Ucrânia, com três outros irmãos, mas não recebeu a autorização do Estado. Com o final da Segunda Guerra Mundial, melhoraram as relações com o Estado, de modo que os Redentoristas, em 21 de Dezembro de 1945, erigiram canonicamente a Vice-Província de Michalovce e em 23 de Março do ano seguinte, o Padre Metódio foi nomeado primeiro vice-provincial. Sob a sua liderança aos Redentoristas voltaram para Stropkov, onde construíram a igreja de S. Cirilo e Metódio, fundaram a casa de Sabinov, pregaram fecunda missões populares e deram vida a inúmeras publicações. Com o advento do regime comunista, porém, em um curto espaço de tempo, tudo foi encerrado. Em 1949, a Vice-Província foi abolida, e durante a noite de 13 de Abril de 1950, todos os homens foram levados para campos de concentração. O Padre Metódio, que na época estava em Sabinov, Podolínec foi transferido para Podolínec e daqui várias vezes levado ao famoso “Mlyn de Leopoldov”. Os depoimentos de outros presos afirmam que para proteger os irmãos ele assumiu toda a culpa e responsabilidade, suportando as torturas calmamente. Durante o processo, a 12 de Abril de 1952, foi acusado de colaboração com o bispo Gojdič, porque divulgava as cartas pastorais e dava informações aos seus superiores de Praga e, através deles a Roma. Este procedimento foi considerado como alta traição e espionagem contra o Estado. Com esses argumentos e com uma falsa história de tentar escapar para o exterior, o Padre Metódio foi condenado a 12 anos de prisão. Viveu os últimos anos nas prisões de Ilava e Mirove Leopoldov. Apesar da doença, devido à idade e às duras condições de vida, o seu espírito permaneceu forte, esperando sempre em Deus e no cumprimento da sua vontade. Quando tinha a possibilidade, ele não só rezava, mas também celebrava a sagrada liturgia. Diversas vezes pediu a amnistia para ele mesmo e sua família, mas sempre recebeu uma resposta negativa, porque foi considerado perigoso e fanático porque ele se mantinha firme nas suas convicções religiosas. Em Abril de 1958, ele foi transferido para a prisão de Leopoldov, considerada uma das prisões mais duras. Durante a época natalícia, enquanto cantava uma canção religiosa a qual foi ouvida pelo guarda, foi transferido e encerrado na “célula de correcção”, onde, por causa das dificuldades e do lugar duro e insalubre, ficou doente com pneumonia. Um companheiro de prisão, que era médico, pediu aos responsáveis da prisão que o Padre Metódio fosse levado para o hospital, mas só conseguiu apenas que fosse transferido para uma cela de isolamento, coisa que não trouxe qualquer melhoria à saúde deste que já estava bastante comprometida. Voltou, após um tempo para a sua cela, e ali morreu às 9 horas do dia 23 de Março de 1959, perdoando àqueles que o tinham preso. Enterrado no cemitério da prisão em 1969, com a restauração da Igreja greco-católica, os Redentoristas conseguiram transferir o seu corpo para Michalovce, onde agora descansa na igreja redentorista do “Espírito Santo”. Afonso Rocha (traduzido do italiano)

domingo, 20 de março de 2016

ELES NOS PRECEDERAM - PE. VICENTE GRILHISL CSsR

PE. VICENTE GRILHISL CSsR
+20 de MARÇO 1930 
Como Religioso um modelo, e como missionário um apóstolo, embora, humanamente falando, pouco dotado — esse foi o nosso Pe. Vicente Grilhisl. Nasceu a 31 de dezembro de 1872, perto de Linz na (Áustria). Ainda garoto começou a aprender com seu pai o ofício de alfaiate; e, anos mais tarde foi-lhe proposto um ótimo casamento, o que ele recusou, porque já tinha seus planos de ingressar na vida religiosa. Isto não lhe foi difícil, pois seu Irmão João Nepomuceno, que já estava na C.Ss.R. encarregou-se de lhe conseguir a desejada licença. Noviço redentorista leigo em 1892, recebeu nome de Irmão Floriano, e, após a Profissão, continuou em Gars, como alfaiate da comunidade. Em 1894, ao saber da missão que os nossos projetavam iniciar no Brasil, pediu para vir logo com a primeira turma; e aqui chegando, foi adscrito à primeira comunidade de Campinas (Goiás). Numa fundação daquelas, onde tudo faltava, Irmão Floriano, com a maior boa vontade, quis ser tudo para todos. Um dos problemas da casa era a falta de um cozinheiro. E o Irmão logo se prontificou a exercer esse cargo, do qual nada entendia. Resultado: o primeiro almoço que aprontou foi um absoluto desastre e o improvisado cozinheiro teve de ser imediatamente deposto... Mas esses fracassos não desanimavam o Irmão, nem lhe diminuam a disposição para qualquer trabalho. Muitas vezes era ele quem lavava as roupas da comunidade. E fora de casa, era quem fazia as compras, e resolvia todos os assuntos, por ter aprendido o português mais depressa que seus confrades. Impressionado com a falta de sacerdotes em Goiás, começou a alimentar um sonho que, anos mais tarde, seria realidade. Manifestou aos Superiores o desejo de ser ordenado para trabalhar como Missionário. Conhecedores do seu bom espírito, os superiores concordaram. Ir. Floriano começou logo a estudar o latim; graças a sua vontade férrea, em pouco tempo já estava entendendo o que lia nos manuais de Filosofia e Teologia. Fez um segundo noviciado, como corista, professando em 1899. E a 27 de abril de 1900 foi ordenado sacerdote. Trabalhou em Aparecida até 1904, ano em que fez o noviciado para as Missões, partindo logo para Goiás. Aí trabalhou até 1909, voltando então para Aparecida. Mas seu campo predileto de trabalho era Goiás, e para lá regressou em 1912. Após quase vinte anos, já cansado e com a saúde abalada, veio em 1921 para a Penha. Mas ali ele também não soube medir suas forças; como antes, ele estava em todas: Missões, retiros, trabalhos nas igrejas ou nas paróquias vizinhas. Em 1924 foi transferido para Araraquara, afim de se cuidar um pouco. Mas já era tarde. Mesmo viajando para a Europa em 1926 não conseguiu melhorar sua saúde que já começava a falhar. Incorrigível, porém, no seu zelo, continuou pregando as missões e retiros, tríduos e novenas por toda a parte. Muito procurado como confessor, passava horas na igreja, atendendo no confessionário. Pe. Vicente reconheceu o pouco estudo que fizera, e a reduzida cultura que possuía. Mas sobravam-lhe dedicação e esforço. Vivia copiando conferências e sermões, tanto de confrades como de estranhos. Decorava tudo com perfeição; e ao falar, sabia fazê- lo com tanta naturalidade, que ninguém suspeitava que estivesse falando o que havia decorado. Não era orador; mas tinha lá suas originalidades que, nele, eram verdadeiros recursos oratórios. Aparentava cansaço, tossia, falava mansinho, para explodir de repente em exclamações de grande efeito. Tinha um dom especial para comunicar-se com seu auditório; e era dono de uma voz invejável, que, com o tempo, as contínuas pregações acabaram arruinando. Seu campo de trabalho, por excelência, foi sempre Goiás, que, durante anos, ele percorreu em todas as direções. Dotado de invejável memória, conhecia todos os caminhos, atalhos, rios, pontes e fazendas. Sentia-se feliz e realizado em meio do povo simples e abandonado; por isso, o bispo D. Prudêncio o escolheu como companheiro inseparável em suas viagens apostólicas. Em Araraquara (1930) indo de carro sacramentar um doente, sofreu um desastre que lhe afetou gravemente a espinha. Surgiram logo outras complicações, principalmente nos rins. E o velho missionário teve de viver ainda meses de um verdadeiro martírio. Faleceu aos 20 de março de 1930, querido e invocado como um santo por aqueles que o haviam conhecido.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR
http://tavolaseminarios.blogspot.com.br/

MORRER PARA VIVER

Pe. Flávio Cavalca de Castro, 
redentorista
A Semana Santa é oportunidade para relembrar e meditar as últimas horas de Jesus. Devemos concentrar-nos principalmente na sua atitude de entrega total nas mãos do Pai. “Aquele que quiser salvar a sua vida, irá perdê-la; mas aquele que sacrificar sua vida por minha causa, recobrá-la-á” (Mt 16, 25). O caminho para a vida e a felicidade é a nossa entrega total ao Pai, colocando-o em primeiro lugar, fazendo da obediência a ele nosso supremo objetivo. Foi essa a atitude de Jesus durante toda a sua vida, foi o que viveu até seu último instante na cruz: “Gritando com voz forte, Jesus disse: 
‒ Pai, em vossas mãos entrego meu espírito. Dizendo isto, expirou” Lc 23,46). Em nossas meditações sobre o sofrimento e a morte de Jesus, mais do que sentimentos vamos aprofundar nossa atitude de entrega completa e confiante nas mãos de Deus, colocando-o em primeiro lugar em nossa vida.

sexta-feira, 18 de março de 2016

ELES VIVERAM CONOSCO - PADRE JEFERSON DOS SANTOS LEITE CSsR

PADRE JEFERSON DOS SANTOS LEITE CSsR
+18 de MARÇO 2013
Aos Confrades Redentoristas, Amigos e Familiares, É com tristeza que nós, redentoristas da Bahia, informamos o falecimento de um dos nossos confrades, o Pe. Jeferson dos Santos Leite. Jeferson tinha apenas 32 anos e foi ordenado em 2012, em sua cidade natal, Ecoporanga, Espírito Santo. Ainda não tinha um ano de padre. Menino bom e querido por todos, de origem humilde e família religiosa, nascido em uma comunidade rural do seu município. No início de 2013 foi destinado a trabalhar na Pastoral Vocacional da nossa Vice-província. Saiu de Salvador, dia 17/03/13, para visitar vocacionados, na companhia de um seminarista. Por volta das seis horas da manhã, capotou o carro na saída de Salvador. Era ele quem conduzia o veículo. O seminarista nada sofreu. Ele foi conduzido ao Pronto Socorro e constatou-se fratura em um braço e pancada na cabeça. Estava consciente e conversou com nosso vice-provincial, Pe. João Batista. Fomos pegos de surpresa, com a notícia de sua morte, em decorrência de um ataque cardíaco. Certos de contar com a vossa solidariedade, pedimos orações, sobretudo para sua família que está muito sofrida. Fraternalmente, Pe. Rosivaldo Motta, CSsR pela Vice-província da Bahia.

sábado, 12 de março de 2016

PEQUENOS COTOLENGOS

PEQUENO COTOLENGO
Das muitas belezas de Cotia, uma em especial tem me chamado atenção nos últimos tempos! Trata-se do Pequeno Cotolengo de Cotia! Uma obra de caridade fantástica e que é tão pouco conhecida e ajudada por nossa cidade, seja no aspecto político, seja no aspecto da sociedade.
O Pequeno Cotolengo é uma entidade filantrópica ligada a Congregação Católica de São Luiz Orione. Esta em Cotia desde 1964, fazendo no ano que vem, portanto, 50 anos de caminhada! E que bela caminhada!
O Cotolengo, ou Orionópolis, como é também conhecido, acolhe crianças com deficiência física e;/ou mental leve, que sejam carentes ou não tenham famílias.
No Cotolengo, recebem apoio como moradia e assistência para que a dignidade seja garantida! São acolhidos em forma de internato ou semi-internato e são mantidas basicamente com doações e serviços de voluntários!
Vale a visita! Vale ver como é feito na pratica o que chamamos de amor ao próximo!
Todo terceiro domingo de cada mês, é realizado um almoço/churrasco, que vale participar. Os convites são vendidos a R$ 25,00 cada.
Estão agora fazendo também uma campanha para doação de fraudas geriátricas!
Se você quer ajudar, eis aqui uma bela oportunidade!   (2014)


PEQUENO COTOLENGO PAULISTA

Rodovia Raposo Tavares km 25,5
Granja Viana - CP  12
CEP 06700-970
COTIA-SP
Fone: (11) 4612-2662
SITE OFICIAL http://cotolengosp.org.br/

Pequenos Cotolengos 

A origem do nome “Pequeno Cotolengo” remonta ao ano de 1830, quando o Padre José Benedito Cotolengo fundou “La Piccola Casa” (A Pequena Casa), uma instituição para pobres doentes em Turim, na Itália. A obra multiplicou-se pelas mãos de São Luis Orione, fundador da Pequena Obra da Divina Providência, sendo levada para diversos países, dentre os quais o Brasil.
Hoje, o Pequeno Cotolengo é uma instituição reconhecida e premiada pela excelência do trabalho que presta à pessoas especiais abandonadas pela família ou em situação de pobreza extrema. Há diversos Pequenos Cotolengos no Brasil. Os religiosos orionitas não medem esforços para fazer dos Pequenos Cotolengos uma obra não só de caridade, mas principalmente evangelizadora.
São Luís Orione afirmava que o Pequeno Cotolengo fosse um grande púlpito de evangelização, um holofote e espalhar luz e luz de Deus para todos os lados.
Os Pequenos Cotolengos são, sem dúvida, a obra de caridade mais característica dos religiosos orionitas. É nossa marca registrada. Nos Pequenos Cotolengos o carisma orionita encontra sua máxima expressão, pois acolhemos os mais pobres entre os pobres, pois no "mais miserável dos homens brilha a imagem de Deus.
Conheça os Pequenos Cotolegos brasileiros
 
PEQUENO COTOLENGO PARANAENSE

Rua José Gonçalves Júnior, 140
Campo Comprido
CEP 81220-210
CURITIBA-PR
Fone: (41) 3314-1900
SITE OFICIAL- http://cotolengosp.org.br/



 
PEQUENO COTOLENGO CATARINENSE (ORIONÓPOLIS)

Rua Frederico Afonso, 5568
Ponta de Baixo
CEP: 88104-000
SÃO JOSÉ-SC
Fone: (48) 3247-1596
SITE OFICIAL-http://cotolengosp.org.br/



PEQUENO COTOLENGO SUL-MATOGROSSENSE

Rua Jamil Basmage, 996
Mata do Jacinto
CEP: 79033-480
CAMPO GRANDE-MS
Fone: (67) 3358-4848
SITE OFICIAL http://cotolengosp.org.br/



PEQUENO COTOLENGO CEARENSE
Travessa Padre José Maria Moura, 284
Arianópolis
CEP: 61656-160
CAUCAIA-CE
Fone: (85) 3475-2959
SITE OFICIAL-http://cotolengosp.org.br/