domingo, 29 de novembro de 2020

TUDO BEM, O NATAL ESTÁ AÍ

Depois deste ano difícil, de muitas dúvidas, preocupações, distâncias e separações, já começamos a olhar para o Natal. 
Será certamente um Natal diferente, mais esperado, mais íntimo e familiar. 
Muitos não poderão vir, e vamos encontrar-nos apenas de longe.
Façamos, então, deste Natal uma festa nova, saboreada e vivida. 
Iluminada pela alegria que brota dos bens do Senhor, bens da terra e do céu. 
Deus nos ama, seu Filho faz parte de nossa família, nada nos pode separar.
Estamos unidos pelo amor, lembramos na saudade de tantos e de tantos momentos. 
Olhamos para o futuro e para a vida que germina e cresce ao nosso redor. Não faz mal se, entre os sorrisos e os abraços surgir uma ponta de tristeza. 
Poderá ajudar-nos a lembrar que ainda haveremos de nos alegrar num Natal sem fim, o Natal de Jesus e o Natal de todos nós, sem vinte e seis de dezembro.

ELES NOS PRECEDERAM - PE. BENEDITO JOÃO DIAS CSsR

PE. BENEDITO JOÃO DIAS CSsR 
+29 de NOVEMBRO 1946 
Era de Campinas (GO) onde nasceu a 17 outubro de 1915. Veio para o Juvenato de Aparecida em janeiro de 1927, professando em 1934, indo, depois, iniciar seus estudos superiores na Argentina. Em janeiro de 1937 regressou, continuando a estudar no recém-inaugurado Seminário Maior de Tietê. Era 1938 (18 de dezembro), foi ordenado sacerdote, e nomeado professor do Juvenato em Aparecida. Inteligente, alegre e espirituoso, Pe. Dias foi sempre um ótimo confrade. Teria sido um grande missionário, com a simplicidade e espírito de fé que o caracterizavam. Sabia ler e estudar, com um faro bastante aguçado para escolher seus livros. Dotes literários não lhe faltavam: fantasia desenvolvida, linguagem fluente e até elegante. Mas foram outros os planos de Deus a seu respeito. Sempre muito magro, já nos primeiros anos, como professor no Juvenato, contraiu a tuberculose; e, quando ele o notou, seu estado já não era dos melhores. Foi, por isso, internado em Campos do Jordão, para um tratamento sério. Mas a enfermidade já havia avançado demais. Passou alguns anos no sanatório mas não resistiu, falecendo aos 31 anos, no dia 29 de novembro de 1946. Embora abatido, vendo sua vida chegar ao fim tão cedo, Pe. Dias soube aceitar com resignação a vontade de Deus. Meses antes da sua morte, agradecendo aos confrades os parabéns e orações pelo seu onomástico, ele escreveu: “Meus caros, a mão do Senhor me tocou. Sonhei com um túmulo glorioso, em pleno campo de batalha pelo Reino de Deus. Agora só peço a Deus que suscite em vocês todos aquele espírito que animou nosso Pai Santo Afonso... no trabalho e na salvação das almas. Só me resta dizer-lhes o que outrora dizia Jerônimo ao Bispo Agostinho: ... basta-me um cantinho no deserto, para terminar os meus dias, e fazer penitência dos meus pecados. Firmes, pois meus amigos, na melhor parte que vocês escolheram, sem olhar para o século e seus falsos profetas!”
CERESP 
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP 
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam) 
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR 
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

sábado, 28 de novembro de 2020

ELES VIVERAM CONOSCO - IR. LUCAS (BERNARDO ARNOLD) CSsR

IR. LUCAS (BERNARDO ARNOLD) CSsR
+28 de NOVEMBRO 1953 
A portaria do Convento de Aparecida o conheceu durante quase 30 anos. Era de Ittenhausen (Alemanha) nascido a 13 de agosto de 1871. Professou na C.Ss.R. em 1895, vindo para o Brasil em 1902. Foi logo designado cozinheiro em Aparecida, e desempenhando o mesmo ofício, esteve depois em Goiás, até 1912, ano em que veio para a Penha, como porteiro. Em 1926 foi para a portaria de Aparecida, onde trabalhou até a sua morte. Um “fora de série” — esse foi o nosso Irmão Lucas. Com invejável equilíbrio, era um homem sempre alegre, e profundamente recolhido. Em todo o seu modo de falar e agir, via-se o justo que vivia intensamente ex fide. Impressionava a todos pelo seu recolhimento e piedade, mormente quando na capela, onde costumava passar seus momentos livres. De uma simplicidade infantil, era a caridade em pessoa, não só para com os confrades, mas principalmente para os pobres que sempre o importunavam na portaria. Para todos, além de alguma esmola, tinha sempre uma palavra de consolo, de alegria e de animação. Nunca estava ocioso, porque não esperava que o trabalho se apresentasse; era ele quem o procurava onde pudesse estar. A alegria, a paz interior que sempre o distinguiram, já aparecem numa carta que escreveu em 1909, ao Provincial da Alemanha. Entre outras coisas ele diz nessa carta: “Onze anos atrás meu cavalo disparou morro abaixo com a carroça cheia; o eixo quebrou, e a carroça passou por cima de mim. Mas Deus seja louvado, tanto no sofrimento como na alegria. Deus seja mil vezes bendito pela ótima saúde que me deu, pois não sinto absolutamente nada com a mudança de clima. Até agora não me arrependi de ter atendido ao chamado de Deus, para vir trabalhar aqui no Brasil; pelo contrário, nem sei como agradecer”. E ele soube muito bem agradecer com sua vida de oração e trabalho, durante os cinqüenta anos que viveu entre nós. No fim da vida, percebendo que já não podia mais trabalhar como antes, aceitou a última doença com a mesma paz e tranqüilidade com que se sempre viveu. Quando a 28 de novembro de 1953 a irmã morte apresentou para levá-lo à presença do Pai, ele a recebeu com a segurança do servo bom e fiel, certo da recompensa final.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

ELES VIVERAM CONOSCO - PE.CARLOS ARTHUR ANNUNCIAÇÃO CSsR

Padre Carlos Artur Annunciação 
Missionário Redentorista
(+) 25 de Novembro de 2020 
NOME COMPLETO: Carlos Artur Annunciação 
NASCIMENTO: 09 de fevereiro de 1947, bairro Bela Vista. São Paulo - SP 
PAIS: Cândido Arthur Annunciação e Dalva Bassi Annunciação
PROFISSÃO TEMPORÁRIA: 20 de janeiro de 1970 
PROFISSÃO PERPÉTUA: 30 de janeiro de 1977 
ORDENAÇÃO DIACONAL: ------------- 
ORDENAÇÃO PRESBITERAL: 25 de junho de 1977, na Igreja Matriz de São Vicente - SP 
BISPO ORDENANTE: Dom Antônio Celso Queiroz, Bispo Auxiliar de São Paulo 
ESTUDOS REALIZADOS (CAPACITAÇÃO PASTORAL, PROFISSIONAL OU ARTÍSTICA) A PARTIR DO II GRAU:
Humanidades, no Seminário Santo Afonso, em dezembro de 1968. Filosofia e Teologia no Instituto Redentorista de Estudos Superiores, em São Paulo. 
COMUNIDADES ONDE VIVEU E CARGOS JÁ EXERCIDOS:
Em 1978, iniciou sua Vida Apostólica como Missionário das Missões Populares, morando em São João da Boa Vista. Foi sempre um ótimo missionário. Nas Missões Populares ficou até dezembro de 1981, quando foi transferido para o Seminário Santo Afonso, em Aparecida, como Formador de novos missionários. A 01.10.1984, foi eleito Conselheiro Provincial, por 3 anos. No Seminário Santo Afonso, foi Superior da Comunidade, Formador dos seminaristas e Diretor do Seminário (1987). Em setembro de 1987 foi reeleito Conselheiro Provincial, por mais 3 anos. No Seminário Santo Afonso, ficou até dezembro de 1990, quando foi transferido para o Convento do Santuário, ao lado da Basílica Nova, dedicando-se ao apostolado com os Romeiros. A 12.12.1996 tomou posse como Reitor do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. A 26.12.1996 foi nomeado Superior da Comunidade Redentorista do Santuário Nacional de Aparecida. A 07.03.1999, Dom Aloísio, Cardeal Lorscheider, Arcebispo de Aparecida, nomeou-o Vigário Episcopal para o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. Em dezembro de 1999, foi transferido para São João da Boa Vista, como responsável do Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Foi nomeado também Superior da Comunidade. A 08.12.2002 foi nomeado Pároco da Paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Jardim Paulistano, em São Paulo. Tomou posse da Paróquia a 19.01.2003. Em janeiro de 2007, retornou ao Santuário de Aparecida a fim de colaborar na Pastoral dos Romeiros. 
TESTEMUNHO VOCACIONAL O que Santo Afonso representa na sua vida? Santo Afonso foi o grande inspirador da minha vocação. Ainda jovem pude conhecer a vida dele através das Missões Redentoristas e depois através de livros também e tudo isso bateu muito com aquilo que eu desejava. Eu queria ser missionário, queria ser padre, mas não padre de paróquia. Eu queria ser evangelizador e trabalhar com os mais pobres e com as pessoas excluídas da sociedade e foi isso que eu vi em Santo Afonso. Então, ele realmente me atraiu e eu entrei para congregação já há mais de 50 anos. Você foi feliz na sua escolha vocacional? Eu penso que sim, e isso eu agradeço a Deus. A gente tem muitos defeitos, falhas, deficiências, mas eu vejo que foi o modo de me realizar como pessoa. Eu me sinto uma pessoa feliz e tranquila, vivo bem na comunidade na congregação, então, eu acredito que Deus me inspirou e me iluminou e eu pude escolher o caminho certo. 
O que significa ser Redentorista? 
Redentorista é aquele que segue o Redentor,Jesus Cristo, em primeiro lugar. Ser Redentorista é identificar-se com o Redentor e viver com Ele, participar da sua vida, ter os mesmos sentimentos e pensamentos; a mentalidade de Jesus. Esse Redentorista é aquele que trabalha na redenção na libertação das pessoas, principalmente. No nosso caso, com o carisma afonsiano trabalhamos na libertação dos mais pobres e abandonados ou como a gente costuma dizer hoje, aqueles que são os mais feridos e machucados pela sociedade.
Hoje, morreu o padre Arthur Annunciação . Não fomos contemporâneos, frequentamos os mesmos espaços de formação redentorista. Gostava de ouvi-lo, transmitia fé, era convicto, sua voz era suave, elevava a Deus. Gosto da CSRR, identifico-me com seus misteres, não nego minhas origens, sofro com perdas, choro com ausências irreparáveis.Alexandre Dumas 
Meu contemporâneo e ficamos amigos sempre, combateu sempre o bom combate, recebeu o prêmio, nós sentiremos saudades!Thozzi 
Saí do Seminário e trinta anos depois encontrei-me com o Pe. Arthur. Nunca mais me esqueci daquele dia, ele se recordou de mim, disse meu nome e de onde era. A Rita, minha mulher, também ficou admirada. Encontramo-nos, em 2019, no Jardim Paulistano. Ele ia começar a celebração, intimou-me a ficar para fazer a leitura, o que fiz com grande alegria e lisonjeado.Antônio de Lima
Meu irmão. Fui seu contemporâneo no Seminário de Santo Afonso.Segui até NOVICIADO e retornei a SANTOS , bem vizinho à terra do PE. CARLOS ARTHUR, SÃO VICENTE. Autêntico, firme. Ainda não entendi, nem quero entender esse fim tao triste e prematuro desse anjo bom. Vai estar ou já está com JESUS, com Pe. NEGRI, LAURO, como uma luz na CONSTELAÇÃO REDENTORISTA. Outros 29 REDENTORISTAS com COVID... Quando vão entender que nem MARIA nem JESUS não querem ninguem na BASÍLICA ainda nessa PANDEMIA? Por que tanta ganância ? Por que tudo em nome de uma "campanha" que pode e deve esperar?... Quantos ainda vao partir em plena pandemia?... Vai com DEUS MEU AMIGO IRMÃO. Desculpa essa dor. Eu sei que MARIA JA TE ABRAÇOU NO CÉU. AMÉM-Nelson Duarte

PADRE CARLOS ARTHUR CSsR - FALECIMENTO

PADRE CARLOS ARTHUR ANUNCIAÇÃO
Caros confrades, bom dia! Ontem, quarta-feira, às 23h50 do dia 25/11/2020, faleceu o nosso querido Pe. Carlos Artur Annunciação! 
Devolvemos a sua vida, que sempre foi marcada pela fé e pela alegria de ser discípulo fiel do Redentor, como filho de santo Afonso, e um devoto apaixonado de Nossa Senhora Aparecida, nosso Perpétuo Socorro! 
Descanse em paz, querido Pe. Carlos e interceda por nossa Província e CSSR. Deus o acolha na festa sem fim! R.I.P. 
O enterro será, hoje 26.11.20, às 10h30. Por isso podemos unirmo-nos virtual e espiritualmente neste momento de entrega da Vida do Pe. Carlos Artur a Deus, através da missa das 9h00 que será celebrada no Santuário Nacional nessa intenção. 
PADRE FRANCISCO DE ASSIS
MIGUEL-REDENTORISTA
[26/11 05:57] Pe Chicão

ELES VIVERAM CONOSCO - REGINALDO SILVA – ANTIGO SEMINARISTA REDENTORISTA

REGINALDO SILVA ANTIGO SEMINARISTA REDENTORISTA
+ 25 Novembro 1962
No dia 25/11/62 tivemos uma grande tristeza! Morreu o seminarista aparecidense Reginaldo Silva, filho de Luís Oliveira Silva e Maria Mercedes Silva. Durante a semana santa ele tivera um ataque convulsivo. Foi mandado para a sua casa para tratamento. Após algum tempo, Dr. Sigaud deu um atestado declarando que podia voltar aos estudos. Segundo o doutor, era problema de vermes. Reginaldo era alegrinho, bom cantor, bom jogador de futebol, bem comportado. Em setembro de 62 seus pais foram avisados que ele não podia continuar no seminário em 63 por causa da sua dificuldade nos estudos, apesar de boas qualidades. Não foi logo para casa para não perder o ano. Ele mesmo foi preparado por mim para enfrentar essa dura realidade. Chorou muito. À noite de 24/11, após um filme no refeitório, sofreu outra convulsão. Socorrido, ele se recuperou. Foi dormir. Mas, já na cama, um colega notou que ele não estava bom. Chamou o Diretor, Pe. Negri, Pe. Vieira e o Pe. Zulian. Imediatamente eu e o Pe. Furlani pegamos a condução, que estava na Pedrinha para levar no dia seguinte o Pe. Vieira para Aparecida, e fomos atrás do doutor e dos pais do Reginaldo. Estava chovendo muito. Tivemos que parar um bom tempo na passagem de um córrego transbordante logo após o Fazendão. Rezamos um terço. A chuva parou. Arriscamos atravessar e conseguimos. Acordamos primeiro o doutor em Guaratinguetá. Depois fomos ao Bairro de Santa Teresinha, em Aparecida, buscar o Sr. Luís Oliveira. Nesse meio tempo, Reginaldo piorou. Pe. Furlani deu ao menino a unção dos enfermos. Pe. Francisco Vieira ficou ajudando, junto com alguns seminaristas. Ele faleceu serenamente às 0:10 do dia 25/11/62, disse-nos o Pe. Zulian. Ao chegar, ali pela uma hora o médico, constatou que havia morrido de edema pulmonar.
Veja a crônica escrita pelo juvenista Antônio Benedito Martins, colega de curso do falecido: “Georgino Ribeiro (Zoza) nosso cozinheiro, Pe. Vieira e outros amigos da Pedrinha ajudaram a preparar o corpo. Às 5 horas da manhã o corpo de Reginaldo já estava na capela do SRSA. O velório se estendeu até as 16 horas. Durante todo o dia muitos amigos da família desfilaram diante do caixão rezando e trazendo as condolências. Pe. José Oscar Brandão, Pe. José Rodrigues de Souza, os prefeitos e professores do SRSA prestaram total solidariedade. José Borges Ribeiro e outros amigos de Aparecida ajudaram demais, nos preparativos do funeral e dos papéis necessários.
Às 16 horas houve Missa de Corpo Presente (em latim) celebrada pelo Pe. Silvério Negri e assistida pelos padres, irmãos coadjutores e muitos parentes e amigos da família enlutada. Carregamos o féretro em procissão com todos os seminaristas do Pré e do SRSA.
Os pais do Reginaldo, no dia do enterro, mostraram muita conformidade, embora com muita dor. Entretanto, alguns dias depois, apareceram algumas críticas sobre o diagnóstico do Dr. Sigaud e sobre o modo como ele cuidou do caso, justamente por seu um médico muito respeitado em Guaratinguetá e em Aparecida.
PADRE SILVÉRIO NEGRI CSsR+
Além de muito inteligente jogava muita bola. Infelizmente faleceu numa noite de grande tempestade, riacho transbordou e não conseguiu chegar à Santa Casa. Sebastian Baldi
Foi meu colega em Pedrinha e se minha memória ainda me ajuda , seu óbito deu-se em 1962, ano em chegamos em Aparecida . Permaneceu conosco pouco tempo , mas ficou em nossas lembranças . Que esteja em paz.  Vágner Gaspar
                               

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. JUVENAL MARTINS RATTO CSsR

PE. JUVENAL MARTINS RATTO CSsR 
+ 25 de NOVEMBRO 1982 
Era paulista de Mogí das Cruzes, onde nasceu a 13 de novembro de 1911. Aos doze anos ingressou no Seminário Santo Afonso, de Aparecida- SP. Em 1931 fez o seu noviciado em Pindamonhangaba, onde professou a 26 de abril do ano seguinte. Os estudos de Filosofia e Teologia ele os fez em Villa Allende (Argentina, sendo ordenado em Tietê a 24 de janeiro de 1937. Até 1941 trabalhou em Goiânia e Aparecida, como cooperador. Dedicou- se depois à vida missionária nos Estados de São Paulo, Goiás e Rio Grande do Sul, tendo pregado perto de 100 missões. Durante vários anos exerceu, com muita dedicação, o cargo de Procurador Provincial. De ótima saúde, Pe. Martins foi sempre um Redentorista de grande atividade. Como Procurador, atento e minucioso, nada esquecia, preocupado em tudo prever para o bem da Província. Como missionário não se poupava, e soube aproveitar bem de sua saúde e da força de sua voz nas pregações. Ótimo confrade, sempre alegre e disposto, tanto para o trabalho, como para as festas, passeios e recreações. Nos seus últimos anos pouco pôde trabalhar, devido à sua saúde que começou a cair quase de repente. Mesmo assim não descuidava suas notas e apontamentos. Basta lembrar que na sua ficha pessoal, do Arquivo Provincial, acrescentou ao formulário já de quatro páginas, outras quatro, anotando pormenores dos seus trabalhos de missionário e procurador.(*) Membro da comunidade de Sacramento-MG em 1982, embora não fosse homem de se preocupar muito com sua saúde, acabou convencendo-se da necessidade de um tratamento em São Paulo. Tudo foi feito para impedir que uma grave infecção continuasse a lhe minar as forças. Mas já era tarde. E no dia 25 de novembro ele faleceu repentinamente em nossa casa do Jardim Paulistano, em São Paulo. Estreou como primeiro redentorista sepultado no jazigo da Província, no Cemitério Getsêmani, em São Paulo. (Arquivo Provincial) 
CERESP 
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP 
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam) 
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR 
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

terça-feira, 24 de novembro de 2020

ELES VIVERAM CONOSCO - ANTÔNIO BICARATO, OBLATO REDENTORISTA E ANTIGO SEMINARISTA

 ANTÔNIO BICARATO, OBLATO REDENTORISTA 

E ANTIGO SEMINARISTA

+24 DE NOVEMBRO 2014
Morreu em 24/11/14, o Oblato Redentorista Antônio Bicarato, aos 74 anos. Seu Toninho, como era conhecido, trabalhava desde 2011 na sede da CNBB, em Brasília, inicialmente como auxiliar de administração e, em seguida, como revisor de textos. Em nota de pesar, o secretário geral da Conferência, dom Leonardo Steiner, destacou que "Toninho, oblato redentorista, dedicou sua vida e seus dons com generosa fidelidade à Igreja, na oração diária da Liturgia das Horas e do Rosário de Nossa Senhora, na dedicação aos mais pobres, na educação da família e na pronta disponibilidade para servir. Na CNBB, passaram por suas mãos boletins de notícias, documentos, comunicados e tantas importantes publicações que animaram e colaboraram com a ação evangelizadora da Igreja no Brasil". Toninho estava em tratamento contra um câncer no pâncreas, descoberto em outubro passado. O sepultamento ocorreu em São José dos Campos (SP). Viúvo, deixou cinco filhos e duas netas. Na Província de São Paulo, entre diversas colaborações, trabalhou na Editora Santuário.
29/01/2013
Chove a noite toda. “Acho que começou a estação das águas”, pensou. Até seria bom chover assim. Uma chuva mansa e criadeira. Chuva-mãe. Chuva-prenhe. É dessa chuva que nascem as flores e os pensamentos bons. É como se Deus lançasse um véu sobre a terra. Véu tipo véu mosquiteiro de berço. Véu que protege. Vou caminhando pelas ruas lavadas e as árvores como que agradecendo fazem tapetes amarelos, rosas, roxos, brancos…
Ah! como é preciso agradecer! Pelos tons da minha vida, pela rotina encantadora de Deus renascendo em mim e na natureza.”
O artigo acima é inspiração do nosso estimado Bicarato que nos deixou e foi viver na eternidade ao lado de sua sempre querida Benê!
Vejam a bela série de seus artigos, frutos de grande sensibilidade de alma pura!
Fique com Deus para sempre caro amigo e colega e receba nossas plenas orações para esse caminho que passou a trilhar!
DESCANSE EM PAZ! Antônio Ierárdi Neto
Antonio Bicarato foi um dos meus grandes amigos no seminário. Foi meu professor de desenho e me colocou como desenhista da revista maior do seminário, a Redemptio,  tenho lá muitos desenhos. Até hoje uso os seus ensinamentos quando preciso desenhar algo com perspectiva. Tinha a minha idade.Uma das pessoas mais queridas que tinha no seminário. Ele me ensinou a desenhar e uso até hoje os seus ensinamentos e passo para frente. Ele plantou e deu frutos. Estou muito triste, minhas lágrimas tem um grande motivo. Perdemos um grande amigo, sem fanatismo, sem preconceito, e o ex que não deveria ser ex nunca. Mas na vontade de Deus, ninguém interfere. Ele está com sua esposa querida a Bene, ambos nos braços de Deus.Abner 
Fiquei sabendo as dezesseis horas e fui até o cemitério participei da missa de corpo presente celebrada pelo Pe Rogério das Neves (amigo particular do Bicarato) e concelebrada pelo Pe Ferdinando juntamente com o Diácono chanceler da Cúria Gerardo Paschoale. È mais um amigo que vai pra junto de Deus receber seu premio pois cumpriu sua missão com muito amor.José Hélio Reis 
Que pena pela perda da companhia dele; mas que bom, pois completou sua caminhada, e dignamente. Adeus.Antônio Cláudio Ferreira



Uma vez Redentorista sempre Redentorista, por ocasião de minha meu exame na filosofia o tema da redação foi: "Floresça onde Deus te colocou mesmo que seja sobre uma rocha". Muitos passaram pelo seminário mas quis Deus que florescessem em outros jardins. Abraços a todos. José Hélio dos Reis 
Queria falar sobre o Bicarato, fomos contemporâneos, ele mais novo, encontramo-nos em troca de turmas. Tivemos a felicidade de conviver por muitos anos na sociedade de Guaratinguetá, era respeitado, pessoa íntegra, sua esposa Benê, amiga de minha irmã Margarida, era doce, exemplo de fidelidade e fé. Seus filhos eram amigos dos meus filhos. Registro somente única divergência acontecida em um encontro da Uneser. Referindo-me ao padre Pereira, meu primeiro diretor, fiz comentários onde demonstrava frustrações em nosso relacionamento pregresso, coisas que guardo até hoje, ele não gostava de mim e sempre lutou pela minha exclusão do seminário em contraponto ao padre Ribolla. Bicarato se exaltou e não admitiu que eu continuasse a denegrir, a seu ver, essa pessoa que lhe era muito cara. Calei-me em nome do grande apreço que lhe dedicava e dedico para sempre.Alexandre Dumas 
Você, Dumas, sempre mostrando a grandeza de sua alma Quando entrei no seminário, o padre Ribola era diretor. Um dia fiz uma traquinagem e ele me deu uns tapas na orelha, que fiquei uns cinco dias com um zumbido de mil abelhas na cabeça.. Chorei bastante, pois era bem novo e estava ainda aprendendo a ser seminarista, e pensava nas surras que minha mãe me dava eram bem melhores. Agradeci a Deus quando ele saiu e foi ser provincial. Mas ele não largou de meu pé.; Um dia ele esteve lá e queria me mandar embora, mas não queria ter a responsabilidade do ato. Queria que eu pedisse demissão. Não pedi. O padre Vieira foi diretor no lugar dele. e foi o meu melhor amigo.Abner
Abner Ferraz de Campos , mudando o nome Ribolla por Pereira, eu poderia aproveitar seu texto "in totum" para relatar caso semelhante acontecido comigo. Respeitando, porém, este espaço dedicado ao Bicarato, contarei minha história em ocasião mais propícia.Alexandre Dumas

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

ELES VIVERAM CONOSCO - Irmão Vidal Vieira de Campos, C.Ss.R.

Irmão Vidal Vieira de Campos, C.Ss.R.
(*)09.12.1942 - (+)23.11.2019

Faleceu  o irmão Vidal Vieira de Campos, missionário redentorista. Ele estava com 77 anos e faleceu nas dependências da comunidade do Noviciado, em Tietê (SP). 

Irmão Vidal completou, em 2019, 55 anos de profissão religiosa. 
Irmão Vidal faleceu aos 77 anos, depois de 55 anos de vida consagrada. Nascido em Sorocaba (SP), irmão Vidal professou os seus votos na congregação no dia 02 de fevereiro de 1964 e a profissão perpétua no mesmo dia em 1970. Ao longo de seu ministério, o missionário exerceu diversas atividades, sempre com muita disponibilidade e solicitude. Irmão Vidal foi um verdadeiro irmão dos confrades, sempre serviçal e alegre. Humilde e de boa convivência, aceitou, com paciência e sem reclamar, a limitação que possuía na audição. Nos últimos anos, conviveu na comunidade de Tietê, servindo como sacristão na Igreja Santa Teresinha, onde veio a falecer no dia 23 de novembro, após ter servido como sacristão nas missas da tarde e da noite. Nesta missa da noite, após a coleta, dirigiu-se para o quarto e como demorava a retornar, foi procurado por um dos noviços, que o encontrou caído no chão, já sem vida. Veja por onde o missionário exerceu seu ministério: 
De 1964 a 1966, na Penha em São Paulo, porteiro, sacristão, auxiliar de cozinha. 
De 1967 a 1976, em São Paulo (Jardim Paulistano), porteiro, secretário paroquial e sacristão. 
De 1977 a 1979, em Aparecida, no Seminário Santo Afonso, serviços gerais e porteiro. 
De 1980 a 1984, em São João da Boa Vista-SP, sacristão. 
De 1985 a 1989, em Aparecida-SP, no Seminário Santo Afonso, colaborava na pastoral vocacional do Santuário de Aparecida. 
Em 1990 e 1991, São Paulo (Jardim Paulistano), sacristão e correios. 
Em 1992, em Tietê-SP, sacristão. 
De 1993 a 2005, São Paulo (Jardim Paulistano), sacristão e correios. 
De 2006 a 2008, em São João da Boa Vista-SP, sacristão auxiliar. 
Em 2009, em Tietê-SP, sacristão. Viveu também no Seminário São Geraldo, em Sorocaba-SP, auxiliando na formação e administração. 
Como Missionário Redentorista, Irmão Vidal volta à Casa do Pai para receber a Coroa que foi prometida àqueles que perseverarem na fé e na vocação. No dia em que celebramos solenemente, aqui na terra, Jesus Cristo Rei do Universo, seus restos mortais serão levados para o Cemitério de Tietê, após missa concelebrada pelos Padres e Irmãos redentoristas, com participação dos familiares e dos fiéis. A Missa de corpo presente aconteceu às 14h30, na igreja Santa Teresinha, e o enterro, às 16h00. Com Deus, para sempre, Ir. Vidal! Que a Mãe do Perpétuo Socorro, São Geraldo Majella e os Santos Redentoristas o acolham no Céu! E de lá, interceda por nós!

ELES VIVERAM CONOSCO - VENERÁVEL PE. PELÁGIO SAUTER CSsR

VENERÁVEL PE. PELÁGIO SAUTER CSsR

+23 de NOVEMBRO 1961 

“Canonizado” pelo povo goiano como o “apostolo de Goiás”, Pe. Pelágio nasceu na Alemanha a 9 de setembro de 1878. Tinha 15 irmãos, dos quais um, de nome Gaspar, também se fez redentorista. Professou em 1902, sendo ordenado em 1907; e em 1909 chegou ao Brasil. Sua vida foi então, quase toda em Goiás, onde trabalhou como missionário, vigário, distinguindo-se sempre por uma extraordinária dedicação aos pobres e doentes. Sua simplicidade no trato com todos, sua piedade sincera, aliada a uma grande caridade para com os necessitados, foram a causa da veneração com que era procurado e acolhido em toda parte, nos 49 anos que trabalhou em terras goianas. Como missionário foi realmente incansável, tendo percorrido quase todo o Estado de Goiás, sempre no lombo...da sua condução. Como Vigário de Trindade, deu grande impulso ao movimento religioso do Santuário; mas se ele se tornou tão popular e querido por todos, foi devido à dedicação com que atendia os mais pobres e sofredores. De grandes distâncias vinham os caboclos a procura de uma palavra sua, sempre acompanhada de uma benção que ninguém dispensava, como forte e até miraculosa. Na comunidade ele era o confrade que todos estimavam, principalmente quanto a idade já avançada o prendia mais em casa. Alegre e disposto, sabia animar os recreios ou uma prosa com velhas histórias, marcadas de saudade, das suas andanças pelo sertão goiano. Nos seus últimos cinco anos, seu apostolado foi sempre com os doentes que o solicitavam, atribuindo à sua bênção curas extraordinárias. Indo, certo dia, visitar um pobre, apanhou muita chuva pelo caminho, sobrevindo-lhe depois um resfriado muito forte. Com as forças já combalidas, esse foi apenas o início de outras complicações que o levariam à Santa Casa de Goiânia. Após uma semana de sofrimento, sempre rezando e assistido .pelos confrades, faleceu a 23 de novembro de 1961, levando para eternidade mais de 50 anos vividos para a gloria de Deus e bem das almas. Por ocasião da sua morte, houve em todo o Estado, luto oficial de três dias, e ponto facultativo em Goiana, no dia do seu enterro. Este foi acompanhado por umas trinta mil pessoas, todos querendo tocar seu corpo com objetos de devoção ou com flores. Com muito jeito, alguém chegou a lhe cortar um pedaço da batina — como preciosa relíquia.
NOTA:Desde 1997 está introduzido em Goiânia seu processo canônico de beatificação, cujo vice-postulador da causa é nosso estimado Padre Clóvis de Jesus Bovo, missionário redentorista, que mantém um portal diário em honra deste servo de Deus. No dia 7 do mês de novembro de 2014, o Papa Francisco reconhece pela Santa Sé o processo desde então deste Servo de Deus que passa ser VENERÁVEL. Parabéns, Padre Clóvis pela sua incansável luta. Em breve tempo veremos beato nosso venerável Pe.Pelágio e, principalmente Goiás que o consagrou seu APÓSTOLO, o terá logo logo em seus altares como SANTO!(Ierárdi)
(https://www.facebook.com/pepelagiosauter/).
Dia 7 de novembro de 2014 o Papa Francisco, assinou o decreto proclamando as virtudes heroicas do servo de Deus, Padre Pelágio Sauter, recebendo o título de Venerável. Este título é o resultado da fase mais importante, mais trabalhosa e mais exigente de uma causa de canonização. É como o alicerce de uma construção. Em cima dele vão se erguendo os outros andares: beato, santo, intercessor, modelo de virtudes, glorificado na terra e no céu. O milagre exigido pela Igreja é apenas para confirmar o que foi dito sobre suas virtudes. Esse título abre caminho para se continuar as pesquisas sobre sua vida. Qualquer profissão ou carreira neste mundo exige uma porção de etapas ou degraus da escada que leva até a formatura! Coisa semelhante acontece quando se quer canonizar alguém. Cabe-nos agora conhecer melhor este modelo de santidade que a Igreja nos propõe para ser imitado. Ao invocá-lo ou ao falar dele, acrescentemos sempre seu novo título de Venerável.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR

domingo, 22 de novembro de 2020

ELES VIVERAM CONOSCO - Pe. Orlando Gambi CSsR

Pe. Orlando Gambi CSsR
22 de novembro de 2005
Pe. Orlando nasceu em Machado, MG, no dia 17 de maio de 1925, filho de Celso Gambi e Assunta Bartolomeu Gambi. 
Admitido ao Seminário Santo Afonso em 1937, aí concluiu o curso em dezembro de 1944. Durante o ano de 1945, fez o Noviciado em Pindamonhangaba, onde fez a Profissão Religiosa na CSSR, a 02.02.1946. Foi Ordenado Sacerdote, na Igreja Matriz de Tietê SP, a 27.12.1950, por Dom José Carlos de Aguirre, Bispo de Sorocaba SP. 
Celebrou sua Primeira Missa Solene, em Machado MG, a 07.01.1951. Deixou o Seminário Maior, em janeiro de 1952,
Iniciou seu ministério no Santuário de N. Sra. Aparecida. Depois de dois anos lecionando no Seminário Sto. Afonso, no primeiro semestre de 1957 fez, em São João da Boa Vista, o IIº Noviciado, preparando-se para as Missões Populares. Depois de sete anos, de 1963 a 1965, dedicou-se a uma pastoral de vanguarda entre o operariado nas fábricas de S. Paulo. Em Roma e Lovaina fez um curso de Sociologia Pastoral.
Voltando ao Brasil, em 1967, iniciou seus trabalhos na Rádio Aparecida, cuja direção geral assumiu de 1970 a 1981. Sua atuação foi marcante na história da emissora: terminou a construção da nova sede, promoveu grande renovação técnica, conseguiu novas freqüências e aumentos de potência. De 1982 a 1987 dirigiu a Comunidade Redentorista e a Paróquia de N. Sra. do Perpétuo Socorro, em S. Paulo, SP. Desde então residiu em Aparecida, SP.
Poeta e músico, autor de muitas composições. Pregador, radialista e escritor de atividade incansável. Deixou muitas obras publicadas e sempre colaborou com revistas e jornais. Muitos de seus textos poéticos foram divulgados em CDs e na Internet, que lhe abriu um novo campo em seus últimos anos.
De personalidade rica, emotiva e entusiasta, conquistou inúmeros e fiéis amigos e admiradores. Na vida comunitária foi sempre uma presença marcante.
Sua saúde, nem sempre muito firme, debilitou-se nos últimos dois anos. Depois de longo calvário em consultórios e hospitais, encerrou sua peregrinação às 7,30h de 22 de novembro de 2005, aos oitenta anos de vida. Viva na Paz do seu Senhor.
OBRAS DO PE. ORLANDO GAMBI
Editora Salesiana:
De coração aberto 
Oração na simplicidade
Shalon:
Conversando sem segredos
Editora Santuário:
Como eu dizia, Senhor 
Criança 
Fique de bem com a vida 
Gosto que me falem amor 
Meu Natal para quem amo 
O Natal que te quero 
Paz e bem 
Porque somos amigos 
Quero dizer a Deus que... 
Um viva ao amor 
Ver a vida com amor 
Vida de Monsenhor Filippo 
Vida de Santa Teresinha 
Vida do Padre Luis Guanella
Vida do Pe. Gaspar Stanggassinger
TRADUÇÕES
Editora Santuário:
Do alemão:
José, escolhido de Deus
Maria, mãe querida
Do italiano:
A caminho com Jesus
Eles vivem na paz 
Via sacra dos idosos
Padre Gambi foi meu professor, a última vez que eu o vi foi em uma missa por ele celebrada numa comemoração de minha família. Na hora da saudação, ele sugeriu que trocássemos as palavras tradicionais por "Irmão, eu te amo", aproveitei o ensejo e dirigi-me ao meu irmão, ao meu lado, proferi as palavras e, nesse dia, reatamos relações um tanto estremecidas em nosso relacionamento.Alexandre Dumas Pasin

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

ELES VIVERAM CONOSCO - IR. JOSÉ (USCHOLD) CSsR

IR. JOSÉ (USCHOLD) CSsR 
+20 de NOVEMBRO 1975 
Bávaro, nascido a 6 de maio de 1894. Ingressou na C.Ss.R. em 1912, professando em 1919. Trabalhou na Alemanha até 1931, ano em que veio para o Brasil. — Embora bom cozinheiro, Irmão José trabalhou em quase todas as Casas da Província de São Paulo e de Porto Alegre como marceneiro. A seu respeito escreveu o Provincial da Alemanha ao nosso Vice- Provincial: “Igual a ele dificilmente o Sr. poderá encontrar um outro. Firme na vocação, cuidadoso, econômico, prático, e trabalha por três; cedendo-o nós perdemos muito”. A Província de São Paulo lucrou muito. Incansável no trabalho, Irmão José sabia usar e aproveitar tudo, desde madeiras até ao último prego ou parafuso. Piedoso sem alarde; inteligente e observador, sabia caracterizar fatos ou pessoas com duas palavras, ou com alguma comparação original. Não era homem de falar muito; preferia ouvir e observar. Avaro do seu tempo, estava sempre ocupado. Na fundação do Seminário em Tietê, sem ajudante, fez todos os armários, estantes, carteiras, mesas, guarda-roupas, prateleiras para a biblioteca, enfim, tudo o que era do seu ofício. Em São João da Boa Vista deixou também a marca do seu trabalho, tomando para si o mais pesado, e deixando para o Irmão Simão já idoso, o mais leve e fácil na execução do forro da igreja. Nas suas observações, feitas em um Português todo seu, aparecia bem o marceneiro de plaina afiada, pronta para desempenar. Algumas foram destacadas: “Este de padres antigos, este de breviário debaixo do braço; este de padres modernos, este de máquina de retrato. — Este de padres antigos, este de muita meditação, este de padres modernos, este de muita televisão”. — Nos dias de festa em Pinheiro Marcado: ”Este de dia de três arroz: arroz de sopa, este de arroz de arroz, e este de arroz de doce”. — Na conferência aos irmãos, o padre encarregado lia um trecho em francês (!) e o traduzia para seus ouvintes. — Irmão José lhe disse: “Este de conferência este de grandes porq’ria; este de livro francês este de muito ofende alemão...” idoso, e com a saúde já abalada, está ele em Goiânia, ajudando nos trabalhos da Casa. Nunca se queixava sequer de um incômodo, e se teve alguma doença ninguém o soube, pois nada dizia a respeito. Com 81 anos, faleceu a 20 de novembro de 1975.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

terça-feira, 17 de novembro de 2020

ELES NOS PRECEDERAM - PE. ANTÔNIO (DE LISBOA) FISCHHABER CSsR

PE. ANTÔNIO (DE LISBOA) FISCHHABER CSsR 
+17 de NOVEMBRO 1937 
Ao falecer em 1937, Pe. Antônio era o Padre mais velho da Vice- Província, chamado carinhosamente de “Vovô” pelos confrades. É que, além disso ele fora sempre um grande coração, cheio de bondade para com todos. Nascido a 7 de fevereiro de 1868, não pôde, quando menino, ingressar na vida religiosa como era seu desejo, pois, ficando órfão de pai, teve de trabalhar como serralheiro, ao lado de um seu padrinho. Somente aos 19 anos conseguiu um lugar no Juvenato da C.Ss.R. graças à caridade de um Padre seu amigo. Apesar da idade, ele se deu muito bem no meio dos colegas ainda crianças; todos o estimavam por seu tipo alegre e até bonachão. Professou a 18 de setembro de 1892, passando logo aos estudos superiores. Não foi nenhum prodígio em Filosofia ou Dogma; com muita aplicação, porém conseguiu sempre boas notas em Moral e Pastoral. Antes de terminar os estudos veio para o Brasil, e aqui continuou estudando, para ser ordenado a 29 de fevereiro de 1896, na antiga catedral de São Paulo. Seus primeiros anos de apostolado ele os passou em Goiás, como Vigário de Campininhas, atendendo a outras paróquias: Pouso Alto, Morrinhos, Caldas Novas, Palmeiras, entre outras, foram também seu campo de trabalho durante quase oito anos. Em 1904 foi transferido para Aparecida, onde foi Vigário de 1910 a 1913. Aí fundou a Pia União das Filhas de Maria, deu grande impulso à vida religiosa do Santuário, e foi incansável no confessionário, atendendo paroquianos e romeiros. Ótimo desenhista, conhecedor de estética, foi um hábil arquiteto que prestou grandes serviços à Vice-Província e a paróquias vizinhas. São trabalhos seus a igreja de São Benedito em Aparecida, as igrejas do Potim e Roseira (Nova e Velha) a Vila Vicentina e o antigo Asilo dos Velhos em Aparecida. Gostava de fiscalizar pessoalmente suas obras e tornou-se muito querido dos pedreiros e empregados que o tinham como um grande amigo e benfeitor. Já pelo ano de 1915 Pe. Antônio começou a ficar preso em casa, devido a uma inflamação nos pés, que depois lhe atacou também as pernas. Era com muito sacrifício que saia para fiscalizar suas obras; e ainda se arrastava todos os dias até a igreja, para passar horas no confessionário. Durante quase vinte anos ele viveu assim, dando a todos um impressionante exemplo de conformidade e de zelo. Seus males foram se agravando, até que, a 14 de novembro, não resistiu mais: teve de ficar de cama, para aguardar a morte que o levou logo, no dia 17, à uma hora da madrugada.
CERESP 
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP 
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam) 
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

sábado, 14 de novembro de 2020

ELES VIVERAM CONOSCO-PE. JOSÉ GARIBALDI BELTRAME (Pe. Waldemar)CSsR

PE. JOSÉ GARIBALDI BELTRAME (Pe. Waldemar)CSsR
*15 de maio 1926 - 
+14 de novembro 2016
Ele nasceu a 15.05.1926 em Santa Maria RS. Eram seus pais: Davi Beltrame e Catarina Copetti Beltrame.
Entrou para o Pré-Seminário de Pinheiro Marcado a 25.01.1939. A 31.01.1941 veio para o Seminário Santo Afonso, em Aparecida.
Fez o Noviciado em 1946, em Pindamonhangaba SP, onde fez a Profissão Religiosa na C.Ss.R. a 02.02.1947. Fez os estudo de Filosofia e Teologia no  Seminário Santa Teresinha em Tietê. Aí fez a Profissão Perpétua a 02.02.1957.
Foi Ordenado Sacerdote a 27.12.1951, em Tietê, por D. José Carlos de Aguirre, Bispo de Sorocaba SP.
Atividades pastorais e outros tipos de trabalho:
Suas atividades missionárias e pastorais se iniciaram como professor no Seminário Menor de Pinheiro Marcado, no Rio Grande do Sul, e no Seminário São José, em Campinas, Goiás.
A partir de 1956, depois de fazer o segundo noviciado, dedicou-se à pregação das Missões Populares, nos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.
Em 1965 e 1966  trabalhou no Serviço Social na Caritas da CNBB do Regional Sul III (SC e RS). De 1967 a 1970 foi pregador de Retiros para Religiosos na CRB Sul III. De 1970 a 1975 continuou pregando Retiros para Religiosos  agora independente da CRB.
A 24.04.1976 pediu adscrição definitiva à Província de São Paulo. Aqui se dedicou ao trabalho pastoral em diversas frentes como em Igrejas e Paróquias; foi pregador de retiros, foi ainda formador em nossos seminários e atuou no atendimento dos romeiros no Santuário de Aparecida, por vários períodos. Ele integrava a Comunidade do Santuário quando Deus o chamou para si.
Pe. Beltrame foi também Superior da Comunidade do Jardim Paulistano, em São Paulo.
Pe. Beltrame era um homem de grande espiritualidade e  muito dedicado à oração. Preparava com esmero suas pregações e retiros, dando assistência a diversos grupos e movimentos de Igreja. Procurava sempre estar atualizado, através de leituras e cursos esporádicos. Seu hobby predileto é a pintura.
Na madrugada do dia 14 de novembro Deus o chamou para a eternidade. Ele tinha 90 anos de vida, completados em maio; 69 anos de consagração religiosa e 65 anos de sacerdócio.
Que Deus lhe conceda, como prêmio, a eternidade. 
                 
Pe. José Inácio Medeiros, CSsR
Secretário e Superior Provincial 

ELES NOS PRECEDERAM - IR. RAFAEL (JORGE MESSNER)CSsR

IR. RAFAEL (JORGE MESSNER)CSsR
+14 de NOVEMBRO 1906 
Natural de Hellembach (Alemanha) Jorge Messner nasceu a 1º de abril de 1863. Distinguiu-se como soldado do exército alemão, chegando ao posto de sub-oficial. Mas abandonou a carreira militar, entrando na C.Ss.R. em 1888. Ainda noviço, veio para o Brasil com os primeiros redentoristas, em 1894. Estudou português com uma tenacidade realmente militar, podendo em pouco tempo ser nomeado porteiro em Aparecida. Em 1889 fez a sua Profissão, sendo transferido para Campinas, em Goiás. Tornou-se logo o companheiro inseparável de nossos missionários em suas viagens pelo sertão goiano, devido a sua disposição para cozinhar, preparar os cavalos e aprontar as bagagens. Muito dedicado, aprendeu diversos ofícios, chegando também a aprender canto gregoriano, para cantar com o povo da igreja. Após alguns anos adoeceu gravemente, e veio para a casa da Penha, para tratamento, merecendo sempre os cuidados do nosso Pe. Martinho Forner. Examinado, porém, por um especialista, constatou-se que o pobre Irmão estava tuberculoso. Em meio aos sofrimentos da sua doença e inatividade, ele só repetia: “Seja como Deus quiser, e por quanto tempo Ele o quiser”. Nunca se ouviu de seus lábios uma queixa sequer, falando sempre da morte com muita serenidade, e até com alegria. — “Como sou feliz — dizia ele — podendo morrer na Congregação!” Em seus últimos dias ainda, ofegante e com os pés inchados, arrastava-se até a Capela da casa, para rezar a Via Sacra e o terço. A 14 de novembro de 1906, após a última absolvição, ele expirou calmamente enquanto, a seu lado, o Pe. Valentim Riedl rezava a ladainha de São José, pelo qual Irmão Jorge tivera sempre uma grande devoção. De temperamento forte e um tanto irascível, todos que o conheceram afirmavam que, à custa de um grande esforço, ele chegara a ser modelo de mansidão, para os confrades e para os estranhos.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsRPe.
Flávio Cavalca de Castro CSsR 

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. ANTÔNIO BRAZ DE FIGUEIREDO CSsR

PE. ANTÔNIO BRAZ DE FIGUEIREDO CSsR
+12 de NOVEMBRO  2004 
Nasceu em Boa Esperança (MG), dia 3 de fevereiro de 1938, no Bairro Ribeirão de São Pedro, onde morou por seis anos na zona rural. Foi o sétimo dos oito filhos de João Batista Vilela de Figueiredo e Olga Dias de Oliveira; seu batizado foi em Carmo da Cachoeira (MG), dia 08 de outubro de 1938. Em 1944, seus pais mudaram-se para a cidade, onde foi crismado no dia 21 de maio, por Dom Inocêncio Engelke, Bispo de Campanha (MG). Em 1948 fez sua Primeira Comunhão. Após concluir o curso ginasial, com 19 anos de idade, entrou para o Seminário Santo Afonso, em Aparecida (SP), dia 19 de outubro de 1957. Em dezembro de 1962, terminou o Seminário Menor e, em 1963, fez o Noviciado em Pindamonhangaba, onde também fez os votos religiosos na Congregação Redentorista, dia 2 de fevereiro de 1964. Estudou filosofia e teologia no Alfonsianum, em São Paulo, e fez os votos perpétuos dia 2 de fevereiro de 1967. No dia 22 de dezembro de 1968, foi ordenado Diácono por Dom Juvenal Roriz C.Ss.R., Bispo de Rubiataba (GO). Foi ordenado Sacerdote por Dom Othon Motta, Bispo da Campanha (MG) no dia 28 de dezembro de 1969, em Boa Esperança MG. Deixou o Seminário Maior em janeiro de 1971, começando sua vida apostólica no Santuário de Nossa Senhora Aparecida,  onde ficou até outubro de 1972. De novembro de 1972 a maio de 1973, fez o 2º Noviciado, preparando-se para pregar as Missões Populares, trabalho que desenvolveu de maio de 1973 a 2002. Nesse período morou em São João da Boa Vista e Araraquara, no interior de São Paulo. Durante quase trinta anos pregou as “Santas Missões” pelo Brasil afora, evangelizando, catequizando as cidades, as periferias das cidades e, de modo especial, o povo da zona rural. Destacou- se sempre por sua maneira simples, direta e cordial de tratar as pessoas, principalmente as mais simples. Em 1994, celebrou os 25 anos de Sacerdócio, no Santuário de Aparecida. No segundo semestre de 1997, foi para Roma, para estudos de atualização teológica, e, no segundo semestre de 1998, voltou a residir em Araraquara (SP). Em 2003, foi transferido para o atendimento pastoral dos romeiros no Santuário Nacional de N. Sra. Aparecida. No dia 8 de novembro sofreu um infarto e foi internado no Hospital Frei Galvão, de Guaratinguetá (SP), onde faleceu na manhã do dia 12 de novembro de 2004. Estava com 66 anos de idade, 40 anos de Profissão Religiosa e 35 anos de Sacerdócio. Na tarde do mesmo dia, Pe. Oscar Brandão assim falou dele no momento da “Consagração a N. Senhora” no Santuário de Aparecida: “O Pe. Figueiredo, confrade e irmão nosso, era uma pessoa alegre. Teve falhas, sim. Teve limitações, sim. Mas era um sacerdote, um missionário zeloso, dedicado, caridoso, muito bondoso. Era um padre , um missionário moço, muito alegre, vivo, brincalhão, expansivo, derramado, comunicativo, entusiasmado e social. Era dessas pessoas que sabem cativar. Gostava de estar com o povo e no meio do povo. Como gostava de conversar e brincar com as pessoas!” A missa de exéquias foi celebrada no Santuário Nacional de N. Sra. Aparecida mesmo dia de sua morte, às 18 horas. Foi sepultado no dia seguinte, em Boa Esperança (MG), na cripta da igreja matriz de Boa Esperança.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP 
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam) 
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR .
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR
Me lembro muito bem dele. convivi com ele de 57 a 61. Tinha o apelido de Cafuçu , não sei porque. Acho que foi o Padre Vieira que colocou. Era um grande amigo de todos.-Abner
Abner, o sinônimo de Cafuçu é "Homem rude"...teria sido essa a intenção do Padre Vieira? - Ierárdi
Verdade! Ele chegou com maís idade acho que veio da roça. Ele trabalhava por cinco de nós. Era da turma da pesada no trabalho e duro. Com Zamuner, Masserani, Enrique Savassa e Euclides.-Abner
Era muito bem humorado e divertido. Grande ser humano! Diva Maria Hernandes-Lili