quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

DIÁRIO DO PADRE BORGINHO CSsR - JULHO 2005

PADRE ANTÔNIO BORGES DE SOUSA CSsR(+)
Vivo numa comunidade que serve o Santuário do Divino Pai Eterno, em Trindade, Goiás. Somos 10 confrades. Apenas 2 idosos. Eu e mais um. Os demais são padres mais jovens e estudantes. Procuro dar a maior atenção a todos e aceitá-los como são, levado pelo impulso de viver a união. Sinto que sou correspondido. Todos me estimam. Disto mais me convenci ao inicio da Novena para a Festa do Divino Pai Eterno. Sofri uma gripe forte. Com isso, fui alvo de muitas atenções e preocupações, obrigando-me a certos tratamentos e cuidados. A recuperação foi rápida e total. Privado de atividades inalienáveis abracei as dores, vendo nelas o Redentor . Infelizmente minha presença na Mariápolis (encontro aberto da Obra de Maria), neste mês, permanece um ponto de interrogação. Quero ficar em unidade, oferecendo meus trabalhos e orações. Quero multiplicar os atos de bondade.

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

DIÁRIO DO PADRE BORGINHO CSsR - JUNHO DE 2005

PADRE ANTÔNIO BORGES DE SOUSA CSsR(+)
Não quero deixar passar as oportunidades de fazer atos de bondade, com colegas e empregados. À noite, apareceu na igreja uma mulher profundamente abatida e chorosa, pelo motivo de que o irmão tinha sofrido um desastre de carro, que teve como resultado uma morte e, logo em seguida, sua prisão. Consolei-a como pude e após as cerimônias, no intuito de amar até o fim, levei-a para sua casa, pois morava longe e procurei visitar o irmão na cadeia. Não foi possível à noite. Com um pouco de trabalho consegui visitá-lo no dia seguinte. Nesta altura, o irmão foi liberado; rezei com a família, em sua casa, com a finalidade de agradecer a Deus. Despertou-me a lembrança de que muita gente sofre da mesma maneira. Não podendo dar-lhe ajuda material, comecei a incluir tais sofredores anônimos nas minhas orações, quando faço esses atos de misericórdia espirituais. Assim, onde eu não posso chegar, chegam as minhas orações.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

DIÁRIO DO PADRE BORGINHO - MAIO DE 2005

PADRE ANTÔNIO BORGES DE SOUSA CSsR(+)
Vivendo a Palavra, procurei rezar mais, permanecer mais tempo diante do SS. Sacramento, neste ano a Ele dedicado. Ando caprichando mais nas Celebrações Eucarísticas, promovendo na Igreja do Servo de Deus, Pe. Pelágio, contínuas e fervorosas Hora-Santas, com enorme proveito espiritual. Repito muitas pequenas visitas a Ele e quero, verdadeiramente, que tudo em mim e nas minhas atividades resplandeça o amor de Deus. Senti-me feliz em fazer uma obra de caridade, visitando um doente, fora do âmbito de minhas atividades, em Aparecida de Goiânia, a pedido de um amigo. Para isso, empreguei uma boa parte do dia, com tranqüilidade, empenho e paciência. Esforço-me por atrair a misericórdia de Jesus, que tudo vê com benignidade e desculpas, como na cruz com os carrascos. Tento imitar o Pai do céu.

ELES NOS PRECEDERAM - PE. ANTÔNIO KAMMERER CSsR

PE. ANTÔNIO KAMMERER CSsR 
+29 de DEZEMBRO 1905 
Nasceu a 3 de outubro de 1873 em Munique (Alemanha). Aos seis anos de idade ficou órfão de mãe, perdendo logo depois o pai. Como era de família pobre, o garoto teve que enfrentar então uns bons anos de vida dura e difícil. — Graças à caridade de um seu amigo que por ele se interessou, pôde conhecer a C.Ss.R. na qual professou, sendo ordenado a 20 de junho de 1897. Nesse mesmo ano veio para o Brasil, permanecendo em Aparecida, onde se dedicou com muito zelo à catequese das crianças. Os primeiros juvenistas que ingressaram no então “Colégio Santo Afonso” foram escolhidos e preparados por ele. Inteligente e aplicado, Pe. Antônio aprendeu o Português com certa facilidade, dedicando-se ainda ao estudo de outras línguas: inglês, italiano, holandês, castelhano, cujos livros vivia lendo sempre. Culto, e sempre ao par dos principais acontecimentos, foi um dos primeiros colaboradores do recém-fundado “Santuário de Aparecida”. Mas aí pelo ano de 1900, começou a experimentar os primeiros sintomas da tuberculose e, tentado alguma melhora, passou alguns meses em nossa casa de Juiz de Fora. Sem resultado porém voltou para Aparecida e, a conselho médico, regressou à Alemanha, onde pensava restabelecer-se. Chegou a sua terra natal em 1903, num estado de grande fraqueza. Não podendo mais trabalhar, passou seus últimos dias rezando e, enquanto pôde, em meio aos seus livros de Teologia e Ascética. Faleceu a 29 de dezembro de 1905.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

domingo, 28 de dezembro de 2014

DIÁRIO DO PADRE BORGINHO - MARÇO DE 2005

PADRE ANTÔNIO BORGES
DE SOUSA (+)
Procuro sempre me envolver com a luz do unidade. Esta, com a graça de Deus, se acha gravada profundamente no meu coração. Há, porém, momentos de luz, outros de sombras... Vejo-me atrasado, cheio de defeitos e limitações. Quero pensar mais nos outros do que em mim. O egoísmo interfere. Quando vejo, meus interesses estão na frente. O recurso é Jesus crucificado. Com Ele, ofereço a Deus o meu nada. E Deus faz brilhar nestas sombras, a confiança ilimitada, declarada por Santa Terezinha. Ela dizia: “Nunca é demais confiar em Deus”. Houve uma grande reunião do Vicariato. Todos os tipos se apresentaram. Mas, logo depois, a graça em mim, fazia cair o manto da misericórdia do Pai, que não tem barreiras e a todos envolvia. Amava, através desta misericórdia e a todos aceitava igualmente. O amor de Deus não cessa. Para cada um, a hora da graça é diferente e produz verdadeiras surpresas.

ELES NOSPRECEDERAM - PE. EUGÊNIO (CARLOS) JOHNER CSsR

PE. EUGÊNIO (CARLOS) JOHNER CSsR
+28 de DEZEMBRO 1946 
Nasceu em Rottemberg (Alemanha) a 23 de outubro de 1885. Ingressando no Juvenato C.Ss.R. professou em 8 de setembro de 1906, e foi ordenado a 2 de agosto de 1911. Trabalhou por algum tempo em Gars, vindo depois, em 1914, para o Brasil, dedicando-se ao trabalho da igreja, em Aparecida. Foi Depois, Superior de Campinas (GO) mestre de noviços, e professor de Moral no Seminário Maior (Tietê). Como simples confrade, como superior, e principalmente como mestre do noviciado, Pe. Eugênio foi sempre conhecido como um religioso de muito zelo, e até rigor, na observância da regra. E ele era o primeiro a dar bom exemplo em tudo: pontual e exato nos mínimos pormenores da observância regular. A qualquer momento, em qualquer circunstância, era conhecida a sua pergunta, feita geralmente com energia: “Que diz a regra?” — No entanto, ele sabia ser humano também. Alegre e comunicativo nos recreios comuns, principalmente nos dias mais festivos, em que era permitido fumar; não recusava então o aditivo de um bom charuto. Nas horas certas e determinadas, não se furtava de uma boa prosa, condimentada sempre com sucessivas pitadas de rapé. Seus últimos anos foram passados em Aparecida. Sofrendo sempre de um agudo reumatismo, era com dificuldade que se dirigia à igreja, para atender confissões. Aos poucos sobreveiolhe também a esclerose, que, pouco a pouco, impediu-o de trabalhar. Deprimido, chorava às vezes como uma criança; gritava no seu quarto, ou falava coisas desencontradas. Levado para a Santa Casa local, aí faleceu a 28 de dezembro de 1946.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

sábado, 27 de dezembro de 2014

ELES VIVERAM CONOSCO - ANTÔNIO CARLOS DOS SANTOS (SACRISTÃO) Antigo seminarista redentorista

ANTÔNIO CARLOS DOS SANTOS (SACRISTÃO)
Antigo seminarista redentorista
*11/10/1950
+26/12/2014
Cidade natal – Assis-São Paulo
Estudou no Seminário  Santo Afonso em Aparecida-SP e PUC-Campinas-SP

Informo a todos meus amigos que, infelizmente, meu irmão Antonio Carlos Santos faleceu hoje,26 de dezembro, em Assis - SP. por volta de 17 horas. Recebi a noticia na viagem de volta a SP, às 19.15hs. Agradeço a todos que rezaram por ele, pela sua cirurgia e depois pela recuperação de sua saúde. Infelizmente foi vencido pela infecção hospitalar. Desígnios de Deus. Que Deus abençoe a todos. Mauro A.Santos


“Não Perguntes por quem os sinos dobram.Eles dobram por ti”
"Quando morre um homem, morremos todos, pois somos parte da humanidade".Ernest Hemingway
Sabemos que o Sacristão estava há algum tempo lutando pela sua saúde. Entretanto, este momento é muito triste, tendo em vista que era um de nossos colegas que nos dava muito carinho e por quem temos um cordial afeto.Desígnios de Deus, como diz seu irmão Mauro. Antônio Ierárdi

Meu caro Mauro: Com muita tristeza recebo a notícia de nosso amigo fraternal "Sacristão", o Antonio Carlos... Que Deus conforte a você e a toda a família.... De nossa parte, podemos confortá-los com nossas orações e com as alegres lembranças de nosso "Sacristão".... Brites e família.
...pra nossa tristeza morreu um amigo que era um presente : nossa amizade durava desde 1962 : Antonio Carlos ,o Sacristão (desde que se meteu a declamar uma poesia que assim se intitulava,isso em 1962...)Deus achou que era hora ,um câncer o fulminou...ficamos aqui na certeza de que ele já foi acolhido no Paraíso...pedimos agora à Mãe( que entende de consolo) que conforte a família,os amigos...e que nos ampare a todos... Thozzi
Caro Ierardi, Agradeço sua atenção para conosco. A vontade que sempre prevalece é a de Deus e não a nossa. Não conhecemos sua vontade. Antonio Carlos era bastante querido por todos nós, ex-seminaristas, e tantas outras pessoas. Seu enterro teve a bastante gente demonstrando isso. Mas agora está com certeza melhor, em companhia do nosso Pai e tantos outros que já se foram. Um abraço fraterno. Mauro

DIÁRIO DO PADRE BORGINHO CSsR - NOVEMBRO DE 2004

PADRE ANTÔNIO BORGES DE SOUSA CSsR(+)
A meditação constante dos mistérios do Rosário; a Encarnação, Paixão e Morte de N. S. Jesus Cristo; a Eucaristia saboreada nas visitas ao SS. Sacramento e na celebração da Santa Missa, nunca jamais descurada, tornam-se alimento fecundo e constante da minha fé. Nas pregações procuro transmitir estas verdades e certeza. Mas, como diz Chiara Lubich, esta fé é um dom sobrenatural e pode sofrer altos e baixos na nossa vida. A inconstância do homem velho, os sentimentos incontidos, o coração de pedra, nem sempre acompanham estes vôos do espírito. Em meio à secura e aridez, como Santa Terezinha, procurei muitas vezes repetir atos de fé, amor e confiança. Nas provações, minhas orações foram as palavras de Jó: “Mesmo se Deus me matar, nEle eu confio!...”. Se a virtude se fortalece na fraqueza, como diz S. Paulo, espero ter obtido este resultado.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

DIÁRIO DO PADRE BORGINHO CSsR - AGOSTO DE 2004

PADRE ANTÔNIO BORGES DE SOUSA CSsR(+)
Deus é Pai. Que Deus é Pai, é uma característica forte, que muito se evidencia nesta cidade em que resido, cidade do Santuário do Divino Pai Eterno. Acostumei-me a visitá-lo, sempre que se me apresenta oportunidade, rezando devagarzinho o “Pai Nosso...”. E ele se revelou verdadeiro Pai amoroso. Depois de 40 anos de trabalho intenso, lutando contra mil empecilhos, pude participar da inauguração da igreja do SS. Redentor, recolhendo os despojos mortais do servo de Deus, Pe. Pelágio, e trabalhando pela sua beatificação. Senti a mão de Deus em tudo. A obra é simplesmente Dele... A festa foi esplêndida. Uma bela coroação de todo um trabalho. Impossível não perceber a presença de Deus. A igreja é piedosa, aconchegante, harmoniosa, como tudo que é de Maria. Deus é Pai! Continuo na mão deste Pai, a seu inteiro dispor!

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

DIÁRIO DO PADRE BORGINHO CSsR - MAIO DE 2004

PADRE ANTÔNIO BORGES DE SOUSA CSsR(+)
A Palavra de Deus me fez ficar mais atento em servir o próximo, quando me procuraram para algum aconselhamento, uma confissão, uma benção... Já cansado, reuni todas as minhas forças para conseguir com ânimo generoso o atendimento de confissões. Querendo estar em comunhão e pedindo unidade de todos, tenho a grata satisfação em comunicar, que a Igreja que recolherá os restos mortais do Pe. Pelágio se encontra na sua finalização e vai ser inaugurada na Festa de Pentecostes, com um tríduo preparatório. É escusado dizer, que aqui fica o convite de uma presença, pelo menos espiritualmente, agradecendo e pedindo a proteção do Alto.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

DIÁRIO DO PADRE BORGINHO CSsR - ABRIL DE 2004

PADRE ANTÔNIO BORGES DE SOUSA CSsR
Um dia celebrei a missa bem tarde; alguém me pediu de levá-lo num lugar um tanto distante e difícil de chegar. Atendi, mas internamente um tanto contrariado. Depois me penitenciei e ofereci ao Redentor na cruz esta minha fraqueza, abraçando-o. Queria deitar mais cedo. No dia seguinte, meu horário de levantar seria antecipado. A lição valeu... Chegando em casa, tive que fazer outro favor, roubando-me mais tempo de sono. Estava preparado. Fiz o favor com generosidade, sem reclamação.

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. ANTÔNIO PENTEADO DE OLIVEIRA CSsR

PE. ANTÔNIO PENTEADO DE OLIVEIRA CSsR
+24 DE DEZEMBRO 1968 
O nosso “Frei Antão” do famoso “limãozinho de Deus”. Campineiro-SP nasceu a 12 de dezembro de 1896, tendo ingressado no Juvenato C.Ss.R. em 1911. Após a Profissão (1918) foi para a Alemanha, onde fez seus estudos superiores. Voltando para o Brasil em 1925, foi nomeado professor no Juvenato, indo depois para Goiás, onde trabalhou como missionário até 1930. Desse ano em diante viveu quase sempre nas casas de São Paulo, exercendo os mais diversos cargos. Foi superior em Tietê, Campinas (GO), Aparecida e Penha; consultor provincial várias vezes, professor no Juvenato, Mestre do segundo noviciado, Redator e Diretor do “Santuário de Aparecida”. De 1933 a 1935, como Vigário de Aparecida, dotou a Basílica de grandes melhoramentos: bancos novos, passagem atrás do altar-mor para a visita da Imagem, ampliação da capela do Santíssimo, e principalmente o carrilhão de bronze (seis sinos) adquiridos em Trento na Itália. Nomeado redator do “Santuário” escreveu, e muito, sobre plantas medicinais, no “Consultório de Medicina Caseira” e sobre questões de fé e moral no “Consultório de Frei Antão.” Foi em Aparecida, aí por 1960, quando, sentindo-se mal do fígado, pediu a um confrade que lhe desse, para experimentar, um vidro de tintura indicada para o caso. Maravilhado com o efeito, enamorou- se das plantas medicinais, e delas acabou simplesmente apaixonado. Se elas não viviam para ele, ele passou a viver somente para elas: instalou no Juvenato (Aparecida) um quase laboratório para a fabricação das suas tinturas; pôs-se a ler e estudar tudo o que se referia às plantas medicinais. Sobre o assunto, escreveu artigos e folhetos que propagava com persistente entusiasmo, sempre enaltecendo as virtudes das plantas medicinais, especialmente do “limãozinho de Deus”. E quem lhe pedisse um vidro de remédio, tinha de ouvir antes um fervoroso panegírico sobre plantas, depois, uma completa apologia da tintura; finalmente... recebia o remédio. Nos seus últimos meses de vida esqueceu um pouco o “limãozinho de Deus”, apaixonando-se pelo alho e pela cebola. Mas a morte, que desconhece qualquer medicina, estava se anunciando através de diversas complicações. A 22 de dezembro (1968) sentindo-se mal, teve de ser levado para a Santa Casa. De nada valeram os cuidados médicos. Os ponteiros já estavam apontando para o infinito. E no dia 24 (pouco depois da meia-noite), um colapso levou nosso confrade para o Natal da eternidade.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

MINHA NOTA: Convivi com o Padre Penteado, o estimado Frei Antão, quando foi reitor dos padres no SRSA. Há um fato que se conta da época em que ele tenha admitido uma situação de telepatia por parte do Pe.Carlos Silva que vinha de ser ordenado e ainda prestava exames anuais, durante 5 anos, que eram redigidos no seminário maior de Tietê e encaminhados à reitoria dos novos ordenados. Na ocasião, Pe.Silva garantia que saberia em Aparecida-SP as questões no mesmo momento em que seriam redigidas em Tietê-SP. Com a dúvida dos confrades e a autorização do Pe.Penteado, Pe.Silva escreveu as questões e as entregou àquele reitor. Este, ao recebê-las posteriormente do Seminário de Tietê, comparou-as e confirmou o acerto antecipado do Pe.Silva. Houve apenas a inversão das questões 4 e 5, considerando, como se soube depois, que a questão 4 fora retirada e recolocada em seguida no lugar da questão 5 que ficara em 4º lugar. Esse fato foi-me devidamente confirmado pelo próprio Pe.Silva em 2008. Antônio Ierárdi

ELES NOS PRECEDERAM - PE. JOSÉ CLEMENTE HEINRICH CSsR

PE. JOSÉ CLEMENTE HEINRICH CSsR 
+24 de DEZEMBRO 1941 
De família pobre, nasceu em Fuchsenfeld (Alemanha) a 26 de maio de 1879. Fez seus estudos primários em sua terra natal, passando depois a trabalhar numa chácara de sua avó paterna, terceira franciscana, e assinante de uma revista missionária. Foi com a leitura dessa revista que despertaram no garoto os primeiros desejos de ingressar na vida religiosa. Valendo-se da boa vontade de parentes, procurou os Jesuítas, os padres do Verbo Divino, mas não conseguiu ser admitido. Nem por isso perdeu a esperança; e algum tempo depois foi bater à porta dos Redentoristas, e foi recebido no Juvenato em 1891. Professou em 1899, e ainda teólogo, apresentou-se ao Provincial, como candidato a missionário no Brasil. Foi aceito e aqui chegou em 1903. Em Aparecida continuou seus estudos, e a 21 de setembro de 1904 foi ordenado com os padres Carlos Hildebrand e Afonso Zartmann. Passou então a lecionar no “Colégio Santo Afonso” e a trabalhar na Igreja. Nomeado catequista, dedicou-se com muito gosto e capacidade ao seu cargo. Soube preparar catequistas, movimentou festas do Catecismo, solenizou a Missa dominical das crianças, e, para completar o seu trabalho, fundou o Círculo Católico São José, para melhor formação religiosa dos rapazes. Estava ele trabalhando em Goiás, quando em agosto de 1912, foi nomeado Vice-Provincial. Surpresa geral, já que Pe. Clemente ainda não havia sido Superior em nenhuma casa, e era 309 um dos mais jovens entre seus colegas. Um dos problemas que logo lhe deu sérios aborrecimentos, foi a ordem da Província Mãe, decidindo a supressão da casa de Campininhas. Com sucessivas cartas ao Geral, Pe. Clemente conseguiu manter a fundação. Em 1913 fundou a Casa de Perdões, destinada ao Noviciado, supressa mais tarde, em 1920. Durante o seu triênio foi inaugurado o atual Convento de Aparecida, substituindo a antiga casa. Em 1915 deu-se também a inauguração da nova Casa da Penha. Sempre muito preocupado com o Juvenato, comprou a Fazenda Dona Gertrudes, na Pedrinha, para as férias dos juvenistas. Como Vigário que era de Aparecida, construiu um salão para os pobres, onde pudessem receber as esmolas dos romeiros. Fez ainda diversos melhoramentos na Igreja, incentivando também as Associações e o coro da Basílica. Após um triênio cheio de realizações, Pe. Clemente pediu para deixar o cargo, trabalhando ainda alguns anos na Penha e em Cachoeira do Sul. Em 1933 voltou para a Penha, onde muito realizou, encarregando-se do Catecismo, do Círculo Católico, Congregação Mariana, Comunidades Religiosas e Santuários. Seus últimos anos ele passou em Araraquara e em Pindamonhangaba. Idoso, e de saúde abalada, auxiliava ainda os confrades no que podia. Em Pinda teve um colapso que o deixou parcialmente paralisado. Foi logo levado para Aparecida, onde um tratamento rigoroso nada resolveu. Um médico de São Paulo, seu antigo aluno de Catecismo em Aparecida, prontificou-se a fazer tudo para lhe devolver a saúde. Internado, por isso, no Hospital Santa Catarina, apesar do tratamento, nada melhorou. Em sua última semana de vida, sempre assistido por um dos nossos, teve muitas vezes, momentos de agitação e delírio; mas quando calmo, era com muita conformidade que rezava, repetindo contínuas jaculatórias. Num dia em que estava sofrendo muito, o confrade que o assistia lhe disse: — “Pe. Clemente, ofereça tudo pelo nossos jovens, para que eles perseverem, e sejam bons redentoristas”. — Sim, seja tudo por eles”.- Respondeu o enfermo. No dia 24 de dezembro de 1941, às duas horas da madrugada ele expirou, iniciando o seu “natal” na eternidade.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

ELES VIVERAM CONOSCO - Dom Aloísio Leo Arlindo Lorscheider O. F. M

Dom Aloísio Leo Arlindo Lorscheider O. F. M. (Estrela8 de outubro de1924 — Porto Alegre23 de dezembro de 2007) foi um sacerdote frade franciscano e cardeal brasileiro, além de ex-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a CNBB.
Vida
Dom Frei Aloísio Lorscheider ou Cardeal Lorscheider, como ficou conhecido, nasceu a 8 de outubro de 1924, em Picada Geraldo, Estrela, no Rio Grande do Sul. O nome de seu pai era José Aloysio Lorscheider e o da mãe Verônica Gerhardt Lorscheider.
Fez o curso primário em Picada Winck, em Lajeado, em Palanque e Venâncio Aires. Ingressou em 1934, no Seminário dos padres franciscanos, em Taquari, onde fez os cursos Ginasial e Colegial.
Em 1942, fez o Noviciado e o primeiro ano de Filosofia no Convento São Boaventura, em Daltro Filho e Garibaldi. Em 1944, foi transferido para o Convento Santo Antônio, em DivinópolisMinas Gerais, onde terminou o curso de Filosofia e fez o curso de Teologia. Passou a adotar o nome religioso de Frei Aloísio, nome que conservou até o final de sua vida.
Sacerdócio
Foi ordenado sacerdote a 22 de agosto de 1948, em Divinópolis.
Como sacerdote, lecionou latim, alemão e matemática no Seminário Seráfico, em Taquari. No final do mesmo ano, foi enviado a Roma, ao Pontifício Ateneo Antoniano, para especializar-se em Teologia Dogmática. No mês de junho de 1952, defendeu sua tese doutoral, sendo promovido com nota máxima: summa cum laude.
Regressando de Roma, tornou a lecionar no Seminário Seráfico, emTaquari, até que, em 1953, foi nomeado professor de Teologia Dogmática no Convento Santo Antonio, em Divinópolis.
Durante 6 anos, lecionou Teologia e ocupou sucessivamente os cargos de Comissário Provincial da Ordem Franciscana Secular, Conselheiro Provincial e Mestre dos Estudantes de Teologia e dos Candidatos ao estado de Irmão Franciscano. Além de Teologia Dogmática, lecionou Liturgia, Espiritualidade e Ação Católica, e foi assistente do Círculo Operário Divinopolitano.
Em 1958, tomou parte no Congresso Mariológico Internacional, em Lourdes, França. No mesmo ano, foi chamado a Romapara lecionar Teologia Dogmática no Pontifício Ateneo Antoniano.
Em 1959, foi nomeado Visitador Geral para a Província Franciscana em Portugal. No mesmo ano, de volta da visita canônica, recebeu o encargo de Mestre dos Padres Franciscanos, estudantes nas várias Universidades de Roma.
Episcopado
No dia 3 de fevereiro de 1962, foi nomeado pelo Papa João XXIII, bispo da recém-criada Diocese de Santo Ângelo.1 No dia20 de maio de 1962, recebeu a ordenação episcopal na Catedral Metropolitana de Porto Alegre. Adotou como lema de seu episcopado IN CRUCE SALUS ET VITA (Na Cruz, a Salvação e a Vida). No dia 12 de junho, tomou posse na Diocese e, por 11 anos, foi seu bispo diocesano.
Em novembro de 1963, foi eleito pela Assembleia do Concílio Vaticano II, membro das Comissões Conciliares, nomeadamente para a Secretaria de União dos Cristãos. Tomou parte como "padre conciliar" de todas as sessões doConcílio Vaticano II, de 1962 a 1965.
Pertenceu ao quadro dos dirigentes da CNBB, a partir de 1968, como Secretário Geral, e como Presidente duas vezes consecutivas de 1971 a 1975 e 1975 a 1978.
Em 1972, foi eleito primeiro Vice-Presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano CELAM e reeleito em 1975. Em 1976, assumiu a presidência do mesmo organismo, em virtude da transferência do titular Dom Eduardo Peronio, Bispo de Mar del Plata, nomeado Cardeal, para a Prefeitura da Congregação dos Religiosos, com sede no Vaticano.
Foi eleito Vice-Presidente da Cáritas Internacional e reeleito em 1972, assumindo a Presidência em fevereiro de 1974, em razão do estado de saúde do Monsenhor Vath, o Presidente, falecido em 1976.
No dia 4 de abril de 1973, o papa Paulo VI nomeou-o Arcebispo de Fortaleza. No dia 5 de agosto do mesmo ano, tomou posse naquela Arquidiocese.
Cardinalato
No dia 24 de abril de 1976Paulo VI nomeou-o Cardeal1 e em 24 de maio recebeu a investidura do Cardinalato, com o título de São Pedro in Montorio. Tomou parte nos dois conclaves em 1978, que elegeram os papas João Paulo I e João Paulo II. Foi o sétimo cardeal brasileiro.1
Em 1995, com problemas cardíacos, ele solicitou ao papa João Paulo 2º sua transferência para uma diocese menor. Foi atendido e transferido de Fortaleza para a Arquidiocese de Aparecida, tomando posse no dia 18 de agosto do mesmo ano.
Em maio de 1996, em Guadalajara, no México, participou do II Encontro de Presidentes da CED (Comissão Episcopal de Doutrina).
Em 1997 recebeu o Pálio das mãos do papa João Paulo II. No mesmo ano, fez parte do Sínodo dos Bispos para a América.
O túmulo de dom Aloísio.
Dedicou particular atenção ao clero, no qual procurou desenvolver um profundo sentido de comunhão eclesial e um singular impulso apostólico. A sua atividade junto aos organismos da Santa Sé foi intensa. Participou de todas as assembleias ordinárias do Sínodo dos Bispos, distinguindo-se nas suas intervenções devido à solidez da doutrina e à prudência pastoral. Sagrou dez bispos e ordenou inúmeros sacerdotes.
Em 2000, com 76 anos, anunciou sua renúncia, já que pelas regras da Igreja Católica era obrigado a renunciar ao cargo por ter passado dos 75 anos. Afirmou, na ocasião, que se fosse por vontade própria continuaria em Aparecida.
Em 28 de janeiro de 2004, recebeu a notícia da aceitação de sua renúncia e em 25 de março do mesmo ano entregou a arquidiocese para Dom Raymundo Damasceno Assis, tornando-se, assim, arcebispo emérito de Aparecida.

Em seguida, retornou para o Convento dos Franciscanos, em Porto Alegre, onde passou seus últimos dias. Faleceu às 5h30min, do dia 23 de dezembro de 2007, no Hospital São Francisco, em Porto Alegre, onde estava internado havia quase um mês.
MINHA NOTA - Andando certo dia pelos corredores que circulam por fora a Basílica Nova em Aparecida-SP, encontrei um padre redentorista, meu colega de seminário, que estava ao lado de um balcão da CAMPANHA DOS DEVOTOS. Ele murmurou ao meu ouvido, apontando para aquele local de colaboração de romeiros : "Quando Dom Aloísio foi arcebispo aqui, isso não era permitido neste local. Só pode acontecer, após sua saída daqui!" Antônio Ierárdi Neto

DIÁRIO DO PADRE BORGINHO CSsR - NOVEMBRO DE 2003

Nas minhas atividades, mil dificuldades se apresentam constantemente. Problemas a toda hora... Isto me obriga a exercitar-me muito na confiança e abandono nas mãos do PAI; muitas vezes visito-o no seu Santuário, vizinho do local onde moro. Santa Terezinha também apareceu neste mês, instruindo-me na sua pequena trilha da Infância Espiritual. Preguei um Tríduo e Novena na igreja de uma comunidade, construída em sua honra. Falei muito na pequenez na vida espiritual. Isso me faz viver melhor o clima, que a Palavra de Vida suscitou neste mês de outubro. Aprendi a rezar pedindo a Santinha do Carmelo que me instrua nesta ciência, lembrando-me que ela prometeu conceder esta graça aos seus devotos.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

DIÁRIO DO PADRE BORGINHO CSsR - SETEMBRO/2003

Esforço-me para viver a Palavra. Nela penso com freqüência, dela falo sempre que é oportuno. No entanto, sinto minhas limitações. Falta-me muito tempo para chegar à unidade com todos. O egoísmo e o individualismo fazem-me guerra. Nos meus trabalhos e encargos, sinto uma maior aproximação com o meu superior. Sempre me comunico com ele, colocando-o a par de tudo e pedindo sua aprovação. O milagre produzido pela Palavra se manifesta na realização da construção da igreja, que promoverá a glorificação do servo de Deus, Pe. Pelágio cssr(venerável), a qual se encontra na reta final.

ELES NOS PRECEDERAM - PE. EUGÊNIO MAHLBACHER CSsR

PE. EUGÊNIO MAHLBACHER CSsR
+22 de DEZEMBRO 1898 
Nasceu em Stockach (Baden) Alemanha, a 2 de fevereiro de 1870. Em 1893 professou na C.Ss.R. e a 16 de junho de 1895 cantou sua primeira Missa solene. Por esse tempo, a tuberculose que o levaria à morte, já começa a apresentar seus primeiros sintomas. Achando, porém, que o clima do Brasil poderia favorecer sua saúde, ofereceu-se para vir trabalhar aqui. No dia 26 de outubro de 1895 chegou a Aparecida, onde iria passar os poucos anos de vida que lhe restavam. Reconhecido pelos seus Confrades como modelo de piedade, Pe. Eugênio sonhava recobrar suas forças para dedicar-se inteiramente ao apostolado. Outros, porém, eram os planos de Deus. A tuberculose foi se agravando sempre mais. No entanto, o enfermo se mostrava incansável em dar a Comunhão na Basílica (a qualquer hora que alguém o pedisse), em benzer objetos de piedade na portaria do Convento (naquele tempo ainda não se benzia na igreja), e até mesmo em auxiliar nas confissões. O povo logo notou que o jovem sacerdote era realmente um homem de Deus, por sua grande caridade. e principalmente pela sua piedade que a todos edificava. Por isso, muitos, ao marcarem missas na portaria do Convento, pediam que o celebrante fosse o “padre santo”. Após um ano de trabalho em Aparecida, Chegou a experimentar uma melhora em seu estado de saúde. Entusiasmado, pôs-se a estudar o guarani, fazendo planos de trabalhar na conversão dos índios. mas esse entusiasmo durou pouco. A tuberculose acabou vencendo suas ultimas forças, a ponto de impedir ao doente qualquer atividade. Definhando sempre mais, com admirável resignação ele esperou pelo seu último dia. E este chegou em 22 de dezembro de 1898. Pe. Eugênio tinha apenas 28 anos. Seu enterro foi dos mais concorridos e dos mais comoventes que Aparecida já conheceu. E após a sua morte, não foram poucas as pessoas que afirmavam terem recebido graças por intercessão.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

domingo, 21 de dezembro de 2014

DIÁRIO DO PADRE BORGINHO CSsR - AGOSTO DE 2003

Participei da Mariápolis em Brasília, do começo ao fim, com muito proveito. Muitas coisas maravilhosas, novas e velhas, emergiram de baixo das cinzas. // Um jovem seminarista da diocese de Rubiataba me pediu para passar com ele dois dias de oração e reflexão. Queria se preparar melhor para a ordenação diaconal. Retiramo-nos em uma fazenda. Foi maravilhoso. Fizemos uma grande unidade e Jesus em nosso meio atuou. Valeu como um dos melhores retiros. Maria e a Eucaristia foram os pontos mais focalizados. E nossa Senhora não deixou por menos. Expressão que ele usou: “Aprofundei-me mais nestes dois dias do que em todo o tempo de seminário”.
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sábado, 20 de dezembro de 2014

DIÁRIO DO PADRE BORGINHO CSsR- Março de 2003

PADRE ANTÔNIO BORGES DE SOUSA CSsR(+)
Felizmente, aqui estou, novamente, com meus irmãos consagrados. O Cristo crucificado me visitou de diversas maneiras. Isto me fez chegar a um amadurecimento muito grande no caminho traçado pelo evangelho e pela unidade. Dei um salto de qualidade na confiança e no abandono nas mãos do Pai. A minha confiança na misericórdia inesgotável de Deus, tornou-se grande. Isso eu queria passar a todos. A minha jaculatória constante é esta: “Meu Deus, eu vos amo e em vós me abandono!” Continuo firme, unido a todos. Espero que estejam também unidos a mim!
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