quarta-feira, 30 de junho de 2021

ELES VIVERAM CONOSCO - Pe. José Nery Teixeira Marcuzzo CSsR

Pe. José Nery Teixeira Marcuzzo CSsR

Nascido aos 22 de janeiro de 1925 em Arroio Grande – Santa Maria/RS

- 17/02/1940: ingressou no Seminário Redentorista do Menino Jesus em Carazinho;

- 1942: mudou-se para o Seminário Santo Afonso – Aparecida do Norte/SP;

- 1946: noviciado em Pindamonhagaba;

- 1948: estudos superiores no Seminário Santa Teresinha – Tietê/SP

- 27/02/1952: ordenação sacerdotal em Tietê/SP

- 1953 a 1958: professor no Seminário Santo Afonso - Aparecida do Norte/SP;

- 1959: professor no Seminário Menino Jesus – Passo Fundo/RS;

- 1964 a 1969: missionário nos Estados do RS, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Goiás;

- 04/07/1969: assumiu a Paróquia de São Jorge – Rio Grande/RS, onde permaneceu até 10/ 12/1989.

Em Rio Grande passou a ser padre diocesano.

Fundou as comunidades de São José (Bairro Santa Rosa), São João (Bairro São João), N. Sra. Aparecida (Vila Maria) e São Geraldo(Bairro Humaitá).
Reconstruiu e aumentou o patrimônio da Paróquia São Jorge e permaneceu 20 anos como pároco.
Atendeu como vigário paroquial na comunidade Coração de Maria.
Foi cura da Catedral de São Pedro.
Foi o primeiro presidente da CÁRITAS, na cidade do Rio Grande.
Deu atendimento ao Movimento de Cursilho de Cristandade.
Foi professor nas escolas: Liceu Salesiano Leão XIII, Colégio São Francisco e Escola Cônego Luiz de Carvalho.
Atualmente é Assessor Espiritual do Movimento Familiar Cristão e do Seminário Santo Cura D’Ars e vigário paroquial da Paróquia São José Operário, atendendo a Comunidade N. Sra. das Graças.
Enquanto este blog está sendo criado o Pe. José Nery está, temporariamente, afastado por motivo de enfermidade.(abril-2012)

Pe. José Neri Marcuzzo foi redentorista da nossa Província, passou para a diocese de Rio Grande - RS e quando estava muito mal de saúde, dois anos atrás(2014), mandou pedido ao Provincial para voltar  ser redentorista e fez os votos novamente. Faleceu em seguida, como redentorista, mas está sepultado na diocese, onde trabalhou por mais de 40 anos. Tem um histórico da vida dele, incompleto, na internet.Abraço.
Pe. Vitor Edézio Tittoni Borges
Provincial Redentorista de Porto Alegre 
Nota: Até o presente momento, desconheço a data do passamento do Pe.Nery. Assim, estou neste dia 30 de junho publicando lembrança de sua vida, considerando que ELE CONVIVEU CONOSCO! 
Por ora, agradeço também ao Padre Inácio Medeiros, da Secretaria Provincial Redentorista de São Paulo que me trouxe notícias pelo Pe.Edézio, a quem também segue meu agradecimento, bem como outras que complementam esta pequena biografia do Pe.Nery

terça-feira, 29 de junho de 2021

CRÔNICAS DE UM FORMADOR - 12 - FIM

12. Mestre de noviços 
Em 1970, Pe. Carlos da Silva é nomeado Diretor Geral do SRSA. 
Pe. Negri continua como Diretor Auxiliar. 
Nos fins de 1970, o governo provincial resolve exigir o noviciado para os seminaristas filósofos que tinham feito os “compromissos religiosos”. 
Entre outros assuntos, foram muito discutidos neste fim de ano o lugar do noviciado e o mestre dos noviços. Do “empurra empurra”, este “serve não serve”, aquele não quer, a “batata quente” cai nas mãos do Pe. Negri. 
Ele é nomeado Mestre dos noviços. 
O lugar escolhido é o SRSA, na clausura reservada aos padres. 
Pe. Negri põe condições: 
1ª) Padres para a formação, especialmente o Pe. Víctor Hugo Silveira Lapenta; 
2ª) Trabalhos apostólicos no fim de semana na Pedrinha (tarde de sábado e Domingo até a noite); 
3ª) Disciplina mais de acordo com os tempos do pós-Vaticano II e a situação de concluíntes da filosofia, dos noviços. 
Eles são 9. 
Vêm nervosos, cansados por causa dos estudos e do “jogo de empurra”. Aos poucos, porém, vão se acalmando. 
Durante o noviciado saem três. 
Seis fazem a profissão religiosa em janeiro de 1971: 
1) Maurício Brandolise. 
2) Dionísio Zanumer. 
3) Luiz Escudeler. 
4) Vanir Ramos Barbosa. 
5) Antônio Biason Gomes. 
6) Francisco Machado Salgado. 
Em dezembro de l971, o Pe. José Rodrigues de Souza veio conversar comigo para me convidar para ir para Goiás. Parto para Goiânia. Quando acordo, já em Goiás, vejo uma placa na BR 153: “Aparecida de Goiânia”. Tenho um sobressalto. Deixei Aparecida cheio de saudades e chego novamente a Aparecida. Ela me acompanha. É o manto da mãe que não me deixa.
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segunda-feira, 28 de junho de 2021

CRÔNICAS DE UM FORMADOR -11

11. Uma quase - tragédia 
A 01/03/69, o seminarista Pedro dos Santos, cronista e apelidado de “Pierre”, escreveu uma crônica estranha, misteriosa! Será que ele estava pressentindo algum evento doloroso? Leia o que ele escreveu: “Gritos de angústia perdidos na noite. Um vulto surge na pequena claridade e some na penumbra. Mais uma vez, surge a noite com suas sombras, seus mistérios, deixando pontos de interrogação em tudo, principalmente neste fato. Isto ocorreu nesta madrugada. Muitos do grupo A (maiores) fomos despertados por gritos desesperados. Corremos à sacadinha e somente depois de alguns minutos notamos um vulto passando pelo nosso campo de futebol em direção ao fundo, onde desapareceu. A grande dúvida continua. Que terá acontecido? Esperemos.” A sacadinha é aquela que dá para a tamareira. Dali se enxerga o campo de futebol à direita. A 23/05/69 ele anota: “Hoje, de madrugada, aconteceu um trágico acidente com o nosso colega Brunio, da quarta série ginasial. Por ser um caso um pouco delicado, não vou fazer a crônica de própria autoria. Aguardarei o relatório que está sendo preparado pelo Pe. Negri, sobre o caso. Logo esteja pronto, transmiti-lo-ei “ipsis verbis”. A 04/08/69, o mesmo cronista escrevia: “Pe. Negri participa do processo do Brunio. O promotor já enviou todo o processo para dois médicos. Estamos procurando assim resolver tudo em silêncio, evitando a propaganda. Já falei algumas vezes sobre processos, relatórios e não expliquei todo o fato que envolve tais nomes, tal como eu houvera prometido no dia do acidente, 23/05/69.

domingo, 27 de junho de 2021

CRÔNICAS DE UM FORMADOR - 10.2

A 29/09/67, é celebrada pelo Pe. Negri a primeira Missa em português à tarde. Até esta data, as Missas eram celebradas só na parte de manhã, até ao meio dia. Mesmo quando a Missa começava ao meio dia, era necessário guardar jejum, embora ele já estivesse em parte mitigado. Não havia também concelebração. Muitas vezes acontecia que 12 padres celebravam ao mesmo tempo nos 12 altares laterais, sem contar os altares do térreo. Cada um tinha seu coroinha. Celebrava de costas para o povo e em latim. 
A 20/10/67, fica estabelecido que termina o “brinquedo obrigatório” após o café da manhã. Não é mais obrigatório também o jogo chamado “General”, que logo cai no esquecimento. 
A 12/11/67, fica certo que o colegial (segundo grau) fica em Aparecida. Bomba! 
Os exames são perdoados! 
Motivos: 
1) Eleição do Pe. Geral, Tarcísio A. Amaral; 
2) Paulo VI entregara a Rosa de Ouro para Nossa Senhora Aparecida; 
3) Ex-aluno do SRSA, Dom Juvenal Roriz fora nomeado Bispo de Rubiataba-GO. 
4) Estávamos no Ano Jubilar da Redenção. 
0/02/68. As Irmãs Franciscanas se despedem do SRSA e da direção da cozinha e lavanderia. 
17/02/68. Volta a ser professor de inglês do SRSA o Pe. Eduardo Moriarty, Redentorista de Campo Grande-MT. Ele tinha sido professor já nos idos de 54. É o co-fundador das Irmãs Mensageiras do Amor Divino, junto com a Ir. Felicidade Braga. 
A 13/08/68 recebemos a honrosa visita do Pe. Tarcísio Ariovaldo Amaral, Superior Geral da Congregação. Houve Missa Concelebrada, presidida pelo Superior Maior. Entre os concelebrantes numerosos, contamos também com o Pe. Vítor Coelho de Almeida. 
A 03/10/68, o SRSA completa 70 anos de existência. Entre os eventos dos festejos, tivemos uma palestra do ex-provincial Pe. Geraldo Pires do Souza. 
A 09/11/68 tivemos a alegria de ouvir o Pe. Vítor Coelho de Almeida que veio falar aos seminaristas sobre a oração. 
O cronista Elberto Mário de Melo anotou o seguinte: 
“Pe. Vítor falou muito bem, principalmente porque vivia o que falava e vive o que fala, sendo um homem de oração. Observamos no Pe. Coelho uma grande espiritualidade. Podia falar como falou, ex abundantia cordis, porque tinha o que dar-nos”. 
A 17/11/68 tivemos uma grande “ultreya”, isto é, uma assembléia jubilosa de cursilhistas (2000) presidida por Dom Agnelo Rossi, Cardeal Arcebispo de São Paulo.
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sábado, 26 de junho de 2021

CRÔNICAS DE UM FORMADOR - 10.1

10. Fim da Pedrinha 
O Pré-Seminário Santo Afonso, da Pedrinha foi extinto dia 01/08/66. 
Todos os seminaristas do pré-seminário vieram para Aparecida. 
Em 1967 eu destaco os novos professores: Pe. Marino Plentz, Pe. Lauro Masserani, Profª Terezinha Rocha Morais e o Prof. José Lopes Vieira, ex-seminarista. 
A 12/02/67, alguns seminaristas passam a dar aulas em particular para ajudar outros seminaristas mais fracos em algumas matérias. 
A 13/02/67, a conferência dos professores reflete sobre a possibilidade dos estudos do colegial no Colégio La Salle, ou a sua transferência para Sacramento, ficando em Aparecida apenas o ginasial. 
A 01/03/67, são introduzidas diversas modificações na disciplina da casa. Por exemplo: 
a) Orações em português, ou na língua estudada, antes das aulas; 
b) O “Omnia ex amore Iesu et Mariae” passa a ser recitado só no início dos horários de estudo e não mais, a cada 15 minutos; 
c) Ao sair de casa, o juvenista diz: “A bênção, Sr. Padre”, e não mais: “Benedicite, pater”. 
Não carece mais de se ajoelhar para pedir a bênção. 
A partir de março de 67 é formado o conselho provincial de estudos: Pe. Víctor Hugo Silveira Lapenta, Pe. Francisco Vieira da Costa e Pe. Flávio Cavalca de Castro. 
De 8 a 16/03/67 há uma reunião da Comunidade do SRSA para dar sugestões sobre as reformas das Constituições da CSSR. Pensa-se sobre a reforma e a atualização da Congregação Mariana, sob a orientação do Pe. Gherard Rodolfo Anderer. 
A 12/04/67, vem nos visitar o escritor, contista e matemático afamado, Malba Taham. 
Pe. Silvério Negri, influenciado pelos padres Noé Sotillo e Leodônio Marques, faz o Cursilho de Cristandade na Penha-SP. Fica entusiasmado com esse movimento. Resolve trazê-lo para Aparecida. Encontra apoio em diversos padres missionários redentoristas e também de leigos, como os prof Manoel Gomes de Morais e Terezinha Gomes de Morais, do Pe. Pedro Fré (Pároco) e da Madre Felicidade Braga, fundadora das Mensageiras do Amor Divino. Depois, sucessivamente, até 1970, o cursilho é levado para Lorena-SP e Resende-RJ pelo secretariado de Aparecida. Para começar foi preciso fazer um curso de 4 meses, uma vez por semana, em Mogi das Cruzes. Saíamos às 18 hs e chagávamos à casa a uma da madrugada. 
A 05/05/67, há uma reunião para debater se o terceiro colegial vai ou não para o noviciado em 68. Irá diretamente para a filosofia? 
No mesmo dia 05/05/67, houve reunião da CNBB no Colegião, onde hoje é a Casa de Nossa Senhora. 
No dia 10/05/67, aproveitando a sua presença, Dom Helder Câmara é convidado pelo diretor do SRSA para falar aos estudantes da cidade de Aparecida e para os seminaristas maiores de 16 anos. Dom Helder sempre foi perseguido pelo governo militar. Mas tinham medo dele, porque a sua influência era muito grande dentro e fora do País. 
A 12/05/67, vários seminaristas participam de um curso de catequese para ajudar no apostolado fora do seminário. 
A 06/07/67, a conferência dos professores aprova: 
a) Férias com a família no mês de julho; 
b) Os juvenistas podem fazer apostolado fora do seminário, sem prejuízo do estudo e da formação religiosa; 
c) É introduzida a matéria de filosofia no colegial; 
d) É possível o trabalho dos seminaristas fora do seminário.
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sexta-feira, 25 de junho de 2021

CRÔNICAS DE UM FORMADOR - 9.3

No primeiro semestre de 1966, num dia à noite, fui ao quarto do Pe. José Rodrigues de Souza (diretor espiritual) para dialogar assuntos referentes à direção do seminário, e, especificamente, sobre a direção espiritual. Conversamos bastante. Mas saí dessa conversa muito apreensivo, pois ele me pintou um quadro bastante negativo, devido ao meu modo de agir na direção do seminário. Nos dias seguintes, ao conversar com diversos padres professores eles me confortaram e me apoiaram para que fosse adiante e continuasse na tarefa de desvincular cada vez mais os encargos da direção espiritual e os assuntos de disciplina. Pe. José Rodrigues de Souza foi o fundador do periódico “A Cartinha”, com o apoio e incentivo do Pe. José Ribolla, em 1954. Foi um excelente professor de Português, grande amigo do gramático Napoleão Mendes de Almeida. Durante vários anos foi um baluarte como diretor espiritual, especialmente de 62 a 65, formando uma dupla muito firme na direção do seminário junto com o Pe. José Oscar Brandão. Mas, já nos fins de 65 eu percebia que ele não estava muito satisfeito com o meu jeito. Eu estava dando uma força para a conferência dos professores que contava com elementos muito experientes, como o Pe. Carlos da Silva e o Pe. Víctor Hugo Silveira Lapenta. Nas férias de 1966, a 19 de junho, depois de 14 anos no SRSA, Pe. José Rodrigues de Souza pediu para se afastar da formação. Pe. José Ribolla nomeou como diretor espiritual o Pe. Rodolfo Gherard Anderer.
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ELES VIVERAM CONOSCO - JOÃO GEIGER - ANTIGO SEMINARISTA

*26 de Dezembro de 1935
+25 de Junho de 2020
Comunico aqui que, João Geiger partiu em 25/06/2020! Muita gratidão aos amigos que aqui estão! Ele prezava muito a amizade e a alegria! Sua memória permanecerá sempre em todos nós!!
De seus filhos, Susana, Renato,Ester 
e sua esposa Neolza! 
João Geiger nasceu em 26/12/1935, filho de Francisca e Paulo, húngaros descendentes de alemães. Morava em São Paulo, capital. Iniciou seus estudos aos 12 anos no seminário Redentorista de Aparecida, lá permanecendo até os 17 anos sempre conservando a fé e a devoção à N. Senhora. 
"O João e eu nos conhecemos na igreja N.S. da Penha, ele era Congregado Mariano e eu Filha de Maria. Depois de algum tempo passamos para Legião de Maria que estava se iniciando naquela época. Começamos a namorar e após algum tempo, como ele demonstrava uma postura piedosa, um dos padres o convidou para voltar ao seminário para 'testar a sua vocação'! Ele aceitou (na época estava com cerca de 23 anos). Ficou lá apenas 01 mês, voltou e resolvemos ficar noivos, casando em 27/05/1961, na Igreja N.S. da Penha. Tivemos 03 filhos e 04 netos." 
Trabalhou em algumas empresas entre as quais a Olivetti do Brasil, onde se aposentou! 
Atuou no Mov. Familiar Cristão com os casais; deu aulas de Crisma; ministrou curso de noivos; foi Ministro da Palavra e Eucaristia e trabalhou na Curia em São Miguel Paulista, São Paulo, na gestão de D. Fernando Legal. 
Cursou Teologia no Instituto de Teologia de São Miguel Paulista, com duração de 02 anos.
Em casa ele sempre foi aquele que consertava tudo. Cultivava horta, adorava plantar, gostava de animais! Fazia artesanato (porta-chaves, porta-bíblia, etc), sempre com muito capricho, que adorava presentear! Gostava de escrever poemas para os filhos, netos e amigos! Prezava muito as amizades, era muito alegre e adorava conversar pelo telefone e pelo computador no facebook! Assistia à missa na TV Aparecida diariamente! Sempre lembrava do tempo do seminário com saudades! Tinha problemas pulmonares crônicos que com o tempo foram se agravando. 
Foi hospitalizado e veio a falecer em 25/06/2020 aos 84 anos. 
Deixará saudades sempre!
Esposa: Neolza Tiziano Geiger
Tenho ótimas lembranças de sua atenção e parceria na Comunidade N.S.Aparecida em Vila Granada, com Padre Alfieri, Padre Chico e Padre Ticão. Deus abençoe sua alma e conforte família e amigos.Osvaldo Valente Filho
Meu Deus, que notícia triste ! Era meu especial amigo, convivemos no seminário, tem uma história bonita em sua passagem por lá. Contou-me que, após alguns anos de sua saída, pediu autorização para voltar e tentar reencontrar sua vocação. Não deu certo, mas nunca se desligou de seu passado, perseverou no seu amor pela congregação redentorista. Recentemente, estivemos em Aparecida para rever nossos amigos comuns, Gervásio, Camilo, Clayton e outros, demos muita risada, ele se sentia em casa. Ele está fazendo festa no céu e cantando o Dulcíssima Esperança, reencontrou finalmente sua turma, garanto que vai pedir para tentar mais uma vez. Descanse em paz, meu querido e sempre amigo, algum dia nós nos veremos novamente. Alexandre Dumas
Olha aí, gente, o Gervásio, Viana, eu, o Geiger e sua filha no refeitório do Convento da basílica. Foi a última que nós nos vimos. Geiger, meu colega de seminário, morreu, faz quatro dias, uma perda irreparável.Alexandre Dumas Pasin de Menezes 
Obrigada pela lembrança Ierardi. Era muito bom conversar com ele. Vai fazer muita falta pela sua alegria.Acho que o sorriso era a marca registrada dele. Em todas as fotos ele está rindo!!!!Diva Maria Hernandes
Vejam só o Gervásio , o Viana e o Geiger, os três da mesma turma, eu era um ano abaixo, foi uma festa de recordações, cantei o Salve Regina, rezei a Ave Maria em grego, vieram outros irmãos. Na saída, o Geiger comentou que eu fui importante na festa, retruquei que ele promoveu a festa.Alexandre Dumas Pasin de Menezes

quinta-feira, 24 de junho de 2021

CRÔNICAS DE UM FORMADOR - 9.2

Pe. José Ribolla, provincial, autoriza férias na casa dos pais para todos, com prazo de 30 dias. Aprova também o tom normal nas orações. É abolido o “reto tono”. São sinais significativos de uma transformação progressiva, lenta e segura na disciplina. Vai-se fazendo uma abertura para se confiar mais no sujeito principal da educação que é o próprio juvenista. As mudanças litúrgicas vêm em boa hora. São provocadas em grande parte pela publicação, a 04/12/63, por Paulo VI, da Constituição “Sacrossanctum Concilium” sobre a liturgia,um dos 4 documentos básicos do Concílio Vaticano II. Pe. Oscar Brandão ficou no SRSA até 27/01/65. Nesse dia ele me apresentou aos seminaristas como novo diretor. A 27/01/65, fizemos uma despedida carinhosa para ele. Pe. Arlindo Santiago Amparado foi nomeado Reitor e Ecônomo. Foram nomeados Vice-Diretores os padres: Ítalo Zômpero para os médios e Pe. Augusto Pasquoto para os menores. Vieram ainda para fazer parte do corpo de professores, integrando-se aos demais que já estavam no Seminário, os padres Roberto Escudeiro, Geraldo Correia Barbosa, Frater Romeu Henkes, Emanuel Gomes Morais, Francisco Castilho Chagas, Geraldo Braga, José Dutra, Sebastião Osvaldo Aranha e Sargento João Mahas Júnior. Neste início de 65 os juvenistas são 214. É claro, sem contar os do pré-seminário que é uma comunidade autônoma já faz 3 anos. A partir de 12/02/65, das 17 às 18:30 hs, os seminaristas podem entrar livremente para a clausura a fim de se confessar ou de conversar com os padres professores sobre algum problema nos estudos. Consegui que a conferência dos professores aceitasse introduzir no currículo dos estudos a “Doutrina Social da Igreja”, tendo como texto base o manual chamado Uma Escola Social, de dois padres jesuítas. Frater Romeu Henkes assume a direção da banda de música do SRSA, no lugar do competente Pe. Délcio Viesse. Ele consegue trazer o Prof. Expedito Machado para fazer uma vistoria nos instrumentos musicais e iniciar alguns ensaios com novos componentes da corporação musical. As festinhas missionárias continuam com muito incentivo. Semanalmente são feitas em separado, com críticas positivas e negativas. Os maiores se reúnem no auditório; os médios, no barracão; os menores, no refeitório. Uma vez por mês todos se reúnem no auditório ou salão de atos. Aos poucos, vai-se deslocando o eixo central e forte de direção do seminário das mãos do diretor e diretor espiritual para o diretor, vice-diretores e conferência dos professores. Com essa prática pedagógica, o diretor espiritual passa a ter menos presença nas orientações e decisões disciplinares. Começo a experimentar uma séria angústia: o regulamento do SRSA já não serve mais ao pé da letra, em vista das mudanças trazidas pelo Vaticano II e pelo decreto Perfectae Charitatis de 18/10/65, sobre a atualização da vida religiosa. Vamos partindo para aberturas para a família, para o mundo. Vêm sérios questionamentos sobre o noviciado colocado logo após o colegial, sobre a separação entre o ginásio (primeiro grau) e colegial (segundo grau). Mas, os percalços vão sendo vencidos, porque a equipe de formadores (vice-diretores e conferência dos professores) é boa e se prepara cada vez melhor. Basta saber que no período de 65 a 70 fazem cursos de reciclagem, de aprofundamento nos estudos e de complementação na filosofia os seguintes padres: Víctor Hugo Lapenta, Carlos da Silva, Lauro Masserani, Alberto e Augusto Pasquoto, Afonso João Matje, Pe. João Rezende Costa, Pe. Ubenay.
Artigo interessante, mudanças necessárias, leigos introduzidos no corpo docente, dois ex-seminaristas, o Dutra e o Aranha. Três dos padres citados abandonaram o ministério, Geraldo Correia, Augusto Pasquotto e Ubenay. Os cinco foram meus contemporâneos. Conheci também e convivi com os leigos Emanoel Morais, Geraldo Braga e Francisco Chagas. Os outros, Alberto Pasquotto, Zômpero, Matye, Masserani e João Resende, todos igualmente contemporâneos. Se eu tivesse perseverado, com certeza vocês leriam :- " Estava me esquecendo do Dumas, um aparecidense recém-ordenado, colega de turma do João Resende." Alexandre Dumas
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ELES VIVERAM CONOSCO - PE. JOSÉ RIBOLLA CSsR

PE. JOSÉ RIBOLLA CSsR
+24 de JUNHO2002 
Nasceu dia 08 de setembro de 1917 em Taquaritinga SP, no Bairro Itagaba. Pais: Lino Ribolla e Amabile Cavazzine. É o primeiro filho do casal. Completou o 1º grau em Taquaritinga. Estava cursando a Escola de Comércio, quando em 04.06.1937, com 20 anos de idade, entrou para o Seminário S. Afonso, em Aparecida. Aí completou o Seminário Menor em 1940. Em 1941 fez o Noviciado em Pindamonhangaba, onde dia 02.02.1942 fez a Profissão Religiosa na C.SS.R. O Seminário Maior foi feito em Tietê onde fez a Profissão Perpétua em 02.02.1946. Foi Ordenado Sacerdote em Tietê no dia 06.01.1947, por D. José Carlos de Aguirre, Bispo de Sorocaba SP. Celebrou sua Primeira Missa solene em Taquaritinga, em 12.01.1947. Deixou o Seminário Maior em janeiro de 1948, começando seu apostolado como Vigário Cooperador da Paróquia de N.S. da Penha, em S.Paulo SP, onde ficou um ano. Em 16.01.1949 foi transferido para o Seminário Sto. Afonso, em Aparecida, como Prefeito e Professor. Em 24.10.1950 foi nomeado Diretor do Seminário S.Afonso. Foi durante seu Diretorado que houve a mudança do Seminário S.Afonso, do Colegião (Casa de Nossa Senhora) para o prédio novo. Com a nomeação do Provincial, Pe. Antonio Macedo, para Bispo Auxiliar de S.Paulo, em 09.06.1955, Pe. José Ribolla foi nomeado Provincial da Província de S. Paulo, cargo que ocupou até 31.12.1969, por quase 15 anos. Durante seu Provincialado foi construído o Alfonsianum, o IRES, Instituto Redentorista de Estudos Superiores, na Rodovia Raposo Tavares. Foi inaugurado em 02.08.1966. Mais tarde, como Ecônomo Provincial, ele o vendeu. Em 05.01.1967, ele entregou à Arquidiocese de S.Paulo a Paróquia e Santuário de N.S. da Penha, onde os Redentoristas estavam desde 05.03.1905. Igualmente foi ele quem vendeu a Casa de Pindamonhangaba, então Noviciado (06.08.1966). Deixando o cargo de Provincial, foi nomeado Ecônomo Provincial, cargo que ocupou até fins de 1984. Continuou como Vice- Ecônomo até dezembro de 1996. Trabalhou muito com os Cursilhos de Cristandade, dirigindo centenas deles. Trabalhou em Encontros de Casais, jovens, agentes pastorais, etc. Grande palestrista, pregou muito pelo Brasil todo. Em março de 1987 tomou posse como Assessor Nacional do Movimento dos Cursilhos, ficando no cargo até fim de 1991. Nos últimos tempos, dedicouse ao apostolado da pena, tendo escrito cinco livros: “O plano de Deus”, “Os sacramentos trocados em miúdo”, “O jeito de Jesus de Nazaré”, “O jeito de Maria de Nazaré” e “Coisas da fé”. Todos livros de formação teológica popular. Dia 02.02.1992 celebrou, em Tietê seu Jubileu de Ouro de Profissão Religiosa na CSSR. Em 06.01.1997 celebrou seu Jubileu de Ouro de Sacerdócio. Fisicamente parecia estar bem, mas sua cabeça já não era mais a mesma! Dia 02.02.2002 celebrou seu Jubileu de 60 anos de Vida Religiosa. Faleceu dia 24.06.2002 na Santa Casa de Guaratinguetá, onde há vários dias estava internado na UTI. Foi sepultado em Aparecida, no mesmo dia, após a missa de corpo presente, às 15 horas, na Basílica Nova. Estava com 84 anos de idade, 60 anos de Vida Religiosa e 55 anos de Sacerdócio.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade
Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR
MINHAS PRECES POR ELE....  MUITO HUMILDE CONHECI PESSOALMENTE.... PARECIA UM CAIPIRÃO.... SANTO... VOU REZAR POR ELE.....  QUASE FOI ELEITO VIGARIO GERAL DOS REDENTORISTAS EM ROMA..... SERA QUE ME ENGANO? CONHECI ESSE GIGANTE REDENTORISTA.... era para ser eleito em ROMA VIGARIO GERAL DA CONGREGAÇÃO... foi eleito recusou em sua humildade...e no mesmo escrutinio foi eleito o não menos GIGANTE PE. ARIOVALDO AMARAL.... SIMPLICIDADE QUE IMPRESSIONAVA.... ABRAÇOS E MINHAS PRECES. NELSON DUARTE

É sempre bom ler e relembrar a história do padre Ribolla, chegamos juntos em 1949 no Colegião, ele professor e eu novo seminarista, foi prefeito e diretor , saiu em 1955, poucos meses depois, eu deixei o seminário, convivemos por quase sete anos. Acredito que, se ele continuasse, teria me segurado, pois acreditava muito em mim e eu me apoiava sempre em suas palavras.
Alexandre Dumas Pasin
Foi nosso pe. Provincial no início da década de 60. As vezes aparecia por aquelas bandas do seminário. Que esteja em paz. Vágner Gaspar

ELES VIVERAM CONOSCO - Pe Affonso João Mattye CSsR

No domingo, dia 24 de junho de 2012, em meio às comemorações de São João Batista, padroeiro de Montenegro, uma notícia entristeceu a comunidade católica do município. Uma nota oficial da Diocese de Montenegro foi divulgada informando o falecimento do Padre Affonso João Mattye, aos 80 anos. O sacerdote comandou a Paróquia Sagrado Coração de Jesus, no Bairro Timbaúva, em Montenegro, de 1994 a 2009.
A seguir a nota oficial da Diocese, assinada pelo Bispo Diocesano, Dom Paulo De Conto. 
Dom Paulo Antonio De Conto, bispo da Diocese de Montenegro, comunica, com pesar, o falecimento do Pe. Affonso João Mattye, com a idade de 80 anos, ocorrido na madrugada do dia 24 de junho, em decorrência de um AVC.
Padre Affonso nasceu aos 28 de março de 1932, em Saldanha Marinho. Formou-se em Filosofia e Teologia no Seminário Maior Santa Teresinha, em Tieté, São Paulo.
Em 25 de janeiro de 1956, também em São Paulo, recebeu a Ordenação Sacerdotal das mãos de Dom José Carlos de Aguirre.
Padre Affonso pertencia à Congregação do Santíssimo Redentor, tendo exercido o cargo de Provincial da referida Congregação.
Em 1976, transferiu-se para o clero da Arquidiocese de Porto Alegre, onde exerceu uma profícua caminhada sacerdotal.
Em 1976: vigário paroquial da Paróquia das Dores em Porto Alegre
Em 1983: vigário econômico da Paróquia São Miguel em Porto Alegre
Em 1984: pároco em Santo Amaro
Em 1985: pároco da Paróquia de Navegantes em Porto Alegre
Em 1986: administrador Paroquial da Paróquia São Miguel em Porto Alegre
Em 1987: pároco da Paróquia São José em Barra do Ribeiro
Em 1989: pároco da Paróquia Santa Rosa em Porto Alegre
Em 1993: vigário Paroquial da Paróquia Santa Ana em Porto Alegre
Em 1994: pároco da Paróquia Sagrado Coração de Jesus em Montenegro
Com a instalação da Diocese de Montenegro, Pe. Affonso foi incardinado na nova diocese e continuou no cargo de pároco da Paróquia Sagrado Coração de Jesus.
Em 2009, foi nomeado vigário paroquial da Paróquia São José, de Roca Sales, onde veio a falecer.
Em nome do Bispo e em nome de todo o Presbitério de Montenegro, registramos os mais sentidos e sinceros pêsames aos familiares e amigos do Pe. Affonso, na certeza e na convicção de que sua trajetória sacerdotal muito contribuiu para o bem do Povo de Deus.
Montenegro, 24 de junho de 2012
Dom Paulo Antonio De Conto
Bispo Diocesano de Montenegro.
Pe Affonso João Mattye CSsR
+24 DE JUNHO 2012
Nascido a 5.4.1932, foi automaticamente incardinado à Arquidiocese de Porto Alegre após vencerem os 5 anos regulamentares de "Exclaustração praevio experimento", em 09.09.1982
Nascido em Saldanha Marinho RS, estudou em Aparecida e Tiete. Após a ordenação foi professor no Santo Afonso (Aparecida) e Menino Deus (Passo Fundo). Por 2 períodos foi  o 2º provincial da nova província de Porto Alegre. Por problemas pessoais e estruturais , pediu a exclaustração, durante a qual foi pároco das "Ilhas do Guaíba" de Porto Alegre, periferia alagadiça e pobre e problemática. Assumiu, ao depois, a paróquia do Coração de Jesus na periferia de Montenegro RS. Com a criação desta diocese, foi transferido a Roca Sales RS. Dia 22.06.2012 teve um AVC que o levou à morte. O enterro foi 24.06.12, em Roca Sales, às 16 horas. Paz e alegria eternas!
Uma foto encaminhada pelo Olavo Caramori:
PADRE CARLOS DA SILVA(+)
Guarda Chuva
PADRE MATTYE(+)
Caneca

REQUIESCAT IN PACE PADRE MATTYE

Pe. Máttye foi redentorista e professor de muitos e muitos. Era por demais estimado, tanto pelos confrades, como pelos seminaristas. Trabalhou bom tempo no Seminário S. Afonso.(Pe.Luiz Carlos)
Conheci o Pe. Afonso em Aparecida, no Seminário Santo Afonso em 1957 ou 58. Obrigado Ierárdi, pelas informações sobre ele. Foi um bom e grande sacerdote. Obrigado, um grande abraço.Nélson Vianna
Foi um grande amigo que tive. Saudades!Vágner Gaspar

ELES NOS PRECEDERAM - IR. EMERANO (JORGE HOPF)CSsR

IR. EMERANO (JORGE HOPF)CSsR 
+24 de JUNHO 1938 
Nasceu em Aschen (Alemanha) e desde que chegou ao Brasil, passou a trabalhar em Goiás, onde terminou seus dias. De família pobre, teve de empregar-se ainda garoto, para auxiliar os pais. Piedoso, não perdia sua missa aos domingos; e, já idoso, repetia frases e trechos de sermões que ouvira nos seus tempos de criança. Como bom bávaro, às tardes de domingo assistia à reza, e depois ia tomar a sua cerveja com os amigos. Mas, à hora de voltar para casa, ninguém o segurava; era sério, e cumpridor dos seus deveres. Tinha já os seus trinta anos quando conseguiu ingressar na C.Ss.R. Como não conhecia nenhum oficio, contentava-se em auxiliar seus colegas de noviciado em tudo o que podia. Professou em 1902, oferecendo-se depois para vir trabalhar no Brasil. Embora com muito medo das onças, cobras e índios, aqui chegou em agosto de 1909. Ficou logo encantado, vendo que o Brasil não era aquilo que lhe haviam pintado na Europa. Após alguns meses em Aparecida, foi para Goiás de onde não saiu mais. Após quinze anos de Brasil, podendo viajar para a Europa, em visita aos seus, renunciou a essa regalia, pedindo apenas para visitar as casas do Estado de São Paulo. Foi a única vez que saiu de Goiás, revendo seus confrades de Araraquara, Penha e Aparecida. Voltando a Goiás, lá continuou a viver como sempre, no trabalho e na oração. De uma simplicidade encantadora, Irmão Emerano era a alegria de todos, com sua caridade sempre atenta aos confrades, com seu profundo espírito de oração e impressionante humildade. Sempre recolhido, passava o dia recolhido trabalhando no jardim ou na chácara. Aos domingos não perdia nenhuma das missas, e ainda passava horas na capela, rezando sempre em seus arqui-velhos devocionários. Foi por isso que ganhou o apelido de “Irmão dos livros de oração”. Como sacristão em casa, era todo desvelo para manter a capela sempre em ordem e bem adornada. Sentiu muito quando, já no fim da vida, precisou deixar esse ofício para outro. Idoso, com o fígado e rins atacados, Irmão Emerano começou a se definhar aos poucos. Experimentou alguma melhora, após receber a Unção dos Enfermos, conseguindo visitar, às vezes aquela sua horta que tanto estimava. Mas, acamado e sem forças, viu chegar a sua hora com a maior tranqüilidade. Faleceu a 24 de junho de 1938. Profundamente agradecido aos Superiores, por tudo o que recebera da Congregação, ao ser ungido para morrer, após cada unção ele ainda soube agradecer, dizendo humildemente ao Sacerdote: Deus lhe pague!
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

quarta-feira, 23 de junho de 2021

CRÔNICAS DE UM FORMADOR - 9.1

9. Diretor do Seminário Santo Afonso
 
Em dezembro de 64, Pe. Francisco Vieira da Costa, já me deu a entender que eu seria transferido para diretor no SRSA em Aparecida. De fato, isso aconteceu. Logo após o Natal, recebi esta cartinha do Pe. José Ribolla: “São Paulo, Natal de 1964. Para o Diretor, Pe. Negri. LJM! Aqui está o “presentinho de Natal” que o reverendíssimo lhe manda. Meus parabéns. Favor preencher depois o recibo do diploma anexo, e enviá-lo diretamente ao Pe. Geral, agradecendo-lhe o “abacaxizinho”. Por esta desejo, em nome da Província e em meu nome próprio, agradecer-lhe todos os trabalhos, sacrifícios e a ótima colaboração dada ao governo da Província nesses anos em que V.Revma. esteve à frente do Pré-Pedrinha.V.Revma. já me falou das suas dificuldades, dos seus temores no cargo. Meu caro, por nós mesmos seria um desespero, não? Mas sua boa vontade em acertar a vontade de Deus irá trazer-lhe as forças necessárias e,... o método de Santa Teresinha descrito nos últimos capítulos da História de Uma Alma quanto à direção das noviças, vale bem para V.Revma. também, contra essa onda de verdadeiro pelagianismo com todos os “ismos” querem tomar a direção na educação, substituindo o primado do sobrenatural, não é? Coragem! Outras coisas, teremos ocasião de conversar, no dia 18 de janeiro à noite, em Baruerí. Servo confrade e amigo (da oncinha?).” 
A nomeação foi assinada pelo Pe. Geral, Pe. Guilherme Gaudreau e pelo consultor geral, Pe. Ariovaldo Amaral.
CADERNOS REDENTORISTAS
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PRÉ – SEMINÁRIO SANTO AFONSO - PEDRINHA 

ELES VIVERAM CONOSCO - Pe. Arlindo Amparado Santiago, C.Ss.R.

Pe. Arlindo Amparado Santiago C.Ss.R. 
+23 de Junho 2014 
Caros confrades, Paz!
Com profundo pesar comunico-lhes o falecimento do nosso confrade Pe.Arlindo Amparado Santiago C.Ss.R., na segunda-feira, 23/06/14, por volta das 11h55 no hospital Amparo em Goiânia. Seu corpo foi velado na Matriz do Divino Pai Eterno em Trindade, a missa de corpo presente realizou-se em 24/06/14 às 09h e em seguida o sepultamento. Pe. Santiago viveu 91 anos, ele nasceu no dia 04/01/1923, em Passos - MG. Filho de João Santiago Amparado e Albertina Santiago da Silveira. Entrou para o seminário Santo Afonso, em Aparecida - SP, em 24/01/1937. Recebeu o hábito redentorista em 01/02/1944, em Aparecida - SP, iniciou seu noviciado, o qual foi feito em Pindamonhangaba - SP. Fez sua primeira profissão religiosa em 02/02/1945 e os votos perpétuos em 02/02/1948. Foi ordenado Presbítero em 27/12/1949, em Tietê-SP. Fez os cursos de Filosofia e Teologia no Seminário Maior Santa Teresinha, em Tietê-SP. Deixou o seminário maior, em janeiro de 1951, iniciando sua vida apostólica em Aparecida-SP. Datas, lugares onde trabalhou e funções: 
1951 - Aparecida - SP - Vigário cooperador 
1952 - São Paulo - SP - Penha - Vigário cooperador 
1953 - Aparecida - SP - Professor (Seminário Santo Afonso) 
1953 a 1961 - Goiânia - GO - Diretor e Professor do Seminário 
1961 - Potim - SP - Diretor do Geraldinato 
1963 a 1964 - São João da Boa Vista - SP - Missionário 
1964 a 1970 - Aparecida-SP - Superior da Comunidade Santo Afonso 
1967 a 1973 - Aparecida - SP - Diretor do S.O.S. / Cáritas Diocesana 
1970 a 1972 - Potim - SP - Diretor do Seminário São Geraldo 
1973 a 1975 - Aparecida - SP - Superior da Comunidade das Comunicações e membro da Diretoria da Rádio Aparecida. 
1978 - Aparecida - SP. (Basílica) - Procurador Provincial 1981 - Goiânia - GO - Transferido para a Vice-Província de Brasília 
1982 a 1984 - Rubiataba - GO - Pároco e Administrador da Diocese 
1985 a 1991 - Rubiataba - GO - Vigário e Administrador da Diocese 
1991 a 1992 - Trindade - GO - Vigário da Paróquia Divino Pai Eterno 
1993 a 1996 - Abadia - GO - Superior da Comunidade e Vigário 
1997 a 2014 - Trindade - GO - Vigário da Paróquia Divino Pai Eterno 
Do Secretário da Província de Goiás 
DO FACEBOOK(24/06/2014) 
PADRE MAURÍCIO BRANDOLIZE

ELES NOS PRECEDERAM - IR.NEPOMUCENO(JOÃO N.GRILHISL) CSsR

IR.NEPOMUCENO(JOÃO N.GRILHISL) CSsR
+23 de JUNHO 1943 
Era irmão mais velho do nosso Pe. Vicente Grilhisl e nasceu a 14 de março de 1868, em Rohrbach na Áustria. Ingressou na C.Ss.R. a 31 de dezembro de 1885, e conseguiu mais tarde, que seu irmão também o acompanhasse. Feito o noviciado, emitiu os votos perpétuos em 1895. Trabalhou como alfaiate em diversas casas da Província-Mãe, até que veio para o Brasil em 1903, com os padres João Batista Schaumberger, José Clemente e Irmão Plácido. No Brasil, Irmão Nepomuceno trabalhou como porteiro e alfaiate em Aparecida, Campininhas e Penha. Entre os nossos ele era o “Irmão Nepomuk”, conhecido pela sua simplicidade e dedicação ao trabalho. Era com muita paciência e carinho que cuidava das batinas dos Padres; era quem as lavava, passava e nelas fazia os consertos necessários. Foi com muito espanto que descobriu, certo dia, nada menos que “doze buracos” na batina de um padre ...resultado do cigarro de palha que o confrade fumava... Idoso e doente, Irmão Nepomuceno passou seus últimos meses de vida em Aparecida. Sempre rezando, e conformado com seus sofrimentos, faleceu na Santa Casa local a 23 de junho de 1943.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

terça-feira, 22 de junho de 2021

CRÔNICAS DE UM FORMADOR - 8.3

Neste ano de 64, deixei de usar a batina redentorista, com licença do Pe. José Ribolla, provincial. Tentei usar o clergimann. Entretanto, não gostei desse hábito, pouco familiar aos brasileiros. Fiquei a paisana mesmo até hoje. Foi um alívio! Como era difícil entrar para o ônibus “embatinado”.Os passageiros levavam um susto. Dificilmente alguém vinha sentar-se ao meu lado, a não ser quando era conhecido ou congregado mariano, ou membro de alguma associação religiosa. De vez em quando, ouvia alguém sussurrar: “Urubu”. Isso não significa que o padre não tivesse credibilidade.Mas, que havia medo de padre, havia! Em 1964 já começamos umas mudanças interessantes e cheias de novidades para os juvenistas no campo da liturgia, devido ao final do Concílio Vaticano II. Em setembro de 64, começamos a Missa dialogada em latim. Depois, em outubro estreamos a Missa dialogada em português, voltada para o povo. Foram introduzidas de vez em quando paraliturgias no lugar da reza à noite. Pe. Carlos da Silva, chanceler da Arquidiocese e professor no Seminário Santo Afonso, funda, no Seminário e com o apoio do Pe. Diretor e da conferência dos professores, o Cineclube, a 04/10/64. Ele introduz o costume de exibir vários e bons filmes para os seminaristas. A 07/11/64 acontecem os Jogos Olímpicos organizados pelos padres Luís Ítalo Zômpero e Marcos Mooser, em homenagem ao Pe. Diretor, Pe. Oscar Brandão. Na liturgia aparece o termo: “Missa explicada”. De fez em quando, já se permite algum programa de TV. Na Pedrinha, nós não temos ainda televisão.
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PRÉ – SEMINÁRIO SANTO AFONSO - PEDRINHA 

segunda-feira, 21 de junho de 2021

CRÔNICAS DE UM FORMADOR - 8.2

A 30/04/64, fizemos um passeio ao Geraldinato, hoje Seminário São Geraldo, no Potim, sob o comando do Pe. Furlani, porque eu aproveitei para ir a Aparecida e Guaratinguetá para encaminhar assuntos do pré-seminário e do sindicato. Os seminaristas foram de caminhão. Jogaram futebol. Tomaram banho na represa que havia após o curral, na curva do Rio Paraíba. Na volta, uma chuva forte não deixou o caminhão subir o morro na Fazenda de Da. Carmelita Meirelles. Os juvenistas enfrentaram o restante do caminho a pé, prática que ainda não era novidade.As férias, como de costume, foram passadas no seminário.Estenderam-se de 23 de junho até 04/08/64. A 07/09/64 tivemos o quarto encontro dos seminaristas redentoristas do Vale (Erva), organizado pelo Pe. José Oscar Brandão.Foi uma grande confraternização. Houve, disse um cronista, até cerveja. A 24/10/64, chega o Pe. Ribolla para uma visita canônica, secretariado pelo Pe. Miguel Poce. Pe. Poce, brincalhão, pede pelo menos 3 peixes tirados do lago acima da piscina. Ao nos deixar, dá a cada juvenista um santinho “duro” colorido. “Duro” era um cartão com estampa de cunho religioso, papel especial que não dobrava de modo fácil. A 25/09/64, recebemos a honrosa visita do procurador e consultor geral Pe. Tarcísio Ariovaldo Amaral. Vinha acompanhado do Pe.Provincial de Estrasburgo, Pe. Francisco Xaviel Dürrvell. A 13/12/64, fizemos um passeio à Pedrona. Saímos de madrugada, após a Missa. Levamos nas mochilas tutu, pão, mortadela, queijo, café, pó, açúcar, pinga e gengibre para quentão. Acampamos numa fonte de água próxima à Pedra Grande. Após o almoço, escalamos a Pedrona. Após o café, um grupo foi comigo até a Igreja de S.Lázaro. Descemos pelo Pirutinga, e saímos na Fazenda Monte Verde, onde hoje está a capela de S.João Nepomuceno Neumann.
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PRÉ – SEMINÁRIO SANTO AFONSO - PEDRINHA