sábado, 31 de março de 2018

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. CARLOS FRIDOLINO SCHLEINKOFER CSsR

PE. CARLOS FRIDOLINO SCHLEINKOFER CSsR 
+31 de MARÇO 1974 
Bávaro, nascido a 01 de janeiro de 1887. Professou na C.Ss.R em 1908, sendo ordenado em 1914. Antes de vir para o Brasil, trabalhou na Alemanha como Missionário, Mestre de Noviços e Provincial. Em 1936 andou pela Itália e Suíça, fugitivo dos nazistas. Em 1937 conseguiu vir para o Brasil, trabalhando quase sempre como Confessor dos Noviços e Estudantes, ou na Basílica de Aparecida. Fundador e primeiro superior das Casas de Lages e Passo Fundo, trabalhou em Cachoeira do Sul e Porto Alegre. Era bem o tipo dos antigos redentoristas bávaros, militarmente rigoroso consigo mesmo, exemplo de recolhimento, de oração e pontualidade na vida comum. Era, porém, compreensivo, caridoso, e pronto para atender seus confrades. Desejando voltar para a Alemanha, em 1965 foi novamente adscrito á Província de Munique, onde ainda trabalhou, nos seus últimos anos, como Capelão de Religiosas, vindo a falecer a 31 de março de 1974.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

ELES NOS PRECEDERAM - PE. JOÃO BATISTA SCHAUMBERGER CSsR

PE. JOÃO BATISTA SCHAUMBERGER CSsR
+31 de MARÇO 1909 
Um genuíno Redentorista, pela sua piedade, seu zelo incansável, e ardente devoção a Nossa Senhora. Natural de Schwandorf (Alemanha), nasceu a 13 de dezembro de 1849. Desde criança mostrou seu desejo de se tornar sacerdote; e foi no colégio que cursava em Metten, um dos melhores alunos, devido a sua inteligência e aplicação. Já na mocidade começou a despontar como grande poeta que seria mais tarde, tanto em alemão, como em latim. Suas melhores poesias foram dedicadas a Nossa Senhora, escritas com grande delicadeza e ternura. Terminados seus estudos superiores, foi ordenado sacerdote diocesano em Ratisbona, a 7 de junho de 1874. Até 1876 não quis assumir a direção de nenhuma paróquia, pois já sonhava com a C.Ss.R. Mas, devido a perseguição religiosa, teve de esperar até 1883 para iniciar o seu noviciado. No entanto não conseguiu terminá-lo devido a uma enfermidade grave em sua vista. Restabelecido, voltou ao noviciado em 1894, professando no ano seguinte. Por determinação dos Superiores veio para o Brasil em 1903, permanecendo em Aparecida. Apesar de doente, e com 54 anos, aprendeu facilmente o Português, e pôde facilmente lecionar latim no juvenato. Em dezembro de 1907 foi transferido para a casa da Penha. Sempre muito fraco de saúde, embora culto e muito preparado, raramente subiu ao púlpito, e seu trabalho era mais no confessionário. 85 Raramente saia de casa, impressionando sempre os seus confrades pela profunda piedade. No dia 31 de março (1909) dirigiu-se da Penha para a cidade (São Paulo) a fim de buscar os óculos que mandara consertar. Na volta, à altura do Tatuapé, desceu do bonde, para fazer um pouco de exercício, caminhando até a Penha. Naquele tempo era esse trecho um caminho quase deserto. Rezando o seu terço, passou em frente de um botequim, onde estava tomando suas doses um desordeiro famoso naquelas redondezas. Vendo passar o Padre, começou a lhe gritar palavrões e ofensas. Como o Padre não lhe desse atenção, montou a cavalo, e a relhadas, derrubouo junto a um poste da Ligth, desfechando-lhe dois tiros. Com isso achou que havia matado o Padre, e continuou a cavalo, com seus palavrões e blasfêmias. Olhou, porém, atrás, e viu que sua vítima estava tentando levantar-se. Voltou furioso, e deu-lhe ainda mais um tiro, acabando por matá-lo. Preso, o desordeiro declarou: — “Sou maçom, e dos graduados; ninguém vai me condenar”. — Mas foi condenado a trinta anos de prisão. O enterro do Pe. João, que todos reconheceram como um mártir, foi mais triunfal do que fúnebre. Sepultado na Penha, seus restos mortais estão hoje na “Capela dos Mortos” em nosso convento em Aparecida.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

sexta-feira, 30 de março de 2018

RESSUSCITADOS PARA VIDA NOVA

Pe. Flávio Cavalca de Castro, 
redentorista
Nestas semanas depois da Páscoa, a Liturgia leva-nos a aprofundar as propostas de Jesus para uma vida nova. Para nós, cristãos, tudo terá de ser diferente, se acreditamos que estamos unidos a Jesus, participando de sua própria vida divina. Aparentemente nossa vida será de fato como a de todos. Como todos falamos, trabalhamos, amamos, descansamos e tudo o mais. Tudo isso, porém, nós o fazemos de um jeito diferente, movidos interiormente pelo poder de Jesus, participando de sua vida divina. Por isso é que também podemos mudar a realidade, transformando-a por dentro, fermentando e salgando, como disse Jesus. Vencemos a morte e somos gente de um mundo novo.

CANTO DELLA PASSIONE - SANTO AFONSO MARIA DE LIGORIO



A Cantata da Paixão por Santo Afonso de Ligório
Desde a antiguidade, a música foi utilizada como instrumento que auxilia o ser humano a progredir em todas as suas dimensões. Mas foi no papado de Gregório Magno que a Igreja incluiu a utilização da música nas liturgias introduzindo o Canto Gregoriano ou “cantochão”. Daí por diante, o canto foi assumido como elemento importante na cultura religiosa católica.
Já na época em que viveu Santo Afonso de Ligório havia uma grande produção musical, o fundador da Congregação do Santíssimo Redentor compreendeu a importância e o poder da arte musical para aprimorar seu trabalho evangelizador: ele utilizou a música e do canto no seu trabalho pastoral. Além de outras habilidades artísticas, Afonso de Ligório também foi um músico exímio. Compôs muitas músicas, entre elas “Tu Scendi Dalle Stelle”, tão conhecida música natalina europeia. Mas, entre suas composições destaca-se a “Cantata dela Passione” (Cantata da Paixão), também conhecida como o “Dueto de Santo Afonso”.
Analisando rapidamente a poesia da obra, vemos que a Introdução apresenta um encontro entre Jesus que carrega a Cruz para o Calvário e a alma (o ser humano), indignada com a injusta condenação do seu Mestre que caminha para a morte na cruz após sua condenação. Em seguida vem o Recitativo, uma repreensão a Pilatos, o “juiz iníquo” que, mesmo sabendo da inocência de Jesus, O condenou a morrer como um “bandido”.
Depois de um interlúdio (trecho musical que tem a função de separar uma parte da outra; intervalo), começa-se o Dueto propriamente dito. Acontece aí, o diálogo entre a Alma e Jesus: “Onde? Onde vais, Jesus?” Ao que ele responde: “Eu vou morrer por ti”. Segue-se um diálogo inquietante em que a Alma expressa sua dor e indignação, seu desejo de seguir Jesus para morrer com Ele; Jesus devolve-lhe sempre palavras confortadoras: “Fica em paz e entende o amor com que te amo; e após a minha morte, recorda-te de mim”. Ao final, o diálogo expressa amor, ternura, intimidade e conforto intensos entre os dois personagens:
Alma: Sim, meu Senhor, meu Bem, meu coração entrego; e tudo que eu sou, tudo te dou, meu rei!
Jesus: Dá o coração inteiro.
Alma: Meu coração entrego; entrego!
Jesus: Conserva-me tua fé.
Alma: Sou toda, sou tua, sou tua, meu Rei!
Jesus: Conserva-me tua fé!
A “Cantata dela Passione” (Canto da Paixão) tem como estrutura uma Introdução, um Recitativo, um Interlúdio e um dueto de vozes, um diálogo entre a alma e Jesus Cristo. Santo Afonso compôs o “Dueto” para Coro e Orquestra. Embora ele tenha composto muitas músicas para a catequese com os pobres de Nápoles, esta composição apresenta um estilo diferenciado por se tratar de uma peça erudita, que estava ao alcance apenas dos nobres frequentadores da sociedade. Como sabemos, a música era privilégio para poucos. Com suas obras musicais Afonso atinge os fiéis da nobreza italiana, também merecedor da salvação. Uma característica importante nas expressões de Santo Afonso: embora seja uma composição refinada como requer a música clássica, a linguagem é acessível a todos os públicos.
O “Dueto de Santo Afonso” foi executado pela primeira vez em 16 de março de 1760 na Confraria dos Peregrinos em Nápoles. Abaixo, confira o texto da Obra :
RECITATIVO
(A alma, discípula de Jesus,Depara-se como o terrível fato da condenação do Mestre e, indignada, revolta-se contra a extrema injustiça cometida contra Jesus.)
Repreensão dirigida a Pilatos:
Juiz injusto e iníquo,
Depois que – várias vezes –
Declaraste inocente o meu Senhor,
Finalmente o condenas
A morrer, qual bandido,
Em uma cruz!
Bárbaro, a que servia
Condená-lo ao flagelo
Se condenado à morte ele seria?
Antes ouvisses logo seus inimigos
Decretando a sentença desta morte
À qual, perverso, o Inocente condenas!
Rumor confuso
De armas, clamores, prantos,
Amargurada escuto!
E agora: o que é este
Som estridente e triste?!
Que horror! É a trombeta,
Talvez anunciando a condenação
Do meu Senhor à morte!
Meu Deus! Que terrível cena!
O meu Jesus aflito,
Perdendo sangue, com passo vacilante,
Caminha – assim – no fim de suas forças.
Com seu precioso sangue,
Tinge o caminho, onde vai passando.
Uma pesada cruz
Vai sobre os doloridos
E macerados ombros;
E bárbara coroa, toda tecida de espinhos,
Cinge a sua fronte, a mais venerável.
Foi teu amor, ó Cristo,
Que te fez desprezado,
Como um rei de escárnio,
Homem das dores!
DUETO
(A alma discípula encontra-se com Jesus na saída para o Calvário.)
(Acontece, então,o diálogo exposto neste dueto.)

– Aonde vais, Jesus?
– Eu vou morrer por ti.
– Onde?
– Eu vou morrer por ti.
– Por mim, até à morte irás,
meu Senhor querido?!
– Quero ir também contigo:
Contigo eu vou morrer.
– Oh! Fica em paz e entende
O amor com que te amo;
E após a minha morte,
Recorda-te de mim.
– Aonde vais, Jesus?
Quero ir também contigo.
– Fica!
– Quero ir também contigo.
– Fica!
– Contigo eu vou morrer.
– Eu vou morrer por ti;
E após a minha morte,
Recorda-te de mim.
– Contigo eu vou morrer.
– Recorda-te de mim.
– Quero ir também contigo;
– Após a minha morte, (juntos)
Contigo eu vou morrer
Recorda-te de mim. (juntos)  (bis)
Fica em paz e, em prova
Do teu amor sincero,
Dá o coração inteiro
E guarda-me tua fé.
– sim, meu Senhor, meu Bem,
Meu coração entrego;
E tudo que eu sou,
Tudo te dou, meu rei!
– Dá o coração inteiro.
– Meu coração entrego;
– Entrego!
– Conserva-me tua fé. (juntos)
– : Sou toda, sou tua,: Sou tua, meu Rei!
– Conserva-me tua fé! (juntos)


quarta-feira, 28 de março de 2018

ELES VIVERAM CONOSCO - Pe. Mauro José Matiazzi, CSSR

Pe. Mauro José Matiazzi, CSSR 
+28 de MARÇO 2012 
Nasceu a 26.06.1949, em Mineiros do Tietê, SP. Seus pais: Albertino Matiazzi e Teresinha Claro Matiazzi. A 11 de fevereiro de 1972, entrou para o Seminário de Santo Afonso, em Aparecida, onde concluiu o Colegial, que já tinha começado em São Carlos, SP. Estudou Filosofia, de 1973 a 1975 na Faculdade Salesiana de Lorena SP, residindo no Instituto São Clemente, em Aparecida. Em 1976 frequentou o Noviciado no Jardim Paulistano, São Paulo SP. 
Compromissos Religiosos: 02.02.1977, na Basílica de Aparecida. O Curso de Teologia foi realizado de 1977 a 1980, no Instituto Teológico São Paulo – ITESP – Ipiranga. 
Profissão Perpetua: 21.02.1981 em Aparecida SP. 
A Ordenação Diaconal foi ministrada a 08.03.1981 por Dom Frei Daniel Tomasella OFMCap, em Garça, SP. E a Ordenação Sacerdotal, a 16.05.1981, na Igreja de Santo Antônio do Prado, na cidade de São Carlos SP, por Dom Constantino Amstalden, Bispo de São Carlos, SP. Depois da ordenação, residiu nas seguintes comunidades: 
1981 – Vigário Paroquial na Paróquia São Pedro em Garça, SP 
1984 – Santuário de Aparecida, pastoral com os romeiros. 
1988 – São João da Boa Vista: Equipe das Missões Populares. 
1999 – Tietê: Equipe das Missões Populares 
2005 – Estudos Teológicos no Instituto Superior de Pastoral (ISPAL), em Belo Horizonte, MG Em dezembro de 2005, foi nomeado Reitor do Santuário de Aparecida e Superior da Comunidade Redentorista. 
2009 – Araraquara: Equipe das Missões Populares. 
2011 – Tietê: Equipe das Missões Populares. 
2012 – Tietê: Igreja Santa Teresinha e auxiliar de Mestre. Acometido por problemas cardíacos, foi internado no Hospital Paulistano, em São Paulo, a 23 de março de 2012. Seu estado clínico foi piorando, depois de sofrer dois enfartos. Veio a falecer às 12h30, dia 28 de março de 2012. Descanse em paz! Pe. José Bertanha, C.Ss.R. Arquivista provincial 2012
MINHA NOTA- 
O exemplo de interesse, desapego e humildade! No ano 2008, no encontro dos antigos seminaristas redentoristas em Aparecida-SP, o ENESER XIII, estava buscando matéria para página que havia montado no ORKUT em objetivo da campanha do processo de beatificação e canonização do Servo de Deus Padre Vitor Coelho de Almeida, missionário redentorista. Na sexta-feira à noite, em conversa com o Padre Matiazzi, então reitor do Santuário Basílica Nacional de Aparecida, ele informou-me sobre entrar em contato com o Padre Júlio  CSsR, no Potim, que era, nesta época, o vice-postulador da causa. Agradeci muito pela informação. No sábado, pela manhã, qual não foi minha agradável surpresa quando vejo em minha frente o Padre Matiazzi, superior maior na basílica nacional de Aparecida-SP, com dois pacotes contendo 200 informativos sobre o processo e vida do Padre Vítor Coelho CSsR. Ficou isso gravado em mim por 2 bons e grandes motivos:
1º O interesse enorme daquele padre para o desenvolvimento da Causa do confrade.
2º Ele não pediu para qualquer pessoa trazer os pacotes...Ele mesmo o fez com muito carinho.
Requiescat, Pater Mattiazzi CSsR.

ELES VIVERAM CONOSCO - PADRE EDUARDO MORIARTY CSsR +28/03/2015

PADRE EDUARDO MORIARTY CSsR +28/03/2015
E
MADRE FELICY BRAGA+15/11/2014
Com muito pesar soube do falecimento do querido Padre Eduardo Moriarty, à tarde do dia 28 de março DE 2015, dia em que comemoramos os 500 anos do nascimento de uma grande fundadora Santa Teresa de Jesus. Padre Eduardo fundou junto com Madre Felicy Braga a congregação das Mensageiras do Amor Divino, falecida em 15 de novembro de 2014 e agora os dois estão no céu intercedendo por nós.
Adeus querido Padre, obrigado por sua vida, por ter gasto seus dias pelos remidos de Cristo! 
José Alcides Marton
Padre Eduardo foi meu professor de inglês, era da província do Mato Grosso, veio para o Colegião em função dos seminaristas daquela província que ali estudavam e precisavam se habituar com aquela língua, pois, depois do noviciado, iam para os Estados Unidos. Nas férias, ele gostava de ir para Campo Grande, onde participava de trabalhos junto a seus confrades. Certa ocasião, ele foi para a casa das Pedrinhas em cima de nosso caminhão, a estrada era de terra e muito cheia de buracos. Quando lá chegou, perguntamos-lhe em inglês, isso era obrigatório em nossos diálogos, se era a primeira vez que visitava aquele lugar e ele, com certo grau de ironia, respondeu-nos que , seguramente, era a última. Alexandre Dumas

terça-feira, 27 de março de 2018

SEMINARISTAS- OS IRREVERENTES E INDEPENDENTES

Nós, eu, Bianor, Paulo Hess, Getúlio, Rochinha, Garcia, Neri e talvez o João de Deus, éramos mais irreverentes, não tanto piedosos, não tanto metódicos, mas muito independentes e conscientes de uma vocação desejável mas não tanto santa como comungavam outros colegas mais piedosos. Saí no limiar do noviciado, lamento, pois a filosofia me traria mais discernimento e habilidade para enfrentar os desafios da vida aqui fora, venci por obra do destino, lamento por não ter continuado mais um pouco e desfrutado da convivência de pessoas tão inteligentes e cheias de sabedoria que teriam enriquecido minha trajetória e aumentado minha fé.Alexandre Dumas 
Um assunto muito interessante, quando você me lembra: o Dr.Rochinha e o Dr. Garcia. Em 1970/1 participei com ambos bem como com o Dr.Orlando de Lucca, antigo seminarista, em um escritório de advocacia na Rua Penha de França aqui em São Paulo. Era oportunidade para que pudesse integrar-me à sociedade daqui de fora, como falávamos no seminário. Essa união de nós quatro levou-nos a incentivar uma possível congregação de ex-seminaristas fundando a UNITAS, que teria antecedido à UNESER fundada pelo Padre Libárdi e pelo Mané, em reunião na casa do Bode, pai da Lili, 25 anos depois. A UNITAS ficou ativa por pouco tempo, um ano e meio. Não prosperou porque naquela época a comunicação era difícil e precária e tudo só se podia fazer por máquinas de datilografia e correios...Tenho histórias sobre esse trio de causídicos, antigos seminaristas e agora inspira-me uma matéria sobre aqueles saudosos tempos do escritório na Penha... Senão veja.... 
1-DR.ORLANDO DE LUCCA era o chefe do escritório onde trabalhávamos com o Dr.Rochinha e o Dr.Garcia. Sempre que o expediente se encerrava, descíamos a uma padaria que ficava no térreo do prédio... Ali havia um rapaz nordestino muito atencioso e que se desdobrava para nos atender com toda atenção... Dr.Orlando aproximava-se dele e, por cima dos óculos o fitava deixando-o às vezes até constrangido. Eram tempos muito quentes e uma cervejinha após o trabalho sempre descia bem... Dr.Orlando nos olhava e dizia apontando o rapaz do balcão: 
-Esse menino é muito inteligente.... Ele sabe francês!!!! Querem uma prova?
Então voltava-se para o rapaz e dizia fazendo gesto de três com os dedos: 
- CU DU FOCÁ (Pronunciando: "qui di focá!!!!")
E logo vinha o rapaz com três cervejas geladíssimas..... 
2-DR.GARCIA- No escritório era compenetrado e não gostava de muita conversa. Uma ocasião tive um problema com o senhorio da casa que alugava. Necessitava sair por que tinha dois pavimentos e, estando minha esposa grávida, o médico pediu repouso e sugeriu que escadas não eram recomendadas. Minha sogra tinha uma casa e nos deu possibilidade de mudar. Entretanto o dono, um português que trabalhava com caminhão de feira e morava na frente, quis, a todo custo, nos cobrar multa integral. A casa em que morávamos ficava, como disse, atrás da casa do dono e ainda existia uma kichinete ao fundo alugada para uma outra pessoa. A conta da água era dividida entre as três residências, a conta de luz era dividida entre nossa casa e a casa dos fundos e ainda havia dificuldade de movimento pois o caminhão do português ocupava todo espaço na entrada! Conversei com o Dr.Garcia sobre o problema e ele, sem dizer nada, sentou-se à frente da máquina e datilografou um texto. Dobrou, colocou em um envelope e disse-me: 
- Apresente este envelope ao responsável da imobiliária. Assim o fiz! Imediatamente o gerente chamou-me e disse: 
-Pode mudar sem qualquer ônus! 
Fiquei sabendo que o Dr.Garcia escrevera:
"Estou abrindo três processos: Um no DAE(Sabesp), outro na Light (Eletropaulo) e outro na prefeitura! Obrigado" 
3-DR.ROCHINHA - Às vezes o Dr.Rochinha convidava-me em fins de semana para acompanhá-lo em cobranças. Numa dessas ocasiões, seguimos pela BR-116, para encontrar um cliente na região de Itapecerica da Serra. Havia um pequeno restaurante, que posteriormente tornou-se o famoso RECANTO GAÚCHO, onde paramos para almoçar. Não perguntamos no que consistia o cardápio e uma senhora colocou em nossa mesa travessinhas com arroz, feijão, macarrão, salada, batata frita, polenta. Como estávamos com fome, logo nos servimos enchendo os nossos pratos. Quando estávamos quase terminando, a senhora apareceu com dois enormes espetos que foram verticalmente cruzados sobre a mesa com enormes nacos de saborosa carne. Dr.Rochinha e eu ficamos nos entreolhando... Afinal, estávamos satisfeitos com a comida deixada inicialmente na mesa e não havia mais espaço para aquele churrasco. Dr.Rochinha chamou a senhora e reclamou... Mas a senhora disse que era procedimento do restaurante e que devíamos ter pedido informações antes. Enfurecido o Dr.Rochinha misturou nos pratos toda a comida que havia sobrado e também a carne que foi totalmente esquartejada. Dr.Rochinha pediu uma sobremesa: pêssego em calda! De repente, chamou a senhora e perguntou: 
-Estes pêssegos são da CICA? 
Ao que a senhora respondeu: 
- Sim senhor! 
Dr. Rochinha então disse a ela: 
-É mentira! Estes pêssegos são da MOGI. Traga-me a lata! 
-Como o senhor prova? 
-Porque os pêssegos em calda da CICA não têm caroço. Estou dentro de um processo sobre isso e vou incluir este restaurante na minha delação! 
A senhora desapareceu. Ainda de cabeça quente o Dr.Rochinha disse-me em cochicho : 
-Não vou pagar... Olhe! Você fica aqui enquanto vou lá fora ligar o carro, ao ocorrer, toco levemente a buzina e você sai correndo! 
Evidente que não tive coragem e paguei a conta. 
Somos todos antigos seminaristas redentoristas! Ierárdi

domingo, 25 de março de 2018

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. IZIDRO DE OLIVEIRA SANTOS CSsR

PE. IZIDRO DE OLIVEIRA SANTOS CSsR
+25 de MARÇO 2011 
Nasceu a 31.10.1926, na Fazenda Santa Rita, em Riacho de Sant´Ana BA Seus pais : Januário Joaquim dos Santos e Ana Rita de Oliveira Seus pais mudaram-se para o norte de Minas Gerais e depois para o Estado de São Paulo, fixando-se finalmente no Bairro da Penha, em São Paulo SP. Entrou para o Seminário S. Afonso, em Aparecida, a 05.02.1939 Em 1945, fez o Noviciado em Pindamonhangaba, onde fez a Profissão Religiosa na CSSR, a 02.02.1946 O Seminário Maior foi feito no Seminário de S.Teresinha, em Tietê SP Aí fez a Profissão Perpétua na CSSR, a 02.02.1951. Foi Ordenado Sacerdote em Tietê, a 29.07.1951, por Dom José Carlos de Aguirre, Bispo de Sorocaba SP Celebrou sua Primeira Missa Solene em Riacho de Sant’Ana BA, a 03.08.1951. Deixou o Estudantado, em janeiro de 1952, iniciando sua Vida Apostólica, como Professor no Seminário S.Afonso, em Aparecida: aulas de física, química, inglês. Aí ficou até 1963. Em 1964 trabalhou em nossa Igreja do Perpétuo Socorro, em São João da Boa Vista. Em 1965, no primeiro semestre, fez o 2º Noviciado, no Jardim Paulistano, em S.Paulo. O segundo semestre de 1965, passou-o no Seminário S.Afonso. Em 1966, foi Vigário Cooperador em Sacramento MG. Em 1967, foi transferido para Aparecida, no apostolado com os romeiros. Em 1968 e 1969 foi missionário, morando em São João da Boa Vista. No segundo semestre de 1969, foi para Madri, para estudos no Instituto de Pastoral, e depois em Roma. Voltou em dezembro de 1971, voltando a morar em S.João da Boa Vista. Em 1973 foi professor do ITESP, em São Paulo SP e missionário Em fevereiro de 1974 foi nomeado Superior da Comunidade do Convento de Aparecida e Reitor do Santuário Nacional, cargo que ocupou até dezembro de 1978. Em 1979 foi para o Jardim Paulistano. Nesse mesmo ano, a 18.03.1979, tomou posse como Pároco da Paróquia da Catedral de Juazeiro, na Bahia, dando assim uma ajuda a Dom José Rodrigues. A 08.02.1981 tomou posse como Pároco de Caiçara GO. A 31.07.1983 tomou posse como Pároco de Nova América GO, Diocese de Rubiataba, onde ficou até junho de 1987, passando a morar então em Goiânia Em 1992, cuidou da Paróquia de N.S.Aparecida, em Goiânia GO, até 10.02.1994. Depois junto com a leiga Nelcy realizou, enquanto a saúde permitiu, encontros de: «Dinâmica Grupal Cristã». Estava adscrito à Casa Provincial, em Goiânia. Em começos de 2002, transferiu-se junto com a Nelcy, para Porto Alegre RS. Em 2003, voltou para a Província de São Paulo e foi adscrito à Comunidade do Santuário, em Aparecida. Em abril de 2004, voltou novamente para Porto Alegre RS. Há um tempo teve um AVC. Foi bem cuidado. Veio a falecer dia 25 de março de 2011, Anunciação do Senhor 
Texto e foto recebidos do Padre Luiz Carlos de Oliveira CSsR 
Minha Nota: O padre Izidro foi meu professor de inglês. Lembro-me do livro MY ENGLISH TEACHTER....e do aplicado Mr.PIP e do solerte Mr.ZIP do Yazigi Method. Um fato interessante que me aconteceu com o padre Izidro, tão silencioso e discreto. Tinha eu um relógio de pulso da marca Omodox que recebera de presente da minha mãe. Vivia passando um paninho no vidro mostrador para deixá-lo sempre com jeito de novo. Surgiu, um dia, um pequenino risquinho...Logo quis fazer alguma coisa para trocar aquele vidro. Em conversa com o Padre Izidro ele simplesmente disse-me com tranquilidade que lhe era muito peculiar: 
-Você se prepara para o seu voto de pobreza e ainda fica preso nessa preocupação tão pequena? 
Foi a lição oportuna que aquele meu orientador me deu naquele momento! REQUIESCAT IN PACE, PADRE IZIDRO
Lembro-me que foi na época que dirigia o Santuário de Aparecida que algum maluco quebrou a imagem de Nossa Senhora Aparecida. Ele ficou muito chateado e saiu.
Estou certo?
Natanael

Bom dia, Natanael!
Pois é, também recordo que a imagem foi arremessada ao solo e despedaçada ainda na Basílica Matriz ( Velha).Mas não sabia deste fato do Padre Izidro.Ele esteve os últimos anos no sul, após um AVC, morando com sua irmã que cuidou dele até o final.Você desperta a curiosidade de pesquisa sobre isso...o que vou fazer.
Um forte abraço!
Ierárdi
ET-Evidentemente devem ter mais fontes, considerando o seu Irmão José Carlos e o filho sacerdote!!!!

Ierárdi, apenas me lembro que meu Pai, Augusto Criado, comentava pois seu irmão Sr. Ireno era muito amigo do meu pai em São Miguel Paulista.
Dizia que ele ficou muito aborrecido com o ocorrido e pediu para ir prá algum lugar longe.Se conseguir alguma informação vou lhe  passar. 
Abraços, Natanael

Natanael, descobri a razão justa do aborrecimento do nosso saudoso e estimado Padre Izidro!
Veja a seguir o artigo-memória do nosso colega Alexandre Dumas Pasin que conviveu com ele no velho Colegião!Um abraço!Ierárdi

CASA DE NOSSA SENHORA
“Jardins viçosos, ciprestes em alameda,fachada majestosa, janelões de vidro...portais se abrem a um convite amigo transpor umbrais da soberana casa...”
Corria ao ano de 1951. O diretor do colegião (1) era o Pe. José Ribola. Às 5 h da manhã daquele dia, dentro da rotina à qual já nos acostumáramos, bate a sineta convocando-nos às primeiras orações, meditação e missa. Todos já na capela,
Pe. Ribola, ansioso, se apressa em nos comunicar a boa nova: naquele dia chegaria uma visita muito importante e pedia-nos que a  recebêssemos como uma bênção e nos tornássemos seus guardiões pelo tempo necessário de sua permanência entre nós. Essa grata visita seria nada menos que a pequena imagem da Virgem Aparecida, a mesma encontrada e retirada das águas do rio Paraíba por três pescadores. E o “porquê” de tão ilustre visita? Tudo bem explicado: a imagem de barro, retirada das águas em duas partes, já não suportava as inúmeras colagens feitas ao longo de mais de duzentos anos desde seu achado. No seminário, tínhamos um padre novinho, recém-chegado de Tietê, com grande fama de artista, padre Isidro, a quem caberia o reparo definitivo na imagem. Pois bem, o trabalho foi iniciado em ateliê montado na própria cela do Pe. Izidro e acompanhado, é claro, por curiosos devotos entre os quais me incluo. Era a oportunidade de tocar a Santinha e pedir-lhe a graça mais desejada: a perseverança na vocação.
Feito o serviço, era necessário um tempo para que o material usado secasse e se comprovasse eficiente. Então, a imagem foi levada para nossa capela e colocada à direita  do altar mor, em outro pequeno altar, já dedicado a Nsa. Senhora. No recreio um seminarista alarmista, talvez o Bianor, ensejou que à noite a imagem se transmudaria para seu nicho na basílica, repetindo o milagre acontecido nos primórdios de sua história (2), quando foi levada por várias vezes para a matriz de Guaratinguetá e nos dias seguintes reaparecia misteriosamente em seu tosco altar na capela do Morro dos Coqueiros.
Na madrugada daquela noite, acordei sobressaltado. O dormitório dos menores era no mesmo andar da capela. Um prenúncio de que testemunharia o milagre me fez levantar. Saí pelo largo corredor, cuja única luz, pequena e vermelha, encimava o enorme crucifixo à frente das  escadarias. O carrilhão da capela dos padres disparou seus badalos melodiosos anunciando preguiçosamente três horas. No fundo, a porta de vidros da capela refletia a chama tremulante da lamparina do sacrário. Temeroso, me acheguei, abri a porta e mirei o altar. Lá estava a imagem, quietinha, de mãos postas, satisfeita com o seu lar provisório. Provisório? Nem tanto, afinal de contas, lá fora, na fachada majestosa do nosso colegião, em cima do portal, as letras garrafais já anunciavam, desde sua construção e agora mais do que nunca, a inscrição “CASA DE NOSSA SENHORA”.
(O prédio hoje. Onde estava escrito 'Casa de Nossa Senhora', se escreve 'Seminário Bom Jesus')
Dois dias depois, acredito que um pouco tristonha, Ela nos deixou e voltou ao seu lar de trabalho. SALVE, REGINA! (3)
Alexandre Dumas Pasin de Menezes, nascido em Aparecida, seminarista entre 1949 e 1955.
Notas:
(1)     Prédio majestoso, todo em tijolo aparente, vermelho, construído no início do sec. XX, para ser seminário da arquidiocese de São Paulo, em parte descrito na quadrinha acima. Trazia os dizeres “Casa de Nossa Senhora”. Conhecido popularmente como colegião, por muitos anos abrigou o Seminário Redentorista Sto. Afonso, até 1952. Hoje, denominado Seminário Bom Jesus, funciona como seminário maior da arquidiocese de Aparecida.
(2)     lenda popular largamente difundida na região.
(3)     Tradução “Salve, Rainha!” ( o autor gosta muito de cantar em gregoriano esta bela e antiga oração mariana).

Ierardi,
Procurei na Internet e localizei a matéria que fala sobre a destruição da imagem de Nossa Senhora Aparecida na Basílica de Aparecida, foi em maio de 1978 quando um maluco quebrou a imagem em 200 pedaços e foi recuperada por uma mulher. Neste período o Padre Izidro era reitor do santuário e responsável pela segurança da imagem. Eu tenho em algum lugar o "Ecos Mariano" com a matéria, mas não consigo localizar.
Sei que foi em maio de 1978, porque descobri pela internet, mas foi bastante difícil. Com a data talvez você consiga achar.Abraços,Natanael


Ierardi, esse fato por mim relatado diz mais respeito a minha história do que a história da imagem de Nossa Senhora, nem sei se algum seminarista de meu tempo se lembra disso, talvez o Pasquoto, Clayton, Gervásio, Geiger ou outros. Fato corriqueiro para uns, foi muito importante e emocionante para mim. O único que testemunhou ter lembrança disso foi o Bianor, mas já morreu. Anteriormente,  fui coroinha na basílica e, por muitas vezes, presenciei a retirada da imagem do nicho para trocar o manto, naquele tempo, já o retalhavam e colavam em santinhos, não sei se os  vendiam ou  distribuíam aos devotos, naquele tempo, ainda não existia a campanha dos devotos. Lembro-me também que, às vezes eles passavam uma fita adesiva na união do corpo e da cabeça da imagem, tudo muito superficial, por isso mesmo que foi necessária a colagem feita pelo padre Izidro tempos depois Nada disso diz respeito à quebra criminosa da imagem, fato ocorrido bem depois e que muito chocou os redentoristas, principalmente o padre Vitor.Alexandre Dumas
Olá Ierardi! Num domingo, alguns meses atrás, assistindo ao programa do Faustão, ouvi uma publicidade que ele fez a respeito de um livro intitulado "Aparecida", uma biografia da santa que perdeu a cabeça... de autoria do jornalista Rodrigo Alvarez - Editora GloboLivros. Fiquei muito interessado em ler esse tal livro e acabei adquirindo um e o li avidamente. O estilo jornalistico do autor é o que mais me incomodou na leitura. O autor pesquisou a respeito da destruição da imagem e descreve longamente sobre ela. Segundo entendi, esse fato fez com que o Padre Izidro se tornasse, praticamente, o segundo principal personagem do livro, depois de Nossa Senhora sob o título de Aparecida. Acredito que a curiosidade do Natanael pode ser respondida através da leitura desse livro. Um forte abraço! Morelli

Segundo testemunho, em 1978, quando houve o desagradável fato do despedaçamento da imagem, coincidentemente Padre Izidro era reitor do Santuário....Por esse fato, ele ficou transtornado e não quis continuar por lá!!!! Ficou até o fim de 1978 e em 1979 foi transferido para o Jardim Paulistano.Ierárdi
Ierardi ... esta versão nunca ouvi dizer em nossas convivências de confrades redentoristas... saiu em um livro, mas pode ser questionada... escrevi isso, mas não tenho segurança sobre isso...o Pe. Rafael escreveu um artigo em Nosso Guia sobre o livro (não sobre o assunto)... por isso que eu disse "saiu um livro" - a "versão" eu me refiro é sobre o "transtornado" e "não quis continuar"... quanto ao livro, o Pe. Rafael disse que é muito bom e interessante... mas não quer ser um livro sobre acontecimentos em torno da religião... mas o autor entrou no assunto com muita felicidade... nadou bem... como literatura e como atrativo p leitura...Pe.Maurício Brandolize 
Colhi isso da informação do Natanael que mencionou seu pai, Sr.Augusto referindo-se ao que lhe dissera o próprio irmão do Pe.Izidro o Sr.Ireno, seu amigo,sobre o "aborrecimento" e "ir para um lugar longe"!!!Ierárdi 
Em tempo: o Morelli deve ter acompanhado o fato mais de perto na ocasião, ele morou em Aparecida... a opinião dele tem força! Penso que as informações podem ter fundamento... mas eu não nunca tinha ouvido esta versão... a não ser quando apareceu o livro..Pe.Maurício Brandolize 
Eu também não sabia...mas é muito bom termos a oportunidade de trazermos a história ainda que em retalhos...COMO É MARAVILHOSO ESTAR COM OS IRMÃOS(SALMO 132)Ierárdi
Ierardi, encontrei o recorte do Jornal "O Santuário de Aparecida" com o relato e as imagens do incidente com a imagem de Nossa Senhora Aparecida no tempo em que o Padre Izidro era reitor da Basílica de Aparecida. Esta edição é de 15 de maio de 1988, ou seja, dez anos após o ocorrido, mas acho que serve para suas ilustrações. São imagens fortes.
Abraços do amigo,Natanael

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Caro Natanael, boa páscoa! Como vc tinha nos prometido, agora vem a excelente matéria do Santuário de Aparecida em 1988 sobre o lamentável ocorrido com a imagem de Nossa Senhora dez anos antes! Vou encaminhar esse material ao pessoal em complemento às informações já veiculadas. Um detalhe, o Padre Maurício Brandolize mencionou desconhecer o fato do aborrecimento do então reitor Pe.Izidro que teria, por isso, solicitado o afastamento de Aparecida. Mas isso pode ser comprovado considerando, em primeiro lugar, conforme depoimento de nosso colega Alexandre Dumas, quando em 1951 o Pe.Izidro providenciou o reparo artístico da colação definitiva da cabeça ao corpo da imagem, que até então era mantida por precárias e constantes colagens, até por fitas adesivas. É evidente que aquele acurado trabalho de reparo, realizado com muita fé e devoção, após mais de duzentos anos, foi imediatamente sentido quando em 1978 houve o inesperado incidente. Por outro lado, em segundo lugar, sabemos que em 1979, o Pe.Izidro saíu da basílica, transferido para o Jardim Paulistano em São Paulo. O Moreli mencionou o livro sobre o assunto do incidente da imagem, que não tive a oportunidade de ler. Assim peço a ele que nos informe se esse fato está mostrado naquela publicação. Enfim, como usei anteriormente, vale-nos sempre o salmo 132: COMO É MARAVILHOSO ESTAR COM OS IRMÃOS!. Isso porque o interesse pelos fatos que, de alguma forma, estiveram presentes em nossas vidas, é hoje, para nós todos, a certeza de momentos de salutar memória e união! Um forte abraço! Ierárdi
Bom dia Ierardi! 
O livro trata extensamente sobre o assunto. O autor conversou pessoalmente com o Padre Izidro, ouvindo dele sua versão dos fatos. Não sei dizer se o autor foi fiel ou não ao que ouviu, a verdade é que me emocionei com a leitura, ainda mais pela admiração que sempre tive por essa figura tão especial que foi esse nosso professor, em um tempo tão encantador como o foi aquele vivenciado no Seminário Santo Afonso de Aparecida do Norte, nos idos de 60.Feliz e Santa Páscoa a você e aos seus.
Morelli e familiares
Obrigado, Morelli, pela pronta resposta.
A dúvida seria sobre o aborrecimento do Pe.Izidro em 1978, na ocasião do lamentável incidente....O livro menciona algo sobre isso?
Afinal seria mais um depoimento favorável à informação.
Uma boa Páscoa a você a a todos os seus!
Ierárdi 

Sim, Ierardi, fala do aborrecimento dele que deve tê-lo influenciado profundamente. Morelli