domingo, 29 de julho de 2018

POR QUE NÃO SEU FILHO?

Pe. Flávio Cavalca de Castro, 
redentorista
Dia quatro é a festa de S. João Vianney, pároco humilde de pequeno povoado, e que mesmo assim foi um foco de salvação para muitos. Isso nos lembra a importância desses servidores da Igreja, e como faltam homens que se coloquem a nosso serviço. Houve tempo em que o padre tinha prestígio; hoje nem tanto. O ministério não promete nem fama, nem vantagens. Talvez por isso há pais e mães que nem imaginam, nem gostariam que seu filho pudesse escolher esse caminho. Até rezam pedindo que Deus chame muitos para o ministério; mas que deixe seus filhos seguir outros caminhos, mais brilhantes e mais rendosos. Que você diria se seu filho, ou seu neto falasse em ser padre? Não sei a resposta, mas deixo mais uma pergunta: 
-Por que não seu filho ou seu neto?

sábado, 28 de julho de 2018

UNESER = SEMPRE MANÉ

MANUEL HILDEGARDO DE ALMEIDA(MANÉ) 
(*) 28/07/1954
(+) 17/01/2015 
ANTIGO SEMINARISTA
No dia 17 de janeiro de 2015 seguiu desta vida este nosso estimado colega.
Neste mês de julho, em 28, estaria ele comemorando 64 anos de idade se ainda aqui estivesse.
O Mané, o que dizer sobre o Mané!!!!!
Sempre vi nele alguém apegado à sua obra! 
Qual foi sua obra?
Sem dúvida sua grande obra foi a UNESER. A entidade que viria reunir os antigos seminaristas redentoristas, cujo início aconteceu em um churrasco na casa do Bode, pai da Diva, nossa Lili, em Tietê, no ano de 1994. 
De lá até 2014 manteve sob sua responsabilidade e empenho a condução daquela associação que ajudara a fundar e, com o apoio sem limites do estimado Padre Libárdi CSsR(+), ainda que não dando muita atenção aos trâmites burocráticos, fez evoluir os projetos durante 20 anos de sua permanência, conduzindo 18 encontros oficiais em Aparecida-SP(ENESER) e ainda 8 Retiros na Pedrinha-SP.(Embora tenha discordado de que os encontros na Pedrinha fossem retiro e debatido essa questão com o Mané, hoje, em tributo ao reconhecimento que lhe tenho, aceito a nomenclatura do ilustre e perene presidente da UNESER a respeito!)
Assim, aproveito este momento para externar os fatos que presenciei e reconhecer que o Mané era determinadamente apegado à sua obra e essa obra, a UNESER, lhe deve muito!!!!!ANTONIO IERÁRDI NETO
Muito obrigado!
Que esteja em Deus.
Um abraço
João Loch
Só isso tinha o Mané ? Foi embora sem dizer adeus, mas está presente no meio de nós. Alegre, sorridente, amável e cordial como sempre. Grande Mané. Vamos fazê-lo patrono da Uneser. Quem não gosta da Uneser ! Até Você está lá para interceder por todos nós, como são os outros que nos precederam. Diácono Adilson


sexta-feira, 27 de julho de 2018

ELES VIVERAM CONOSCO -PADRE NAZARETH MAGALHÃES CSsR


PE. NAZARETH MAGALHÃES, CSsR
1925 - 2016

Origens  
Nasceu em Pratápolis (MG) a 29 de agosto de 1925, filho de Horácio Carlos de Magalhães e Maria Conceição Magalhães, como 12º de uma família de 15 irmãos. Lá mesmo em Pratápolis foi batizado e lá viveu até entrar no seminário.
A Vocação
Entrou para o Seminário Santo Afonso, em Aparecida, no dia 31 de maio de 1939, onde concluiu seus estudos em dezembro de 1945. Durante o ano de 1946, fez o Noviciado em Pindamonhangaba SP, onde professou na Congregação a 02 de fevereiro de 1947.
Os estudos de Filosofia e Teologia foram realizados no Seminário Maior Santa Teresinha, em Tietê. Durante três anos esteve fazendo estágio fora do Seminário e isso provocou um atraso em sua Ordenação Sacerdotal. Seus companheiros de curso foram ordenados a 27 de dezembro de 1951. Pe. Magalhães foi ordenado Sacerdote a 27 de dezembro de 1954, em Tietê, por Dom José Carlos de Aguirre, Bispo de Sorocaba. Celebrou a primeira missa em Passos (MG) no dia 01 de janeiro de 1955.
Atividades pastorais
Padre Magalhães começou seu apostolado como Vigário Paroquial em 1955, na Paróquia da Imaculada Conceição, em Campinas (GO) onde ficou até 1956. Depois, de 1957 a 1959, trabalhou na Igreja de Santa Cruz, em Araraquara (SP). Foi ainda professor no Seminário Santo Afonso, em Aparecida (1960-1967) e Diretor do Seminário do Santíssimo Redentor, em Sacramento (MG) a partir deste ano. Em 1971 começou a trabalhar como Vigário Paroquial na Paróquia de Sacramento. Por um breve tempo, entre 1979 e 1981, esteve também nas Missões Populares, morando nas casas missionárias da Província.
Em 1980, quando morava em Tietê (SP) ofereceu-se para trabalhar em Angola, na África para onde partiu no dia 04 de janeiro de 1982. Foi adscrito temporariamente na Vice-Província de Luanda, morando em Huambo, no interior do país. Em 1989, foi nomeado Pároco de nossa Paróquia da Sagrada Família, em Luanda, por três anos.
Durante os anos que passou em Angola sofreu muito por causa  da guerra civil e por causa disso Pe. Magalhães voltou ao Brasil de férias em 1992, por alguns anos não pode mais voltar àquele país.
Cessada a guerra interna, Pe. Magalhães retornou para Angola, em 1995, indo morar em Huambo e depois em Menongue. Voltando ao Brasil, em 1999, foi morar por pouco tempo na Comunidade do Jardim Paulistano, depois no Santuário, em Aparecida. Em 2009, transferiu-se para o Seminário Santo Afonso trabalhando no atendimento e aconselhamento de pessoas e como capelão na Santa Casa de Misericórdia.
Padre Magalhães foi um confrade de profunda espiritualidade e austeridade de vida. Sabia aproveitar o tempo na oração, nas leituras e estudos. Tinha especial carisma para o atendimento das pessoas, através do aconselhamento espiritual. Tendo grande apreço pelo hábito religioso; não deixou de usar a batina redentorista um dia sequer.
Caridoso, sempre preocupado com o bem dos confrades, disposto a ajudá-los, relacionava-se bem com todos, sabia na hora certa contar alguma anedota para divertir a comunidade.
Depois de mais de dois meses hospitalizado em Guaratinguetá, veio a falecer no dia 27 de julho de 2016, contando 90 anos de idade, 69 anos de consagração religiosa e 62 anos de vida sacerdotal.

CONGREGAÇÃO DO SANTÍSSIMO REDENTOR
Pe. Inácio Medeiros
Secretaria Provincial
pe.inacio@gmail.com

Tel. 11 4890-2980


Algo que me fascinava no Pe. Magalhães, era a sua prontidão. Não tinha hora para ir ao hospital Frei Galvão dar o sacramento da Unção dos Enfermos. Não tinha hora para ir à Casa do Sol Nascente, para atender os aidéticos em fase terminal. Não tinha hora para atender uma confissão. Não tinha hora para fazer um atendimento e reconciliar muitos casais. Não tinha hora para dormir, nem hora para descansar. Foram tantas as vezes que saia de sua salinha de atendimento e já ia direto para a capela, rezar sua oração pessoal e logo em seguida rezar com a comunidade religiosa. Para isso ele tinha hora. Tinha hora para viver em comunidade, para estar com a comunidade e para atender à todos os que dele esperavam uma bênção, um aconselhamento e uma confissão. Aquela luz de sua salinha que as madrugadas presenciou acesas, hoje se apagam perpetuamente. E na salinha que Jesus o preparou, ela será e permanecerá acesa por toda a eternidade. Obrigado pelos puxões de orelhas e pelos chocolates, e pelas vezes que nos deixava entrar escondidos na clausura para comer chocolates e tomar guaraná. Tenho a certeza que será a luz que nunca se apagará na salinha que muitos de nós chamamos de coração.Jorge Oliveira(Facebook)
Faleceu na tarde de hoje, aos 90 anos,o nosso confrade Pe. Nazaret Magalhães. Ele morava no Seminário Santo, Afonso em Aparecida e estava há mais de dois meses hospitalizado. Sua vida de santidade é inquestionável. Homem de convivência agradável, missionário de grandes experiências de missão, com grandioso senso de justiça e fidelíssimo à Igreja e à sua vocação Redentorista. Voltou hoje para o Coração do Pai, de onde rezará sorrindo por todos nós. Abaixo,um dos momentos de agradável convivência em que ele sempre fazia a diferença em nossa Comunidade Redentorista. José Torres (facebook)
https://www.facebook.com/torresminho/videos/10206916412535148/
Quando ele retornou de Angola, foi nosso exímio Professor de Latim! De suas aulas, ainda lembro bem da "Regular primae latinitatis precípua" e da "Paraphrasis poetica primae philosophiae" Inesquecível pessoa, querida pessoa que marcou positivamente a nossa juventude! Deus o receba em seu Reino! Padre Júlio Rodrigues (Facebook)
"A gratidão é o único tesouro dos humildes", por isso não posso deixar de manifestar o sentimento de saudade e tristeza que hoje tocou o coração ao saber do falecimento deste grande Missionário Redentorista Padre Magalhães. Nos anos 2005 e 2006 foi nosso professor de latim no Seminário Redentorista Santo Afonso em Aparecida - SP. Obrigado Pai por nos doar sacerdotes segundo o teu coração. "In Paradisum deducant te Angeli; in tuo adventu suscipiant te Martyres, et perducant te in civitatem sanctam Jerusalem Chorus Angelorum te suscipiat, et cum Lazaro quondam paupere, aeternam habeas requiem " Que os Anjos te conduzam ao Paraíso; que os Mártires te acolham à tua chegada, e te introduzam na cidade santa de Jerusalém. O Coro de Anjos te receba, e com Lázaro, outrora pobre, tenhas um descanso eterno. Fábio Heliodoro (Facebook)
"Primeiro o útil, depois o necessário e, se der tempo, o agradável" era o que nos dizia o Padre Magalhães em suas aulas de latim no meu tempo de colegial no Seminário Redentorista Santo Afonso. Ele sempre vinha depressa pelos longos corredores. Com o tronco inclinado para frente e olhos atentos por onde andava. O único da velha guarda que nunca tirava a batina preta. Entrava na sala de aula (chamava-se sala da física, o que fora num tempo mais passado ainda). De sua bolsa, também preta, tirava seu material, os exercícios corrigidos P-L e L-P (as traduções entre português e latim), um relógio tipo despertador, que botava sobre a mesa, para anunciar o final da aula e, o mais esperado por nós, uma maçã. Suculenta maçã, tipo argentina. A vermelha maçã era para premiar um de nós ao final da aula... de modo que no decorrer do semestre todos fossem contemplados. Entre as declinações do latim, ele nos contava trechos de sua vida, de quando plantaram eucaliptos no morro do cruzeiro em Aparecida e que cada uma das mudas "seria uma alma a ser salva". Para chamar nossa atenção era apenas um assovio seguido de "zé olha para a pedra" e apontava para a lousa... E tudo era de uma riqueza tão simples. Enfim, o que ficou? "Brasilia terra est" -o Brasil é um país- pequenas frases? Anedotas? Ouso dizer, o latim era só uma desculpa para que aprendêssemos a ser um grande homem, como era este eterno missionário. É isso. Foram 90 anos de vida muito bem gasta a favor da redenção. Que sua missão permaneça viva! Cristiano Souza (Facebook)
Pe. Magalhães - Professor de Latim. Quem não se lembra daquela aula: Scudeler. Scudeleris, Scudeletur, Scudelemur, Scudelemini, Scudelentur. Acho que era assim o tempo do verbo. Eu posso ter esquecido, mas o Scudeler, tenho certeza, nunca esqueceu.Olavo Caramori Borges(Facebook)
O sonho do Pe.Magalhães sempre foi o Seminário Menor Santo Afonso em Aparecida-SP....ali ele viveu a maior parte de sua vida....ali ele esperou que o SRSA viesse novamente tornar-se um seminário para pré-jovens e jovens, os chamados juvenistas, ali ele deu aulas de latim e religião, ali ele foi o orientador de jovens, ali ele foi o confessor, ali ele percorria com sua desgastada mas inseparável batina os místicos corredores e hoje, 28 de julho de 2016, o dia seguinte de sua morte, seu corpo está presente na saudosa e tradicional capela do Seminário Menor Santo Afonso onde ele pretendeu fazer sua despedida daqui desta terra. Requiescat in pace, Padre Nazareth Magalhães, sempre missionário redentorista! Antônio Ierárdi Neto (SRSA 1957/1962)
Lembram-se da "poeira medicinal de Minas Gerais? Padre Magalhães não perdia a chance de enaltecê-la.José Morelli
Caro Dr.Morelli, estou curioso com essa "poeira medicinal de Minas Gerais"...pode esclarecer um pouquinho para meu conhecimento.....????Antônio Ierárdi Ierárdi.
Era uma forma do Padre Magalhães rebater às brincadeiras que os paulistas, principalmente, faziam relacionadas à poeira das estradas em Minas. Talvez algum dia descobrirão que perdemos muito com tanto asfalto nas estradas. José Morelli 
Obrigado!Entendi bem! De fato o Pe.Magalhães dizia muita verdade com espiritualidade....Em todos os momentos que convivi ou estive com ele percebi uma pessoa inquieta com a vontade de ajudar a todas as pessoas...Sei que alguns, inclusive nossos colegas, não entenderam isso muito bem e guardaram até rancor por procedimentos dele às vezes severos e rigorosos....mas ele foi um perfeito orientador.....Ele faz muita falta para os vocacionados de hoje!!!! Ierardi
Após o funesto Vaticano II , sofreu muito, pois, foi um dos poucos que conseguia ver o desastre que se iniciava na vida religiosa e sacerdotal e a ruína que se abateria sobre a Igreja. Por ser muito escrupuloso, teve que engolir muito sapo... sofreu calado. Sebastian Baldi
Prefecti classis, quis abest? Nemo, pater! respondia o Décio Brites.Também era especialista em suas aulas de latim passar o filminho, juntando o polegar com o indicador à altura dos olhos deslizando os dedos para direita e esquerda enquanto dizia: FIXAR TODA ATENÇÃO POSSÍVEL NAQUILO QUE ESTÁ FAZENDO. Elberto Mello
Padre Magalhães. Ele que nos acompanhou em nosso passeio de sétimo ano. No último encontro ele lembrou tudo comigo. Uns dos padres que foi muito amigo. Abner


ELES NOS PRECEDERAM - PE. JOSÉ BENEDICTO DA SILVA CSsR

PE. JOSÉ BENEDICTO DA SILVA CSsR
+27 de JULHO 1945 
Com os Padres Oscar Chagas, Orlando Morais e José Lopes, Pe. Silva formou a primeira turma de padres brasileiros da nossa Província. A respeito dele um cronista escreveu o que todos já diziam: “Um Israelita autêntico, sem uma sombra de maldade”. ( Jo 1, 47 ). Pe. Silva nasceu em São Luiz do Paraitinga, a 1º de novembro de 1886, e seus pais, muito pobres, eram caboclos da roça. Desde criança vivia pensando em ser padre. Tanto insistiu que, um dia, sua mãe resolveu tentar o que lhe parecia impossível. Pôs o filho num jacá e, a cavalo, foi a Aparecida saber se os padres aceitavam o seu garoto. Ao entrar na cidade (narrava o Pe. Silva) ficou tão amedrontado que, quase chorando, tratou de se “afundar” no jacá, e não quis mais olhar para fora... Mirabilis Deus! O garoto foi aceito no Colégio Santo Afonso. Embora fosse um caipirinha tímido, de inteligência mais pobre do que remediada, à custa de esforço e aplicação deu conta dos estudos e chegou ao noviciado em 1906. Professando em 1908, foi cursar Filosofia e Teologia na Alemanha. Ao voltar, trabalhou sempre como missionário, ou como professor. Nas missões era muito estimado pela simplicidade no seu modo de tratar com o povo. Sempre atrás das expressões e piadas caipiras, não deixava de contar também as suas. Pregava com clareza e naturalidade, podendo ser compreendido facilmente por todos. Como religioso era exato, e por vezes, escrupuloso na observância regu199 lar. Edificava os juvenistas com sua piedade simples e sincera, mostrando-se entusiasmado quando lhes falava da vocação e da vida redentorista. Ótimo confrade, era de uma prosa agradável e alegre, interessante para todos. Estava ele em Pinheiro Marcado (RS) como professor do Juvenato, quando começou a declinar a sua saúde: rigores do clima, aliados a uma grande saudade de São Paulo, onde crescera e trabalhara sempre. Adoecendo gravemente, precisou ser levado para o hospital de Boa Esperança. De nada valeram os cuidados médicos, e a 27 de junho de 1945, ele trocou esta vida por outra infinitamente melhor.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

quinta-feira, 26 de julho de 2018

ELES VIVERAM CONOSCO - IR. PEDRO (ATANÁSIO KULURAS)CSsR

IR. PEDRO (ATANÁSIO KULURAS)CSsR 
+26 de JULHO 1949 
Avis rara! um grego redentorista. Irmão Pedro nasceu em Galípoli, perto de Atenas, a 8 de dezembro de 1881. Filho de pai marinheiro, ele também conheceu a vida no mar, viajando meio mundo, como cozinheiro de navios em diversas Companhias. Embora batizado, e tendo feito a sua primeira comunhão, ele era grego cismático, e foi em 1900 (com 19 anos) que ele se converteu para o catolicismo. Esta sua decisão foi amargamente chorada pela sua mãe, cismática de profundas convicções religiosas. A 21 de junho de 1908 casou-se em Tergesti (Itália) com Da. Eufrásia Ermelanda; e a certidão de casamento o dá como “guarda noturno”. Não sabemos, porém, quando enviuvou. Aí pelo ano de 1901 vamos encontrá-lo em Constantinopla, trabalhando por uns meses para os Padres Assuncionistas franceses. Afinal, nosso Pedro Kuluras foi parar na Argentina, de onde veio para o Brasil, em 1922. Sempre como cozinheiro, trabalhou no Rio, Paquetá, Belo Horizonte, e, por fim, não sabemos como, veio para Aparecida, em 1926, resolvido a ingressar na C.Ss.R. Foi aceito como candidato a Irmão Leigo, fazendo seu noviciado e profissão em Pindamonhangaba. Trabalhou em Araraquara, Aparecida, Penha., Pinda, Cachoeira do Sul, e finalmente em Araraquara; já não era marinheiro, mas um bom viajante. Sempre dedicado a sua arte culinária, que dominava com perfeição, Irmão Pedro não deixava de ser um homem recolhido, e de vida interior. O convertido aparecia em todo o seu modo de pensar e agir. Se não estava trabalhando na cozinha, era na capela que ele se recolhia para rezar. Suas mortificações chamavam a atenção dos confrades, pelo rigor, e, às vezes, até pelo exagero. Seus últimos anos ele os viveu em Araraquara, trabalhando enquanto teve forças. A 26 de julho de 1949 fez sua última viagem, e essa para a eternidade.
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

quarta-feira, 25 de julho de 2018

ELES VIVERAM CONOSCO - IR. JOAQUIM (JORGE WÖLFL) CSsR e PE. OSVALDO ANTÔNIO ARRIGHI CSsR

IR. JOAQUIM (JORGE WÖLFL) CSsR
+25 de JULHO 1957 
“Rezador e trabalhador” — nisto se resume a sua vida. Assim escreveu o Cronista a respeito do nosso Irmão Joaquim. Nascido a 26 de abril de 1881, ele era um bávaro de acordo com o figurino. Piedoso, calmo, trabalhador incansável, e sempre de bom humor. Ainda garoto, aprendeu com seu pai o ofício de sapateiro. Em Setembro de 1905 professou na C.Ss.R. e em 1908 veio para o Brasil, permanecendo em Aparecida, como sapateiro, até 1915. De 1917 até a morte, ele trabalhou sempre como chacareiro, em Aparecida, Trindade e Campinas (GO). Dirigindo a chácara de Aparecida durante 26 anos, foi um exímio fabricante de vinhos. Era sempre com muito prazer que oferecia um bom copo dos seus produtos vinícolas aos confrades que o visitavam no seu centro de trabalho. Em Goiás teve a seus cuidados a nossa fazenda, com muitos camaradas, grandes plantações de arroz, feijão, milho e cana, bem como a criação de porcos, galinhas, vacas e abelhas. Em 1957 sofreu horrores, quando se viu atacado de câncer; e o que mais o martirizava era a sua inatividade. Com muita humildade recebia as visitas dos confrades, sempre pedindo perdão ao Provincial por não poder trabalhar mais. Consolava-se, porém, sabendo que estava trabalhando no campo do sofrimento, onde ninguém gosta de trabalhar. Reduzido a pele e ossos, faleceu a 25 de julho de 1957, suportando com edificante paciência o câncer que o foi consumindo aos poucos — diz o seu Necrológio. A vida do Irmão Joaquim é uma recordação de humildade, oração e trabalho, coroada com uma morte heróica.
PE. OSVALDO ANTÔNIO ARRIGHI CSsR
+25 de JULHO 1986 
Nasceu em Tambaú-SP a 24 de julho de 1920. Eram seus pais Colombo José Arrighi e Vitória Valezin. Tiveram 10 filhos e o Pe. Arrighi era o terceiro. Com 4 anos seus pais mudaram-se para Vargem Grande do Sul, onde cresceu. Em 8 de fevereiro de 1934 entrou para o Pré-Juvenato de Pindamonhangaba, passando no fim do mesmo ano para o Seminário de Santo Afonso de Aparecida. Professou na C.Ss.R. a 2 de fevereiro de 1942, em Pindamonhangaba. Fez seus estudos de filosofia e teologia em Tietê, de 1942 a 1947. Foi ordenado sacerdote a 6 de janeiro de 1947, em Tietê, por Dom José Carlos de Aguirre, bispo de Sorocaba-SP. Celebrou sua primeira missa solene a 12 de janeiro de 1947, em Vargem Grande do Sul. Trabalhou alguns anos como cooperador em nossas paróquias. Em 1951 fez o 2.º Noviciado em Pindamonhangaba. A maior parte de sua vida foi missionário. Trabalhou nos Estados de São Paulo, Santa Catarina e Goiás. Em Garça-SP construiu uma igreja em formato de barco. Era músico, escritor, poeta. Possuía uma capacidade extraordinária de trabalho. Escreveu e musicou “Brasília - Melodrama do século XX” como homenagem pela construção da nova capital. Era bom confrade, embora... falasse bastante! Seus últimos anos passou em São João da Boa Vista, como cooperador em nossa igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Sua saúde já não estava boa: passava o dia praticamente no quarto. Sofria problemas mentais. No dia 27 de março de 1986 teve um derrame, caiu no quarto e fraturou o fêmur. A operação na perna correu bem, mas, devido ao derrame, ficou com o lado esquerdo paralisado. Não andou mais. A 13 de julho de 1986 teve um novo derrame e já não falou mais, embora ouvisse e entendesse tudo. No dia 25 de julho de 1986, um dia depois de completar 66 anos, às 22h50, voltou para o Pai e foi receber o prêmio eterno prometido aos servos fiéis. Estava com 66 anos de idade e 39 de sacerdócio. (Comunicado do Governo Provincial)
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

domingo, 22 de julho de 2018

ELES VIVERAM CONOSCO - Padre José Carlos Edgar Ferrari CSsR

Padre José Carlos Edgar Ferrari CSsR, da paróquia São Roque, na vila Progresso, em Jundiaí, morreu na noite da terça-feira(22/07/2014). Ele tinha 69 anos. O corpo foi velado na própria paróquia. O Bispo Diocesano, Dom Vicente Costa, e padres do clero diocesano concelebraram a missa de corpo presente, às 15h30. O enterro ocorreu às 17 horas de 23/07/2014, no cemitério Nossa Senhora do Desterro.

Me lembro que quando terminou o retiro , os dois(O pe.Libardi e o pe.Ferrari ) saíram em disparada rumo à Aparecida. Penso que não pararam na terra da Mãe Aparecida, pq o primeiro morava em Araraquara e o segundo em Jundiaí.Um estava no caminho do outro. LIbardi nos deixou por primeiro. Só ficaram as saudades. E olha que são tantos . Além dos dois nos deixou Edélcio, Bueno, recentemente, Torati, Gilberto e outros que não me lembro.Todos foram da nossa convivência na UNESER ( União Nacional dos Ex Seminaristas Redentoristas). Diácono Adilson Cunha
Uma ditosa lembrança: Padre Ferrari CSsR no encontro da UNESER em 2010 na Pedrinha, junto com o não menos saudoso Padre Libárdi CSsR. Deus tenha os dois em merecido descanso eterno! Ierárdi

Boa tarde Ierárdi!!
Que grata recordação. Padre Ferrari foi de meu curso. Morava na comunidade de Santa Teresinha aqui em Tietê quando faleceu. Veio me visitar antes de sua internação, estava com medo porque trazia a mesma doença e no mesmo lugar, que levou sua mãe deste mundo. Grande amigo que nunca se esqueceu de seus amigos.Ubaldo

ELES VIVERAM CONOSCO - Pe. José Balduíno Vogel, C.Ss.R.

Pe. José Balduíno Vogel, C.Ss.R. 
+22 de julho de 2012 
A Congregação do Santíssimo Redentor de Goiás comunicou o falecimento do Pe. José Balduino Vogel, C.Ss.R., aos 89 anos, ocorrida na tarde do domingo, 22 de julho de 2012. O missionário estava em férias no acampamento Cuiu-Cuiú, no Rio Araguaia, região norte de Goiás. Pe. Vogel nasceu em Campinas das Missões (RS) em 02 de março de 1923, filho de Lorenço Vogel e Anna Maletz Vogel. Em setembro de 1936, ingressou ao Seminário Redentorista, fazendo seu noviciado em Pindamonhangaba (SP) em 1944, e sua profissão religiosa em 02 de fevereiro de 1946. Cursou em seguida Filosofia e Teologia em Tietê (SP). Foi ordenado Diácono em 22 de outubro de 1950 e Presbítero em 27 de dezembro de 1950, celebrando sua primeira missa em Alecrim (RS). Sua atuação missionária foi bastante extensa: vigário na Paróquia Nossa Senhora da Conceição (Matriz de Campinas), em Goiânia (GO), de 1952 a 1954, sendo transferido depois para a paróquia de Aparecida (SP), onde atuou 1956, quando fez o segundo noviciado – preparação para integrar-se à equipe missionária. Em seguida, foi enviado para o Rio Grande do Sul, onde atuou em diversas cidades de 1956 a 1979. Foi pároco em Crixás (GO), de 1979 a 1981, quando foi transferido para a paróquia de Cachoeira do Sul, onde atuou três anos. Em 1984, padre Vogel foi para Belém (PA), onde atuou de 1984 a 1993, quando ingressou no movimento do Neo-Catecumenato. 
Uma das últimas fotos do padre Vogel, com os caravaneiros às margens do Rio Araguaia (julho/2012) 
Também em 1993, foi transferido para a paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Brasília (DF). Em 2001, foi adscrito na Província de Goiás, e atualmente cooperava na Congregação Jesus Sacerdote, de Marília (SP). O corpo do Pe. Vogel foi velado na Paróquia Divino Pai Eterno, em Trindade (GO). Na segunda-feira, 23 de julho de 2012, às 10 da manhã, foi celebrada a missa de corpo presente, e em seguida o sepultamento. 
Ir.Diego Joaquim

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. AMADOR LEARDINI CSsR

PE. AMADOR LEARDINI CSsR
+22 de JULHO  2000 
Pe. Amador Leardini foi uma presença decisiva no processo de atualização da Província de São Paulo. Nasceu ele em Mauá S. P., em 1925. Ainda criança, seus pais, uma família de agricultores, mudaram-se para Itatiba. Aos 12 anos entrou para o Seminário Santo Afonso, em Aparecida. Aquele garoto pequeno e magricela, muito vivo e, ao mesmo tempo estudioso, tranqüilo e bem comportado, loirinho de cabelos encaracolados e olhos azuis, loAgo recebeu o apelido de Gatinho. O noviciado, ele o viveu em Pindamonhangaba. Professou na C.Ss.R., a 02 de fevereiro de 1945. Fez o Seminário Maior em Tietê onde foi ordenado sacerdote a 27 de dezembro de 1949, por Dom José Carlos de Aguirre, bispo de Sorocaba. Deixou o Estudantado em janeiro de 1951 e em julho desse mesmo ano, viajou para Roma, para cursar Teologia sistemática no Angelicum e Teologia Moral na Academia Afonsiana. Em julho de 1954 regressou ao Brasil. Em 1955 fez o Segundo Noviciado, já se preparando para as missões populares, e começou a dar aulas de Teologia Moral, no Seminário Maior de Tietê até 1964. Foi Prefeito dos Estudantes no momento em que apareciam os primeiros sinais das profundas mudanças de estilo de vida e de formação dos clérigos. Eram os anos de inícios do Concílio. A presença e atuação do Pe. Leardini ajudaram decisivamente nesses momentos críticos. Contavam muito sua dedicação absoluta, presença constante e participativa entre os estudantes, seu exemplo de vida, suas confe191 rências e palestras cheias de sabedoria e de ciência. Foi, em seguida, Vice-Provincial da Vice-Província de Brasília. Como Conselheiro Provincial, voltou para São Paulo. Nomeado Mestre de Noviços, exerceu essa missão no Seminário São Geraldo, no Potim, S. P. Primeiro Provincial eleito pela Província de São Paulo, ficou no cargo por dois triênios, do final de 1969 até outubro de 1975. Desempenhou tal responsabilidade no período extremamente complexo de inícios da adaptação da Província aos novos tempos. Presidiu o longo Capítulo Provincial de 1970- 71, onde foram redigidos os novos Estatutos Provinciais e tomadas resoluções importantes para a Província. Esta iniciava a caminhada do sistema tradicional de vida para o estilo renovado, dentro das orientações do Concilio e das então recentes Constituições da C.Ss.R., inteiramente reformuladas pelo Capítulo Geral de 1967-69 e então em fase experimental. Em seu Governo, entre outras medidas, foram decididos a criação do ITESP, a venda do Alfonsianum, o prédio do estudantado na Raposo Tavares, em São Paulo, o deslocamento do tempo de Noviciado para depois da Filosofia, os estudos filosóficos em Faculdades, localização do Noviciado na casa do Jardim Paulistano, as aquisições no Ipiranga da residência dos clérigos teólogos e de duas casas para a instalação da biblioteca provincial e da comunidade dos professores, a criação das comunidades das Pesquisas Religiosas (professores), em São Paulo, e das Comunicações, em Aparecida, e a transferência da sede provincial e do escritório provincial para a casa adquirida na Avenida Angélica, em São Paulo. Foram também construídos os novos prédios para a Editora Santuário e para a comunidade de Araraquara. De 1976 a 1981 dedicou-se à pregação das Missões Populares. Foi nomeado mais uma vez Mestre de Noviços, em São João da Boa Vista S.P. No meio dessa responsabilidade sofreu um enfarte do coração e precisou ser safenado. Transferido para a Basílica de Aparecida, dedicou-se ao apostolado com os romeiros. Residiu ainda em São João e depois Tietê onde morava ultimamente. Em nossas igrejas foi sempre um zeloso e atuante sacerdote, um confessor e conselheiro muito procurado pelas pessoas. Numa entrevista, em seus timos anos, ele pôde dizer: "Pen192 sando no que passei, minha impressão é que cumpri meu papel na Congregação. Isso me traz tranqüilidade e calma. Vivi tempos difíceis." Celebrou seu jubileu de ouro de sacerdócio no dia 27 de dezembro de 1999. De saúde frágil, mas muito determinado e trabalhador, só a muito custo e pela obediência entregava-se nas mãos dos médicos. A forte anemia que o maltratava foi complicada por outros males e teve de ser internado na Unidade de Terapia Intensiva da Beneficência Portuguesa, onde permaneceu quase o tempo todo sedado. Faleceu no dia 22 de julho de 2000. Foi velado no convento do Santuário Nacional de Aparecida, cidade onde foi sepultado. Pe. Leardini era um verdadeiro Redentorista, um homem piedoso, um homem de oração. Muito inteligente, sensato e prudente, de convivência agradável, foi respeitado e querido pelos confrades. Na juventude tinha sido um bom esportista e pela vida toda conservou o gosto pela pesca. Sempre procurou exercer, com a maior dedicação, todos os encargos que recebeu. Descanse em paz, Pe. Leardini, e, junto do Senhor, interceda por nós. (Pe. Vítor Hugo)
CERESP
Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

sábado, 21 de julho de 2018

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. VÍTOR COELHO DE ALMEIDA CSsR-SERVO DE DEUS

PE. VÍTOR COELHO DE ALMEIDA CSsR
+21 de JULHO 1987 
Nasceu o Pe. Vítor em Sacramento- MG, filho do professor Leão Coelho de Almeida e Maria Sebastiana Alves Moreira. Era o dia 22 de setembro de 1899. Perdeu ele a mãe aos 7 anos de idade e foi criado primeiro pela avó materna, passando depois aos cuidados do tio Cônego Vítor, no Rio de Janeiro, enquanto o pai percorria cidades e fazendas no ofício de professor primário. Cresceu sem disciplina, insubordinado. Em 1911, entrou para o Colégio Santo Afonso, de Aparecida-SP, internado pelo tio que tentava dar-lhe uma chance de educação. Sincero, o menino declarou que não queria ser padre, mas o diretor o aceitou assim mesmo. Mais tarde, esteve a ponto de deixar o seminário. Mais uma vez foi inspirado o Pe. João Batista, o diretor que o conservou. Vítor apegou-se à Nossa Senhora Aparecida: “Atravessei por vezes fortes tentações contra a vocação. Nestas ocasiões, para não dar passo em falso, recorria a Nossa Senhora, punha em suas mãos minha vocação e tudo passava”. Em 1917 foi ele para o Noviciado, em Perdões-SP. Professou dia 02 de agosto de 1918. Iniciou a Filosofia em Aparecida, mas em 1920, indo para Gars, na Baviera, ali completou os estudos filosóficos e dedicouse à Teologia. Em 1921 a tuberculose instalou-se pela primeira vez em seus pulmões. Os estudos teológicos foram prejudicados pela doença. Assim mesmo, conseguiu terminá-los e, em 1923, foi ordenado sacerdote, celebrando a primeira missa, com muita festa e solenidade, em Forcheim, na Baviera. De 1926 a 1930, encontramos o jovem Pe. Vítor como brilhante catequista em Araraquara. Já antes, desde sua chegada da Alemanha, ele desempenhara o mesmo ministério em Aparecida. De Araraquara foi para a Penha, em São Paulo. Fez o 2P º P Noviciado e foi para Goiás, onde foi missionário por 1 ano e meio, renovando os métodos de acordo com o aprendido com o Pe. Estêvão Maria, seu mestre. De 1936 a 1940 viveu anos de intensa atividade missionária na Penha e em Araraquara. Ao mesmo tempo, desenvolvia o papel de animador vocacional, arrebanhando para o seminário dezenas de garotos e adolescentes. Quando estava no auge, zeloso e competente, reconhecido e famoso, líder dinâmico e admirado das Missões, a tuberculose, mais uma vez e agora com maior virulência, obrigou-o a interromper tudo e internar-se em Campos de Jordão. De 1941 a abril de 1948 esteve internado no Sanatório Divina Providência. Apóstolo do sofrimento, foi ao mesmo tempo uma presença missionária entre as doentes. Já em pleno restabelecimento, em 1947, dedicou-se ao apostolado pela Rádio ZYL-6, de Campos de Jordão. Com a saúde recuperada, veio o Pe. Vítor para a comunidade de Aparecida. Aí dedicou os restantes 39 anos de vida à pastoral pela Rádio Aparecida, junto aos romeiros e ocasionais saídas para diferentes cidades de vários Estados. Foi o criador da missãozinha dos Romeiros, com 2 ou 3 pregações e celebrações diárias na Basílica. Foi um pregador e catequista carismático, um homem de Deus e da Senhora Aparecida. Por alguns anos assumiu a direção da Rádio. O Clube dos Sócios, foi por ele fundado. Um homem de fé, que viveu a fé, um homem de oração, um estudioso que procurou constantemente estar atualizado, um confrade que participou intensamente da vida comunitária, da oração, das reuniões, das recreações e dos passeios, uma presença integrada, com suas características muito próprias, trabalhou praticamente até o último dia de vida. Faleceu, de um edema pulmonar, na manhã do dia 21 de julho de 1987, lúcido e rezando enquanto era levado para o hospital. Já no carro dizia: “Vamos rezar, é hora de rezar”. Milhares de fiéis, religiosos, sacerdotes e bispos prestaram-lhe sua homenagem num velório, exéquias e sepultamento de homem venerado como santo. O processo canônico de beatificação do Pe. Vítor Coelho de Almeida foi introduzido solenemente pela Arquidiocese de Aparecida na festa da Padroeira de 1998. (Pe. Víctor Hugo)
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Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR


“Sou filho da misericórdia de Deus, Ele me tirou do lodo, de lá de baixo, para me colocar bem alto na vocação de sacerdote”. 
“Atravessei por vezes fortes tentações contra a vocação. Nestas ocasiões, para não dar passo em falso, recorria a Nossa Senhora, punha em suas mãos minha vocação e tudo passava”. 
“Eu, Pe.Vítor, depois de minha morte, se Deus me der a salvação, pedirei a Nosso Senhor que castigue salutarmente as pessoas que, ignorantes e supersticiosas, se meterem a me venerar como santo. Rogo, porém, a todos que rezem muito pelo meu descanso eterno. “ 
“Vamos rezar, é hora de rezar!” 
“Valeu à pena porque tive Deus!” 
Servo de Deus, Padre Vitor Coelho de Almeida CSsR
Quando ele faleceu eu apresentava um programa sertanejo na Rádio Aparecida das 5:00 às 7:00 e às 6 :30 eu anunciava o seu falecimento. Tião Cortez

sexta-feira, 20 de julho de 2018

ELES NOS PRECEDERAM - IR. GERMANO ( THOMAZ SCHEUGENPFLUG) CSsR

IR. GERMANO (THOMAZ SCHEUGENPFLUG) CSsR 
+20 de JULHO 1945 
Este nosso Irmão nasceu em 1866, filho de lavradores bávaros. De seus pais ele herdou uma respeitável força física, muito amor ao trabalho, e uma piedade simples, sem adornos. Chegou ao Brasil em 1895, pouco depois da sua profissão, e viveu quase sempre em Campinas (GO), trabalhando como cozinheiro ou hortelão. Na construção das nossas casas e igrejas em terras goianas sua força pôde se divertir com as pedras que ele arrebentava, ou com as toras que cortava e lavrava no mato. Naqueles anos de grandes sacrifícios e privações, era com alegria que enfrentava a dureza do trabalho. Sempre pronto, não conhecia queixas nem cansaço. E, aos domingos, não podendo trabalhar, ia passar horas na capela, com seu terço e livros de piedade. Já idoso, foi transferido para Cachoeira do Sul, onde apesar de doente, não faltava aos exercícios comuns, ajudando sempre na cozinha, na horta ou na limpeza da casa. Pela sua simplicidade e candura, ganhou a admiração não somente dos confrades, mas também dos estranhos, que nele viam uma alma realmente de Deus. Com admirável paciência suportou os sofrimentos da última doença. E, rezando sempre, recebeu a morte que o levou para junto do Pai no dia 20 de julho de 1945.
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Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

domingo, 15 de julho de 2018

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. CONRADO MARIA JOSÉ CALCANHO GAGLIARDI CSsR

PE. CONRADO MARIA JOSÉ CALCANHO GAGLIARDI CSsR
+15 de JULHO  1991 
Nasceu no dia 30 de setembro de 1928, na cidade de São Paulo, no Bairro da Penha. Filho de João Conrado Tosi Gagliardi, italiano de Busto Argísio (perto de Milão) e Maria Luíza Anselmo Calcagno Gagliardi, italiana de uma aldeia perto de Gênova. Família religiosa e de pais praticantes. Teve três irmãs religiosas da Congregação das Vicentinas de Gysegen, Foram 15 filhos no total que o casal teve, dos quais sete não chegaram a um ano de idade. Foi coroinha na Penha, em nossa igreja e aos 28 de janeiro de 1940, no final do 4º ano primário, entrou para o Seminário Santo Afonso, em Aparecida. Fez a profissão religiosa aos 02 de fevereiro de 1948; a profissão perpétua aos 02 de fevereiro de 1951. Fez os estudos superiores em Tietê, vindo a ser ordenado sacerdote no dia 27 de dezembro de 1952, em Tietê, pelo bispo D. José Carlos de Aguirre. Sua vida pastoral começa dando aulas no Seminário Santo Afonso, em fevereiro de 1954 (Português, Apologética, História Universal, Liturgia, Música) até 1956. Passa para o Seminário Maior de Tietê como professor de Música e Liturgia em 1956. Em 1957 foi coadjutor em Campinas- Goiânia. Em 1958- 1960: atendimento na Basílica de Aparecida. Em 1959-1960: professor de Filosofia no Seminário Maior, em Tietê. Nesse meio de tempo (65-67) fez o curso de Bacharelado e primeira licença em Filosofia pela Universidade de Louvain (Bélgica). Em 1973- 1976: arquivista provincial e missionário. Em 1976 passa para a Equipe de Missões populares ate’ ir para Roma, a serviço do Arquivo Geral da C.Ss.R., em 1988. Inteligente e muito culto, com problemas de saúde, embora o psicólogo e psiquiatra Dr. Colé tenha dito que Pe. Conrado não tinha nada, sofreu com operação de tireóide e daí talvez lhe tenham vindo os problemas. Tomava muito remédio. Não aceitava muito a opinião dos outros, e tinha muita dificuldade para a vida comum. Mas foi dedicado em seus trabalhos. Acredito que a doença o perseguiu desde o nascimento, pois nasceu muito raquítico. Faleceu em Roma, na hora de sua partida de volta para o Brasil. Tudo indica: bloqueio das vias respiratórias. Foi enterrado em Roma. Rezemos por ele. (Comunicado do Provincial Pe. Hélio de Pessato Libardi)

sexta-feira, 13 de julho de 2018

ELES VIVERAM CONOSCO - PE. RAFAEL ( JOAQUIM VICENTE) FERREIRA DA SILVA CSsR

PE. RAFAEL ( JOAQUIM VICENTE) FERREIRA DA SILVA  CSsR
+13 de JULHO 1988 
Pe. Rafael, quinto entre oito irmãos, filho de Euzébio Ferreira da Silva e Maria Ângela Cirilo Silva, nasceu em Formiga- MG, a 19 de maio de 1919. Sendo sapateiro de profissão, foi sacristão em Formiga durante 5 anos. Esteve um ano como irmão com os salesianos. Entrou como candidato para a C.Ss.R., em Pindamonhangaba, em 1939, mudando então seu nome de Joaquim Vicente para Rafael, conforme era costume na época: os irmãos mudavam de nome. Fez o noviciado em 1940, em Pindamonhangaba e professou no dia 02 de fevereiro de 1941. Como irmão trabalhou em nossas comunidades: Seminário Santo Afonso, Basílica de Aparecida, Penha, São João da Boa Vista, Seminário São Geraldo. Desempenhou os encargos de sapateiro, cozinheiro, jardineiro e sacristão. Tinha boa cultura intelectual e religiosa. Desde 1968 começou a trabalhar na pastoral direta, ajudando nas missões, pertencendo às comunidades missionárias de São João e Araraquara. Em 1979, tendo obtido a licença dos superiores, começou os estudos teológicos, morando na comunidade do Jardim Paulistano e freqüentando o ITESP (Instituto Teológico São Paulo). Nos fins de semana ia ajudar em Aparecida. Ajudava também em Semanas Santas e Novenas. Terminou os estudos em fins de 1982. Tendo sido ordenado diácono em dezembro de 1981, foi ordenado sacerdote por Dom Geraldo Maria de Morais Penido, no dia 8 de janeiro de 1983, na Basílica Nova em Aparecida. Transferido para São João, trabalhou nas missões até setembro de 1983. Já sofria da doença que o levou, mas ocultou isso enquanto pôde. Por ordem expressa dos superiores, veio para São Paulo e foi operado, quando se verificou que o mal ( câncer da próstata) já avançara demais e não havia mais esperança de cura. Após a operação, quis fazer a recuperação em Aparecida, para onde foi transferido em janeiro de 1985. Tinha de usar sempre uma sonda na bexiga e sua doença foi sempre piorando, apesar da resistência admirável do Pe. Rafael, que os médicos admiravam muito. Contra todas as expectativas, trabalhou durante anos até agosto de 1987, na Basílica de Aparecida, atendendo os romeiros: confissões, missas, ritos penitenciais, batizados, etc. Foi operado mais duas vezes, para minorar as dores que sofria e ficou no leito de dores por longos 10 meses. Ele mesmo dizia que estava “como Jesus no Calvário”. Sofria dores atrozes, que os medicamentos não conseguiam eliminar. Pedia que Jesus e Maria o viessem buscar, mas entregava tudo nas mãos de Deus, a cuja vontade se submetia. Faleceu no dia 13 de julho de 1988. (INFORMATIVO, 23-SP, nº. 111, julho/88, pg. 42)

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Centro Redentorista de Espiritualidade - Aparecida-SP
Pe.Isac Barreto Lorena C.Ss.R.(In memoriam)
Pe.Vitor Hugo Lapenta CSsR
Pe.Flávio Cavalca de Castro CSsR

quarta-feira, 11 de julho de 2018

GOMERAL E A IGREJINHA DE SÃO LÁZARO

Caro Dumas, Gomeral não é a Vila São Lázaro, para onde nosso estimado e saudoso Padre Borginho se dirigia a cavalo nos anos 50 para atender aos fiéis de lá? Veja esta foto....ANTÔNIO IERÁRDI NETO
Grandes lembranças do Marino e do Borginho, essa aí é a Igreja reconstruída, havia uma pequena capela , ajudei missa e participei de cerimônias nesse lugar. Há algum tempo, estive aí com meu irmão Orlando e a filha do Antenor Rabelo contou-nos a história da capela, ela foi erigida no começo do século vinte em homenagem ao santo protetor dos hansenianos, essa doença propagou-se no local e foi erradicada através de medidas sanitárias levadas a contento pelas autoridades de Guaratinguetá, ficou a devoção a São Lázaro. Gomeral é a denominação que se dá a toda a região que, em futuro próximo se tornará extensão de Campos do Jordão, cidade limítrofe e que se comunica por estrada transitável usada por fieis vindos de Minas e outras regiões de São Paulo. Vale a pena rever e revisitar esse templo da natureza, reverenciar, rememorar, reviver nosso passado, quando tudo era selvagem e só nós sabíamos dar valor a essa riqueza proporcionada pelo Criador Máximo que reverenciamos como Responsável por toda essa riqueza incomensurável à qual nossos educadores davam valor e nos levaram a admirar e desfrutar como nunca. Relembrar é viver !!! ALEXANDRE DUMAS PASIN
Faz me lembrar do Pe. Archimedes Zulian. Boa meu tempo de Pedrinha, era ele quem ia a cavalo celebrar e atender aos moradores locais. ANTÔNIO DE LIMA